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EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: compensação

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EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: COMPENSAÇÃO.
Modalidade presente no Art. 156 do CTN (Código tributário nacional) vigente, a compensação está dentre as formas de extinção do credito tributário no Inciso II, remetendo também aos artigos 170 E 170-A do mesmo código.
Esta modalidade consiste no encontro de contas entre o contribuinte e o estado, e ocorre quando o contribuinte tem um montante de tributo a receber e o estado tem um tributo a cobrar, neste caso pode haver a compensação, desde que obedecido os requisitos dispostos em lei, quais sejam: autorização legal; obrigações recíprocas e específicas entre o Fisco e o contribuinte; dívidas líquidas e certas.  a compensação tributária é limitada às estritas condições e garantias fixadas em lei, mesmo quando é autorizada pela autoridade administrativa e deve ser regida pelos princípios públicos que regem o direito tributário, 
DOS REQUISITOS:
Autorização legal: este requisito difere a compensação no âmbito tributário da compensação no âmbito civil, já que aqui esta fica vinculada ao princípio da estrita reserva legal, presente no Art 97 do CTN, e mesmo que em algumas situações fique a cargo da autoridade administrativa decidir as condições e garantias diferenciadas, ficará submetida a este princípio e não terá nenhuma discricionariedade, de acordo com a isonomia tributária não pode o agente de forma alguma agir com discricionariedade.
Obrigações recíprocas e específicas entre o Fisco e o contribuinte: O art. 170 do CTN fala da compensação de créditos tributários com créditos de qualquer natureza do sujeito passivo com a Fazenda Pública. Não havendo necessidade do crédito do contribuinte ser desta ou daquela espécie, bastando apenas a liquidez e a certeza para conferir o direito à compensação. Já a lei 8383/91 dispõe de forma diversa neste mesmo contexto, em seu Art. 66 § 1º há compensação de tributos no âmbito federal, exigindo apenas que seja efetuada entre tributos e contribuições da mesma espécie, complementando o entendimento com a lei 9250/95: 
“Art. 39. A compensação de que trata o art. 66 da Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991, com a redação dada pelo art. 58 da Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995, somente poderá ser efetuada com o recolhimento de importância correspondente a imposto, taxa, contribuição federal ou receitas patrimoniais de mesma espécie e destinação constitucional, apurado em períodos subsequentes.”
Desta forma decidiu o STJ em: (STJ, 1ª Turma, REsp. nº 98.295/96-PR, Rel. Min. Antonio de Pádua Ribeiro, DJ 9.12.96, p. 49251); "não há confundir a compensação prevista no art. 170, ctn, com a compensação a que se refere o art. 66 da lei 8.383/1991. a primeira e norma dirigida a autoridade fiscal. concerne a compensação de créditos tributários, enquanto a outra constitui norma dirigida ao contribuinte e é relativa à compensação no âmbito do lançamento por homologação."
Para concluir, o Art 74 da lei 9430/96, deixa claro que não necessidade que os tributos a serem compensados sejam da mesma espécie tributária, desde que administrados pelo mesmo ente federado.
dívidas líquidas e certas: No contexto do Art 170 do CTN, é aplicável todas as situações que com ele se identifiquem, bastando ao contribuinte comprovar a liquidez e certeza do credito, já a compensação presente na lei 8383/91 que independe de autorização da fazenda pública ou decisão judicial para reconhecer a liquidez do credito, podendo o contribuinte r3conhecer o credito assumindo a responsabilidade por seus atos, esta última pode ser desta forma porque não extingue o credito tributário a não ser após a homologação do agente úblico, e porque é passível de posterior analise pela autoridade administrativa.
Ressalvando-se o disposto no Art 170-A do CTN, se o credito for objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, este somente poderá ser compensado após o transito em julgado da decisão judicial. 
SUMULAS STJ
Súmula 212:  “A compensação de créditos tributários não pode ser deferida em ação cautelar ou por medida liminar cautelar ou antecipatória.”
Arremetendo-se ao artigo 170-A do CTN, somente após transito em julgado da decisão judicial.
Súmula 213: “ O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação tributária.”
Porém o mandando de segurança não pode ser impetrado para a compensação pois requer dilação probatória. 
Súmula 460: “ É incabível o mandado de segurança para convalidar a compensação tributária realizada pelo contribuinte.”
Súmula 461: “O contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório ou por compensação, o indébito tributário certificado por sentença declaratória transitada em julgado.” 
Súmula 464: “A regra de imputação de pagamentos estabelecida no art. 354 do Código Civil não se aplica às hipóteses de compensação tributária.” 
Qual seja: Art. 354 CC/2002 “Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital.”
       
https://ribeiromarcelinha.jusbrasil.com.br/artigos/337714595/compensacao-no-direito-tributario
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9430.htm
https://www.direitocom.com/codigo-tributario-nacional-comentado/livro-segundo-normas-gerais-de-direito-tributario-do-artigo-96-ao-218/titulo-iii-credito-tributario-do-artigo-139-ao-193/capitulo-iv-extincao-do-credito-tributario-do-artigo-156-ao-174/artigo-156-5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8383.htm
http://www.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp?materia=%27DIREITO%20TRIBUT%C1RIO%27.mat.
https://jus.com.br/artigos/1344/compensacao-do-credito-tributario

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