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Economia do Brasil e do Mundo I

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CENTRO DE INSTRUÇÃO”ALTE.BRAZ DE AGUIAR.”CIABA
DISC. INTROD. A ECON.-ECO-I TURMA 2N ABC2018PROF.CLCBARRETO.	FI- Ol-INTROD. A ECONOMIA
Introdução geral à ciência econômica
A Economia se interessa por coisas ditas comuns. No Século XIX, Alfred Marshall disse que a Economia procura estudar os negócios comuns da vida da humanidade, hoje a Economia continua estudando e tentando entender como esses negócios comuns funcionam
AS DEFINIÇÕES DA ECONOMIA
A Economia é a ciência que examina a parte da atividade individual e social essencialmente consagrada a atingir e a utilizar as condições materiais do bem-estar.Aparentemente simples, essa definição de MARSHALL é uma linha divisória entre as definições clássicas e as contemporâneas.
Os clássicos não se ocupavam especificamente das causas e das consequências às vezes terríveis das depressões, da escassez e do atraso econômico.
Contemporaneamente, todavia, atribui-se à Economia a análise das causas da prosperidade e das recessões, o exame dos problemas decorrentes da escassez de recursos em face das ilimitadas necessidades e, essencialmente, a investigação das condições necessárias para a universalização do bem-estar dos povos.
AEconomia é,pois, a ciência que estuda as formas do comportamento humano, resultantes da relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que, embora escassos, se prestam a usos alternativos."
A Economia é o estudo da organização social através da qual os homens satisfazem suas necessidades de bens e serviços. Ao se ocupar das condições gerais do bem-estar, o estudo da Economia inclui a organização social que implica distribuição de recursos escassos entre necessidades humanas alternativas e uso desses recursos com a finalidade de satisfazê-las a nível ótimo
A Economia é a ciência que se preocupa com o estudo das leis econômicas indicadoras do caminho que deve ser seguido para que seja mantida em nível elevado a produtividade, melhorado o padrão de vida das populações e empregados corretamente os recursos escassos.
A Economia é a ciência voltada para a administração dos escassos recursos das sociedades humanas: ela estuda as formas assumidas pelo comportamento humano na disposição onerosa do mundo exterior em decorrência da tensão existente entre os desejos ilimitados e os meios limitados aos agentes da atividade econômica
Não houvesse escassez nem necessidade de repartir os bens entre os homens, nãoexistiriam tampouco sistemas econômicos nem Economia.
A Economia é, fundamentalmente, o estudo da escassez e dos problemas dela decorrentes.
Etimologicamente, a palavra “economia” vem dos termos gregos oiko (casa) e nomo(norma, lei), e pode ser compreendida como “administração da casa”.
Em resumo, Economia estuda a maneira como se administra os recursos escassos com o objetivo de produzir bens e serviços, e distribuí-los para seu consumo entre os membros da sociedade “...cada família precisa alocar seus recursos escassos a seus diversos membros, levando em consideração as habilidades, esforços e desejos de cada um.”
Recurso - insumo ou fator de produção, um material que seja necessário em uma construção ou um processo deprodução
Os recursos produtivos também chamados de fatores de produção,são os elementos utilizados no processo de fabricação dos mais variados tipos de bens (mercadorias ) e utilizados para satisfazer as necessidades humanas.
Todas as pessoas sentem necessidade de consumir, tanto alimentos, água e ar , quanto por bens de consumo como televisão., computadores, máquinas, etc.
Bens de consumo — bem comprado para satisfazer desejos e necessidades pessoais, tais como: sabonete, refrigerante, lápis e outros. Nem sempre o consumidor é aquele que compra o bem, mas sim aquele que usa misterioso sobre o conceito de economia, em qualquer parte do mundo, uma economia é um grupo de pessoas que estão interagindo umas com as outras e dessa forma, vão levando a vida.
Existem duas coisas que precisamos entender quando se quer compreender uma economia:
A primeira questão básica: é saber como são tomadas as decisões das pessoas e segundo, é saber como as pessoas interagem. Vamos começar a entender como as pessoas tomam decisões. São quatro os princípios que norteiam essa primeira questão:
As pessoas precisam fazer escolhas e essas escolhas não são de graça. Elas precisam ser feitas tendo em vista que os recursos são escassos;
As pessoas enfrentam trade-off's, ou seja, o custo real de algumas coisas é o que o indivíduo deve despender para adquiri-lo, o custo de um produto ou serviço é aquilo do que tivemos de desistir para consegui-lo;
As pessoas são racionais, isto significa que as pessoas e as empresas podem melhorar seu processo de decisão pensando na margem;
As pessoas regam a estímulos. Como elas tomam suas decisões levando em conta os benefícios e seus custos, qualquer alteração nessas variáveis pode alterar o comportamento da sua decisão.
A segunda questão básica que norteia o processo econômico é como as pessoas interagem, ou seja, como as economias funcionam. Em geral isto se dá através dos mercados.
Os mercados são geralmente bons organizadores da atividade econômica. Entretanto, os mercados às vezes falham e, que por isso, os governos podem melhorar os resultados do mercado. A idéia de que há ganhos com o comércio foi introduzida na Economia de forma bem elaborada em 1776, por Adam Smith, com o seu livro Riqueza das Nações.
 Os ganhos do comércio são oriundos, sobretudo, da divisão do trabalho, portanto, da especialização. O fundamento que fica é que a economia como um todo pode produzir mais e melhor quando cada pessoas se especializa em uma tarefa. Isto aumenta a produtividade do sistema, aumentado assim a quantidades de bens e serviços a disposição das pessoas Podemos dizer que a questão da capacidade de produzir bens e serviços está relacionada ao nível de produtividade do país.
Produtividade - relação entre os produtos obtidos e os fatores de produção empregados na sua obtenção. A produtividade é o quociente que resulta da divisão entre a produção obtida e um dos fatores empregados na produção (insumo) , o que explica as grandes diferenças de padrão de vida entre os países ao longo do tempo é a diferença de produtividade entre eles. Dessa maneira, onde a produtividade das pessoas é maior, ou seja, produzem mais bens e serviços em menos tempo, o padrão de vida é maior.
As Necessidades,
Os Bens Econômicos e os Serviços
1- Necessidade Humana: É a sensação de carência de algo unida ao desejo de satisfazê-la. Necessidade humana é um estado em que percebe alguma privação. Podem ser: físicas básicas; sociais; individuais etc...,as necessidades obedecem a uma hierarquia.
Podemos dividir as necessidades humanas em:
Primárias, naturais ou vitais - São aquelas imperiosas, isto é, que devem ser satisfeitas para garantir a subsistência do homem. Exemplo: alimentação, habitação, vestuário, medicamentos, etc.
Secundárias, sociais ou artificiais - São aquelas criadas pela civilização do homem. O não atendimento implica apenas num sofrimento não fatal. O homem pode viver sem saciar as necessidades secundárias. Exemplo: cinema, rádio, gravata, etc. As necessidades podem ainda ser:
Individuais e
Sociais Individuais
Das múltiplas classificações disponíveis na literatura sobre as necessidades individuais, a Teoria de Maslow ou Teoria das Necessidades Humanas é conhecida como uma das mais importantes teorias de motivação, sendo referência para diversos autores nas áreas da Psicologia, do Direito, da Administração e da própria Economia:
coletivas: (partem do indivíduo e passam a ser da sociedade): transporte
públicas: (surgem da mesma sociedade) o ordem pública, polícia, justiça, educação, etc.
Bens
E tudo aquilo que satisfazem direta ou indiretamente os desejos e necessidades dos seres humanos. Bens Econômicos Os bens materiais classificam-se em:
Serviços
O trabalho, quando não é destinado à criação de bens (ou objetos materiais) pode visar à produção de serviços.Os serviços também se destinam a satisfazer as necessidades humanas: - transportador ou agente de vendas: distribuição de produtos; - artistas de cinema e teatro, escritor ou cantor: necessidades culturais; - outros serviços: bancos, seguros, corretores, etc.
Fatores de ProduçãoSão os recursos ou elementos básicos utilizados na produção de bens e serviços. São eles: terra, trabalho e capital.
Terra: (ou recursos naturais) É em sentido amplo o solo cultivável e os recursos naturais que contém como água, minerais, madeira, etc.
Trabalho: São as faculdades físicas, mentais e intelectuais dos seres humanos que intervém no processo produtivo.
Capital: São os bens e serviços, como máquinas e equipamentos, edifícios e construções, ferramentas, meios elaborados e demais meios utilizados no processo produtivo.
capital fixo
capital circulante;
capital financeiro, etc.
Agentes Econômicos Os agentes econômicos são pessoas de natureza física ou jurídica que, através de suas ações, contribuem para o funcionamento do sistema econômico.
EMPRESAS agentes encarregados de produzir e comercializar bens e serviços;
FAMÍLIAS - são os agentes responsáveis pelo consumo dos bens e serviços;
GOVERNO - organizações que atuam sob o controle do Estado.
As questões econômicas do mundo atual são de uma profundidade e de uma gravidade não registradas pela História em épocas passadas.
Pela primeira vez na História, há algumas sociedades opulentas, maciçamente ricas, mas desencantadas com a qualidade da vida que modelaram.
Mas há também, em elevado número de sociedades atrasadas que se encontram diante do torturante problema de não saber como aumentar seus recursos escassos para reduzir a miséria generalizada, numa luta sem tréguas pela sobrevivência.
De um lado e de outro - nas sociedades opulentas e nas subdesenvolvidas - os problemas existentes são de imensa gravidade. Diante deles, a Ciência Econômica não reúne condições para, sozinha, encontrar todas as soluções. Todavia, e com muitas esperanças, essa nova ciência poderá fornecer um pano de fundo indispensável para a sua discussão inteligente e proveitosa.
Sinais efetivos foi da abertura do bloco socialista-coletivista às economias ocidentais.
Um dos fatores cruciais que conduziram a essas mudanças foi o êxito das "economias-testemunho" do Pacífico (inicialmente o Japão e, mais recentemente, Taiwan, Hong-Kong, Coréia do Sul e Cingapura), implantadas na Ásia sob a inspiração de valores que caracterizam o sistema ocidental.
O efeito testemunhai dessas economias sobre o bloco coletivista exerceu-se de forma crescente e irreversível, levando a China Continental (especialmente suas províncias costeiras, como Jiangsu, Cantão e Fujian) a enveredar em direção a experiências protocapitalistas, que de certa forma bloquearam o avanço hegemônico do sistema de valores do coletivismo socialista sobre o bloco asiático.
Mais até como um todo, o bloco socialista passou a reavaliar sua estratégia de relações externas e abriu-se para a revisão dos princípios de sustentação de seu sistema econômico.
São decorrências dessa reavaliação-revisão:
As reformas econômicas que começaram a introduzir-se na China Continental a partir das modernizações de 1979, que despertaram o espírito empreendedor das províncias litorâneas, as quais sentiram mais de perto, pela proximidade geográfica, o efeito testemunhai dos Tigres Asiáticos.
A abertura liberalizante (glasnost) e a reestruturação econômica (pereslroika) da URSS. Este binômio modernizante tem como raízes a doença econômica, as mudanças nos anseios sociais e a necessidade de rebalanceamento entre as indústrias civil/militar. em qualidade e absorção de recursos externos.
A redução da influência soviética sobre a Europa do Leste. Em decorrência, a superação progressiva da cortina de ferro. Em termos geopolíticos, com a abertura do flanco soviético ao sistema ocidental, a integração da Europa Oriental à Ocidental e a unificação, irreversível a longo prazo, do grande espaço europeu.
O reequacionamento das relações Leste-Oeste contrasta, todavia, neste início desse século com o distanciamento Norte-Sul, agravado pela questão da dívida externa, que asfixia as economias da Ásia não desenvolvida, da África e da América Latina. Ocorre que o atraso econômico do Hemisfério Sul e o agravamento de suas condições sociais e políticas internas podem colocar em risco a estabilidade do^sistema internacional. E a conscientização deste risco está conduzindo à busca de soluções não convencionais para o endividamento.
Afinal, o isolamento do Terceiro Mundo envolverá, caso se agrave, tensões conflitantes com os cenários de entendimento, abertura e integração que parecem consolidar-se na atual realidade internacional.
Por fim, a consciência mundial está despertada nesta última década do século XX para a questão ambientalista. O equacionamento da questão da degradação ambiental poderá envolver a aplicação de políticas que conciliem o alívio da pobreza, o controle dos efeitos colaterais indesejáveis do crescimento econômico sobre o meio ambiente e a redução dos desníveis Norte-Sul de desenvolvimento.
Na busca de soluções não convencionais para a questão da dívida do
Terceiro Mundo terá força suficiente para reverter o crescente distanciamento dos padrões e níveis de desenvolvimento entre os Hemisférios Norte e Sul? Ou o afloramento da questão ambiental, contrariamente, sufocará mais do que atenuará os desníveis internacionais?
A distensão das relações Leste-Oeste configura-se, de fato, como uma tendência firme e irreversível ou seria apenas uma trégua efêmera nas disputas entre as potências imperialistas?
Oinício do século inaugurarão, firmemente, a era pós-ideológica ou persistirão as disputas entre o capitalismo liberal e o socialismo de Estado, quanto às suas capacidades comparadas para a promoção do crescimento econômico e da equanimidade?
O desemprego, a inflação e outras disfunções econômicas serão debeladas ou as nações por elas atingidas sucumbirão à incompetência e à busca de soluções equivocadas?
Afinal, teriam os economistas respostas satisfatórias para uma dessas indagações?
Caso tenham, o que ainda justifica as incertezas e o anseio de todos os povos por soluções adequadas?
E por que, na hipótese de já terem sido propostas, não foram tentadas?
Ou ainda, caso experimentadas, por que fracassaram?
Em meio às perplexidades e incertezas, que neste início do sec. 21convivem com os sinais promissores de reordenamento e de requacionamento das grandes questões mundiais, a economia passou a despertar interesse generalizado.
Cidadãos de todo o mundo, independentemente do grau de seus conhecimentos, de suas profissões, de suas idades e de suas inclinações políticas estão à procura de respostas inteligentes e pelo menos aparentemente lógicas para as questões cruciais da economia contemporânea.
O INTERESSE PELA ECONOMIA
Embora a atividade econômica e os problemas dela decorrentes tenham sempre despertado a atenção dos povos, o estudo sistemático da Economia é relativamente recente.
Certamente, em todas as épocas da História universal as pequenas comunidades e as grandes nações procuraram resolver eficientemente seus problemas de natureza econômica. Mas, só a partir do século XVIII é que a Economia despontou como ciência. No século XIX, seu progresso foi extraordinário e nas últimas décadas do século passado seu estudo ganhou novo e inesperado impulso.
Esse crescente interesse é de fácil compreensão.
Inicialmente, pode-se assinalar que ele tem muito a ver com a eclosão das Grandes Guerras de 14-18 e de 39-45 e com a crise econômica que abalou o mundo ocidental na década de 30. Muitos instrumentos de análise econômica foram desenvolvidos durante as guerras, com o objetivo de se conhecer em profundidade a estrutura dos sistemas nacionais de produção, em apoio de retaguarda aos esforços de guerra. Depois, nos intervalos das guerras, as nações ocidentais, abaladas pela Grande Depressão, se voltaram para o estudo dos elementos determinantesdo equilíbrio econômico, interessadas no restabelecimento da normalidade e na rápida reabsorção das massas desempregadas.
Aliás, a Grande Depressão da década de 30, "suscitou uma crise de consciência entre todos os economistas", da mesma forma como as perturbações da ação econômica, próprias dos períodos de guerra e de pós- guerra,desafiaram os estudiosos da Economia a encontrar os caminhos da estabilização.
Os graves problemas estruturais gerados por essas perturbações desafiaram os estadistas, políticos, sociólogos e economistas de nossa época e, sem dúvida, atormentaram também o homem comum.
Será que o homem desceu das árvores aprendeu a andar e a conquistar até o núcleo do átomo, para chegar, afinal, conclusão de que não é capaz de controlar a estabilidade dos preços?
Em meio às inflações e às depressões, os economistas - certamente muito mais que os estudiosos das outras áreas do conhecimento social - foram então mobilizados pelos grandes estadistas contemporâneos, que reclamavam soluções para os angustiantes problemas de sua época.
Assim, praticamente durante toda a primeira metade do século 20, a Grande Depressão e as Grandes Guerras aproximariam as reflexões teóricas dos economistas às soluções práticas dos estadistas. A Revolução Industrial do século XVIII e as questões político-doutrinárias e socioeconômicas do século XIX já haviam, é verdade, ensejado essa aproximação. Mas, a expressão, as causas e os efeitos das últimas guerras e da crise dos anos 30 certamente foram de maior envergadura e exigiram atuação mais imediata.
A Grande Depressão abalou todo o sistema econômico do Ocidente. Nos anos de 1929-33,0 desemprego se alastrara como uma peste incontrolável. E, durante as Grandes Guerras, o esforço de mobilização tecnológica e industrial veio demonstrar a correlação definitiva entre o poder militar e o poder econômico.
A Depressão de 30 reduziu drasticamente o Produto Nacional Bruto das economias atingidas, cortando-o pela metade: os Estados Unidos, que produziam mais de 103 bilhões de dólares em 1929, atingiram apenas 55 bilhões em 1933, quando cerca de 1/4 de sua força de trabalho ficou desempregada.
De outro lado, as Grandes Guerras também viriam comprometer a atividade econômica normal. Em 1945, no auge do esforço militar,cerca de 55% da capacidade industrial do mundo estavam destinados à produção de armamentos.
Mas não foram apenas as Guerras Mundiais e a Grande Depressão as causas fundamentais do crescente interesse pela Economia.
Além destas, há uma terceira causa de altasignificação, que se fez notar sobretudo no pós-guerra. Trata-se da preocupação básica do século XX em torno da idéia do desenvolvimento econômico.
De fato, tão logo terminou a Segunda Grande Guerra, o mundo todo se viu às voltas com um fenômeno de dimensões inesperadas o grande despertar dos povos subdesenvolvidos.
Esse despertar, possivelmente motivado pela facilitação das comunicações internacionais,que colocaram à mostra os contrastes do atraso e da afluência, viria transformar-se numa das mais notáveis características dos últimos anos da década de 70 e, sobretudo, dos anos 80 e 90.
A perseguição obstinada do desenvolvimento econômico, por mais de 2/3 da população da Terra, passaria a ser a marca fundamental da economia do pós-guerra. que as condições do bem-estar não estão condicionadas apenas pelo progresso material.
Em qualquer sociedade humana, as condições de bem-estar não podem prescindir de uma série de outros valores cuja natureza não se situa necessariamente na órbita das realizações materiais.
Não resta dúvida que, na religião, nas afeições de família e na amizade, mesmo o pobre pode encontrar objeto para muitas das faculdades que são a fonte da mais alta felicidade.
Entretanto, as condições que envolvem a extrema pobreza, especialmente em lugares densamente povoados, tendem a amortecer as faculdades superiores. Contentando-se com suas afeições para com Deus e o homem e, às vezes, mesmo possuindo certa natural delicadeza de sentimentos, os pobres podem levar uma vida menos incompleta do que a de muitos que dispõem de maior riqueza material. Mas, apesar de tudo isso, sua pobreza lhes é um grande e quase insolúvel mal. Mesmo quando estão bem sofrem do esgotamento e seus prazeres são poucos.
Comexcesso de trabalho e insuficiência de instrução, cansados e deprimidos, sem tranquilidade e sem lazer, não têm oportunidade para aproveitar o melhor de suas faculdades mentais. Conquanto alguns dos males que comumente vêm com a pobreza não sejam consequências necessárias desta, de uma forma geral, a perdição do pobre é a pobreza, e o estudo das causas da pobreza é o estudo das causas da degradação de uma grande parte do gênero humano.”
Não se nega que os valores espirituais devam ser mais do que nunca cultivados. Eles são parte importante de uma vida integral. Mas isso não significa que os povos subdesenvolvidos se satisfarão apenas com eles.
Ê uma utopia pretender o bom entendimento entre todos os povos e a superação dos problemas ideológicos da atualidade, mantendo-se as grandes desigualdades que ainda hoje diferenciam profundamente o padrão de vida e o bem-estar das nações.
Ê no campo das Ciências Econômicas que se descobrirão e se revelarão os instrumentos para tomar alcançável o grande alvo de nossa época. Com realismo e objetividade, poderão os economistas contribuir para isso, certamente bem mais que os pensadores de outras áreas do conhecimento humano.crescimento demográfico zero para as áreas de extrema pobreza.
"Para o século atual, a agenda social estará cheia desses programas da mais alta prioridade, humana. Caso contrário, chegando o crescimento ao seulimite, haverá crescentes dificuldades para reciclar recursos, manter a produção e obter meios de consumo e de subsistência.
Ademais, ao lado das questões estruturais referentes a padrões de crescimento e de desenvolvimento, o cenário econômico -comporta ainda elevado número de questões conjunturais, constituídas por um heterogêneo painel em que se misturam problemas como os da evolução das transações externas dos paísescom os decorrentes das oscilações nos índices de oferta de emprego em cada país.
Em certas circunstâncias, as oscilações de curto prazo podem assumir tal gravidade que interferirão nas próprias condições estruturais futuras das economias nacionais. A liquidez internacional dos países, os níveis de seu endividamento externo, a oferta interna de meios de pagamento e de crédito, as variações no ritmo dos investimentos, o andamento da inflação e o ciclo conjuntural dos negócios podem afetar o desempenho de longo prazo e as perspectivas econômicas das nações.
E, afetando-se estas perspectivas, os cenários político e social podem ser objeto de mudanças significativas, exigindo que as questões econômicas sejam tratadas a nível multidisciplinar
Devido à multiplicidade dos problemas econômicos e à diversidade de suas causas e efeitos - como demonstraram palidamente os exemplos que acabamos de examinar , muitos economistas contemporâneos, têm observado que não se podem separar os fenômenos essencialmente econômicos dos extra-econômicos, pois todos são significativos para o exame de qualquer sistema social e para o aprofundamento das' múltiplas questões da atualidade.
De fato, a aceleração do desenvolvimento econômico das economias periféricas talvez possa ser apontada como uma das questões cruciais deste final do século XX.
O crescimento econômico moderno,cujas origens recuam às primeiras décadas do século XIX, não se realizou uniformemente entre os países. Ê acentuada, entre os países, a diversidade dos níveis de desenvolvimento e de padrões de vida. Medidos, por exemplo, por um indicador-síntese, como o Produto Nacional Bruto , as diferenças entre as áreas economicamente mais adiantadas e as mais deprimidas chegam a atingir fatores superiores a 30: o PNB dos países da África, da América Central e da América do Sul, tomado em conjunto, é trinta vezes menor que o PNB dos países mais desenvolvidos da Europa OcidentalEstadiversidade não pode ser atribuída a um fator isolado.
Suas causassão múltiplas, envolvendo questões de geografia e clima, raça e costumes, religião e métodos de comércio, qualidade da força de trabalho e formação histórica dos recursos de capital.
Seus efeitossão tanbém múltiplos, não se encontrando entre as nações subdesenvolvidas uma única e homogênea atitude em relação à mudança. Tanto se encontram culturas que aceitam fatalisticamentea pobreza como regiões em que a obstinada perseguição do bem-estar tem conduzido à formação de tensões sociais e políticas nem sempre facilmente controláveis.
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Ao lado dessa multiplicidade de causas e efeitos que se escondem atrás dos problemas ligados ao processo de crescimento, observa-se, ainda, uma inquietante tendência ao agravamento do panorama atual.
Uma das razões das perspectivas sombrias é a explosão demográfica, que se concentra exatamente nas nações mais pobres, para o século XXL
Outra é o progressivo desequilíbrio ecológico, promovido, de um lado, pelo consumo destrutivo e inconsequente das nações de elevado nível de desenvolvimento, e, de outro lado, pela desorientada exploração das reservas naturais que se observa das nações em que a fome e a pobreza, aliadas à carência de perícia técnica adequada, têm contribuído para a devastação incontrolada
Hoje, porém, mais do que nunca, atenta a esta necessidade de vinculação com outros ramos, a Economia, embora sem perder de vista sua característica de um ramo autônomo do conhecimento humano, está partindo para uma aproximação cada vez maior com as outras ciências sociais, pois o conhecimento econômico exige a interpretação de toda uma série de ocorrências históricas, políticas, geográficas, antropológicas, sociais, jurídicas e até mesmo religiosas, no sentido de que o economista possa contar com um diversificado instrumental de trabalho.
. Não nos devemos esquecer de que, além da organização de tarefas de produção e distribuição de bens,o sistema econômico também funciona como uma cadeia que se liga a valores extra-econômicos, de grande importância para os homens.
Para aprofundar esta questão, vamos analisar, um a um, o sentido das inter-relações entre a Economia e os principais ramos do conhecimento social.
Bastará um pequeno contato com a realidade para reconhecer que a Economia também possui uma Geografia e uma História. Varia de época para época e se redefine de lugar para lugar.
Tais redefinições ocorrem dentro das limitações da tecnologia, bem como das suas mudanças; dependem das alterações de conhecimento e de acessibilidade de recursos, as instituições que compõem o sistema econômico e dos juízos de valor que influem na produção e no consumo.
Tais inter-relações dificultam o estudo isolado da Economia e levam o economista, frequentemente, às fronteiras de outros ramos do conhecimento humano. Em contrapartida - e por iguais razões - os estudiosos dos demais ramos do conhecimento social não podem prescindir de estreitos contatos com a Economia. O isolamento também os levaria a formulações estéreis e desvinculadas da complexa realidade que nos cerca.
Não há dúvida de que a Economia constitui um ramo autônomo doconhecimento humano, e que parece ter-se acentuado durante da existência de uma complexa rede de interdependência que a une à História, à Política, à Geografia, à Sociologia e ao Direito,além de uni-la a outros importantes ramos do conhecimento humano, entre os quais se incluem os métodos quantitativos
Assim, no domínio do conhecimento social, os compartimentos estanques são uma reminiscência. Hoje em dia, devido à multiplicidade e à complexidade dos problemas em jogo, um novo ciclo vai-se fechando: o da especialização extrema e necessária ao retorno obrigatório às interrelações entre todas as disciplinas sociais.
Aliás, sob certos aspectos, já não satisfaz mais o estudo de qualquer um dos ramos do conhecimento social sem que se esteja atento ao compor Economia e a interdependência entre a Economia e a Política pode ser considerada secular.
Na Idade Média, a organização institucional e a ordem político- econômica, estudadas pelos escolásticos, foram submetidas a um novo e extraordinário conjunto de normas de moral prática, mas de forma geral tudo ainda se enfeixava sob as vestes da Ética, da Economia e da Política. Posteriormente, do século XVI até as Revoluções Liberais do século XVIII, a Economia e a Política superaram sua submissão aos princípios escolásticos, prepararam terreno para a sua autonomia científica, mas permaneceram interdependentes - como até hoje permanecem.
Essa secular interdependência entre a Economia e a Ciência Política provém de que compete à Política, quando do estudo da organização do Estado e das relações entre as classes dirigentes e as dirigidas, a fixação de importantes instituições sobre as quais se desenvolverão as atividades econômicas.
Em consequência. a organização política e a organização econômica tornam-se interdependentes: a ação econômica subordina-se à estrutura política da sociedade, geralmente determinada por certo grupo de dominação, enquanto a ação do grupo de dominação política se encontra muitas vezes subordinada à estrutura dos centros de disposição do poder econômico.
No mundo ocidental, essa interdependência entre a Economia e a Ciência Política acentuou-se a partir da Grande Depressão, quando se transformaram as próprias características políticas das economias baseadas na livre empresa, em função da nova orientação intervencionista que modificou a estrutura do sistema capitalista.
Aliás, na abalada década de 30, a própria Ciência Política cobrou à Economia os elementos que assegurassem a manutenção do regime nas nações do bloco ocidental, reconhecendo-se definitivamente que o sistema econômico fundamentado na livre iniciativa era vital para a continuidade das tradicionais formas ocidentais de organização política.
No bloco socialista, firmou-se a necessidade do estudo integrado da Economia e da Política, pois os elementos básicos da sua organização econômica só poderiam ser mantidos a partir da continuidade e manutenção das formas fundamentais de sua estrutura política.
Aliás, uma das instituições básicas das economias socialistas é aperfeita justaposição dos poderes econômico e político. Confundem-se, nessas sociedades, as espinhas dorsais dos centros de disposição desses poderes.
Ao lado de suas funções políticas e em ligação com elas, o Estado socialista exerce funções caracteristicamente econômicas, uma vez que também desempenha a direção, a administração e a gestão de todo o sistema
Contemporaneamente- quer nas economias liberais do mundo ocidental, quer nas baseadas no socialismo de Estado - os sistemas econômicos e poli ticos encontram-se de tal sorte integrados que não faz qualquer sent.do o estudo isolado de cada um deles, mesmo porque essa ligação não é observada apenas estruturalmente.
Também em termos conjunturais, a interligação é bastante clara: em qualquer sociedade, a instabilidade das instituições políticas conduz fatalmente à instabilidade econômica. Reciprocamente, a estabilidade e o desenvolvimento econômico alinham-se entre os fatores essenciais que condicionam a estabilidade dos centros de disposição do poder político.
A Economia e a Sociologia há também estreitas e seculares ligações, de fatores econômicos para dar explicação a muitos processos sociais, enquanto na Idade Média e no Renascimento a maior parte dos autores cuidou do exame conjunto das interrelações entre as lutas sociais e de classe e os interesses econômicos
A partir de então, a redução das distâncias entre as investigações de natureza econômica e sociológica tem-se imposto, aliás, pelo crescente interesse dos economistas por determinados setores da realidade social, que passaram a ser estudados, especificamente, pelos sociólogos
O economista deve apoiar-se na História, não somente para nela descobrir o passado, mas também para melhor compreender o presente e antecipar o futuro.
Asrápidas mudanças nos rumos da história contemporânea parecem estar conduzindo a novas condições de equilíbrio global e, por isso, interessam de perto ao economista, pois abrangem a própria dinâmica das economias modernas. Afinal, entendendo-se a História como a ciência do evoluir, somente poderá a Análise Econômica estabelecer contínuo contato com a dinâmica das sociedades contemporâneas através de um crescente inter-relacionamento com a pesquisa histórica, notadamente numa época em que a História se liberta de suas tradicionais concepções e parte para análises prospectivas, todas do mais alto interesse para a compreensão da evolução econômica da atualidade.
As inter-relações entre a Economia e a Geografia decorrem de uma constatação fundamental - a de que as instituições econômicas e as próprias formas de organização da atividade produtiva divergem (e às vezes acentuadamente) de país para país e, dentro de um mesmo país, entre suas várias regiões.
A investigação dessas diferenças, conquanto decorrentes das características do meio ambiente, é assunto de alçada da Geografia, cujo campo de ação tem-se alargado cada vez mais, afastando-se do simples registro de acidentes geomorfológicos e de ocorrências climáticas, para se ocupar de relevantes análises que interessam de perto à Economia.
Como exemplos, enquadram-se em seu campo o levantamento e a análise das condiçõesgeo-econômicas dos mercados regionais, a localização espacial dos fatores produtivos, a distribuição populacional no espaço geográfico, a descrição e a avaliação dos métodos regionais de produção, intercâmbio e comunicações, a composição setorial da atividade econômica, a eficiência infra-estrutural da economia e as próprias formas de organização das unidades produtivas.
A Geografia Econômica, particularmente, tem-se revelado de inestimável utilidade para a Política Econômica, pois esta exige o preciso levantamento dos recursos naturais e humanos da sociedade e não pode prescindir das análises geomorfológicas, climatológicas, pedológicas, hidrográficas e biogeográficas, que orientam os planejadores na distribuição regional dos recursos financeiros e tecnológicos disponíveis, tendo em vista seu melhor aproveitamento, ser da pesquisa sociológica, interessam de perto à Análise Econômica e reaproximaram a Economia da Sociologia, definindo os estreitos laços que hoje se verificam entre esses dois ramos do conhecimento humano.
. Os economistas contemporâneos não desconhecem que os móveis psicológicos, de natureza subjetiva, tão importantes como os fatores objetivos condicionantes da atividade econômica, são determinados por vários conjuntos de relações sociais, cuja análise interessa diretamente à Economia, embora constituam o próprio objeto da Sociologia, a ciência particular do social.
Ademais, com a importância cada vez maior que o setor governamental desempenha no meio econômico, as relações entre as ciências do Direito e da Economia têm despertado crescente interesse. Após a Segunda Grande Guerra, enriqueceram-se as experiências jurídicas sobre a realidade econômica.
A França introduziu o Direito Econômico como disciplina de estudos curriculares em 1945, na Itália, abriu o caminho para o desenvolvimento do novo ramo, enquanto a Alemanha,tinha dedicado maior atenção à interdependência que deveria orientar os conhecimentos econômicos e jurídicos. É, aliás, aos juristas alemães que se deve a compreensão exata do papel que o Direito deve desempenhar em qualquer sistema econômico - através dele é que se obtém a sistematização das energias sociais, substituindo-se a ordem econômica natural pela ordem econômica juridicamente determinada.
A Economia mantém ainda estreitas relações com outros ramos,entre estes destacam-se os campos enfeixados genericamente sob a denominação de métodos quantitativos, como a Matemática e a Estatística.Os métodos quantitativos têm apresentado particular interesse à Economia.
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