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BIFs: Formações Ferríferas Bandadas.

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DEPÓSITOS DE FERRO
 Depósitos de ferro magmático
 Relacionados a Intrusões Básica-ultrabásicas ou Magmaticas 
(Ti-Fe-V)
 Depósitos de ferro associados a carbonatitos e rochas alcalina
 Depósitos relacionados a atividades magmáticas e/ou 
vulcano-sedimentares (tipo Kiruna e Lahn-Dill)
 Depósitos formados por metamorfismo de contato (tipo 
Skarn);
 Depósitos hidrotermais do tipo IOCG (oxido de Fe-Cu-Au)
 Depósitos sedimentares acamadados ou formações ferríferas 
bandadas (tipos Algoma, Carajás, Lago Superior e Rapitan)
 Depósitos sedimentares oolíticos e pisolíticos (tipo Clinton-
Minette); e
 Depósitos resultantes de alteração e acúmulo em superfície.
FORMAÇÕES FERRÍFERAS 
BANDADAS -BIFs
BIFs
 Conceito – Rochas formadas
por sedimentos químicos, 
finamente estratificados ou
bandados, enriquecidos em
ferro, com leitos ricos em
sílica ou cherts e óxidos de 
ferro alternando-se 
mutuamente, contendo > 15% 
de Ferro
 A espessura dos leitos, 
referida como bandamento, 
varia de macrobandas (~1m), 
mesobandas (centimetros) e 
microbandas (milimetros), 
sendo esta finamente
bandado.
Geoquimica do FERRO NO AMBIENTE 
SEDIMENTAR
 É o elemento metálico mais abundante nos sedimentos
químicos e encontra-se em diferentes estados de oxidação, 
dependentes principalmente do ambiente de deposição;
 Precipita-se tanto no estado férrico como óxido e/ou
hidróxido (hematita ou limonita-goetita) ou como silicato
(glauconita), quanto no estado ferroso como carbonato
(siderita ou ankerita), magnetita, silicato (chamosita) ou
ainda como sulfeto (pirita);
 Estes minerais ocorrem como precipitados químicos ou
mesmo diagenéticos, sendo produtos de equilíbrio do meio, 
representando portanto o ambiente original de deposição
QUIMICA DO FERRO SEDIMENTAR
 A estabilidade dos minerais de Fe é governada pelas variações do 
pH e Eh.
 Hematita é estável em Eh positivo;
 Os minerais ferrosos, pirita, siderita e magnetita são estáveis em
Eh negativo e sua presença depende das atividades de íons de 
sulfetos e carbonatos. Atividades dos anions HCO3-, HS
- ou SO4
2-
são também importantes.
 pH neutro, pirita se forma se a atividade de sulfeto é alta, 
tipicamente como redução bacteriológica de sulfatos.
 Siderita se forma quando a atividade de sulfeto é zero e o Eh 
baixo, como em águas doces de ambientes lacustres e deltáicos;
 Magnetita em ambiente sedimentar se forma em condições
redutoras onde íons de carbonatos e sulfetos não são disponíveis
Diagrama pH-Eh mostrando o campo de 
estabilidade da pirita, siderita e hematita
Mineralogia e variação faciológica das formações
ferríferas bandadas
 04 fácies distintos:
 1- Fácies óxido (hematita-Fe2O3 e magnetita-Fe3O4)
 2-Fácies carbonático (Siderita –FeCO3; Ankerita-Ca(Fe,Mg, 
Mn)(CO3)2; 
 3-Fácies silicático
 (Grenalita-Fe3Si2O5(OH)4; Minnesotaita(Mg,Fe)3Si4(O10)OH)2; 
Stilpnomelano(K,Na,Ca)0.6(Mg,Fe2+,Fe3+)6Si8Al(O,OH)27.2-4H2O; 
 clorita(Fe,Al2Mg)3(Si,Al)2O5(OH)4;
Riebeckita (Na2Fe3 2+Fe3+2Si8O22(OH)2
 e 
 4-Fácies sulfeto – Pirita (FeS2)
 Chert e folhelho carbônico
 Contato dos fácies
 transição de óxido para carbonato para sulfeto reflete ambiente cada 
vez mais redutor.
Ambiente Geológico
 Formações Ferríferas estão associadas a terrenos 
metamórficos do fácies xisto verde a anfibolito, com as 
do grau mais alto associadas com grãos de magnetita 
mais grosso e mais discretos;
 Em subfácies xisto verde, os Bifs podem ser 
subeconômicos, visto que a Magnetita é muito fina ou 
pode conter finas inclusões de minerais da ganga que 
requer um beneficiamento mais especial para liberar o 
Fe.
Metamorfismo
 Em Baixo Grau Metamórfico, na zona da biotita e 
inferior tem-se normalmente , greenalite, 
minnesotaite, stilpnomelane, chamosite, ripidolite (Fe 
chlorite), riebeckite, and ferri-annite.
 Em Alto Grau Metamórfico ocorrem cummingtonite, 
grunerite, pyroxene, garnet, and fayalite .
Composição mineralógica - Metamorfismo
Principais variações faciológicas das BIFS (James 1954, 1966) 
 Fácies óxido- divide-se em 2 sub-
fácies:
 Sub-fácies hematítico- apresenta
hematita finamente granulada, 
textura oolítica sugerindo
origem de águas rasas.
 Sub-fácies magnetítico –
camadas de magnetita alternam-
se com silicato de Fe ou
carbonato e camadas de chertes;
 Fácies carbonato – chert
intercalado com siderita em
igual proporção. Pode gradar
através de magnetita-siderita-
quartzo para o fácies óxido ou
por adição de pirita para o fácies
sulfetado;
 A siderita não tem textura
oolítica ou granular, indicando
ter-se acumulado em lâmina
fina abaixo do nível de ação de 
ondas.
 Fácies silicático – silicatos de 
ferro (stilpsomelano, 
minnesotaita/grenalita-silicato 
aluminoso de Fe e Mn e clorita-
geralmente associados com 
magnetita, siderita e chert que 
forma camadas também 
alternadas entre eles.
 Fácies sulfeto- argilito 
carbonoso, piritoso, 
representado por rochas 
finamente bandadas com 
matéria orgânica em torno de 7 a 
8%. Pirita é o principal sulfeto e 
pode ser finamente granulada.
 Pode gradar lateralmente para o 
fácies carbonato com o aumento 
da quantidade de oxigënio
Tabela mostrando as principais caracteristicas 
faciológicas das BIFs
Classificação petrográfica (divide-se em três 
classes)
 Formações ferríferas primárias com 30 a 45% de Fe;
 Minério martita-goetita formado por processo de enriquecimento
supergênico recente através da substituição da ganga por goetita
(hidróxidos de Fe), contendo 56 a 63% de Fe, com predominância >
50% de goetita sobre martita e com bandamento do BIF ainda
preservado
 2Fe3O4 +1/2 O2 = 3Fe2O3
 Minério hematítico de alto teor de origem metamórfica ou hipógena
modificado por processos supergênicos com 60 a 68% de Fe.
 Subdivide-se em: 
 A- minério hematítico (Itabirito) formado por lixiviação supergênica dos 
minerais da ganga e acumulação residual de hematita;
 B-Hematita microplacosa ou microlamelar (substituição de bandas de silicatos
e/ou cherts e carbonatos)
 Reservas do minério hematítico de alto teor –
 alguns milhões a mais de 2bilhões de T, com a maioria entre 200 e 
500Mt
Enriquecimento Supergênico em 
formações ferríferas
Outras classificações
 Classificação quanto à Dureza física do minério de Fe
-Duro a médio (tem baixa porosidade, com textura de 
intercrescimento forte de martita, hematita ou hematita
microplacosa-martítica;
-Friável – minério que pode ser facilmente partido com 
a mão em prisma de escala centimétrica. É mais poroso
que o minerio duro a médio.
-Soft – É constituído por partículas de 0.05 a 1mm e é 
muito poroso, embora não seja cinza (dusty)
-Pó ou cinza- Contém partículas <0.01mm de diâmetro.
Textura
 Texturalmente , as formações ferríferas tem sido divididas em dois grupos 
 Banded iron formation (BIF) originada de sedimentos químicos, finamente
bandados e acumulados em bacias oceânicas no Arqueano e
Paleoproterozóico
 Granular iron formation (GIF) são rochas sedimentares clásticas ricas em
detritos de tamanho areia, cimentados por sílica, exibindo estratificação
cruzada formadas no Paleoproterozóico.
 Os grãos são compostos de cherts, óxido de ferro, carbonatos de ferro silicatos
de ferro, com alguns bem arredondados ou angulosos sendo derivados de
retrabalhamento sedimentar de siltitos ricos em ferro, indicando erosão e
redeposição intrabacinal de sedimentos similares aqueles que formaram os
BIFs. Depositam-se em ambiente de alta energia e raso, plataformal raso
perturbado por tempestades, sendo restrito, pelo menos sua preservação, a
bacias paleoproterozóicas.
 Nessa sequência dois litofácies são comuns:
 slaty and cherty.
 The slaty lithofacies é folhelho rico em ferro,constituído de camadas milimétricas
de óxidos de ferro ou silicatos ferríferos e cherts alternadas e.
 The cherty lithofacies is a grainstone with a cherty cement with lenses of trough 
cross-stratified grainstone. 
JASPER GIF, 
SOKOMAN Fe-Fm
GREENALITE GIF, 
GUNFLINT Fe-Fm
GIF WITH WELL-
SORTED 
FRAMEWORK OF 
SAND-SIZE CLASTS
Origin of high-grade iron ore deposits
Origem do minério de Fe de alto teor
Primary Sedimentary
Host Rock (BIF) ~ 35 wt % Fe
Silica, hematite, magnetite, siderite, 
Fe-silicates
Supergene enrichment Super-
large deposits 
(2 - 17 Billion tons)
Hydrothermal enrichment
Mineable very large deposits 
(0,3-1 Billion tons)
High-grade ores 60-67 wt % Fe
Hematite, Martite ± Magnetite
Hematite (Fe2O3) 72 wt % Fe
1
2
3
Discharge chemistry
Aguas Claras deposit, Brazil
Soft ore:
Carbonate leached
(Not silica !)
Proto-ore:
Carbonated Hematite
Bif
IDADE
 A maior parte das BIFs se formou antes da oxigenação da 
atmosfera (Arqueano/Paleoproterozóico), onde tiveram 
seu apogeu, ocorrendo muito subordinadamente no 
Fanerozóico
 4 períodos de formação
 1- Meso-arqueano (3500-3000Ma)
 2- Neo-Arqueano (2900-2600Ma)
 3-Paleoproterozóico (2500-1900Ma)
 4-Neoproterozóico-Fanerozóico (750-450Ma)
Idade
CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAÇÕES FERRÍFERAS 
BANDADAS
 Em função das fácies, da idade e 
associação litológica, as BIFs são
denominadas de:
 Tipo Algoma (inclui os 4 fácies). 
 - Associa-se às sequências vulcânicas
do tipo GBs, bem como grauvacas e 
folhelhos carbonosos, em ambiente
tectonicamente instável;
 - Apresenta-se em conformação maciça
e forma lenticular em meio a 
associação de rochas vulcânicas e 
grauvacas;
 - É de idade arqueana e apresenta
pequena espessura, na ordem de 200m, 
sobretudo quando comparada a do tipo
Lago Superior.
 - A fácies sulfeto tem sido bem
desenvolvida neste tipo de formação
ferrífera
 Tipo Lago Superior –-Forma camadas
espessas, contínuas, atingindo 3000m 
de espessura;
 - Predominam os facies óxido, 
carbonático e silicático, com o fácies
sulfeto raro;
 - Apresenta idade entre 2500 e 1800Ma 
e deposita-se em plataforma
continental em águas realtivamente
rasas. 
 Podem estar associadas com dolomitos, 
quartzitos , folhelhos negros e menor
proporção tufos e/ou outras rochas
vulcâncias
 Tipo Rapitam
 - Ocorre em grabens ou bacias
formadas sobre blocos falhados
(escarpas de falhas) ao longo das 
margens continentais rifteadas. 
 -Data do Neoproterozóico e está
associadas a depósitos glaciais ;
 Ex. Urucum, no Brasil; Raptam no 
Canadá
Figura 06
Abundância de 
depósitos de 
formação 
ferrífera através 
do tempo 
geológico 
(segundo 
James, 1983).
Simandou
Superior Province
Major BIF-hosted Iron Ore Deposits
Schefferville
Ocorrências de Ferro no Ceará
1
2
3
4
 1 – Complexo Granja: 
Formações ferríferas bandadas
 2 – Complexo Tamboril –
Santa Quitéria: Ferro do tipo 
Skarn, IOCG e Kiruna
 3 – Complexo Cruzeta: 
Formações ferríferas bandadas
e ferro hidrotermal
 4 – Complexo Granjeiro: 
Formações ferríferas bandadas
e ferro hidrotermal
Formações ferríferas do Ceará (1km x 150m)
Geoquímica
 O estudo dos Elementos Terras Raras (REEs) é uma das 
principais ferramentas geoquímicas no entendimento da 
origem e deposição das formações ferríferas e outras rochas 
sedimentares ricas em óxido de ferro. 
 Existem dois aspectos importantes no estudo de REE em 
formações ferríferas: 
 1- como traçador das fontes de Fe e
 2--como identificador do mecanismo de oxidação 
responsável pela deposição do Fe.
 Como traçador da fonte hidrotermal , usa-se as 
anomalias de Eu
 E como mecanismo de identificação do estado REDOX , 
usa-se as anomalias de Ce
 Anomalias positivas de Europium em relação aos seus
elementos vizinhos em sedimentos que foram
precipitados em a´gua do mar indicam uma forte 
influencia de fluidos hidrotermais ou proximidade com o 
centro de emissão
 Em relação ao Ce, normalmente em ambientes marinhos
oxigenados existe uma forte anomalia negativa de Ce,
quando as amostras de REE são normalizadas ao padrão
dos Folhelhos Compostos (Ce(SN)), enquanto em águas
subóxidas e anóxidas falta as grandes anomalias
negativas de Ce(SN) 
Modelo Genético
 1. Por quê as formações ferríferas bandadas, na sua 
maioria, são confinadas ao Pré-Cambriano?
 2. De onde são derivadas as grandes concentrações de 
ferro?
 3. Qual é a explicação para o bandamento 
característico e peculiar de chert com camadas de 
óxido de ferro?
 4.Qual foi o meio de transporte e deposição do ferro e 
da sílica e da separação dos outros elementos?
COMENTÁRIOS
 98% das formações ferríferas do mundo todo datam do 
Pré-Cambriano.
 90% são do Paleoproterozóico ou Proterozóico inferior.
 A formação do ferro nesses ambientes esteve associado 
a três fatores:
(1) a reducing atmosphere or one with a low oxidizing potential 
(Holland, 1984;Bekker et al., 2004),
(2) low marine sulfate and sulfide concentrations
(3) a high hydrothermal iron flux 
BIF: Origem do Fe e Si
 Fe: do oceano através de introdução direta via exalações 
hidrotermais (black smokers) ou dissolução da crosta oceânica.
 O Fe2+ proveniente de profundidade redutoras ascende por 
correntes marinhas e introduzido em ambiente superficial 
oxidante devido a atividade biológica ou foto-oxidação (raios ultra-
violeta) precipitando hidróxido de ferro (Fe(OH)3)
 Se a atividade do CO3 for forte e, em a’guas profundas, ocorre a 
precipitação de siderita (Fe CO3)
 Padrão ETR sugere black smokers , mas sua influência diminui 
com o tempo e o tipo Rapitan reflete água do mar.
Mecanismo de precipitação: Três possibilidades
A- Oxidation of Fe(II) por 
O2 de cyanobacterial - 2Fe
2+
+ 0.5O2 + 5H2O ←→ 
2Fe(OH)3 + 4H
+; 
B- Metabolic iron oxidation 
por microbacteria ferrifera 
(Leptothrix and Gallionella)-
6Fe2+ + 0.5O2 + CO2 + 
16H2O → [CH2O] + 
6Fe(OH)3 + 12H
+.
No sunlight required.
Reaction 60x faster than 
inorganic reaction
2H2O + UV → H2 + O2
BIF: Origem do Si
 Si: solubilidade de sílica amorfa (Si(OH)4) é alta 
(~120mgl-1) na água dos oceanos.
 Oceanos arquenos e paleoproterozóicos seriam 
saturados em Si. Esse padrão muda com o 
aparecimento da vida que passa a usar o Si para 
construir um exoesqueleto.
 Oceanos modernos são insaturados em Si 
(<10mgl -1).
 A interferência biológica explicaria a mudança de 
BIF para ironstone ao longo do tempo geológico 
!!!.
Origem do Si
 A alta concentração de chert junto às formações
ferríferas reflete maior concentração de Sílica nos
mares pré-cambrianos devido ausência de 
organismos fixadores de sílica. 
 Os mecanismos propostos para precipitação da
sílica incluem: 
 1- fixação direta ou indireta por microorganismos
na coluna d`água; 
 2- ligeira concentração por evaporação, precipitada 
como um gel e transformada em chert durante 
processos diagenéticos.; 
 3-co-precipitação com o Fe, em que parte da sílica
teria precipitado como cimento preenchendo
vazios, logo após o Fe.
BIF: Origem do bandamento
Bandas médias: ciclos sazonais –
verão promove a atividade biológica 
que acelera a precipitação do Ferro.
BIF: Origem do bandamento
Presença de estruturas esferoidais 
(microfósseis) em BIF sugere 
atuação de biomineralização.
Bactérias planctônicas marinhas 
produziriam o oxigênio que provoca 
a precipitação do Ferro na forma de 
hidróxido.
BIF: Origem do bandamento
Nesse caso o bandamento teria sido 
formado oupelo empobrecimento em 
Fe ou diminuição sazonal da produção 
de oxigênio pelas bactérias 
planctônicas.
Lâminas finas: Ciclos diários onde não 
ocorreria fotossíntese e foto-oxidação a 
noite.
BIF: Razão da formação em períodos 
específicos
 Relacionado à evolução biológica e 
atmosférica e padrão de ciclos tectônicos 
globais.
 No Paleoproterozóico formaram BIF tipo 
Superior: transgressão marinha, alto nível 
do mar ligados a um ciclo de dispersão 
continental e cordilheira meso-oceânica 
elevada, pouco O2 e pouca atividade 
biológica: forma BIF.
BIF: Snowball earth
 No Neoproterozóico, a extensa cobertura 
dos oceanos por uma camada de gelo re-
introduziria as condições redutoras anterior 
à oxigenação da atmosfera formando BIF.
BIF: Snowball earth
Entre 750 e 580 Ma a Terra esteve 
submetida à uma intensa glaciação 
como sugere a formação de depósitos 
de sedimentos glaciais (diamictitos) em 
todos os continentes mesmo próximo 
ao equador.
 Essas rochas são recobertas por rochas 
carbonáticas características de climas 
quentes.
Idade bilhões de anos antes do presente
Se O2 estiver ausente Fe é solúvel como íon ferroso Fe
2+
Se O2 estiver presente Fe é insolúvel como íon férrico Fe
3+
Snowball earth:
oceano anóxico
Fim da glaciação ventila 
oceano
Limite de rochas glaciais com rochas 
carbonáticas
Rochas ricas em ferro (BIF) com ..... 
geleira
SINTESE DA EVOLUÇÃO DAS FORMAÇÕES FERRÍFERAS NO DECORRER 
DO TEMPO
A transição de pequenos depósitos de BIFs tipo Algoma 
para os grandes depósitos tipo Lago Superior (~2.6Ga) 
parece refletir o aparecimento de extensivo ambiente
plataformal continental, em que os depósitos de Fe 
aumentaram significativamente em tamanho no 
Neoarqueano. Isso foi também acompanhado de grandes
atividades magmáticas
A terminação abrupta de deposição dos BIFs no 
Paleoproterozóico reflete mudanças quimicas na
Atmosfera e na Hidrosfera
 Antes de 1.9Ga o Fe acumulou-se nas partes mais profundas do oceano; 
 A mobilidade do Fe dissolvido em águas profundas foi radicalmente 
reduzida em torno de 1.9Ga;
 O reaparecimento das formações ferríferas aconteceu no 
Neoproterozóico, cuja fonte do Fe tem sido atribuida ao 
Hidrotermalismo, exibindo importante associação com depósitos 
glaciais . São depósitos formados essencialmente por óxidos de ferro e 
sílica, contendo em alguns locais ocorrências econômicas de Mn(ex. 
Urucum, Mt)
 A glaciaçao do Neoproterozóico foi provavelmente a mais importante 
das glaciações da história terrestre.
 Os oceanos globais cobertos de gelo tornam-se estratificados. Com a 
deglaciação, tornam-se ventilados ou oxigenados reduzindo a 
mobilidade do Fe dissolvido, favorecendo sua precipitação.
 Pode-se concluir que as ocorrências de BIF, GIF, Phanerozoic 
ironstones, exibem uma complexa interelação envolvendo 
contribuições mantélicas, tectônicas condições REDOX superficiais 
através da história da Terra.
Épocas Glaciais
Outras Classificações de formações 
ferríferas
 No Fanerozóico as formações ferríferas são
conhecidas como Ironstone, sendo constituídas
de óxidos e silicatos ferríferos, sem enriquecimento de 
cherts característicos dos depósitos pré-cambrianos e 
com apreciável quantidade de Fósforo (P2O5)
 São agrupadas em dois tipos:
 - Clinton e Minette
Principais Características dos Ironstones
 Formados em ambientes 
marinho raso e deltáico.
 Consistem em goethita e 
hematita que foi rolada 
formando oólitos e pelotas, 
sugerindo ação de abrasão 
mecânica.
 Contém pouco ou nenhum 
chert, porém associados 
com silicatos ricos em Fe 
como glauconita e 
chamosita.
 Ambiente de deposição 
sugere que o Fe é 
proveniente de fonte 
continental via sistema 
fluvial.
 Transporte como Fe2+
dissolvido ou como 
colóide.
 Muitas vezes associado 
com folhelhos negros 
ricos em MO.
 Em períodos de 
transgressão marinha
Figura 3 – Fotomicrografias de ironstones oolíticos da 
Formação Pimenteiras. (A) macro-oólito não estruturado 
de oxi-hidróxido de ferro (parte central) com forma de 
baguete e finos grãos de quartzo em seu interior, envoltos 
por oólitos menores estruturados; (B) oólitos elípticos a 
ovais, um dos quais apresenta núcleo esférico também de 
oxi-hidróxido de ferro; (C) pisólito (∼ 9 mm) com oólitos 
preexistentes inclusos, além de invaginação preenchida por 
oólitos esféricos e grãos de quartzo; (D) oólitos quebrados 
e inteiros, sem núcleos definidos, em matriz de material 
ferruginoso; (E) oólito com grão de quartzo deslocado do 
núcleo central; (F) oólito estruturado assimetricamente ao 
redor de fragmento de oólito preexistente também 
estruturado; (G) agregado de oólitos de oxi-hidróxido de 
ferro densamente empilhados, alguns com núcleos 
ocupados por grãos de quartzo; (H) oólitos contendo grãos 
de zircão, monazita e quartzo em seus núcleos; e (I) 
oólitos arredondados e alongados, alguns com zircão (Zr) 
e quartzo (Qtz) no núcleo central. Luz transmitida. 
Nicois //.
Revista Brasileira de Geociências, volume 42(2) 2012 
Principais Ironstones
 Tipo Clinton
 - forma camadas maciças a 
base de siderita-
chamosita-hematita 
oolítica;
 - Teor de Fe (40-50%)
 - + Ricas em Al e P que os 
BIFs
 do Siluriano 
 Ex. Kentucky e Alabama 
(USA).

 Tipo Minette
 - Domina siderita e 
chamosita ou clorita 
ferrífera;
 -Chamosita oolítica;
 -Teor de Fe ~40%;
 -Teor de Ca (5 a 20%)
 -Teor de Si (>20%) 
 Encontrados em 
sedimentos jurássicos da 
Inglaterra e na Alsace-
Lorraine (França).
Ironstone: gênese
Fe3+ teria sido concentrado por 
intemperismo no continente durante a 
formação de lateritas, em clima úmido 
e quente, o que forma pisólitos.
Essa laterita é transportada para um 
ambiente marinho raso durante uma 
transgressão ou regressão marinha.
Ironstone: gênese
Ocorre retrabalhamento e concentração 
em ambientes de litoral ou flúvio-
deltáico.
Pisólitos (químicos ou bioquímicos) da 
laterita são diferentes dos oólitos
formados pela ação mecânica das 
ondas.
Diagênese dessas acumulações produz 
transformações na textura e 
mineralogia do minério.
Ironstone: gênese
Para formar depósitos 
substanciais é portanto 
necessária uma combinação de 
fatores específicos como:
Oxidação-redução, diagênese, 
sedimentação mecânica e 
atividade microbial. 
Ironstone: gênese

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