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Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 04.10.2016 Modalidade Escrita Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 04.10.2016 Aula #11 Modalidade Escrita Um dos segredos para produzir uma boa redação é utilizar corretamente as regras gramaticais e evitar desvios da norma culta da língua portuguesa. Neste sentido, entender como utilizar corretamente a crase, por exemplo, pode te ajudar a conquistar uma boa pontuação na competência I, da prova do ENEM. 1. O que é a Modalidade Escrita? A correção de redação do ENEM é dividida em cinco competências: Modalidade Escrita, Atendimento à Tipologia Textual e Compreensão do Tema, Coerência, Coesão e Conclusão. A primeira competência avalia a capacidade do estudante de articular as regras gramaticais ao desenvolver um bom texto. Para isso, é necessário ter domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa nos âmbitos sintáticos e semânticos. 2. As principais características da Modalidade Escrita Quer conquistar uma boa pontuação na competência I? Em primeiro lugar, não confunda a modalidade oral com a modalidade escrita. Isto é, muitas vezes escrevemos da mesma maneira que falamos em nosso cotidiano e ao reproduzir fielmente o nosso discurso em situações mais descontraídas, podemos apresentar marcas de informalidade. Como você já sabe, costumamos adaptar a nossa linguagem a diversas circunstâncias as quais estamos inseridos, por esse motivo, muito cuidado para não escrever de forma coloquial, uma vez que a redação do ENEM exige o uso da norma culta. Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 04.10.2016 Portanto, as principais características que devem ser seguidas na modalidade escrita são: a) Uso correto dos sinais de pontuação; b) Apresentar harmonia entre as concordâncias nominais e verbais; c) Utilizar corretamente a crase; d) Evitar abreviações e estrangeirismos (quando necessário, esses devem ser justificados); e) Evitar marcas de oralidade e coloquialismo; f) Distinguir o uso de palavras com iniciais maiúsculas e minúsculas; g) Saber a diferença entre palavras de valor conotativo e denotativo; h) Ter conhecimento sobre as estruturas sintáticas, como, por exemplo, na não separação entre sujeito e predicado; i) Obedecer às regras gramaticais de regência nominal e verbal; j) Utilizar corretamente a acentuação gráfica; k) Conhecimento sobre a divisão silábica, caso haja translineação; l) Domínio sobre o uso correto dos pronomes átonos; m) Escrever as palavras com a grafia correta. Para quem quer mais: A variação linguística é uma das discussões mais cobradas na prova de Linguagens do ENEM. Esse estudo linguístico consiste em observar como o indivíduo adapta a sua linguagem a diferentes situações do discurso e, ainda, como a linguagem do ser humano pode ser influenciada por fatores sociais, regionais, históricos, entre outros. Além disso, um problema frequente é o preconceito linguístico (que precisamos combater!), ou seja, a tentativa de reprimir ou humilhar aqueles que desviam ou não sabem utilizar corretamente a norma culta. Para entender melhor sobre o assunto, leia um trecho Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 04.10.2016 ext Marcos Bagno: Diante de uma tabuleta escrita COLÉGIO é provável que um pernambucano, lendo- a em voz alta, diga CÒlégio, que um carioca diga CUlégio, que um paulistano diga CÔlégio. E agora? Quem está certo? Ora, todos estão igualmente certos. O que acontece é que em toda língua do mundo existe um fenômeno chamado variação, isto é, nenhuma língua é falada do mesmo jeito em todos os lugares, assim como nem todas as pessoas falam a própria língua de modo idêntico. Essa supervalorização da língua escrita combinada com o desprezo da língua falada é um preconceito que data de antes de Cristo! É claro que é preciso ensinar a escrever de acordo com a ortografia oficial, mas não as pronúncias que são resultado natural das forças internas que governam o idioma. Seria mais justo e democrático dizer ao aluno que ele pode dizer BUnito ou BOnito, mas que só pode escrever BONITO, porque é necessária uma ortografia única para toda a língua, para que todos possam ler e compreender o que está escrito, mas é preciso lembrar que ela funciona como a partitura de uma música: cada instrumentista vai interpretá-la de um modo todo seu, particular! BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico o que é, como se faz. 15 ed. Loyola: São Paulo, 2002 3. Como mandar bem na Modalidade Escrita? Não tem jeito: para mandar bem na modalidade escrita, é preciso estudo e treino! Você já sabe que ter um excelente domínio da norma culta da língua portuguesa é fundamental para conseguir os sonhados 200 pontos na competência I do ENEM, então, leia uma redação extraída do nosso blog Descomplica e observe algumas regras gramaticais. De olho nas redações! Tema: O jeitinho brasileiro em discussão no Brasil a) Uso das aspas para marcar o título de obras e expressões populares, uso da vírgula para isolar aposto e intercalar conectores e o uso da crase de acordo com a transitividade verbal e nominal; Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 04.10.2016 Introdução: discorre sobre a identidade da nossa pátria considerando os aspectos mais populares e, claro, expressão esteja também relacionada à capacidade de o povo tupiniquim se adaptar às situações mais inesperadas, é o aspecto negativo que se sobressai, uma vez que muitos buscam obter vantagens pessoais transgredindo regras. b) Uso da vírgula, acentos gráficos, crase, concordância e colocação pronominal e uso de siglas; 1ª Desenvolvimento: A violação das convenções sociais, além de configurar um desvio de conduta, está na contramão dos ideais igualitários desejados por todos. Em um momento em que casos de corrupção envolvendo o governo ganham espaços na mídia, faz-se necessária uma análise das nossas condutas diárias. Para contribuir com essa reflexão, o Conselho Nacional de Justiça lançou, no ano de 2013, uma campanha com o intuito de estimular o cidadão a adotar posturas mais éticas em situações cotidianas, nas quais comportamentos desonestos passam muitas vezes despercebidos. Ao trazer à tona ações tidas como irregulares, o CNJ lançou um convite à honestidade, valor este que nos dias de hoje encontra-se cada vez mais escasso. c) Uso das aspas para expressões e termos informais, concordância verbal e nominal; 2ª Desenvolvimento: Mudar esse quadro é importante também para desconstruir o rótulo de malandro que acompanha o brasileiro e que é tão prejudicial à imagem do nosso país lá fora. Aqui mesmo, inclusive, esse estereótipo foi usado em diversas obras brasileiras, como em Milícia, de Manual Antônio de Almeida, na qual o personagem Leonardo apresenta um caráter duvidoso. Essa representação ultrapassou nossas fronteiras e chegou aos estúdios da Disney, passou a ser uma das características mais divulgadas no exterior, contribuindo, assim, para perpetuar uma imagem pejorativa, que precisa ser apagada. d) Crase, uso gráfico correto de palavras que podem gerar dúvidas (transgressão, ilícitos e punição), distinção entre termos de letra maiúscula e uso correto da pontuação; Conclusão: combatida. Para tanto, é primordial que haja, por parte do governo, maior rigor e punição àqueles que praticamatos ilícitos; cabe ao indivíduo lutar por uma sociedade que privilegie a todos, sem nenhuma transgressão; à família propagar entre seus membros valores como o respeito e a honestidade e à mídia promover discussões que levem à reflexão de que uma sociedade justa somente será possível por meio de comportamentos éticos. É preciso, cada vez Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 04.10.2016 torne prática corriqueira. 4. Erros Comuns da Modalidade Escrita Há uma série de aspectos linguísticos e noções gramaticais que muitos estudantes têm dificuldade de utilizar corretamente ao escreverem um texto. Descubra quais são os erros mais frequentes e que podem ser prejudiciais em sua prova de redação: a) Mas (conectivo adversativo) X Mais (advérbio de intensidade ou quantidade) b) Onde (Adjunto adverbial de lugar, indicam valor de estado ou permanência) X Aonde (Advérbio, transmite a ideia de movimento); c) A cerca de (proximidade) X Acerca de (a respeito, sobre) d) Impecilho (grafia errada) X Empecilho (grafia correta) e) Há (verbo Haver) X A (preposição) f) Mal (oposto de bem) X Mal (oposto de bom) g) Haja (verbo Haver) X Aja (Verbo Agir) h) Traz (verbo Trazer) X Trás (advérbio de lugar) i) Há anos atrás (uso incorreto, apresenta redundância) X Há anos OU Anos atrás (uso correto) j) Tem (acompanha a concordância do sujeito no singular) X Têm (acompanha a concordância do sujeito no plural) k) Uso de gírias, erros de concordância, erros de grafia e uso incorreto da vírgula; Tema: A violência contra a mulher em discussão no Brasil Nos dias de hoje a violência contra as mulheres está muito preocupante. As pessoas não tem motivos para bater nas mulher porque isso eh parte da cultura machista. Mano, o poder público deve tomar medida para alterar essa situassão e garantir o bem estar social. l) Marcas de oralidade, problemas de pontuação, ausência de acento, ausência de crase e estrutura sintática prejudicada; Tema: Os impactos do programa Mais Médicos na saúde brasileira O governo Dilma, implantou o programa Mais Médicos. A situação da saude brasileira já não era boa mas agora ficou pior porque o governo trouxe médicos do exterior... e os médicos do Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 04.10.2016 Brasil? Cabe as autoridades e a população observarem se essa foi a melhor escolha para os pacientes. 5. Não deixe de conferir! Falta pouco para o ENEM! Não deixe de conferir o nosso site e nosso blog, com dicas imperdíveis e descomplicadas para você mandar bem na modalidade escrita! Redações Exemplares Resumo para o ENEM: Vírgulas Concordância e Regência nominais Redação Master Bernardo Soares 05.10.2016 Os Brasis Dentro do Brasil Redação Master Bernardo Soares 05.10.2016 Aula #12 Os Brasis Dentro do Brasil Como ficar por dentro desse assunto? O Brasil não é um país de uma cor só. Não à toa, desde o início da música, cantamos a aquarela nacional, a diversidade de opiniões, de sotaques e, principalmente, de culturas. O problema está, justamente, na convivência com o diferente: diversos acontecimentos, nos últimos tempos, têm mostrado que a nossa pátria alimenta, muitas vezes, um sentimento de xenofobia dentro do próprio país e, em muitos lugares, um desejo de separação. O que você sabe sobre isso? Vamos ver alguns pontos? O que se tem falado sobre isso? O post de Micarla Lins viralizou após a jovem desabafar sobre um tema bastante presente na sociedade brasileira, porém pouco discutido: o preconceito linguístico. No texto, a estudante da UFRJ compartilhou a sua emoção de ter recebido a primeira demonstração de carinho por escrito do seu pai, que não tem o domínio completo da escrita. Ela acredita que 'saber escrever não é direito, mas privilégio. O texto é do Huffpost Brasil. Circulou pelas redes sociais e causou revolta o caso do médico que caçoou de um paciente que não sabia direito o que o enteado sentia e dizia que era peleumonia . Guilherme Capel, doutor em letras e receitas, sabedor de nomes difíceis, não aceitava que um mecânico semianalfabeto pudesse pronunciar, de maneira errada, um nome comum de doença, a pneumonia. Pois bem. Houve revolta pela atitude do médico, e este acabou sendo demitido do hospital em que trabalhava. Imagine esse médico, atendendo um contador de causos do interior goiano, como o saudoso Geraldinho Nogueira? Uai, sô. Eu tenho tido é um marelume, uma tiriça, acho até que é coisa do demo, espinhela caída. Eu tô trabalhando e, quando é fé, vem esse tonteamento O restante do texto você encontra aqui. Líder de movimento defende a independência dos três estados do Sul: Somos diferentes . A entrevista completa está neste link. "A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, afirmou nesta quinta-feira que se preocupa com o "aspecto raivoso" que o debate político tem assumido neste Redação Master Bernardo Soares 05.10.2016 momento de acirramento das discussões em torno do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O texto é da Folha de São Paulo. O que o ENEM já cobrou sobre este assunto? O desafio de se conviver com as diferenças (2007) O que o Descomplica tem cobrado sobre este assunto? A cordialidade brasileira e suas consequências em questão no século XXI O preconceito linguístico e seus efeitos em discussão no Brasil A questão da variação linguística no contexto da educação O Brasil vive uma cultura de direitos humanos? Que tal treinar com um tema inédito? A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A questão indígena em análise no Brasil atual, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. O Brasil, país racista e preconceituoso, sempre demonstrou profundo desprezo pelos povos indígenas. O governo da presidente Dilma Rousseff, pressionado por interesses os mais diversos, foi responsável pelo pior índice de demarcação de terras de todo o período democrático: em cinco anos, ela homologou um total de 3,3 milhões de hectares - o governo Itamar Franco, em apenas dois anos, homologou 5,4 milhões de hectares. O recorde de demarcações pertence ao governo Fernando Henrique Cardoso, que, em dois mandatos, homologou um total de 42 milhões de hectares. O descaso com a questão indígena é a principal causa da violência no campo. De forma ilegal, alicerçados na força das armas e da corrupção, os fazendeiros avançam pelas florestas, derrubando-as para transformá-las em lavoura e pasto. Redação Master Bernardo Soares 05.10.2016 O Brasil aparece como o campeão absoluto de desmatamento no mundo, com perda média de 984 mil hectares de florestas por ano, segundo relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). O resultado desse conflito histórico pode ser medido em números: calcula-se que quando os primeiros homens brancos aqui aportaram havia cerca de 5 milhões de índios. Hoje, mais de 500 anos depois, eles não passam de 850 mil, segundo dadosdo IBGE. Caçados como animais, mortos em guerras bacteriológicas, expulsos para longe de seus domínios, confinados em pequenas reservas, os indígenas foram vítimas de um verdadeiro genocídio, que extinguiu etnias, línguas, culturas. E, o mais inacreditável, em pleno século XXI continuam sendo perseguidos e tendo seus direitos básicos desrespeitados, por conta da omissão do Estado, que no Brasil, antes de ser expressão de aspirações coletivas, é fortaleza de interesses privados. De acordo com relatório do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), em 2014 foram assassinados 138 índios, a maioria decorrente de conflitos com invasores de seus territórios. A omissão do Poder Público foi também responsável pelo falecimento de 21 índios adultos por falta de acesso ao sistema de saúde uma doença comum como a gripe, por exemplo, é responsável por 15,3% das mortes entre índios adultos. A mortalidade infantil entre a população indígena atinge índices inaceitáveis: 41,9 crianças mortas por mil nascidas vivas, quando a média nacional é a metade, 22 crianças mortas por mil nascidas vivas. Além disso, números da DataSUS mostram que a principal causa de óbito entre crianças indígenas de até 9 anos de idade é a desnutrição esse grupo representa, sozinho, 55% do total das mortes por desnutrição no Brasil. Menosprezados, desassistidos, abandonados, o índice de suicídio entre os indígenas alcança proporções alarmantes. Dados recolhidos no Mapa da Violência do Ministério da Saúde expõem que enquanto a média do Brasil é de 5,3 suicídios por 100 mil habitantes, a incidência entre os indígenas atinge uma média de nove suicídios para cada 100 mil habitantes, podendo chegar, em alguns municípios da região Norte, a 30 suicídios por 100 mil habitantes. Um estudo da ONU afirma que o suicídio entre jovens indígenas ocorre em um contexto de discriminação, marginalização, colonização traumática e perda das formas tradicionais de vida, que forjam um sentimento de isolamento social. Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/07/13/actualidad/1468422915_764996.html Texto 2 Responsável pela demarcação do que ainda resta de terras indígenas no país, a Funai (Fundação Nacional do Índio) vem sofrendo seguidos cortes orçamentários desde 2011, além de atuar com somente 36% da sua capacidade total de servidores. Redação Master Bernardo Soares 05.10.2016 De acordo com dados da própria Funai, aproximadamente 30% das terras indígenas ainda não foram demarcadas no país, o que representa 204 terras pendentes e 700 já homologadas. Em 2016, por exemplo, o orçamento geral autorizado, de R$ 653 milhões, teve redução de 23% em relação a 2015, o que equivale a R$ 150 milhões a menos em caixa o maior corte anual desde 2006. "A gente que é do movimento indígena sabe que o governo não vem dando condições para que a Funai faça o seu trabalho direito", diz Suluene Guajajara, do povo guajajara, da terra indígena Arariboia, no Maranhão. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/ 06/1782194-funai-perde-23-do-orcamento-e-opera-so-com-36-dos-servidores.shtml Texto 3 Texto 4 Redação Master Bernardo Soares 05.10.2016 Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 11.10.2016 Propostas de Intervenção Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 11.10.2016 Aula #13 Propostas de Intervenção A prova de redação do ENEM exige que o candidato, após defender os argumentos vinculados à temática proposta, consiga, também, criar uma solução para a problemática em questão. É importante saber que a proposta interventora deve, impreterivelmente, respeitar os direitos humanos e exercer valores éticos e que zelem pelo bem-estar social. 1. O que é uma proposta interventora? A proposta interventora trata- longo do texto dissertativo-argumentativo. A banca de correção do ENEM deseja avaliar a sua capacidade crítica e seu senso ético-cidadão e, a partir disso, observar seu posicionamento para resolver questões sociais, culturais, artísticas e/ou políticas sem ferir os direitos humanos. 2. Quais as principais características da proposta interventora? Em primeiro lugar, lembre-se que a intervenção deve vir no parágrafo de conclusão. Não se esqueça de retomar a sua tese, deixando sempre bem claro a sua opinião sobre o tema, tudo bem? Você deve inserir entre duas ou três propostas interventoras e justificar o porquê de elas terem sido escolhidas para a resolução do problema, apresentando, assim, os impactos positivos. Além disso, você deve expor os agentes interventores que atuarão de forma transformadora. Já falamos sobre os G.O.M.I.F.E.S. por aqui! Esses são os principais atuantes de alterações sociais, políticas, educacionais, econômicas e culturais. Relembre os G.O.M.I.F.E.S.: Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 11.10.2016 3. Como mandar bem na proposta interventora? Provavelmente, você já criou, em sua mente, inúmeras soluções para questões importantes da sociedade brasileira, tais como, a fome, a desigualdade social e o desemprego. No entanto, nem sempre basta desenvolvermos propostas criativas se, por vezes, na prática, elas dificilmente irão acontecer. Neste sentido, para criar uma boa proposta interventora é preciso avaliar as condições estabelecidas para que a intervenção seja, de fato, cabível de executar. Junte uma dose de originalidade com seu conhecimento crítico-argumentativo e mãos à obra! De olho nas redações! Veja alguns parágrafos de conclusões, extraídos do blog do Descomplica, e observe a construção das propostas interventoras, tal como, os agentes interventores e a explicação de como resolver as problemáticas em questão. a) Referência a eventos de entretenimento como alternativa interventora; Tema: Como lidar com o sedentarismo infantil no Brasil Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 11.10.2016 Nesse sentido, providências precisam ser tomadas, buscando garantir uma melhor qualidade de vida para essa geração engaiolada. Em primeiro lugar, é importante destacar a função da família. Cabe aos pais o papel de estipular e ensinar a ter limites, estimulando, também, atividades ao ar livre. A grande mídia voltada para o público infantil, apesar de ser um dos fatores que desencadeiam o sedentarismo, já vem fazendo seu papel e pode continuar no mesmo caminho, promovendo anualmente corridas infantis, como a Corrida Cartoon Network e a Disney Magic Run, excelente iniciativas que incentivam as crianças a saírem de frente da TV. Apenas assim poderemos ajudar essa geração a superar a apatia e as expectativas criadas sobre ela. https://descomplica.com.br/blog/redacao/modelo-de-redacao-como-lidar-com-o- sedentarismo-infantil-no-brasil/ b) Escola e mídia como agentes transformadores; Tema: O preconceito linguístico e seus efeitos em discussão no Brasil Fica claro, portanto, que a língua é um fator decisivo na exclusão social. Por isso, o preconceito linguístico deve ser admitido e combatido. Primeiramente, as escolas deveriam fazer uma abordagem mais aprofundada sobre esse tema, além de ensinar, nas aulas de Português, todas as variantes existentes na língua. A mídia deveria parar de estereotipar os personagens de acordo com a sua maneira de falar e poderia investir em campanhas que ajudem a desconstruirhttps://descomplica.com.br/blog/redacao/modelo-de-redacao-o-preconceito-linguistico- e-seus-efeitos-em-discussao-no-brasil/ c) Alusão à Constituição de 1988 e movimento social de 2013; Tema: Mobilidade Urbana no século XXI - O ir e vir em questão na sociedade brasileira Diante disso, é essencial que o Governo aplique as verbas destinadas aos transportes na sua manutenção e acessibilidade e invista em projetos de mobilidade urbana e obras nas cidades, garantindo, assim, uma reestruturação e adaptação dos meios e demais vias de locomoção. perante as autoridades responsáveis justiça nas taxas e prestações desses serviços, fazendo valer o que está escrito na Constituição. https://descomplica.com.br/blog/redacao/modelo-de-redacao-mobilidade-urbana-no- seculo-xxi-o-ir-e-vir-em-questao-na-sociedade-brasileira/ d) Adoção de medidas a curto e longo prazos; Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 11.10.2016 Tema: O sistema prisional e seus efeitos no século XXI Portanto, a maneira que os indivíduos são tratados no cárcere fere os direitos humanos, por isso, mudanças fazem-se urgentes. O governo deve investir na extensão de cadeias para evitar a lotação e, como solução paliativa, usar caminhões pipa para suprir a carência de água potável. Além disso, atividades pedagógicas ou esportivas, intermediadas por ONGs, darão aos detentos a oportunidade de reinserção social. O acesso à saúde pública é um direito universal, logo, são imprescindíveis equipes médicas e a fiscalização desses cuidados, principalmente em relação à saúde da mulher. Assim, garantiríamos que as condições dos detentos não fossem enfrentadas de forma desumana. https://descomplica.com.br/blog/redacao/redacoesexemplares/modelo-de-redacao-o- sistema-prisional-brasileiro-e-os-seus-efeitos-no-seculo-xxi/ e) Explicação de citações como justificativa da proposta interventora apresentada; Tema: A inclusão do deficiente físico em questão no Brasil Torna-se claro, portanto, que o meio esportivo e o campo educacional são de extrema importância para a inclusão dos cidadãos com deficiência. Sendo assim, o governo deve investir em projetos gratuitos para deficientes, por meio da criação de centros esportivos e culturais, além de melhorar a acessibilidade urbana para que todos desfrutem dos espaços sociais, garantindo o respeito e a igualdade de direitos. Ademais, as escolas precisam capacitar os profissionais de educação, por meio de cursos específicos, para que lidem de forma adequada com as crianças debilitadas fisicamente. Por fim, a mídia deve cumprir plenamente sua função social, desmistificando a deficiência física através de propagandas e ficção engajada a fim de erradicar o preconceito e promover na sociedade uma consciência inclusiva. Outras medidas https://descomplica.com.br/blog/redacao/modelo-de-redacao-a-inclusao-social-do- deficiente-fisico-em-questao-no-brasil/ Exemplo de redação nota 1000: Observe, abaixo, a redação da aluna Amanda Carvalho. O texto foi extraído do site G1 e atingiu a pontuação máxima (1000 pontos!) na prova do ENEM de 2015. Tema: A persistência da violência contra a mulher na sociedade Brasileira A violência contra a mulher no Brasil tem apresentado aumentos significativos nas últimas décadas. De acordo com o Mapa da Violência de 2012, o número de mortes por essa causa aumentou em 230% no período de 1980 a 2010. Além da física, o balanço de 2014 relatou cerca Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 11.10.2016 de 48% de outros tipos de violência contra a mulher, dentre esses a psicológica. Nesse âmbito, pode-se analisar que essa problemática persiste por ter raízes históricas e ideológicas. O Brasil ainda não conseguiu se desprender das amarras da sociedade patriarcal. Isso se dá porque, ainda no século XXI, existe uma espécie de determinismo biológico em relação às -se em a função social de se submeter ao masculino, independentemente de seu convívio social, capaz de construir um ser como mulher livre. Dessa forma, os comportamentos violentos contra as mulheres são naturalizados, pois estavam dentro da construção social advinda da ditadura do patriarcado. Consequentemente, a punição para este tipo de agressão é dificultada pelos traços culturais existentes, e, assim, a liberdade para o ato é aumentada. Além disso, já o estigma do machismo na sociedade brasileira. Isso ocorre porque a ideologia da superioridade do gênero masculino em detrimento do feminino reflete no cotidiano dos brasileiros. Nesse viés, as mulheres são objetificadas e vistas apenas como fonte de prazer para o homem, e são ensinadas desde cedo a se submeterem aos mesmos e a serem recatadas. Dessa maneira, constrói-se uma cultura do medo, na qual o sexo feminino tem medo de se expressar por estar sob a constante ameaça de sofrer violência física ou psicológica de seu progenitor ou companheiro. Por conseguinte, o número de casos de violência contra a mulher reportados às autoridades é baixíssimo, inclusive os de reincidência. Pode-se perceber, portanto, que as raízes históricas e ideológicas brasileiras dificultam a erradicação da violência contra a mulher no país. Para que essa erradicação seja possível, é necessário que as mídias deixem de utilizar sua capacidade de propagação de informação para promover a objetificação da mulher e passe a usá-la para difundir campanhas governamentais para a denúncia de agressão contra o sexo feminino. Ademais, é preciso que o Poder Legislativo crie um projeto de lei para aumentar a punição de agressores, para que seja possível diminuir a reincidência. Quem sabe, assim, o fim da violência contra a mulher deixe de ser uma utopia para o Brasil. 5. Não deixe de conferir! Nosso site e blog estão com muitos conteúdos didáticos e divertidos para você aprender da melhor maneira possível! Não deixe de ver: Redações exemplares O uso da vírgula Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 11.10.2016 Dose de Atualidades 2016: Zika e Microcefalia Redação Master Bernardo Soares 13.10.2016 Acesso à Cultura no Brasil Redação Master Bernardo Soares 13.10.2016 Aula #14 Acesso à Cultura no Brasil Como ficar por dentro desse assunto? Em 2016, o samba faz cem anos. Durante todo esse século, surgiram diversas outras formas de expressão, com origem em diferentes lugares e camadas. É possível perceber, porém, que todas essas manifestações, no Brasil, ainda não chegam a muitas pessoas que, em uma cultura de direitos humanos, deveriam ter acesso à cultura. O que você sabe sobre isso? Vamos ver como tem aparecido por aí? O que se tem falado sobre isso? "Até hoje há quem questione a origem do samba. Mas o certo é que, transcorrido o primeiro centenário, o tradicional gênero da MPB mantém-se popularíssimo. Cada vez mais cultuado, esse símbolo da nossa cultura popular se espalhou por todo o país e é visto em todo o mundo como a principal manifestação artística do Brasil. O texto é do jornal Correio Braziliense. "Todas as salas de cinema do País deverão oferecer recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência visual e auditiva em todas as sessões comerciais. O prazo para a adaptação total é de dois anos, mas, em 14 meses, metade das salas de cada grupo exibidor deverá oferecer o recurso de legendagem, legendagem descritiva, audiodescrição e Língua Brasileira de Sinais (Libras)para quem solicitar. O texto é do Portal Brasil. "As apresentações artísticas e culturais em apoio à promoção de destinos e produtos turísticos brasileiros podem ser incluídas no rol das ações beneficiárias do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), decidiu nesta terça-feira (13) a Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). A medida consta do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 177/2015, que agora segue para a análise do Plenário do Senado. O texto é da Agência Senado e você lê aqui. O que o Descomplica tem cobrado sobre este assunto? O livro na era da digitalização do escrito Redação Master Bernardo Soares 13.10.2016 A inclusão social do deficiente físico em questão no Brasil A Valorização da Cultura Informacional na Sociedade Brasileira. O Brasil vive uma cultura de direitos humanos? Há espaço na Mídia para o Negro Brasileiro? Há, de fato, desigualdades no acesso à produção cultural? Como incluir, no âmbito social, o hábito da leitura e de enriquecer o conhecimento? "Camarotização" da sociedade brasileira: a segregação das classes sociais e a democracia O papel da literatura na formação de valores da sociedade O valor do cinema como prática social A importância da literatura na formação infantil Que tal treinar com um tema inédito? A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A democratização do acesso à cultura em questão no Brasil, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Sabe-se que a Constituição é a lei fundamental e suprema de uma nação, ditando a sua forma de organização e seus princípios basilares. Os Direitos Culturais, além de serem direito s humanos previstos expressamente na Declaração Universal de Direitos Humanos (1948), no Brasil encontram-se devidamente normatizados na Constituição Federal de 1988 devido à sua relevância como fator de singularizarão da pessoa humana. Como afirma Bernardo Novais da Mata Machado, os direitos culturais são parte integrante dos direitos humanos, cuja história remonta à Revolução Francesa Redação Master Bernardo Soares 13.10.2016 e à sua Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789), que sustentou serem os indivíduos portadores de direitos inerentes à pessoa humana, tais como direito à vida e à liberdade. Fato é que a cultura reflete o modo de vida de uma sociedade, além de interferir em seu modo de pensar e agir, sendo fator de fortalecimento da identidade de um povo e indubitavelmente de desenvolvimento humano. Conforme afirma José Márcio Barros, a cultura refere-se tanto ao modo de vida total de um povo isso inclui tudo aquilo que é socialmente aprendido e transmitido, quanto ao processo de cultivo e desenvolvimento mental, subjetivo e espiritual, através de práticas e subjetividades específicas, comumente chamadas de manifestações artísticas Nesse sentido, com o intuito de garantir o direito à cultura, assim diz a Constituição: Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. § 1.o O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro- brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional. § 2.o A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os diferentes segmentos étnicos nacionais. Disponível em: http://observatoriodadiversidade.org.br/site/ o-direito-de-acesso-a-cultura-e-a- constituicao-federal Texto 2 Desigualdades no acesso à produção cultural: Entretenimento: a minoria dos brasileiros frequenta cinema uma vez no ano. Quase todos os brasileiros nunca frequentaram museus ou jamais frequentaram alguma exposição de arte. Mais de 70% dos brasileiros nunca assistiram a um espetáculo de dança, embora muitos saiam para dançar. Grande parte dos municípios não possui salas de cinema, teatro, museus e espaços culturais multiuso. Livros e Bibliotecas: o brasileiro praticamente não tem o hábito de leitura. A maioria dos livros estão concentrados nas mãos de muito poucos. O preço médio do livro de leitura é muito elevado quando se compara com a renda do brasileiro nas classes C/D/E. Muitos municípios brasileiros não têm biblioteca, a maioria destes se localiza no Nordeste, e apenas dois no Sudeste. Acesso à Internet: uma grande porcentagem de brasileiros não possui computador em casa, destes, a maioria não tem qualquer acesso à internet (nem no trabalho, nem na escola). Redação Master Bernardo Soares 13.10.2016 Profissionais da Cultura: a metade da população ocupada na área de cultura não têm carteira assinada ou trabalha por conta própria. (Fonte: Ministério da Cultura IBGE - IPEA). Disponível em: http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/culture-and- development/access-to-culture/ Texto 3 O Ministério da Cultura mostrou-se necessário ao Brasil. Hoje temos estudos e projetos brasileiros como referência em organizações internacionais que tratam dos problemas dos direitos autorais em ambiente digital. Somos (ou tínhamos sido) pioneiros na luta em defesa dos criadores, que se viram sem saber o quê, como, quanto e quando receberão pela divulgação de sua obra em plataformas de streaming. A Diretoria de Direitos Intelectuais (DDI) do MinC vinha se tornando um think tank especializado nesses assuntos. Sem falar na situação do audiovisual, que se tornou uma atividade superavitária; nos Pontos de Cultura, que buscam acompanhar e proteger centros de criação artística em todo o território nacional; na atenção ao patrimônio histórico. Sem altas verbas (muito ao contrário), o MinC tem mostrado que o país passou a dar à produção cultural o valor que ela merece. http://oglobo.globo.com/cultura/artigo-sem-festa-por-caetano-veloso-19308827 Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 18.10.2016 Criatividade e Autoria Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 18.10.2016 Aula #15 Criatividade e Autoria Quer surpreender na hora de escrever um texto dissertativo-argumentativo? Abuse de sua bagagem histórica, literária, filosófica, artística e cultural. Os maiores vestibulares do Brasil prezam pela originalidade na maneira de escrever. É preciso fazer associações com o tema e deixar claro qual é a conexão de seu conhecimento de mundo com a temática solicitada em questão. Quer aprender? Contagie-se de novas ideias conosco! 1. Como ser criativo(a) e autoral na redação? Use seus conhecimentos a seu favor. Uma das melhores maneiras de ser autoral e mostrar domínio de suas ideias e da escrita é sendo interdisciplinar. Sabe o que isso significa? Utilize as disciplinas que você aprendeu ao longo do Ensino Médio: História, Geografia, Biologia, Filosofia, Sociologia, Literatura, Português, Química, entre outras. A partir disso, procure relacionar com a temática solicitada pelo texto. Além disso, outra maneira muito interessante de trazer originalidade ao seu texto é estar atento a notícias, filmes, músicas e livros.Esses elementos podem lhe ajudar a associar ideias e deixar o seu texto cada vez mais rico de informações. Mas lembre-se: é preciso treino. Não deixe de conferir exemplos e exercitar bastante! 2. Quais as principais características presentes em um texto de cunho criativo? Sem dúvidas, as estratégias argumentativas fazem-se presente nos textos com maior enriquecimento autoral e criativo. Não se esqueça que autoria significa originalidade, logo, você Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 18.10.2016 não deve copiar textos, escreva-o com suas próprias palavras e deixe explícita a sua opinião sobre o tema abordado. Entre inúmeras estratégias argumentativas (já falamos sobre elas nas aulas anteriores!), as mais frequentes são: alusões históricas e/ou filosóficas, argumentos de autoridade, citações, referências musicais e artísticas, dados estatísticos, comparações temporais e sociais, dados informativos extraídos de notícias ou jornais e contextualizações literárias e geográficas. É preciso mostrar domínio sobre a estratégia apresentada e justificá-la ao longo do texto, de modo que se explique qual é a relação da alusão apresentada com a problemática exercida pelo tema de redação. Leia bastante e tente, desde já, relacionar inúmeros assuntos com os conhecimentos mundanos que você já possui! 3. De olho nas redações! Extraímos, abaixo, algumas redações de pontuação máxima nos principais vestibulares do Brasil, dentre eles, o ENEM, a Unicamp e a Fuvest. Veja como a originalidade é dada e cada um dos parágrafos e inspire-se para fazer sua própria contextualização. =) a) Referência musical; Tema: Mobilidade Urbana - A necessidade do Estado priorizar determinados meios de transporte para atender as necessidades da realidade brasileira (parágrafo de introdução, UNICAMP 2007) presente na vida do povo em épocas passadas. Hoje, ao contrário do que descreve a música, tal meio de transporte apresenta-se, para muitos, somente em parques de diversão (trem- fantasma) ou brinquedos de criança. O transporte ferroviário tornou-se obsoleto, algo que não poderia ter ocorrido num país como o Brasil, onde tal sistema apresenta vantagens que o colocam como prioritário para suprir as atuais necessidades nacionais. b) Alusões a leis governamentais; Tema: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira (parágrafo de desenvolvimento, ENEM 2015) tenham contribuído bastante para o crescimento do número de denúncias relacionadas à violência física, moral, psicológica, sexual contra a mulher, ainda se faz presente uma limitação. A questão emocional, ou seja, o medo, é uma causa que desencoraja inúmeras Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 18.10.2016 denúncias: muitas vezes, a suposta submissão econômica da figura feminina agrava o desconforto. Em outros casos, fora do âmbito familiar, são instrumentos da perpetuação da desestimula a busca por justiça e por direitos, peças-chave na manutenção de qualquer democracia. c) Uso de argumentos de autoridade; Tema: Participação Política - Indispensável ou superada? (parágrafo de desenvolvimento, FUVEST 2012) Entretanto, enquanto muitos árabes lutam por seus direitos políticos, o mundo ocidental parece ter descartado tal conquista, tratando-a como um objeto substituível por outras coisas que preenchem o vazio ali estabelecido. Nesse ínterim, a tese do sociólogo Zygmunt Bauman parece se concretizar: as coisas são tão superficiais e passageiras e as pessoas são tão sedentas por consumo, que elas preferem abortar qualquer embrião político dentro delas e substituí-lo por forças não-políticas voláteis, como o mercado financeiro e o consumo. d) Alusão filosófica e intertextualidade; Tema: Consumismo (parágrafo de conclusão, FUVEST 2013) O capitalismo inerente à maioria das nações contemporâneas trouxe consequências aterradoras para seus cidadãos. A felicidade atribuída ao ato de compra desencadeou diversas mazelas do seu valor intrínseco associado às posses, as pessoas começaram a relacionar-se de forma efêmera, em um mundo onde apenas os endinheirados vivem prazeirosamente. Se Descartes vivesse no século XXI, 4. Descomplicando a redação nota 1000! Leia uma redação extraída do site G1, de um aluno que obteve pontuação máxima na prova de redação do ENEM no ano de 2014: Consumidores do futuro De acordo com o movimento romântico literário do século XIX, a criança era um ser puro. As tendências do Romantismo influenciavam a temática poética brasileira através da idealização da infância. Indo de encontro a essa visão, a sociedade contemporânea, cada vez mais, erradica a pureza dos infantes através da influência cultural consumista presente no cotidiano. Nesse contexto, é preciso admitir que a alegação de uma sociedade conscientizada Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 18.10.2016 se tornou uma maneira hipócrita de esconder o descaso em relação aos efeitos da publicidade infantil no país. Em primeiro plano, deve-se notar que o contexto brasileiro contemporâneo é baseado na lógica capitalista de busca por lucros e de incentivo ao consumo. Esse comportamento ganancioso da iniciativa privada é incentivado pelos meios de comunicação, que buscam influenciar as crianças de maneira apelativa no seu dia-a-dia. Além disso, a ausência de leis nacionais acerca dos anúncios infantis acaba por proporcionar um âmbito descontrolado e propício para o consumo. Desse modo, a má atuação do governo em relação à publicidade infantil resulta em um domínio das influências consumistas sobre a geração de infantes no Brasil. Por trás dessa lógica existe algo mais grave: a postura passiva dos principais formadores de consciência da população. O contexto brasileiro se caracteriza pela falta de preocupação moral nas instituições de ensino, que focam sua atuação no conteúdo escolar em vez de preparar a geração infantil com um método conscientizador e engajado. Ademais, a família brasileira pouco se preocupa em controlar o fluxo de informações consumistas disponíveis na televisão e internet. Nesse sentido, o despreparo das crianças em relação ao consumo consciente e às suas responsabilidades as tornam alvos fáceis para as aquisições necessárias impostas pelos anúncios publicitários. Torna-se evidente, portanto, que a questão da publicidade infantil exige medidas concretas, e não um belo discurso. É imperioso, nesse sentido, uma postura ativa do governo em relação à regulamentação da propaganda infantil, através da criação de leis de combate aos comerciais apelativos para as crianças. Além disso, o Estado deve estimular campanhas de alerta para o consumo moderado. Porém, uma transformação completa deve passar pelo sistema educacional, que em conjunto com o âmbito familiar pode realizar campanhas de conscientização por meio de aulas sobre ética e moral. Quem sabe, dessa forma, a sociedade possa tornar a geração infantil uma consumidora consciente do futuro, sem perder a pureza proposta pelo Movimento Romântico. 5. Não deixe de conferir! Ainda procurando novas referências? Veja o que pode te ajudar a fazer uma boa contextualização em sua redação dissertativo-argumentativa: Constituição de 1988 Você conhece todos os tipos de democracia existentes? Descubra aqui! Como escrever sobre as manifestações sociais em minha redação? RedaçãoMaster Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 18.10.2016 5 citações para defender a tese de seu texto Redação Master Bernardo Soares 19.10.2016 Mobilidade Urbana no Brasil Redação Master Bernardo Soares 19.10.2016 Aula #16 Mobilidade Urbana no Brasil Como ficar por dentro desse assunto? Com as Olimpíadas, o Rio de Janeiro sofreu muitas mudanças com relação ao transporte e movimentação das pessoas pelas ruas da cidade. BRTs, VLTs, ciclovias e muitos outros meios encheram a cidade de alternativas no ir e vir do dia a dia. As transformações na locomoção, porém, não se resumem à cidade-sede dos jogos. O que você sabe sobre esse assunto e como ele tem impactado o nosso país? O que se tem falado sobre isso? "O deslocamento de casa para o trabalho continua sendo um martírio para quem mora em Belo Horizonte. Gasta-se mais de uma hora na ida e volta, tempo máximo aceitável, e a metrópole aparece na 23ª posição do ranking da mobilidade urbana entre as 26 capitais e o Distrito Federal. Esse é o principal motivo para que a capital mineira apareça apenas em 4º lugar na avaliação do bem-estar da população. A mobilidade urbana foi um dos cinco indicadores analisados. O texto é do portal Hoje em dia. "Segundo uma pesquisa do Datafolha, 74% dos brasileiros são a favor de ações que desfavoreçam carros particulares, desde que seja para melhorar a mobilidade urbana em transporte público ou meios mais sustentáveis. O texto é do Jornal da Novo Tempo. "A cidade de São Paulo teve uma significativa evolução na mobilidade urbana nos últimos quatro anos, na visão de três especialistas ouvidos pela RBA. Nas avaliações, por um lado o prefeito e candidato à reeleição, Fernando Haddad (PT), pôs em prática a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 12.587), sancionada em 2012; por outro, demonstrou ousadia para devolver a ciclistas e ao transporte coletivo espaços que, por cerca de 50 anos, foram considerados exclusivos e sagrados para o automóvel particular. Todos concordam, porém, que ainda há muito por fazer. O texto é do portal RBA. "Quase todos os dias da semana, já por volta das 15h, é extensa a fila de carros no acesso às pontes em direção ao continente. O congestionamento atravessa muitas vezes o túnel Antonieta de Barros. Um dos mais enrolados do país, nosso trânsito ficou caótico quinta-feira, com a Redação Master Bernardo Soares 19.10.2016 despropositada paralisação intermitente dos ônibus. Será que o bispo daria jeito? O texto é do Diário Catarinense. O que o Descomplica tem cobrado sobre este assunto? O Brasil vive uma cultura de direitos humanos? Que tal treinar com um tema inédito? Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Mobilidade urbana no século XXI: o ir e vir em questão na sociedade Brasileira, apresentando proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Texto 1 Os movimentos e protestos populares a que o Brasil assistiu nos meses de junho e julho de 2013 trouxeram à tona a questão da mobilidade urbana e da acessibilidade, que está implicada (e diretamente) na formação e construção da identidade do indivíduo. Chaves na sociabilização dos habitantes de uma cidade, elas propiciam o acesso a seus recursos mais importantes: o capital social, cultural e econômico. Assim, o direito à cidade é um dos direitos maiores das sociedades modernas. Uma das condições decisivas para que a acessibilidade aos bens urbanos se efetive é a mobilidade urbana, algo que vai além de transportes e da mera funcionalidade da cidade. A mobilidade urbana não deve ser pensada apenas pelo viés técnico, como área de domínio dos engenheiros especializados, pois não se trata apenas de ofertar meios de transporte para uma demanda de circulação, instalando equipamentos e tecnologias. É a cidade que precisa ser pensada em conexão com a questão da mobilidade e, de fato, isso não ocorre no Brasil. Uma questão-chave que precisa ser compreendida: a cidade condiciona as formas de mobilidade, como as condições de mobilidade influem sobre a cidade. Conectar as dimensões nos leva a perguntar: que mobilidade para qual tipo de cidade? A forma da cidade, morfologia urbana, não pode ser abstraída quando se pensa a mobilidade urbana. Mas, por incrível que Redação Master Bernardo Soares 19.10.2016 pareça, tudo o que acompanhamos sobre as questões relativas à mobilidade urbana das cidades brasileiras ignora essa relação. Disponível em: http://www.cartanaescola.com.br/single/show/157. Texto 2 Texto 3 O trânsito se tornou uma das maiores dores de cabeça para a população. O acúmulo de veículos nas ruas causa prejuízos, estresse, acidentes e poluição, e tende a piorar nos próximos anos, caso não sejam adotadas políticas mais eficientes. O problema agravou-se nas últimas décadas graças à concentração de pessoas nas cidades, à falta de planejamento urbano, aos incentivos à indústria automotora e ao maior poder de consumo das famílias. Isso tudo provocou o que os especialistas chamam de crise de mobilidade urbana, que acontece quando o Estado não consegue oferecer condições para que as pessoas se desloquem nas cidades. Segundo o relatório Estado das Cidades da América Latina e Caribe , 80% da população latino-americana vive em centros urbanos e 14% (cerca de 65 milhões) habita metrópoles como São Paulo e Cidade do México. Ocorre que esse aumento contínuo da população urbana não foi acompanhado de políticas de urbanização e infraestrutura que resolvessem questões como moradia e transporte. Redação Master Bernardo Soares 19.10.2016 A má qualidade do transporte público e o incentivo ao consumo faz a população optar pelo transporte individual. De acordo com o Observatório das Metrópoles, a frota de veículos nas metrópoles brasileiras dobrou nos últimos dez anos, com um crescimento médio de 77%. Os dados revelam que o número de automóveis e motocicletas nas 12 principais capitais do país aumentou de 11,5 milhões para 20,5 milhões, entre 2001 e 2011. Esses números correspondem a 44% da frota nacional. Trecho disponível em http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/ atualidades/mobilidade-urbana-como-solucionar-o-problema-do-transito-nas-metropoles.htm Texto 4 Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 25.10.2016 Análise de redações exemplares Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 25.10.2016 Aula #17 Análise de redações exemplares Chegamos à reta final! A poucos dias da prova do ENEM, é tempo de fazer uma breve revisão do conteúdo e avaliar redações que conquistaram a pontuação máxima no vestibular. Não desanime agora, lembre-se de quantas dificuldade você superou para chegar até aqui. Já dizia Charles Chaplin: a persistência é o caminho do êxito. Confie em seu potencial e dê o seu melhor! 1. De olho nas redações! Veja, abaixo, as redações que tiraram nota máxima nas provas anteriores do ENEM. a) A persistência da violência contra a mulher (ENEM 2015);Parte desfavorecida De acordo com o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um o esse, composta por partes que interagem entre si. Desse modo, para que esse organismo seja igualitário e coeso, é necessário que todos os direitos dos cidadãos sejam garantidos. Contudo, no Brasil, isso não ocorre, pois em pleno século XXI as mulheres ainda são alvos de violência. Esse quadro de persistência de maus tratos com esse Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 25.10.2016 setor é fruto, principalmente, de uma cultura de valorização do sexo masculino e de punições lentas e pouco eficientes por parte do Governo. Ao longo da formação do território brasileiro, o patriarcalismo sempre esteve presente, noção de inferioridade da mulher em relação ao homem. Dessa forma, muitas pessoas julgam ser correto tratar o sexo feminino de maneira diferenciada e até desrespeitosa. Logo, há muitos casos de violência contra esse grupo, em que a agressão física é a mais relatada, correspondendo a 51,68% dos casos. Nesse sentido, percebe-se que as mulheres têm suas imagens difamadas e seus direitos negligenciados por causa de uma cultura geral preconceituosa. Sendo assim, esse pensamento é passado de geração em geração, o que favorece o continuísmo dos abusos. Além dessa visão segregacionista, a lentidão e a burocracia do sistema punitivo colaboram com a permanência das inúmeras formas de agressão. No país, os processos são demorados e as medidas coercitivas acabam não sendo tomadas no devido momento. Isso ocorre também com a Lei Maria da Penha, que entre 2006 e 2011 teve apenas 33,4% dos casos julgados. Nessa perspectiva, muitos indivíduos ao verem essa ineficiência continuam violentando as mulheres e não são punidos. Assim, essas são alvos de torturas psicológicas e abusos sexuais em diversos locais, como em casa e no trabalho. A violência contra esse setor, portanto, ainda é uma realidade brasileira, pois há uma diminuição do valor das mulheres, além do Estado agir de forma lenta. Para que o Brasil seja s, em que elas possam encaminhar, mais rapidamente, os casos de agressões às Delegacias da Mulher e o Estado fiscalizar severamente o andamento dos processos. Passa a ser a função também das instituições de educação promoverem aulas de Sociologia, História e Biologia, que enfatizem a igualdade de gênero, por meio de palestras, materiais históricos e produções culturais, com o intuito de amenizar e, futuramente, acabar com o patriarcalismo. Outras medidas devem ser imeiro passo é o mais importante na evolução de b) Publicidade infantil em questão no Brasil (ENEM 2014); A Revolução Industrial, ocorrida inicialmente na Inglaterra durante o século XVIII, trouxe a necessidade de um mercado consumidor cada vez maior em função do aumento de produção. Para isso, o investimento em publicidade tornou-se um fator essencial para ampliar as vendas das mercadorias produzidas. Na sociedade atual, percebe-se as crianças como um dos focos de publicidade. Tal prática deve ser restringida pelo Estado para garantir que as crianças não sejam persuadidas a comprar determinado produto. Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 25.10.2016 A partir da mecanização da produção, o estímulo ao consumo tornou-se um fator primordial para a manutenção do sistema capitalista. De acordo com Karl Marx, filósofo alemão do século XIX, para que esse incentivo ocorresse, criou-se o fetiche sobre a mercadoria: constrói-se a ilusão de que a felicidade seria alcançada a partir da compra do produto. Assim, as crianças tornaram-se um grande foco das empresas por não possuírem elevado grau de esclarecimento e por serem facilmente persuadidas a realizarem determinada ação. Para atingir esse objetivo, as empresas utilizam da linguagem infantil, de personagens de desenhos animados e de vários outros meios para atrair as crianças. O Conselho Nacional de Direitos de Criança e do Adolescente aprovou uma resolução que considera a publicidade infantil abusiva, porém não há um direcionamento concreto sobre como isso vai ocorrer. É imprescindível uma maior rigidez do Estado sobre as campanhas publicitárias infantis, pois as crianças farão parte do mercado consumidor e devem ser educadas para se tornarem consumidores conscientes. Logo, o Estado deve estabelecer um limite para os comerciais voltados ao público infantil por meio da proibição parcial, que estabelece horários de transmissão e faixas etárias. Além disso, o uso de personagens de desenhos animados em campanhas publicitárias infantis deve ser proibido. Para efetivar as ações estatais, instituições como a família e a escola devem educar as crianças para consumirem apenas o que é necessário. Apenas assim, o consumo consciente poderá se realizar a médio prazo. c) Os efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil (ENEM 2013); Lei Seca: ainda com alto teor de jeitinho brasileiro Com o surgimento do carro, popularizado por Henry Ford nos Estados Unidos, passaram a existir, também, novos desafios. Um que se apresenta como problema atual no Brasil é o do uso irresponsável e possivelmente mortal do automóvel em casos de direção alcoolizada e as tentativas de atenuar tais casos são várias. Dentre elas está a lei Seca, do ano de 2008, que procura conscientizar a população através de um sistema legal e que, apesar dos resultados já demonstrados, carece de muito suporte e de muitos avanços para obter os efeitos desejados pelo governo e por toda a sociedade. A Lei Seca surgiu inicialmente como instrumento de conscientização, porém sua efetivação encontra obstáculos na área da fiscalização, o que torna a Lei para muitos meramente institucional e não prática. Infelizmente, ainda pode-se constatar em algumas regiões a falta de etilômetros, conhecidos como bafômetros, que, associada à desinformação por parte dos policiais rodoviários, agrava ainda mais a questão da fiscalização e contribui para a impunidade. Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 25.10.2016 Em adição a essa problemática, ainda há a consciência de boa parte da população de que se não há quem veja então não está errado. O "jeitinho brasileiro", teorizado por inúmeros sociólogos como Octávio Ianni, contribuiu para esse pensamento de escapar da lei e, juntamente com a ignorância dos riscos corridos ao colocar-se em uma situação de direção alcoolizada, forma um conjunto de ideias equivocadas fixadas no imaginário do brasileiro que ainda impede a efetiva implantação da legislação. Assim, é indispensável a criação, principalmente a nível municipal, de programas informatizados, nas escolas e comunidades, sobre os riscos da combinação de trânsito e álcool. Além disso, é imperativo que haja incentivos fiscais à iniciativa privada e a grandes empresas que contribuem na implantação de programas de educação no trânsito. Finalmente, os efeitos da Lei Seca só serão realmente sentidos e contrastantes com um passado de mortes e acidentes quando houver uma intensificação de fiscalização e extinção da impunidade, sucesso esse que deve ser uma contribuição de todos os órgãos governamentais da sociedade civil. d) A imigração para o Brasil no século XXI (ENEM 2012); Catalisador estrangeiro No final do século XX, o país passou por um período de grande prosperidade econômica traduziu- O crescente número de imigrantes que buscam terras tupiniquins, porém, revela que talvez o futuro esteja próximo de chegar. Dessa forma, é preciso enxergar a oportunidade de crescimento que tal fenômeno representae propor medidas que maximizem os benefícios e minimizem os problemas. Em um primeiro plano, deve-se entender que o aumento do contingente populacional gera uma série de problemas para o local de destino. Nesse sentido, a qualidade dos sistemas de saúde, segurança e educação que já não é ideal, no país, torna-se ainda mais precária caso não haja a definição do limite de absorção de imigrantes por cidade. Logo, faz-se necessária a ampliação da fiscalização das fronteiras do país pelas forças armadas para que haja maior controle do número de pessoas que desejam viver no país, além de uma melhor administração do local de destino, evitando locais que já apresentam inchaço populacional. Entretanto, ainda que haja um limite de indivíduos, aqueles que aqui se estabelecem não são inseridos na sociedade e acabam por incrementar o setor informal da economia, quando poderiam contribuir para o crescimento do país, principalmente em setores onde há carência de profissionais, como na construção civil. Para amenizar tal quadro, as ONGs poderiam oferecer cursos de profissionalização aos imigrantes, aproximando-os da dinâmica social do Redação Master Master Eduardo Valladares (Maria Carolina Coelho) 25.10.2016 país. Afinal, não basta oferecer apenas água e alimentos como fez o governo no caso da chegada de 500 haitianos no Acre, ano passado. Torna-se evidente, portanto, que o país precisa administrar de forma mais consciente a expressiva chegada de imigrantes. Com esse objetivo, além das medidas anteriormente citadas, a criação de uma "cartilha do imigrante" ajudaria no estabelecimento desses indivíduos uma vez que eles ficariam cientes de suas possibilidades, sendo papel do Governo elaborá-la. Com os imigrantes incrementando não só a cultura como a economia, a reação social de transformação em país do futuro, certamente será agilizada. Redação Master Bernardo Soares 26.10.2016 Meio Ambiente e Sustentabilidade Redação Master Bernardo Soares 26.10.2016 Aula #18 Meio Ambiente e Sustentabilidade Como ficar por dentro desse assunto? Depois do desastre em Mariana, a discussão sobre o meio ambiente e a sustentabilidade voltou à tona. Diversas reuniões já foram feitas e muitos acordos desenhados, mas a falta de cuidado com o meio ambiente ainda é presente na nossa sociedade. O que você sabe sobre esse assunto? Vamos ver alguns tópicos importantes? O que se tem falado sobre isso? "Acidente em Mariana (MG) e seus impactos O texto é do Mundo Educação. Veja. "Doutor em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Thiago Guedes de Oliveira vê com preocupação o incentivo à privatização no setor de saneamento. A entrevista é do jornal O Globo. "O pré-candidato republicano à Casa Branca Donald Trump disse nesta quinta-feira que acha que o papa Francisco está errado sobre o aquecimento global. O pontífice, que está no meio de uma visita histórica aos Estados Unidos, expressou solidariedade na quarta-feira com o presidente Barack Obama sobre a necessidade de agir para evitar o aquecimento global, e disse que a mudança climática é 'um problema que não pode mais ser deixado para as futuras gerações ." A reportagem é do portal G1. "Baía de Guanabara enfrenta prova de fogo ante as A reportagem é do jornal ElPaís. "Em 2085, apenas 33 cidades do hemisfério norte do planeta terão, no mês de agosto, uma temperatura média amena o suficiente para hospedar os Jogos Olímpicos sem oferecer risco à performance dos atletas. A reportagem é do jornal Nexo. A Fundação SOS Mata Atlântica entrou com pedido de moratória (uma espécie de suspensão temporária) para que o Governo do Paraná pare de conceder licenças e autorizações Redação Master Bernardo Soares 26.10.2016 de desmatamento de Mata Atlântica no Estado até 31 de dezembro de 2018. A reportagem é do Jornal de Piracicaba. O que o ENEM já cobrou sobre este assunto? Como preservar a floresta amazônica (2008) Desenvolvimento e preservação ambiental (2001) O que o Descomplica tem cobrado sobre este assunto? Os desafios de uma educação ambiental A questão do lixo na sociedade brasileira Os desafios das energias renováveis no Brasil Efeitos e desafios da exploração do pré-sal no Brasil Os efeitos dos organismos transgênicos na sociedade do século XXI Desastres ambientais: qual o preço do desenvolvimento? Que tal treinar com um tema inédito? A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Os desafios do consumo consciente no Brasil contemporâneo, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Texto 1 Redação Master Bernardo Soares 26.10.2016 Sabe quando o salário termina antes do final do mês e o trabalhador é obrigado a recorrer ao crédito? Talvez você desconheça, mas o planeta Terra conta com um índice semelhante, o qual revela quando a humanidade consome os recursos naturais capazes de serem renovados no período de um ano. A notícia ruim é que, para 2016, esse dia é esta segunda-feira, 8 de agosto. Em suma, precisamos de apenas oito meses para "entrar no vermelho". O cálculo foi feito pela Organização Não Governamental Global Footprint Network. A ONG lembra que esse momento tem chegado cada ano mais cedo. O dia 8 de agosto vai marcar, para a Terra, neste ano, o Earth Overshoot Day (Dia de Sobrecarga da Terra). A partir dessa data, "viveremos a crédito", anunciou a organização em um comunicado conjunto com a ONG WWF. Para fazer o cálculo, a Global Footprint leva em conta a emissão de gases causadores do efeito estufa (GEE), os recursos consumidos pela pesca, pecuária e agricultura, assim como as construções e o uso de água. Em 2015, o Earth Overshoot Day foi em 13 de agosto. A data "avança inexoravelmente desde os anos 1970", afirmam as ONGs. Naquele ano, esse dia chegou em 23 de dezembro. "Para satisfazer nossas necessidades, atualmente, precisamos do equivalente a 1,6 planeta" por ano, disseram ambas as organizações. "O custo desse consumo excessivo já é visível: escassez de água, desertificação, erosão do solo, queda da produtividade agrícola e das reservas de peixes, desmatamento, desaparecimento de espécies", lista o comunicado."Viver a crédito só pode ser provisório, porque a natureza não é uma jazida, da qual podemos extrair recursos indefinidamente", afirmam. As emissões de dióxido de carbono (CO2), o principal gás do efeito estufa, são o maior fator desse excesso, visto que representam "60% da nossa pegada ecológica global", afirmam a WWF e a Global Footprint. Segundo o Relatório Anual sobre o Estado do Clima, um documento publicado na última semana, de cuja elaboração participaram 450 cientistas do mundo todo, as emissões de gases causadores do efeito estufa atingiram níveis recordes em 2015. Em dezembro de 2015, líderes de mais de 190 países concordaram, durante a COP21, em Paris, estabelecer metas de redução dos GEE nas próximas décadas, a fim de evitar que a temperatura média global do planeta suba mais que 2ºC - nível considerado seguro pelos cientistas. Disponível em:http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2016/ posts/agosto/humanidade-estoura-limite-de-recursos-naturais-do?tag=biodiversidade Texto 2 Redação Master Bernardo Soares 26.10.2016 A OMS (Organização Mundial de Saúde) traz dados sobre a quantidade de água utilizada na cadeia produtiva de alguns produtos que nos faz refletir sobre o consumo consciente. Para um quilo de arroz, são necessários 3.000 litros de água; um quilo de carne de boi, 15,5 mil litros de água; um litro de leite, mil litros de água; uma xícara de café, 140 litros de água; e um par de sapatos, 8.500 litros de água. Assim, percebe-se que em tudo que se consome para o bem-estar, no atual modelo de desenvolvimento, tem um alto consumo de água, que precisa ser revisto ou, no mínimo, ter os impactos mitigados. Com esse olhar constata-se que todos os dias há transposição de água entre as regiões, de município para município, não por meio de tubulações para chegar às torneiras, mas pelo transporte de produtos para o bem-estar da população. A reflexão aqui não visa provocar nas pessoas um sentimento para não consumir, mas para ter consciência em relação ao consumo necessário e ao impacto, em termos de consumo dos recursos naturais, que o bem-estar produz, a partir do modo de viver de cada um. Assim, podemos assumir atitudes de verdadeiros cidadãos e cidadãs, comprometendo-se com iniciativas de mitigação dos impactos causados, através do apoio a projetos sociais, plantio de árvores frutíferas ou de espécies do bioma onde se vive. Redação Master Bernardo Soares 26.10.2016 É preciso equilibrar o clima e produzir alimentos saudáveis, revitalizando nascentes de água, desenvolvendo práticas agroecológicas, economizando e reciclando a água, planejando e compartilhando estratégias de captação e manejo de água de chuva, enfim, desenvolvendo iniciativas que possam retribuir à natureza o que dela foi extraído. É necessário o comprometimento de todos! Também poderá ser muito útil aprofundar essa visão nas reuniões das associações de bairros, nas comunidades rurais, nas escolas, nos clubes e redes sociais, nos condomínios, sempre com o intuito de promover iniciativas de mitigação dos impactos causados aos recursos naturais pela produção de bens e serviços para o bem-estar da população. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsocial/colunas/2016/01/1728985- consumo-consciente-caminho-para-a-sustentabilidade.shtml Texto 3 Assumir a responsabilidade com a Casa Comum exige uma profunda mudança no estilo de vida e nos valores que orientam nossa ação. Nosso modelo de sociedade está baseado no Redação Master Bernardo Soares 26.10.2016 consumo e na aparência. Para suprir essas necessidades, sacrificamos a Casa Comum, que é o espaço em que habitamos. Nem sempre estamos atentos para atitudes simples, por exemplo, o descarte correto do lixo, ligar nossas casas às redes de esgoto, cuidar da água, entre outras. A falta desses cuidados fere a Criação, de forma que, no lugar de flores, jardins e frutos diversos vemos esgoto a céu aberto, rios poluídos e monoculturas. Disponível em: http://campanhas.cnbb.org.br/cf2016/explicacao-do-cartaz
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