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A caminhada empreendedora 077

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muito bem recebidos e atendidos de forma primorosa. A rejeição ao 
estacionamento "oportunista" foi elevada e, dessa vez, quem ficou com 
as sobras foi o Aristides. Altamente estressado, desgastado com os pro­
blemas enfrentados e desanimado com o empreendimento, Aristides 
vendeu seu estacionamento a um de seus concorrentes e partiu em 
busca de outra oportunidade - porém, com a intenção de nunca mais 
praticar a desastrosa estratégia do preço baixo. 
Maria Joana tinha o apelido de "Joaninha Atômica", em virtude de sua 
elevada ansiedade e por estar sempre em movimento. Ela não parava 
nunca. Esse seu temperamento já havia lhe causado muitas dores de 
cabeça, mas ela parecia nunca aprender. Agitada, nervosa e ansiosa, 
vivia cansada e reclamando da vida. Sua ideia era a de parar, sossegar, 
ter paz para poder ter uma vida mais tranquila. 
Certo dia, ficou sabendo que a pousada que havia conhecido na 
última semana estava à venda. Era sua oportunidade de aplicar suas 
reservas em prol de uma vida mais calma e sair daquele estresse enlou­
quecedor que era sua realidade. Visitou o local, conversou com a pro­
prietária, fez as contas e viu que recuperaria o equilíbrio financeiro 
se tivesse uma taxa de ocupação na faixa dos 80% nos três primeiros 
meses. Pensando assim, gastou tudo o que tinha - e ainda um pouco 
mais - para adquirir a bucólica pousada nas montanhas. Como era final 
de ano, fez as contas e viu que, se tudo corresse bem, no carnaval do 
ano seguinte ela estaria sossegada no novo empreendimento. 
Então, assumiu a pousada. Os amigos deram a maior força e se hos­
pedaram com Maria Joana nas primeiras semanas de funcionamento. 
Puderam notar que o empreendimento não estava causando o efeito 
esperado na "Joaninha". Ela perambulava pela pousada sempre ner­
vosa, preocupada e reclamando. Em especial pela baixa ocupação. Mas 
era final tle ano e as pessoas estão mais voltadas para o Natal tlo 4ue 
para o descanso. E nisso o tempo correu, veio janeiro e fevereiro com 
uma ocupação que não chegava à média de 70%. 
O carnaval chegou e, com ele, o fim do sonho da "Joaninha". Sem 
reservas, estressada e com dívidas, não via a hora de ficar livre da 
pousada. Acabou vendendo o negócio por preço abaixo do que tinha 
comprado, pois não teve paciência para esperar melhores negócios. No 
final, Maria Joana continuava a mesma, nervosa, estressada e ansiosa, 
mas agora sem reservas financeiras. 
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