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Globalização: urbanização e consumo Sabe-se que por volta de meados do Século XIX, menos de 2% da população mundial morava em cidades. Nos dias atuais, mais da metade da humanidade vive em cidades, o que mostra uma velocidade grande no fluxo campo-cidade. “Em 2011, 52,1% da população mundial vivia na região urbana e 47,9% em área rural. Essa é uma tendência que vem se firmando desde 2008, quando pela primeira vez na história a população das cidades superou a das áreas rurais, conforme dados da Organização das Nações Unidas (ONU). A tendência é que esse número aumente ainda mais, já que, segundo a ONU, o crescimento populacional será maior nas áreas urbanas. Entre 2005 e 2050, a população urbana deve ter um acréscimo de 3,2 bilhões, passando de 3,2 bilhões em 2005 para 6,4 bilhões em 2050. Isso mostra que as áreas urbanas devem receber não apenas todo o crescimento populacional como também uma parte da população rural, que, entre 2005 e 2050, terá um decréscimo de 0,5 bilhão, passando de 3,3 bilhões para 2,8 bilhões.” Fonte: Almanaque Abril 2013 GRÁFICO – Evolução da população total – 1950-2000 A verdade é que o papel das cidades na nova ordem global tem atraído grande atenção dos estudiosos. São as grandes cidades que compreendem os grandes circuitos onde a globalização é mais intensa. Vamos analisar o que a famosa estudiosa no tema Saskia Sassen estabelece sobre algumas características dessas grandes “cidades globais”1: Configuram verdadeiros “postos de comando” para a economia global; São pontos-chave para empresas financeiras e serviços especializados (ultrapassando as empresas manufatureiras em importância para estes grandes centros); Constituem mercados vigorosos para indivíduos comprarem e venderem produtos e serviços (incluindo aqueles disponibilizados pelas “indústrias financeiras”). 1 Cidades como Nova York, Londres, Tóquio, Hong Kong, Cingapura, Chicago, Frankfurt, Los Angeles, Milão, Zurique, Osaka são bons exemplos. Porém, cidades como São Paulo, Madri, Moscou, Seul, Jacarta, Buenos Aires começam a despontar no âmbito dos mercados emergentes.
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