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DO ANTICOLONIAL AO NEOCOLONIAL - RESUMO

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HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO NO BRASIL
RESUMO – DO ANTICOLONIALISMO AO NEOCOLONIALISMO
Devido a “carência” de Arquitetura no Brasil, no ano de 1816 sob a regência do príncipe D. João é introduzido um grupo de franceses no país para crescer um conhecimento artistico chamado de neoclassico, porém apenas em 1827 começa a funcionar a academia de belas artes, com o curso de arquitetura. 
Era perceptível um certo preconceito a partir dos proprios brasileiros com a sua arquitetura, onde os estilos vangloriados eram sempre os estrangeiros. Essa formação de um “novo estilo” trouxe uma distinção de correntes, sendo elas: 
Os conservadores, que só aceitavam as arquiteturas mais antigas como a Greco-romana e da idade média.
Os ecléticos, que utilizavam de todos os estilos.
Os racionalistas, que adotavam a liberdade as formas do passado. 
A partir daí, acontece a desorganização das escolas dando origem ao individualismo e extinção da crítica artistisca. 
Aos poucos com o passar dos anos, as fachadas extremamente enfeitadas foram sendo abolidas pelos brasileiros até que o arquiteto frances Victor Dubugras, na época funcionario público do Estado de São Paulo, recebeu saudações por seus projetos modernistas que fugiam das formas convencionais introduzindo o uso do concreto armado.
Na primeira década do século 20 a Escola Politécnica completava 10 anos de aberta e em 1899 entrava a matéria de Resistencia dos Materiais com um laboratório de ponta em questões tecnológicas na época, além dos primeiros manuais estrangeiros de concreto armado que já eram de fácil acesso em São Paulo.
Durante sua vida, o arquiteto Dubugras recorreu a algumas experiências variadas até que se formou um dos pioneiros na arte tradicional brasileira, chamada neocolonial. 
No ano de 1914 é dado inicio a um movimento que tinha como objetivo a modernização da arquitetura no Brasil. Foi realizada uma conferência na Sociedade de Cultura Artistica por Ricardo Severo com o intuito de manifestar a nacionalidade e constituir uma arte brasileira, onde nessa conferência era contado sobre as origens portuguesas na cultura brasileira.
Após isso, associou-se ao maior escritório de engenharia e arquitetura em São Paulo e iniciou seu proselitismo pela “arte nacional”. Porém, a manifestação não foi muito adotada por conta da perturbação social causada pela Primeira Guerra Mundial, mas respectivamente nesse período Victor Dubugras projetava suas primeiras casas de inspiração nacional em Santos.
Apesar do grande esforço de Severo, outro nome foi o principal responsável pelo prosetilismo da arte nacional, o médico e historiador da arte José Mariano Filho, que foi o responsável pela denominação neocolonial. A partir de 1919 com o seu ativismo, o ideólogo e incentivador se juntou aos arquitetos e artistas e abriu espaço para que várias obras públicas fossem executadas com inspiração na arte tradiocional brasileira. Na exposição do Centenário no Rio de Janeiro em 1922, onde se comemorava a independencia brasileira, alguns dos pavilhões foram projetados em arquitetura neocolonial e ao mesmo tempo, ocorria a Semana de Arte Moderna, considerada a primeira manifestação antitradicionalista brasileira, promovida por jovens intelectuais e reunia no teatro municipal pinturas, esculturas, arquitetura, músicas, leitura de poemas e textos chocantes para os padrões artisticos do país até então.
O reconhecimento do neocolonial foi tão intenso a ponto de edficações de todos os tipos se apropriarem do estilo, de habitações populares à postos de gasolina. Essa aplicação indiferenciada do estilo gerou uma dicussão entre os artistas e arquitetos contra os defensores do pensamento conservador, onde estes ultimos julgavam a arte brasileira desfalcada de conteúdo estético. 
O Auge do período neocolonial foi na década de 1920, após isso o movimento foi perdendo a força com imitações e sua ultima obra importante no Brasil foi o edifício da Faculdade de Direito de São Paulo, projetado por Ricardo Severo em 1939. 
Daí surgiram movimentos como cubismo e dadaísmo que não foram assimilados pelo movimento atual, dando início assim a um novo período. O neocolonialismo assume o papel dos conservadores ao se sustentar no passado, terminando assim como uma variação do ecletismo. 
O período neocolonialista foi de extrema importância na parte que influênciou o debate de novas idéias e estilos arquitetônicos. A busca pela regionalidade trouxe em sua essência traços da arquitetura moderna que cresceria no Rio de Janeiro pelas mãos de Lucio Costa, ex adepto do neocolonialismo.

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