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Universidade Federal do Acre Centro de Ciências Biológicas e da Natureza Hematologia Veterinária Testes para doenças imunomediadas Lima. G.s.; vasconcelos. A.s.; viana. W.a. Objetivos Teste de Coomb’s ou TAD; Citometria de fluxo; FAN; Caso clínico. 2 Teste de coombs direto (TAD) O teste de Coombs direto é um método que permite a identificação da presença de anticorpos fixados sobre as hemácias. Tecnicamente, baseia-se no fato de que os anticorpos que recobrem as hemácias podem ser identificados pela adição de anticorpos. Quando positivo, ou seja, indicando a presença de anticorpos aderidos às hemácias, formam-se pontes entre elas, levando ao fenômeno visível de aglutinação. 3 Técnica a) Preparar uma suspensão salina (5%) das hemácias a serem testadas; b) Colocar 2 gotas desta suspensão em 1 tubo, adicionar solução fisiológica e centrifugar a 3.000 r.p.m. por um minuto; c) desprezar (com cuidado) o sobrenadante deixando o “ botão” de hemácias no fundo do tubo; d) repetir a operação mais duas vezes. Na última operação, com auxílio de papel de filtro, procurar desprezar toda a solução salina; e) adicionar duas gotas de soro de Coombs; f) centrifugar à baixa rotação (1.000 r.p.m) por 15 segundos; g) leitura: agitar levemente o tubo e observar se há aglutinaçaõ dos eritrócitos. 4 Teste de Coombs direto (TAD) Resultado: Negativo (SEM AGLUTINAÇÃO): significa que o sangue não tem anticorpos ligados aos eritrócitos; Positivo (COM AGLUTINAÇÃO): significa que o sangue tem anticorpos contra os eritrócitos. 5 Fonte: https://goo.gl/5bHRC6 Fonte: Leite et al. 2011. Indicações Quando o paciente apresenta sinais sugestivos de anemia hemolítica, como cansaço incomum, falta de ar e icterícia, ou quando a hemoglobina e o hematócrito caem subitamente, podendo ocorrer após transfusão de sangue, ou quando um recém-nascido mostra sinais de anemia hemolítica. 6 Diagnóstico Anemia hemolítica auto-imune; Anemia hemolítica induzida por drogas; Eritroblastose fetal; Mononucleose infecciosa; Infecção por micoplasma; Sífilis; Leucemia linfocítica crônica; Doença linfoproliferativa; Lúpus eritematoso sistêmico; outra condição reumatológica; Reação transfusional. 7 Citometria de fluxo A citometria de fluxo é uma tecnologia que permite análise simultânea e multiparamétrica de células ou partículas em suspensão, avaliando-as individualmente. À medida que o fluxo de amostra passa por um ou mais feixes de luz (gerados por um ou mais lasers), o sistema óptico-eletrônico registra a forma como as estruturas dispersam a luz do laser incidente e captando as fluorescências emitidas. Assim, o equipamento obtém informações de diversos parâmetros, como tamanho relativo, complexidade interna e intensidades de fluorescências de cada célula ou partícula avaliada. 8 Técnica Um feixe de luz de um único comprimento de onda é direcionado a um meio líquido em fluxo. Um número de dectores são apontados ao local onde o fluxo passa através do feixe de luz; um na linha do feixe de luz (Forward Scatter ou FSC) e vários perpendiculares a este (Side Scatter ou SSC). Cada partícula suspensa passando através do feixe dispersa a luz de uma forma, e os corantes químicos fluorescentes encontrados na partícula ou juntos a partícula podem ser excitados emitindo luz de menor frequência do que o da fonte de luz. Esta combinação de luz dispersa e fluorescente é melhorada pelos dectetores, e analisando as flutuações de brilho de cada detector (uma para cada pico de emissão fluorescente) é possível explorar vários tipos de informação sobre a estrutura física e química de cada individual partícula. FSC correlaciona-se com o volume celular e SSC depende da complexidade interna da partícula (por exemplo: forma do núcleo, quantidade e tipo dos grânulos citoplasmáticos e rugosidade da membrana). 9 Citometria de fluxo 10 Fonte: https://goo.gl/k6fFK1 Fonte: https://goo.gl/YrhYpJ Indicações Quantificação de subpopulações linfocitárias; Avaliação de eritrócitos; Avaliação de plaquetas; Imunofenotipagem; Estudo da viabilidade celular; Análise do ciclo celular; Proliferação celular; Detecção da produção de citocinas 11 Diagnóstico Acompanhamento de pacientes com HIV : Contagem de CD4; Dinâmica da indução da resposta imune celular; Imunologia: detecção ou identificação de subtipos de células implicadas na imunidade; Oncologia: Detecção de célula patológica. 12 Teste para anticorpos antinucleares O FAN (fator antinuclear) são anticorpos contra os núcleos das células do indivíduo. O FAN não é um único anticorpo, ele é um conjunto de anticorpos contra diferentes estruturas das células. Existem vários tipos de FAN, cada um deles associado a um tipo de doença autoimune diferente. 13 Indicações O exame chamado FAN, sigla para fator antinuclear, é um teste habitualmente solicitado para os pacientes que estão com suspeita de uma doença autoimune. Exemplo: Lúpus eritematoso sistêmico. Artrite reumatoide. Psoríase. Hipotireoidismo (Tireoidite de Hashimoto). Síndrome de Guillain-Barré. Síndrome de Sjögren. AHIM. 14 Técnica O exame de FAN é feito com amostras de sangue do paciente com suspeita de doença autoimune; Com um corante fluorescente o laboratório marca cada um destes anticorpos; Depois, mistura-se este sangue em um recipiente com uma cultura de células do animal; Se houver anticorpos contra estruturas das células do animal, estes irão se fixar às mesmas, tornando-as fluorescentes. 15 Fonte: https://imunologia96.wordpress.com/category/doencas-reumaticas/ Resultados Se o auto-anticorpo for contra o núcleo das células, a imagem no microscópio será de vários núcleos fluorescentes. Se auto-anticorpo for contra o citoplasma das células, vários citoplasmas ficarão brilhando, e assim por diante. Se não houver auto-anticorpos, nenhuma parte das células ficará fluorescente, caracterizando um FAN não-reativo. 16 Fonte: https://goo.gl/diFdaF Imunofluorescência indireta- FAN REAGENTE Teste para anticorpos antinucleares 17 Fonte: https://goo.gl/c6ZAAL Caso clínico Fonte:http://www.infoteca.inf.br/conbravet/smarty/templates/arquivos_template/upload_arquivos/acervo/745.pdf AHIM; DAT OU Teste de Coomb’s; 18 Descrição do caso clínico Cão fêmea, Lhasa apso, 6 anos; hiporexia e êmese, cio ha uma semana; Exame clínico: prostração, abdomialgia, ausência de secreção vaginal, desidratação 7%. 1º suspeita: Piometra 19 Exames Complementares: Ultrassonografia: evidencias de piometra/hemometra e efusão peritoneal; Hemograma e dosagem sérica: CK com[ ] normais; ALT com[ ] normais; Leucopenia; Diferencial não realizada. Procedimento adotado a partir dai: laparotomia exploratória e OSH 20 Durante o procedimento observou-se: hiperemia e petéquias nos órgãos da cavidade abdominal, peritônio e omento, além de líquido purulento livre, indicando mais uma vez piometra. 1º tratamento: antibioticoterapia, analgesia 2 primeiros dias houve melhora no estado clinico do animal; 3 dia, prostração Novos exames realizados. Resultados: Anemia arregenerativa normocítica; Hipocromia; Trombicitopenia Leocograma com neutrofilia, eusinopenia e monocitopenia relativa; 21 2º suspeita: hemólise, AHIM Teste de Coomb´s: resultado positivo Novo tratamento: corticoterapia e antibioticoterapia 30 dias após o animal teve seus parâmetros normalizados. 22 Referências BRITES. M. G. Trombocitopenia Imunomediada em cães – Revisão bibliográfica e relatos de casos. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Especialização em Análises clínicas veterinárias. Porto Alegre, 2007. CÂMARA. B. Teste de Coombs direto. Disponível em: https://www.biomedicinapadrao.com.br/2010/11/teste-de-coombs-direto.html. Acesso em: 04 mar 2018. FRANCO. S. Fator antinuclear. Disponível em: http://www.sergiofranco.com.br/bioinforme/index.asp?cs=Imunologia&ps=fatorAntinuclear. Acesso em: 04 mar 2018. LEITE et al. Anemia Hemolítica Imunomediada em cães- relato de três casos. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 32, n. 1, p. 319-326, jan./mar. 2011 MARTINS. D.M. GAGLIANI. L.H. Importância da Citometria de Fluxo no Diagnóstico de Fluxo no Diagnóstico Diferencial das Leucemias. Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 5, n. 8, jan/jun. 2008. PINHEIRO. P. Exame FAN (Fator antinuclear) – O que significa FAN positivo. Disponível em: https://www.mdsaude.com/2009/05/o-que-e-o-fan-fator-antinuclear.html. Acesso em 04 mar 2018. ROMAGNOLI. G. G. Citometria de Fluxo. Instituto de Biociências de Botucatu. Departamento de Microbiologia e Imunologia. 2013. 23
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