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Módulo II Cerimonial Público Unidade 3 A Precedência no Âmbito Oficial

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Módulo II - Cerimonial Público 
Unidade 3 - A Precedência no Âmbito Oficial 
“Protocolo, etiqueta e cerimonial são o 
cerne de qualquer evento público ou empresarial, 
dando-lhes forma e conteúdo” 
Gilda Fleury Meirelles 
Na unidade anterior, você aprendeu o fundamento legal do cerimonial público e tomou 
conhecimento da “Ordem Geral de Precedência” no nosso país. Nesta unidade, você verificará como 
são utilizados os critérios de precedência em situações oficiais. 
Nos Estados 
A ordem de constituição histórica dos Estados é: 
Bahia, Rio de Janeiro, Maranhão, Pará, Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, 
Rio Grande do Sul, Ceará, Paraíba, Espírito Santo, Piauí, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, 
Alagoas, Sergipe, Amazonas, Paraná, Acre, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Tocantins, Amapá, 
Roraima, Distrito Federal. 
Esta ordem é a que determina a precedência entre os governadores. 
Você deve observar que o Decreto nº 70.274, em seu Art. 94, estabelece duas situações gerais de 
precedência em cerimônias no Estado, abaixo apresentadas: 
Cerimônias oficiais nos Estados da União, com a presença de autoridades federais: 
1 - Presidente da República 
2 – Vice-Presidente da República 
Governador do Estado da União em que se processa a cerimônia 
Cardeais 
Embaixadores Estrangeiros 
3 – Presidente do Congresso Nacional 
Presidente da Câmara dos Deputados 
Presidente do Supremo Tribunal Federal 
4 – Ministros de Estados 
Vice-Governador do Estado da União 
Presidente da Assembleia Legislativa 
Presidente do Tribunal de Justiça 
Cerimônias oficiais de caráter estadual: 
1 – Governador 
Cardeais 
2 – Vice-Governador 
3 – Presidente da Assembleia Legislativa 
Presidente do Tribunal de Justiça 
4 – Almirantes de Esquadra 
Generais de Exército 
Tenentes-Brigadeiros e Prefeito da Capital 
Na Esplanada dos Ministérios 
Como você observou, a precedência estabelecida entre os Ministros de Estado pelo Decreto nº 
70.274, em seu Art. 4º, é determinada pelo critério histórico de criação do respectivo Ministério. 
Mas, como já foi mencionado, ministérios são criados e outros são extintos e, além do mais, existem 
as diversas Secretarias de Estado, cujos titulares têm prerrogativas de Ministro, para efeitos 
protocolares. Evidente que você não é obrigado a saber a precedência de cor. Então, o que fazer? 
Sempre que tiver que estabelecer a precedência entre Ministros de Estado, consulte o site da 
Presidência da República. 
No Estado e no Município 
Não são poucas as vezes que você tem que organizar cerimônias com a presença de Secretários de 
Estado e Secretários Municipais. Como proceder para não incorrer em erros e ferir suscetibilidades? 
Alguns estados possuem legislação específica que rege o cerimonial do estado e estabelece a sua 
precedência. No Estado de São Paulo, por exemplo, o cerimonial é regido pelo Decreto 11.074 de 
05/01/78. 
 
 
 
Os municípios, em geral, não têm legislação sobre a matéria. Você poderá procurar saber se existe 
alguma norma a respeito junto ao Cerimonial da Prefeitura ou Gabinete do Prefeito. Caso não haja 
nenhuma norma ou regulamentação a respeito, você poderá, então, estabelecer a precedência dos 
Secretários Municipais, empregando o critério histórico de criação das Secretarias Municipais. 
No Legislativo 
A precedência para o Poder Legislativo está estabelecida no Decreto nº 70.274 em seu Art. 9º: 
 
A partir do que estipula o artigo 9º você pode determinar a precedência entre parlamentares no 
Legislativo Brasileiro da seguinte forma: 
1 – Presidente do Congresso Nacional 
2 – Presidente da Câmara dos Deputados 
3 – Senadores 
(critério: criação da unidade da federação, diplomação, idade) 
4 – Deputados Federais 
(critério: criação da unidade da federação, diplomação, idade) 
5 – Presidentes de Assembléias Legislativas 
(critério: criação da unidade da federação) 
6 – Deputados Estaduais 
(critério: diplomação, idade) 
7 – Presidentes de Câmaras Municipais 
(critério: criação da unidade da federação, ordem alfabética) 
8 – Vereadores 
(critério: criação da unidade da federação, diplomação, idade) 
Este ordenamento não significa nenhum tipo de linha de subordinação, visto os Poderes Legislativos 
Federal, Estadual e Municipal serem independentes entre si, como estabelece a Constituição Federal. 
Outra questão importante que você deve estar atento é: os membros das Mesas Diretoras, 
excetuando-se o Presidente e o Vice-Presidente, não têm precedência sobre os demais 
parlamentares da Casa Legislativa, pois a mesa diretora é um órgão colegiado. Ainda sobre o Poder 
Legislativo existe uma questão que causa uma certa confusão. Diz respeito à precedência entre os 
presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. O Presidente do Senado Federal, por ser 
o Presidente do Congresso Nacional, portanto Chefe de Poder, passa à frente do Presidente da 
Câmara dos Deputados. 
Já na lista de sucessão à Presidência da República, o Presidente da Câmara dos Deputados passa à 
frente do Presidente do Senado Federal. Ou seja, cuidado para não confundir ordem de precedência 
com ordem de sucessão. Você, no âmbito do Legislativo, poderá adotar os seguintes critérios para 
autoridades na mesma posição: 
 
No Judiciário 
O Decreto 70.274/72 não dispõe de nenhum artigo específico relacionado ao Poder Judiciário, a não 
ser o posicionamento de seus titulares na Ordem Geral de Precedência. Na área federal o Poder 
Judiciário está assim constituído: 
 
Podemos concluir afirmando que nesta unidade você aprendeu como aplicar os critérios de 
precedência em situações oficiais. Lembre-se que a precedência no âmbito oficial é regida por lei e, 
portanto, deve ser matéria da maior atenção. 
 Você deve se inteirar junto ao Tribunal de Justiça do seu Estado se existe alguma norma que 
discipline o Cerimonial do Poder Judiciário do Estado. E nas unidades da federação encontram-se os 
Tribunais Regionais Federais - TRF, os Tribunais Regionais do Trabalho - TRT, os Tribunais Regionais 
Eleitorais - TER, os Conselhos de Justiça Militar e os Juízes Federais, Eleitorais e Militares.

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