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Farmacogenética no Brasil e Aspectos Éticos

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Curso de 
Farmacogenética 
 
 
 
 
MÓDULO IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos na bibliografia consultada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
S 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO IV 
 
A FARMACOGENÉTICA NO BRASIL 
 
 
Origem tri-hibrida da população brasileira 
 
A população brasileira surgiu de um processo de miscigenação de três 
povos: os colonizadores europeus; os índios, até então a população nativa; e os 
negros escravos trazidos da África para o trabalho na colônia. Essas origens 
persistem até hoje nos genes dos brasileiros e por isso a genética de populações 
tem lugar de destaque na história da genética no Brasil desde a década de 60, por 
meio de diversos trabalhos. Uma rede de pesquisa voltada para o estudo dos 
ancestrais dos brasileiros com ênfase na variabilidade genética dos povos 
ameríndios integra 34 projetos de pesquisa selecionados entre as propostas que 
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disputaram o edital do Programa Institutos do Milênio. No final de 2005, e que 
receberão financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e 
Tecnológico (CNPq) pelos próximos três anos. 
O retrato molecular do Brasil, pesquisa feita por um grupo de Minas Gerais, 
foi divulgada em 2000 e gerou muita polêmica. A proposta da pesquisa foi mapear a 
presença de ancestrais ameríndios, europeus e africanos na população branca do 
Brasil. Os resultados revelaram que a esmagadora maioria das linhagens paternas 
da população branca do país veio da Europa. A “surpresa” ficou por conta das 
linhagens maternas, que mostraram uma distribuição uniforme quanto à sua origem 
geográfica: 33% de linhagens ameríndias, 28% de africanas e 39% de européias. 
Entre os brasileiros brancos haveria, assim, uma freqüência maior de marcadores de 
origem africana e ameríndia do que européia. 
Em 2003, um outro mapeamento genético (Color and genomic ancestry in 
Brazilians) realizado pela equipe de geneticistas da UFMG ganhou repercussão: o 
mapeamento buscava verificar se existe uma correlação entre “raça” e 
ancestralidade no Brasil, ou seja, se haveria uma correspondência entre aparência 
física e origem geográfica. A partir de uma amostra de 173 indivíduos da população 
de Queixadinha, do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. No momento da coleta 
de DNA, cada um dos indivíduos foi analisado por um biólogo e um clínico para que 
fossem classificados a partir das suas características físicas (pigmentação da pele, 
cor e textura do cabelo, forma do nariz, dos lábios e cor dos olhos). A partir, 
portanto, do seu fenótipo, os indivíduos foram classificados da seguinte forma: 30 
pessoas como “pretas” (17,3%), 29 pessoas como “brancas” (16,8%) e 114 pessoas 
como “pardas” (65,9%). Depois disso, com as amostras de sangue coletadas foi feita 
uma análise com 10 marcadores moleculares informativos de ancestralidade (MIAs). 
A principal conclusão do estudo foi a de que não há correspondência entre 
as características fenotípicas e as características genômicas, ou seja, a cor, no 
Brasil, não seria um indicador de uma ancestralidade africana. Uma série de outros 
estudos utilizando marcadores moleculares validou esses resultados obtidos em 
Queixadinha, estendendo as conclusões para todas as regiões do Brasil. Esse 
estudo demonstrou claramente que, no Brasil, a cor, avaliada fenotipicamente, tem 
 
 
 
 
 
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uma correlação muito fraca com o grau de ancestralidade africana. 
 
 
Aspectos éticos e sociais da farmacogenética 
 
Assim como na área da educação – com as políticas de cotas e outros 
programas de ação afirmativa – o combate ao racismo na área da saúde também 
tem sido discutido e tem gerado políticas tais como o programa contra a Aids dirigido 
à população negra que foi implementado pelo Ministério da Saúde, no ano passado. 
O primeiro objetivo é levantar dados relativos à “raça” dos soropositivos nos 
relatórios de incidência da doença, para que políticas públicas possam ser traçadas. 
Já se sabe que, por conta de fatores como pobreza, falta de informação e 
dificuldade de acesso ao teste diagnóstico, tem havido um aumento da doença entre 
a população negra. 
A maior incidência de certas doenças entre os negros levanta a discussão 
sobre a relação entre “raça” e doença. A epidemiologia de doenças como 
hipertensão, diabetes e anemia falciforme – as quais, diferentemente da Aids, são 
consideradas doenças hereditárias – tem sido bastante discutida na medicina: faz 
sentido falar em “doenças raciais?” Não se pode, no entanto, desconsiderar a 
questão da “predisposição biológica”. A predisposição biológica deve ser entendida 
como a maior ou menor capacidade de um ser vivo responder às interações com o 
meio ambiente físico, e, no caso dos seres humanos, também à cultura em que 
vivem. A predisposição biológica resulta e refere-se a um longo processo evolutivo 
da humanidade. Ela é o binômio indissociável composto por constituição hereditária 
e meio ambiente. Nesse sentido, doenças prevalentes (com maior ocorrência) na 
população negra – como a anemia falciforme no Brasil – são resultados de causas 
multifatoriais, dentre elas, a hereditariedade e os agravos à saúde decorrente da 
condição social. 
Recentemente foi divulgada a possibilidade da aprovação do primeiro 
medicamento étnico do mundo, o BiDil. Este medicamento seria eficaz no tratamento 
de insuficiência cardíaca em negros. Apesar da aparente conquista, grupos de 
defesa do direito de negros nos EUA têm rejeitado estes medicamentos étnicos por 
 
 
 
 
 
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temerem o oferecimento de medicamentos de baixa qualidade configurando 
discriminação.
O conhecimento do genoma humano tem mostrado que o conceito de raça, 
de etnia não se sustenta pela genética. No entanto, é conhecimento estabelecido 
que os negros tenham uma probabilidade muito maior de desenvolvimento de 
hipertensão arterial comparativamente com o branco. Algum componente estaria 
colocado aí que aceleraria a pressão arterial do negro. 
Há cerca de 6 anos, nos Estados Unidos, grupos feministas fizeram uma 
denúncia de discriminação nos testes clínicos de anti-retrovirais. As mulheres 
estavam excluídas não podendo ser voluntárias. Os testes eram realizados somente 
em homens. A alegação era de que a mulher poderia ter problemas de engravidar, 
entre outros argumentos. Todos os eventos adversos foram estudados no modelo 
masculino e sabemos que a mulher possui uma fisiologia própria. 
Esta discriminação gerou como conseqüência um mau conhecimento sobre 
determinado evento que não foi estudado em mulheres. A partir destas denúncias foi 
detectado que não eram apenas as mulheres que estavam sendo discriminadas nos 
testes de anti-retrovirais, se constatou que a população negra e a população de 
baixa renda também estavam foradestes testes. Havia uma recomendação da sede 
da empresa farmacêutica que estabelecia os critérios para inclusão nos protocolos 
de ensaios clínicos que não explicitamente excluíam estes grupos, mas praticamente 
eliminavam estas pessoas. O argumento para a exclusão foi de que a empresa 
estava protegendo a vulnerabilidade destes grupos. Uma medida que poderia ser 
eticamente louvável, de proteção aos grupos vulneráveis, na verdade era uma 
postura discriminatória. Estavam retirando a possibilidade destes grupos de terem 
acesso a novas drogas e terem a possibilidade de participarem dos testes e 
manifestarem eventos que poderiam estar presentes quando do uso desta droga. O 
resultado é que depois da denúncia, a empresa teve que rever os protocolos de 
pesquisa e rever os critérios de inclusão e exclusão. Hoje o acesso aos anti-
retrovirais não é mais exclusividade da chamada elite porque é uma doença 
disseminada em todos os extratos sociais. 
 
 
 
 
 
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Aqui no Brasil o governo implementa uma política de acesso universal e 
gratuito aos medicamentos anti-retrovirais. Diferente do genocídio que está 
acontecendo na África, onde os países ricos, ditos desenvolvidos, estão virando as 
costas para a grave situação lá vivida. 
A farmacogenética brasileira tem, sobretudo, componente de pesquisa 
clínica, porque como o que interessa é basicamente o uso no homem, isso exige que 
sejam feitos testes clínicos. Como o desenvolvimento inicial da farmacogenética no 
país não envolve a formulação de novos medicamentos, acredita-se que o custo 
será baixo. Os gastos nessa área, no Brasil, serão basicamente voltados à 
realização de testes genéticos que, com o avanço da tecnologia, terão o custo cada 
vez menor. 
Com base nessas pesquisas em 1996, o Conselho Nacional de Saúde 
instituiu, através da Resolução nº. 196, a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa 
(CONEP), que convidou as Instituições de Pesquisa de todo o país a formarem 
Comitês de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos. Uma vez formada esta 
rede, que voluntariamente aderiu às propostas da Resolução, foi feita a tentativa de 
avaliação do trabalho dos Comitês de Ética e foi então que a CONEP percebeu que 
o trabalho realizado pelos Comitês não era possível de ser mensurado por falta de 
especialistas na área. 
Muitos Comitês foram formados por iniciativa de determinados segmentos 
dentro das instituições sem qualquer apoio oficial. O primeiro edital de concorrência 
pública foi aberto em 2002 onde os Comitês estabeleceriam uma proposta de 
trabalho e a partir daí poderiam obter um financiamento para se estruturarem e para 
promoverem cursos de capacitação. Este primeiro edital teve uma repercussão 
positiva e foi repetido em 2004 com um aumento do volume de recursos. 
A ciência hoje cada vez mais está concentrada em grandes empresas, 
grandes multinacionais onde os interesses estão muito mais pautados no lucro do 
que na manutenção da dignidade da pessoa humana. Neste sentido um bom 
exemplo é a pesquisa na área da engenharia genética, o que inclui de certo modo a 
farmacogenética. 
 
 
 
 
 
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Esta área da ciência abriu uma série de possibilidades de avanços 
extremamente positivos que podem revolucionar a forma como nós vemos a vida 
humana, como nós percebemos os processos de saúde, mas também pode ter 
impacto profundo no sistema de organização da sociedade e estes podem ser 
negativos. O conhecimento do código genético de uma pessoa com todas as 
possibilidades do desenvolvimento de doenças futuras, na mão de seguradoras de 
saúde ou na mão de um empregador pode gerar um processo de discriminação. Nós 
já temos um cenário de discriminação pautado no elemento social, étnico, racial, 
religioso, e se está abrindo a possibilidade de ter mais um: a discriminação genética. 
Esse processo de relação entre ciência e público nunca esteve tanto na 
pauta da ciência do mundo inteiro: é a questão do esclarecimento da informação. 
Neste sentido, o papel dos Comitês de Ética no controle social destas informações é 
de fundamental importância. 
A Bioética surgiu no início da década de 70 em um contexto de grande 
desconfiança pela sociedade, das instituições científicas com relação aos valores 
sobre os quais elas representam. O que marcou a história foi às experiências nos 
campos de concentração nazistas. Não basta apenas a credibilidade de uma 
determinada instituição é preciso haver confiança e atitudes que demonstrem essa 
credibilidade. Para isso tem sido estudada a criação de um Conselho Nacional de 
Bioética com importância ímpar para auxiliar, entre outras coisas, o Executivo na 
área de fomento as pesquisas estratégicas para atender as necessidades da 
população brasileira. 
Esta proposta de criação do Conselho para o Brasil segue a proposta de 
países como Itália, França e EUA e seria um fórum privilegiado, de pessoas 
qualificadas no campo da Bioética não só no campo disciplinar, mas principalmente 
no campo social. A expectativa é que o Conselho possibilite debates qualificados, 
que gere documentos no qual produza informação e que possibilite através da 
divulgação deste material suprir o Executivo na tomada de decisão e o Legislativo na 
hora de discutir regulamentações específicas. É um apoio fundamental no processo 
de produção do conhecimento. Seria um órgão consultivo, que emite opinião. Temas 
como embrião humano, eutanásia, aborto, são questões com grau de dificuldade 
 
 
 
 
 
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muito grande porque tratam de valores humanos bastante delicados. Temos que 
ampliar o olhar dos parlamentares. 
Já com relação a novos medicamentos, se a farmacogenômica seguir os 
padrões de produção da indústria farmacêutica tradicional, procurará padrões 
comuns em grandes grupos marcados por determinadas diferenças genéticas. 
Nesse rumo o que deverá valer serão substâncias capazes de atingir o maior 
número de pessoas a partir de semelhanças entre os genomas delas. A demarcação 
de grandes grupos também se relaciona com a necessidade de realização de testes 
clínicos para aprovação e liberação da venda de novas drogas. 
 
 
 
 
Glossário 
 
ALELOS: Formas alternativas de um gene. Para polimorfismos de 
seqüência os alelos se referem ao nucleotídeo específico (A, T, G, C) encontrado em 
uma determinada posição no cromossomo. Para polimorfismos de inserção-deleção, 
dois alelos são possíveis, o alelo maior (L) e o alelo menor (S). Ver também 
POLIMORFISMO. 
AUTOSSOMO: As células humanas contêm 46 cromossomos. Há 22 pares 
de autossomos, que são herdados dos dois genitores e contém essencialmente os 
mesmos genes. Os outros dois cromossomos (44 + 2 = 46), ditos sexuais, são o 
cromossomo X e o cromossomo Y. Ver CROMOSSOMO. 
BASE: ver Nucleotídeo. 
BIODISPONIBILIDADE: indica a quantidade de drogas que atinge seu local 
de ação ou um fluido biológico de onde tem acesso ao local de ação. É uma fração 
da droga que chega à circulação sistêmica. 
 
 
 
 
 
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BIOEQUIVALÊNCIA: é a equivalência farmacêutica entre dois produtos, ou 
seja, dois produtos são bioequivalentesquando possui os mesmos princípios ativos, 
dose e via de administração, e apresentam estatisticamente à mesma potência. 
 
BIOTRANSFORMAÇÃO OU METABOLISMO: é a transformação do 
fármaco em outra(s) substância(s), por meio de alterações químicas, geralmente sob 
ação de enzimas inespecíficas. A biotransformação ocorre principalmente no fígado, 
nos rins, nos pulmões e no tecido nervoso. Entre os fatores que podem influenciar o 
metabolismo dos fármacos estão as características da espécie animal, a idade, a 
raça e fatores genéticos, além da indução e da inibição enzimáticas. 
CARGA GENÉTICA: a diminuição do valor adaptativo médio de uma 
população devido à presença de genótipos que têm um valor adaptativo menor que 
o máximo da população. Em outras palavras, a carga genética é uma medida de 
quanto custa (em termos de perda de alelos) a existência de seleção em uma 
população. 
CLEARANCE OU DEPURAÇÃO: é a medida da capacidade do organismo 
em eliminar um fármaco. Esta medida é dada pela soma da capacidade de 
biotransformação de todos os órgãos metabolizados. Assim, se um fármaco é 
biotransformado nos rins, fígado e pulmões, o clearance total é a soma da 
capacidade metabolizadora de cada um desses órgãos, isto é, a soma do clearance 
hepático com o renal e com o clearance pulmonar. 
COMPARTIMENTO CENTRAL: é a soma do volume plasmático com o 
líquido extracelular dos tecidos altamente perfundidos (como pulmões, coração, 
fígado), onde a concentração da droga é difundida instantaneamente. 
COMPARTIMENTO PERIFÉRICO: formado por tecidos de menor perfusão, 
este compartimento precisa de mais tempo para que seja atingido um equilíbrio de 
concentração. Caracterizam-se por tecidos como os músculos, a pele, tecido 
gorduroso, entre outros. 
 
 
 
 
 
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CROMOSSOMO: Estrutura encontrada nos núcleos das células constituídos 
de DNA condensado em associação com proteínas. O genoma humano consiste de 
um conjunto de 23 cromossomos. Cada um de nós herdou um conjunto do pai e 
outro da mãe. Cada cromossomo contém uma única molécula de DNA – segmentos 
deste DNA são os genes. 
CURVA DE CONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA: é o gráfico em que se 
relaciona a concentração plasmática do fármaco versus o tempo decorrido após a 
administração. A área sob a curva ou extensão da absorção é um parâmetro 
farmacocinético utilizado para determinar a quantidade de droga após a 
administração de uma única dose. 
DERIVA GENÉTICA: nome dado à flutuação puramente randômica nas 
freqüências alélicas de uma população ao longo do tempo, devida a um efeito de 
amostragem. 
DISTRIBUIÇÃO: é a passagem de um fármaco da corrente sangüínea para 
os tecidos. A distribuição é afetada por fatores fisiológicos e pelas propriedades 
físico-químicas da substância. Os fármacos pouco lipossolúveis, por exemplo, 
possuem baixa capacidade de permear membranas biológicas, sofrendo assim 
restrições em sua distribuição. Já as substâncias muito lipossolúveis podem se 
acumular em regiões de tecido adiposo, prolongando a permanência do fármaco no 
organismo. Além disso, a ligação às proteínas plasmáticas pode alterar a distribuição 
do fármaco, pois podem limitar o acesso aos locais de ação intracelular. 
DNA: Ácido desoxirribonucléico. O DNA (abreviatura do inglês, 
Deoxyribonucleic acid) é a molécula que armazena a informação genética e consiste 
de duas cadeias de nucleotídeos unidas pela interação das bases complementares 
Adenina e Timina e Citosina e Timina. 
DNA MITOCONDRIAL (mtDNA): Um DNA circular localizado na 
mitocôndria contendo informação genética diferente daquela encontrada no DNA 
nuclear. Cada mitocôndria contém múltiplas cópias deste pequeno DNA que tem 
apenas 16.569 pares de base de comprimento. 
 
 
 
 
 
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DOSE DE ATAQUE OU INICIAL: é a dose de determinado fármaco que 
deve ser administrada no início do tratamento, com o objetivo de atingir rapidamente 
a concentração efetiva (concentração-alvo). 
DOSE DE MANUTENÇÃO: é a dose necessária para que se mantenha 
uma concentração plasmática efetiva. Utilizada na terapia de dose múltipla, para que 
se mantenha a concentração no estado de equilíbrio estável (steady state). 
EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM (EPP ou FPE): é o efeito que ocorre 
quando há biotransformação do fármaco antes que este atinja o local de ação. Pode 
ocorrer na parede do intestino, no sangue mesentérico e, principalmente, no fígado. 
ELETROFLUOROGRAMA: O resultado de uma corrida eletroforética em 
um sequenciador automático fluorescente de DNA que mostra a seqüência de 
nucleotídeos. 
EPIGENÉTICA: Os estudos de alterações genômicas em uma célula que é 
transmissível às células filha, mas ocorrem sem qualquer modificação da seqüência 
de bases. 
ESTADO DE EQUILÍBRIO ESTÁVEL ou Steady state: é o ponto em que a 
taxa de eliminação do fármaco é igual à taxa de biodisponibilidade, ou seja, é 
quando o fármaco encontra-se em concentração constante no sangue. 
ESTAMPAGEM GENÔMICA: Tradução da expressão "genomic imprinting". 
Modificação pela metilação de citosinas (ver) do genoma dos gametas de mamíferos 
de uma maneira dependente do genitor de origem. Esta metilação é uma alteração 
epigenética (ver) que modifica a expressão de alguns genes daquele genoma. 
EUCARIOTO: Um organismo cujas células contêm um núcleo com uma 
membrana nuclear. Todos os seres vivos, com exceção de bactérias, vírus e 
algumas algas são eucariotos. 
EXCREÇÃO OU ELIMINAÇÃO: é a retirada do fármaco do organismo, seja 
na forma inalterada ou na de metabólitos ativos e/ou inativos. A eliminação ocorre 
por diferentes vias e varia conforme as características físico-químicas da substância 
a ser excretada 
 
 
 
 
 
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MARCADORES GENÉTICOS: Locos polimórficos (que variam em pessoas 
normais) no DNA que fornecem informações aos geneticistas. 
GENOMA: O DNA em um conjunto haplóide (23 cromossomos) humano. 
Uma célula humana contém dois genomas: um paterno e um materno. 
HAPLOGRUPO: Um grupo de linhagens definido por mutações 
diagnósticas. Os haplogrupos do DNA mitocondrial humano são rotulados de A a Z. 
Os haplogrupos do cromossomo Y são agrupados por letras (A-R). A freqüência 
relativa dos haplogrupos varia de população para população. Alguns haplogrupos do 
DNA mitocondrial e do cromossomo Y são específicos de determinadas regiões 
geográficas. 
HAPLÓTIPO: Um subgrupo mais específico de um haplogrupo. Por 
exemplo, uma seqüência de DNA mitocondrial de um indivíduo específico e 
seqüências idênticas de DNA mitocondrial de outros indivíduos constituem um 
haplótipo. Indivíduos com o mesmo haplótipo têm relações genealógicas. Cada 
haplogrupo é constituído de muitos haplótipos. 
INDEL: Mutação causada pela inserção ou deleção de um ou mais 
nucleotídeos. 
INDUÇÃO ENZIMÁTICA: é uma elevação dos níveis de enzimas (como o 
complexo Citocromo P450) ou da velocidade dos processos enzimáticos, resultantes 
em um metabolismo acelerado do fármaco. Alguns fármacos têm a capacidade de 
aumentar a produção de enzimas ou de aumentar a velocidade de reação das 
enzimas. Como exemplo, podemos citar o Fenobarbital, um potente indutor que 
acelera o metabolismo de outros fármacos quando estes são administrados 
concomitantemente. 
INIBIÇÃOENZIMÁTICA: caracteriza-se por uma queda na velocidade de 
biotransformação, resultando em efeitos farmacológicos prolongados e maior 
incidência de efeitos tóxicos do fármaco. Esta inibição em geral é competitiva. Pode 
ocorrer, por exemplo, entre duas ou mais drogas competindo pelo sítio ativo de uma 
mesma enzima. 
 
 
 
 
 
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LOCO (plural: locos): A posição de um gene ou de um marcador genético 
em um cromossomo. 
MEIA-VIDA: a meia-vida (T1/2) é o tempo necessário para que a 
concentração plasmática de determinado fármaco seja reduzida pela metade. 
Supondo então que a concentração plasmática atingida por certo fármaco seja de 
100 mcg/mL e que sejam necessários 45 minutos para que esta concentração 
chegue a 50 mcg/mL, a sua meia-vida é de 45 minutos. 
METABÓLITO: é o produto da reação de biotransformação de um fármaco. 
Os metabólitos possuem propriedades diferentes das drogas originais. Geralmente, 
apresentam atividade farmacológica reduzida e são compostos mais hidrofílicos, 
portanto, mais facilmente eliminados. Em alguns casos, podem apresentar alta 
atividade biológica ou propriedades tóxicas. 
MUTAÇÃO: O processo de mudança genética na estrutura do genoma, 
geralmente causado por um erro na duplicação do DNA. Uma mutação pode ser 
uma troca de uma base por outra em determinada posição, ou uma adição ou 
deleção de base(s). A mutação pode ter conseqüências deletérias, benéficas ou 
neutras. 
MUTAÇÃO PUNTUAL: Mutação causada pela troca de uma base por outra 
na seqüência do DNA. 
NÚCLEO: A organela que contém o genoma humano, organizado em 
cromossomos, dentro do invólucro de uma membrana. Observe que o DNA 
mitocondrial está localizado nas mitocôndrias, fora do núcleo. 
NUCLEOTÍDEO: Subunidades informacionais que quando unidas em 
cadeia constituem o DNA. Existem quatro subunidades diferentes: Adenina (A), 
Guanina (G), Timina (T) e Citosina (C). A Adenina e Timina se pareiam 
especificamente, assim como a Guanina e a Citosina. Os nucleotídeos também são 
chamados de bases. 
PCR: Veja - REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE. 
 
 
 
 
 
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PICO DE CONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA: é a concentração plasmática 
máxima atingida pelo fármaco após a administração oral. 
PIRIMIDINA: Um tipo de nucleotídeo ou base que faz parte da molécula de 
DNA. As pirimidinas são: a Citosina (C) e a Timina (T). 
POLIMORFISMO: Uma diferença na seqüência de DNA freqüente entre 
indivíduos normais ou populações. 
POLIMORFISMO DE INSERÇÃO/DELEÇÃO: Polimorfismo criado por uma 
inserção ou deleção de uma ou mais bases. Ver INDEL. 
POLIMORFISMO DE SEQÜÊNCIA: Veja SNP. 
POSIÇÃO DE NUCLEOTÍDEO: A posição de um determinado polimorfismo 
em um genoma, geralmente medida em pares de base. 
PROTEINASE: Uma enzima que metaboliza proteínas. 
PURINA: Um tipo de nucleotídeo ou base que faz parte da molécula de 
DNA. As purinas são: a Adenina (A) e a Guanina (G). 
REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE (PCR): Uma técnica poderosa 
que permite a replicação de um segmento de DNA no tubo de ensaio. O método faz 
uso de reagentes químicos para duplicar o DNA em um ciclo de temperatura. Vários 
ciclos podem ser automatizados em um “ciclador térmico” levando a um aumento 
exponencial do número de moléculas. Com 30 ciclos consegue-se uma amplificação 
teórica de um bilhão de vezes. 
REGIÃO PROMOTORA: Região a montante de um gene aonde vai se ligar 
a RNA polimerase para fazer a transcrição de um gene. 
REPRESSÃO: Bloqueio da expressão de um gene. 
RETROTRANSPOSON: um segmento móvel de DNA que se duplica pela 
transcrição inicial de uma cópia de RNA, que por sua vez produz uma nova cópia de 
DNA usando a transcriptase reversa, seguido de integração no genoma em uma 
posição aleatória. Os retrotransposons são muito comuns em genomas eucarióticos, 
constituindo quase 90% do genoma do trigo e 42% do genoma humano. 
 
 
 
 
 
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SNP: Polimorfismo caracterizado pela troca de uma base por outra na 
seqüência do DNA. 
TERAPIA DE DOSE ÚNICA: nesta, a administração da dose seguinte se dá 
quando toda a dose anterior é eliminada. Ou seja, o intervalo entre as doses deve 
ser um tempo suficiente para que o organismo elimine totalmente a dose anterior 
(em geral, um tempo maior que 10 meias-vidas). Dessa forma, não há acúmulo de 
fármaco na circulação. 
TERAPIA DE DOSE MÚLTIPLA: neste caso, ao contrário daquilo que 
ocorre em doses únicas, o intervalo entre doses é menor do que aquele necessário 
para a eliminação da dose anterior. Por isso, ocorre acúmulo da droga no sangue, 
até que se atinja o equilíbrio (steady state). 
TRANSPOSON: um segmento de DNA que pode se mover para uma nova 
posição em um genoma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ------FIM DO MÓDULO IV----- 
 
 
 
 
 
 
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---------FIM DO CURSO----------- 
	Aspectos éticos e sociais da farmacogenética

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