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ATIVIDADE COMPLEMENTAR 1- Explique a diferença entre vogais nasalizadas (ponto de vista fonético) e vogais nasais (ponto de vista fonológico). Dê exemplo de cada caso. 2- Leia o trecho da Música “A mágoa do Chico Bento” a seguir e responda ao que se pede: Cuitado do riberão Tá sujo qui inté dá dó Os pexe sumiram tudo Num existe nada pió Os bicho lá do sertão Num güenta o chero da água Tem gosto de detergente Pur isso eu canto essa mágoa a. Classifique os processos fonológicos das palavras sublinhadas: b. Retire do texto palavras que exemplificam casos de: dígrafo consonantal, dígrafo vocálico, encontro consonantal, ditongo e hiato. 3- Faça a transcrição fonética (dialeto carioca) e a transcrição fonêmica das palavras abaixo: Sujo Dó Peixe Pior Bicho Cheiro Gosto (verbo) Detergente 4- Cite uma palavra da questão 3 em que podemos constatar o Arquifonema /S/ . Justifique sua resposta. RESPOSTAS 1- A vogal nasalizada (nasalidade fonética) ocorre quando uma vogal oral vem seguida, na sílaba seguinte, de uma das consoantes nasais /m, n, / e se trata de um caso de variação dialetal. Nesse caso, dizemos que a vogal é nasalizada. Os contextos categóricos de ocorrência de vogal nasalizada são: vogal tônica seguida de consoante nasal (exemplo: ra – mo [xãm] e /Ramo/) e vogal oral (tônica ou não) seguida da consoante nasal palatal // (exemplo: te –nho [te] e /teo/. Como se trata de variação fonética, o til sobre a vogal só aparece na transcrição fonética. Já a vogal nasal ocorre, obrigatoriamente, em todos os dialetos. Ortograficamente, você pode reconhecer a vogal nasal quando uma vogal vem seguida de uma consoante nasal (m ou n) na mesma sílaba como em campo e canto ou quando a vogal vem grafada como til como em anã. Há duas hipóteses acerca da existência ou não das vogais nasais: 1) vogal oral + elemento consonântico – nesse caso, a vogal assimila o ponto de articulação da consoante nasal. Na representação fonêmica, tem-se como resultado da neutralização das consoantes nasais o arquifonema nasal /N/. Exemplo: canto [kãmp] /kaNpo/ ; 2) vogal nasal – fonemicamente, haveria uma distinção entre vogal oral X nasal, exemplificada em lá X lã. Como se trata de um caso de nasalidade fonológica, o til aparece tanto na transcrição fonética quanto na fonológica. Exemplo: [kãp] /kãpo/ [kãt] /kãto/ [lã] /lã/. 2- a. Monotongação: “pexe” (peixe) e “chero” (cheiro) Aférese: “guenta” (aguenta) Apócope – “pió” (pior) b- dígrafo consonantal: bicho, cheiro, isso; dígrafo vocálico: aguenta, canto, detergente; encontro consonantal: sertão, detergente; ditongo: cuidado, ribeirão, agüenta, água, sertão e hiato: pior. 3- Sujo [susu Dó [d] /d/ Peixe [pe/pei Pior [pix] /piR/ Bicho [bi] /´bi Cheiro [] // Gosto [g/gS Detergente [detet] [deteReNte/ ou [detet] /deteR e 4- Temos Arquifonema em “Gosto” O arquifonema é uma unidade abstrata do campo da Fonologia que representa o resultado da neutralização de determinados fonemas em contextos linguísticos específicos. Os sons /s,z,,/ são fonemas na língua portuguesa como comprovam os pares mínimos: assa /s/, asa /z/, acha // e haja //. No entanto, quando esses fonemas ocorrem em final de sílaba se neutralizam, deixam de ser distintivos, ou seja, pode-se substituir um pelo outro sem alterar o significado da palavra, como ocorre, por exemplo em: go[s]to ou go[]to. Para sinalizar a perda da distintividade desses fonemas, utiliza-se o arquifonema /S/: go/S/to. O arquifonema vem transcrito entre barras e com símbolo maiúsculo.
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