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Aula 4Tectonica Global

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Profa. Dra. Aline Carneiro Silverol
Leituras recomendadas:
Cap. 6 = Decifrando a Terra
Cap. 2 = Para Entender a Terra
 Interior da Terra
• Divisões física e química
• Comportamento de cada camada da Terra
• Métodos de investigação do interior da Terra
Terra: planeta dinâmico, em contínua
transformação, resultado de processos que
atuam em escala temporal de milhares,
milhões e bilhões de anos e envolvem
continentes (crosta), manto e núcleo.
Estudos sísmicos
• Comportamento diferenciado de cada camada
(ondas P e S)
• Fontes de calor: convecção
1. Associar os conhecimentos sobre o 
interior da Terra à Tectônica Global
2. As teorias
3. Como funciona a dinâmica das placas 
tectônicas?
4. Quais são as propriedades das placas 
tectônicas, seus ambientes e seus 
produtos?
O que é Deriva Continental? 
E
Como a Deriva Continental 
se transformou na Tectônica 
Global?
Quando nasceu a idéia? Mapas mais precisos do 
Atlântico Sul (contornos da América do Sul e da 
África).
Ortelius (1596): Thesaurus Geographicus
“As Américas estariam afastadas da Europa e da 
África … devido aos terremotos e cheias.”
“Os vestígios da ruptura são evidentes, bastando
observar um planisfério e considerar a costa dos 
três continentes.”
Francis Bacon (filósofo) (1620):
“A amizade duplica as alegrias e divide as tristezas”
“ Nada provoca mais danos num Estado do que 
homens astutos a quererem passar por sábios”
• Início do século XX: Alfred Weneger
(1912)
1930: morreu durante uma expedição
Tentar explicar as coincidências 
geológicas evidentes entre os 
continentes
 Para Weneger, um dia todos os continentes 
formaram um continente único: Pangea
Alexander Du Toit: refinou a hipótese de Weneger
Fragmentação da Pangea: Laurentia (América do 
Norte, Groenlândia e Ásia) e Gondwana (sul 
americano, africano, australiano, antártico e Nova 
Zelândia, Madagascar e Índia).
Evidências de Alexander: semelhanças em 
idades de extensos depósitos de carvão na 
Laurásia e das rochas sedimentares 
indicativas de ambientes glaciais no 
Gondwana.
Apesar de não ser o primeiro e nem o único 
a especular sobre a Deriva dos Continentes, 
Weneger foi o mais influente.
1. Evidências geomorfológicas – contorno dos 
continentes
Weneger se baseou nas seguintes evidências:
2. Evidências paleontológicas
 Plantas representativas de gimnospermas e samambaias 
extintas, conhecida como a flora de Glossopteris
Fósseis da flora de Glossopteris, afloramento Bainha, Criciúma, SC.
Canoinhas, SC.
Fósseis da flora de Glossopteris, Antártica.
3. Evidências Paleoclimáticas
Glaciação: 300 milhões de anos (sul e 
sudeste do Brasil, sul da África, Índia, 
Austrália e Antártica).
Glaciação: 300 milhões de anos:
• Estrias nas rochas (direção do movimento das 
geleiras)
Canadá
3. Evidências Paleoclimáticas
Laurásia: ausência de geleiras e presença 
de florestas tropicais (grandes depósitos de 
carvão utilizados hoje).
270 milhões de anos, na Laurásia
Existiam as evidências. Mas também existiam muitas 
questões, que não foram respondidas por 
Weneger:
Que forças seriam capaz de mover os 
imensos blocos continentais?
Como uma crosta rígida deslizaria sobre 
outra rígida sem que fossem quebradas 
pelo atrito?
Porque um evento tão importante como 
este teria ocorrido só nos últimos 300 Ma 
da história da Terra?
2ª Guerra Mundial: necessidade de navegação 
submarina = mapeamento do fundo oceânico
Perceberam que o 
fundo oceânico não 
era tão monótono 
assim....
1940: as expedições de 
mapeamento oceânico 
continuaram (novos 
equipamentos e coleta 
de amostras de rocha).
Cadeia de montanhas 
submarinas: dorsais ou 
cadeias meso-
oceânicas.
University of Columbia e Princeton 
(EUA)
Perceberam que as cadeias meso-oceânicas 
poderiam representar a ruptura produzida 
durante a separação dos continentes.
 1950 e 1960 = melhoria nos métodos de datação 
das rochas: determinação da verdadeira idade das 
rochas do fundo oceânico = 200 milhões de anos.
• Maior surpresa: as rochas próximas a dorsal 
são mais jovens, mas tornam-se mais antigas à 
medida que se aproxima dos continentes.
Além do mapeamento e datação: magnetismo da 
rocha
Exemplo de anomalias
magnéticas simétricas
na dorsal meso-atlântica
(Ilhas Reykjanes).
Corresponde a um padrão
linear, simétrico e paralelo
com respeito às dorsais
oceânicas.
Bandas magnéticas observadas: expansão do 
assoalho oceânico
No eixo da cadeia meso oceânica:
• Manto mais quente sobe a superfície
• Superfície = fraturas = afastariam lentamente os 
dois lados da parte central
• Extravasaria = novo fundo oceânico
Deriva Continental e a expansão dos 
oceanos = conseqüências da circulação 
das correntes de convecção.
Devido a expansão do fundo oceânico = os 
continentes “viajariam” fixos em uma placa.
 E durante essa viagem, a crosta oceânica seria 
consumida nas zonas de subducção, produzindo 
uma depressão chamada fossa oceânica. 
No consumo = crosta oceânica e sedimentos
Com todas essas constatações, o termo Deriva 
Continental passou a ser impróprio
Tectônica de placas = Tectônica Global
E as questões de Weneger?
1. Que forças seriam capaz de mover os 
imensos blocos continentais?
2. Como uma crosta rígida deslizaria 
sobre outra rígida sem que fossem 
quebradas pelo atrito?
as correntes de convecção atuam
no interior da astenosfera, a qual
possui comportamento 
plástico/viscoso.
a litosfera (crosta e parte do manto 
superior), por ser rígida, “flutua” sobre a
astenosfera
E as questões de Weneger?
Porque um evento tão importante como 
este teria ocorrido só nos últimos 300 Ma 
da história da Terra?
Resposta: 
O processo é constante!
Outras evidências: 
7 placas principais
• Sul-americana
• Norte-americana
• Africana
• Eurasiana
• Australiana
• Pacífico
• Antártica
20 placas menores
Placas continentais:
• Composição média granítica (muito variada em 
tipos de rocha)
• Menos densas
• Mais espessas (25 a 100km) (isostasia)
Placas oceânicas
• Composição média basáltica
• Mais densas
• Menos espessas (5 a 10km)
Devido ao gradiente geotérmico:
→ fusão parcial das rochas → fina película 
líquida em torno dos grãos → astenosfera
plástica → placas litosféricas deslizam 
sobre a astenosfera → crosta continental e 
crosta oceânica
Limites de placas = intensa atividade 
geológica
• Vulcões ativos, falhas e abalos sísmicos
• Soerguimento de cadeias de montanhas
• Formação e destruição de placas e crosta
Existem 3 tipos de limites de placas:
• Divergentes
• Convergentes
• Transformantes
Limites divergentes: 
Ocorrem nas cadeias meso-oceânicas
• Tensões tracionais afastam uma placa da outra
• Intrusão de magmas
• Nova crosta oceânica
• Riftes: fraturas na crosta continental, provocada por 
forças tectônicas de tração, que levam ao 
desenvolvimento de vales
Limites divergentes
Será que irão se separar?
• Limites convergentes: 
Ocorrem onde as placas litosféricas colidem 
frontalmente.
– Duas placas de densidade diferente: mergulho, 
fusão parcial e geração de magma e lava
– Duas placas de densidade semelhante: intensas 
deformações, como dobramentos, 
falhamentos...
Limites convergentes
Cordilheira dos Andes vista do 
espaço (NASA).
Imagem satélite dos 
Himalaias (NASA).
• Limites conservativos: 
ocorremonde as placas litosféricas colidem 
obliquamente.
– Duas placas de densidade semelhante: 
deslizam lateralmente ao longo de falhas 
transformantes, sem destruição de placas ou 
geração de nova crosta.
A falha possui 1290 quilômetros de extensão, 
cortando o Estado da Califórnia, e marca a 
junção entre a placa do Pacífico e a placa norte 
americana.
O movimento dessa junção provocou a 
destruição da cidade de São Francisco no 
começo do século 20. Segundo especialistas, a 
dinâmica desse movimento deverá separar a 
Califórnia do resto do continente.
Placa norte-americana
Placa do Pacífico
Falha de San Andreas - EUA
Dependendo do movimento das placas = 
acúmulo de tensões compressivas e/ou 
tracionais em vários pontos dentro das 
placas, especialmente nas bordas = limite 
de resistência = ruptura
Ruptura = gera vibrações (ondas) que se 
propagam.
Hipocentro = ponto de ruptura
 Epicentro = projeção do ponto na superfície
1935 = Charles F. Richter: formulou uma 
escala de magnitude sísmica, baseada na 
amplitude dos registros das estações 
sismológicas.
Magnitude : escala logarítmica, e cada ponto 
na escala = 10 vezes a amplitude do ponto 
anterior
A escala é para efeitos comparativos
Atualmente usa-se uma outra escala para se 
obter o tamanho absoluto dos terremotos, 
chamada momento sísmico.
 Ilha de Sumatra (2004) = magnitude 9.3 no 
limite das placas tectônicas Australiana e 
Eurasiana = tsunami
250 mil mortos 
Sumatra, 2004
Haiti (2010): 
magnitude 7
Terremoto: magnitude 9 = tsunami
Japão, 2011
A natureza da crosta envolvida (continental 
ou oceânica) irão gerar estruturas 
geológicas e feições fisiográficas
características.
Existem 3 tipos de colisões:
• Oceânica – oceânica
• Oceânica – continental
• Continental – continental 
1. Placa oceânica – oceânica: 
• intensa atividade vulcânica
• Hot spots
• Produto: Arcos de ilhas
Exemplo arco de ilhas: Japão, Hawai.
Ilhas Galápagos
Tonga
2. Placa oceânica – continental: 
• A oceânica mergulha
• Gera vulcanismo
• Deformação e metamorfismo
• Produtos: grande cordilheiras (Andes)
Cordilheira dos Andes
3. Placa continental – continental: 
• Não gera vulcanismo, mas gera intenso 
metamorfismo
• Produtos: cordilheiras de montanhas (Alpes, 
Himalaia...)
Alpes
Himalaia - China

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