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Português Semântica dos verbos 4 formas nominais

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M
at
. 
Por. 
 
Semana 19 
 
Professor: Raphael Hormes 
Monitor: Bruna Basile 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
M
at
. 
 
RESUMO 
 
 
 
 
 
As formas nominais dos verbos caracterizam-se 
por não poderem exprimir por si nem o tempo nem 
o modo. O valor de tempo e de modo está sempre 
em dependência do contexto em que aparecem. 
Sua formação varia quanto às terminações e são 
sempre relacionadas às conjugações verbais. Elas 
se dividem em: infinitivo, gerúndio e particípio. 
 
✓ Infinitivo: Exprime a ideia da ação, aproxi-
mando-se, assim, do substantivo. Sua formação é 
a forma primitiva do verbo, terminado em -R. O in-
finitivo também pode ter a função de um substan-
tivo. 
Exemplo: Sofrer por amor. 
 
Sobre o infinitivo, cabe ressaltar algumas particu-
laridades. O emprego desta forma nominal pode 
ser dividido em: impessoal e pessoal. O infinitivo 
impessoal não possui um sujeito, pois não se fere a 
uma pessoa gramatical. Entretanto, o infinitivo 
pessoal possui um sujeito próprio e pode ou não 
flexionar-se. 
Exemplo: Amar é a eterna inocência. (F. Pes-
soa) - infinitivo impessoal. 
O difícil é estarmos atentos. (V. Ferreira) - in-
finitivo pessoal. 
 
✓ Gerúndio: Exprime a ideia do processo da 
ação verbal. Sua formação é composta pela termi-
nação em - NDO e pode valer por um advérbio ou 
adjetivo. 
Exemplo: Ele estava sofrendo por amor. 
 
✓ Particípio: Exprime o resultado do pro-
cesso verbal. Sua formação é composta pela termi-
nação em -DO e pode valer por um adjetivo. 
Exemplo: Ele era um homem sofrido. 
 
O particípio apresentado anteriormente é conhe-
cido como particípio regular, entretanto, também 
existe o chamado particípio irregular que é consti-
tuído por outra desinência, tais como as termina-
das em -O. Por exemplo, os as formas aceito, solto, 
morto, etc. A partir do particípio regular e irregular 
são formados os verbos abundantes, cuja caracte-
rística principal é apresentar mais de uma forma. 
Veja um exemplo abaixo: 
 
anexar anexado anexo 
 
 
Diferenças entre infinitivo e 
subjuntivo 
O infinitivo pessoal é utilizado nas orações subor-
dinadas reduzidas de infinitivo. Caracteriza-se por 
não exprimir nem o tempo nem o modo do verbo 
dependendo do contexto para identificar seu valor 
temporal e modal. Por exemplo: Deram um telefo-
nema para convidar os amigos. 
 
O futuro do subjuntivo marca uma eventualidade 
no futuro. Ele é utilizado em orações subordinadas 
adverbiais condicionais e temporais, com as con-
junções se e quando. 
Exemplo: Só irei se ela te convidar. 
Semântica dos verbos 4: 
formas nominais 
 
 
22 
jun 
 
 
 
M
at
. 
A distinção do infinitivo pessoal e do futuro do sub-
juntivo quando são utilizados verbos irregulares 
deve ser feita pelo reconhecimento da preposição 
(ligada ao infinitivo) e a conjunção (ligada ao sub-
juntivo). Entretanto, nos verbos irregulares a dife-
rença é mais fácil de ser percebida pela conjuga-
ção do subjuntivo que se difere do infinitivo. 
 
Gerundismo 
Como vimos, o gerúndio expressa o processo ver-
bal em curso, ou que ocorre simultaneamente, ou 
ainda que remete a uma ideia de progressão. Por 
outro lado, o gerundismo é o uso inadequado do 
gerúndio. É um vício de linguagem que se utiliza 
três formas verbais, ou seja, é um excesso inade-
quado na utilização do verbo que ocorre ao trans-
formarmos, desnecessariamente, um verbo conju-
gado em gerúndio. 
Exemplo: Vou completar sua ligação. (Cons-
trução correta - sintética e indica futuro). 
Vou estar completando sua ligação. (Cons-
trução inadequada - gerúndio desnecessá-
rio). 
Porém, quando a frase indica um processo com 
certa duração que ainda acontecerá, não é errado 
utilizar a construção do gerundismo. Por exemplo: 
Amanhã, enquanto você vai ao shopping, eu vou 
estar estudando na escola. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE AULA 
 
1. O gerúndio, uma das formas nominais do verbo, está sendo utilizado de maneira adequada em todas as alternativas, exceto: 
 
a) A vida vai passando enquanto estamos ocupados fazendo planos. 
b) Eles estavam sorrindo, brincando e aproveitando o passeio no parque. 
c) Eu vou estar entrando em contato para estar resolvendo o problema. 
d) Ando procurando soluções para meus problemas. 
 
 
2. Sobre as formas nominais do verbo, estão corretas as seguintes proposições: 
I. A principal característica do gerúndio é conferir ao verbo uma ideia de continuidade, ou seja, de 
uma ação que ainda está em andamento e que, por isso, não foi finalizada. 
II. Assim como o gerundismo, considerado um vício de linguagem, o gerúndio também deve ser 
evitado. 
III. O infinitivo pessoal é construído sem sujeito porque não faz referência a uma pessoa gramatical. 
Dizemos que essa é a “forma pura” do verbo, tal qual são encontrados nos verbetes de dicionários. 
IV. O infinitivo impessoal é uma peculiaridade linguística e é conhecido também como idiotismo. 
Sua terminação é idêntica à terminação do futuro do subjuntivo, sendo empregado principalmente 
nas orações reduzidas de infinitivo. 
V. Os verbos no particípio irregular serão empregados na voz passiva ao lado dos verbos auxiliares 
ser e estar. 
 
 
 
M
at
. 
VI. Os verbos no particípio regular serão empregados na voz ativa ao lado dos verbos auxiliares ter 
e haver. 
 
a) II, III e IV. 
b) I, IV e VI. 
c) V e VI. 
d) I, V e VI. 
e) I e III. 
 
 
3. TENHO PENA DOS ASTRÔNOMOS. Eles podem ver os objetos de sua afeição – estrelas, galáxias, quasares – apenas remotamente: na 
forma de imagens e telas de computador ou como ondas luminosas projetadas de espectrógrafos 
antipáticos. Mas, muitos de nós, que estudam planetas e asteroides, podem acariciar blocos de 
nossos amados corpos celestes e induzi-los a revelar seus mais íntimos segredos. Quando eu era 
aluno de graduação em astronomia, passei muitas noites geladas observando por telescópios aglo-
merados de estrelas e nebulosas e posso garantir que tocar um fragmento de asteroide é mais gra-
tificante emocionalmente: eles oferecem um a conexão tangível com o que, de outra forma, pare-
ceria distante e abstrato. Os fragmentos de asteroides que mais me fascinam são os condritos. Es-
ses meteoritos, que compõem mais de 80% dos que se precipitam do espaço, derivam seu nome 
dos côndrulos que praticamente todos contêm - minúsculas esferas de material fundido, muitas 
vezes menores do que um grão de arroz. (...) Quando examinamos finas fatias de condritos sob um 
microscópio, ficamos sensibilizados da mesma maneira como quando contemplamos pinturas de 
Wassily Kandinsky e outros artistas abstratos. 
 
(Alan E. Rubin*, Segredos dos meteoritos primitivos. Scientific American Brasil. 
março 2013, p. 49.) 
* Alan E. Rubin é geofísico e leciona na Universidade da Califórnia. 
 
Esse trecho, que introduz um artigo científico sobre meteoritos primitivos, apresenta um estilo 
pouco usual nessa espécie de texto. Indique duas expressões nominais ou verbais do texto que 
identificam esse estilo. 
 
 
4. 
 
 
Sobre o processo de “verbar palavrar”, assinale a alternativa correta. 
 
 
 
 
M
at
. 
a) O menino, usando as palavras “quando” e “agora”, convence o tigre de que tal processo acaba 
de ser criado e fará a língua melhorar. 
b) Para o menino, o processo amplia o vocabulário, pois cria verbos paralelos a formas nominais 
pré-existentes, opinião reforçada pelo uso de “também”. 
c) Para o tigre, com o emprego do processo, a língua pode ser estropiada, mas se torna mais dinâ-
mica. 
d) Para o tigre, é uma sorte o processo ter sido descoberto, pois contribuirápara que a língua recu-
pere sua função de código de comunicação. 
e) O tigre e o menino possuem um plano de divulgação do processo que tornará a língua um empe-
cilho para a intercompreensão. 
 
 
 
 
5. RIOS SEM DISCURSO 
A Gabino Alejandro Carriedo 
 
Quando um rio corta, corta-se de vez 
o discurso-rio de água que ele fazia; 
cortado, a água se quebra em pedaços, 
em poços de água, em água paralítica. 
Em situação de poço, a água equivale 
a uma palavra em situação dicionária: 
isolada, estanque no poço dela mesma, 
e porque assim estanque, estancada; 
e mais: porque assim estancada, muda, 
e muda porque com nenhuma comunica, 
porque cortou-se a sintaxe desse rio, 
o fio de água por que ele discorria. 
 
O curso de um rio, seu discurso-rio, 
chega raramente a se reatar de vez; 
um rio precisa de muito fio de água 
para refazer o fio antigo que o fez. 
Salvo a grandiloqüência de uma cheia 
lhe impondo interina outra linguagem, 
um rio precisa de muita água em fios 
para que todos os poços se enfrasem: 
se reatando, de um para outro poço, 
em frases curtas, então frase e frase, 
até a sentença-rio do discurso único 
em que se tem voz a seca ele combate. 
 
(Melo Neto, João Cabral de - Rios Sem Discurso. In: POESIAS COMPLETAS: 1940-1955. 2ª ed., Rio 
de Janeiro, J.Olympio, 1975, p.26) 
 
Através das três formas nominais: infinitivo, gerúndio e particípio, mostre qual é a relação entre as 
duas estrofes, e explique por quê. 
 
 
 
 
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. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS PARA CASA 
 
1. “Acesas” é particípio adjetivo de “acender”, verbo chamado abundante, porque possui dupla forma de particípio (acendido e aceso). Em abundância, que é geralmente do particípio, em alguns verbos ocorre 
em outras formas. Assim, por exemplo, é o caso de: 
 
a) coser 
b) olhar 
c) haver 
d) vir 
e) dançar 
 
 
2. Língua Esta língua é como um elástico 
que espicharam pelo mundo. 
 
No início era tensa, 
de tão clássica. 
 
Com o tempo, se foi amaciando, 
foi-se tornando romântica, 
incorporando os termos nativos 
e amolecendo nas folhas de bananeira 
as expressões mais sisudas. 
 
Um elástico que já não se pode 
mais trocar, de tão usado; 
nem se arrebenta mais, de tão forte. 
 
Um elástico assim como é a vida 
que nunca volta ao ponto de partida. 
 
GILBERTO MENDONÇA TELES 
Hora aberta: poemas reunidos. Rio de Janeiro: José Olympio; Brasília: INL, 1986 
 
A segunda e a terceira estrofes retratam a língua em imagens opostas. Ao estado de rigidez se segue 
o de uma mudança gradual. Considerando a terceira estrofe, apresente o recurso gramatical que o 
autor utiliza para exprimir essa gradação e o verso que reafirma a rigidez já expressa na segunda es-
trofe. 
 
 
 
 
 
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. 
3. Entre as folhas do verde O
1 
 (...) O príncipe acordou contente. Era dia de caçada. Os cachorros latiam no pátio do castelo. (...) Lá 
embaixo parecia uma festa. (...) (1)Brilhavam os dentes abertos em risadas, as armas, as trompas que 
deram o sinal de partida. Na floresta também ouviram a trompa e o alarido. (...) E cada um se escondeu 
como pôde. Só a moça não se escondeu. Acordou com o som da tropa, (2)e estava debruçada no regato 
quando os caçadores chegaram. Foi assim que o príncipe a viu. Metade mulher, metade corça, be-
bendo no regato. A mulher tão linda. A corça tão ágil. A mulher ele queria amar, a corça ele queria 
matar. Se chegasse perto será que ela fugia? Mexeu num galho, ela levantou a cabeça ouvindo. Então 
o príncipe botou a flecha no arco, retesou a corda, atirou bem na pata direita. E quando a corça-mulher 
dobrou os joelhos tentando arrancar a flecha, ele correu e a segurou, chamando homens e cães. Leva-
ram a corça para o castelo. Veio o médico, trataram do ferimento. Puseram a corça num quarto de 
porta trancada. Todos os dias o príncipe ia visitá-la. Só ele tinha a chave. E cada vez se apaixonava 
mais. Mas corça-mulher só falava a língua da floresta e o príncipe só sabia ouvir a língua do palácio. 
(3)Então ficavam horas se olhando calados, com tanta coisa para dizer. Ele queria dizer que a amava 
tanto, que queria casar com ela e tê-la para sempre no castelo, que a cobriria de roupas e joias, que 
chamaria o melhor feiticeiro do reino para fazê-la virar toda mulher. Ela queria dizer que o amava tanto, 
que queria casar com ele e levá-lo para a floresta, que lhe ensinaria a gostar dos pássaros e das flores 
e que pediria à Rainha das Corças para dar-lhe quatro patas ágeis e um belo pelo castanho. Mas o 
príncipe tinha a chave da porta. E ela não tinha o segredo da palavra. (...) E no dia em que a primeira 
lágrima rolou dos olhos dela, (4)o príncipe pensou ter entendido e mandou chamar o feiticeiro. Quando 
a corça acordou, já não era mais corça. Duas pernas só e compridas, um corpo branco. Tentou levantar, 
não conseguiu. O príncipe lhe deu a mão. Vieram as costureiras e a cobriram de roupas. Vieram os 
joalheiros e a cobriram de joias. (...) Só não tinha a palavra. E o desejo de ser mulher. Sete dias ela levou 
para aprender sete passos. E na manhã do oitavo dia, quando acordou e viu a porta aberta, juntou sete 
passos e mais sete, atravessou o corredor, desceu a escada, cruzou o pátio e correu para a floresta à 
procura da sua Rainha. O sol ainda brilhava quando a corça saiu da floresta, só corça, não mais mulher. 
E se pôs a pastar sob as janelas do palácio. 
 
COLASANTI, Marina. Uma ideia toda azul. São Paulo: Global, 1999.) 
1Título retirado de um verso de uma canção popular da Idade Média. 
 
Certas formas lingüísticas podem apresentar, ao mesmo tempo, valor verbal – expressando ações – e 
valor adjetivo – caracterizando os nomes a que se referem. 
 
A forma sublinhada que possui predominância de seu valor verbal é: 
a) “Brilhavam os dentes abertos em risadas,“ 
b) “e estava debruçada no regato quando os caçadores chegaram.” 
c) “Então ficavam horas se olhando calados,“ 
d) “o príncipe pensou ter entendido” 
 
 
4. Sobre o emprego do gerúndio em frases como “Nós vamos estar analisando os seus dados e vamos estar dando um retorno assim que possível”, um jornalista escreveu uma crônica intitulada “Em 2004, 
gerundismo zero!”, da qual extraímos o seguinte trecho: 
 
Quando a teleatendente diz: “O senhor pode estar aguardando na linha, que eu vou estar transferindo 
sua ligação”, ela não entende por que “Eu vou estar transferindo” é errado e “Ela está falando bonito” 
é certo. 
 
a) Você concorda com a afirmação do jornalista sobre o que é certo e o que é errado no emprego do 
gerúndio? Justifique sua resposta. 
 
 
 
M
at
. 
b) Identifique qual de seus vários sentidos assume o sufixo empregado na formação da palavra “gerun-
dismo”. Cite outra palavra em que se utiliza o mesmo sufixo com esse mesmo sentido. 
 
 
5. Leia os textos e responda à questão: 
Texto 1 
O futuro do gerúndio 
“Você já se irritou hoje? Não? Parabéns: você não deve ter telefonado para o seu banco até o mo-
mento. Porque qualquer operação bancária que você faça ao telefone com um ser humano do outro 
lado da linha vai necessariamente envolver uma resposta no odioso futuro do gerúndio. 
Sim, você conhece muito esse tempo verbal – só não sabia que ele se chamava assim. Nós vamos 
estar creditando 500 reais na sua conta, os talões vão estar sendo enviados para a sua casa, vai estar 
sendo debitado da sua poupança – frases que a gente ouve mais do que “bom dia”, não é mesmo? 
Pois bem. Até quando você e eu vamos estar sendo submetidos a esse martírio? Por que temos que 
estar obrigados a estar tendo que ouvir frases que vão estar contaminando o nosso cérebro a longo 
prazo? Quanto tempo vamos estar demorando para passar a estar falando desse jeito na vida real?” 
 
FREIRE, Ricardo. The best of Xongas. São Paulo: Mandarim, 2001. 
 
Texto 2 
 
 
De acordo com os textos,julgue: 
I. Ricardo Freire, no texto transcrito, trata da inadequação de uma construção gramatical comumente 
utilizada por secretárias, atendentes de serviços telefônicos e funcionários de bancos. Tal construção é 
ilustrada pela tira de Laerte, na qual se verifica o gerundismo de que trata Freire ao usar “Não estou 
entendendo: seria ou é?”. 
II. O gerundismo, na tira, está usado inadequadamente, porque o sentido que se pretende é o de ação 
presente se observado o contexto. 
III. Ricardo Freire, ao manifestar sua preocupação, se vale da reprodução irônica da estrutura que está 
criticando. 
IV No texto, o título “O futuro do gerúndio” constitui uma ambiguidade. 
 
a) VFVV 
b) FVVV 
c) FFVV 
d) FVVF 
e) VFVF 
 
 
 
 
M
at
. 
 
 
6. “Depois de ter passado o dia inteiro gastando sola”. A forma simples do verbo destacado é: 
a) passado 
b) tido 
c) passar 
d) tido passado 
e) n.d.a 
 
 
 
7. A repressão não seria uma forma mais simples de diminuir o problema das drogas? 
É necessário tratar a questão de forma equilibrada, ou seja, reduzindo tanto a oferta por parte do 
traficante (mediante a repressão) quanto a procura por parte do usuário (mediante a prevenção). 
Uma repressão efetiva deve atingir a economia do crime organizado transnacional, ou seja, aquelas 
especiais associações delinquentes que não obedecem a limitações de fronteiras. 
 
Quanto à prevenção, ela é fundamental, pois envolve qualquer atividade voltada para a diminuição 
da procura da droga. Da mesma maneira, é muito importante que haja uma diminuição dos prejuí-
zos relacionados ao uso de drogas. 
 
“...reduzindo tanto a oferta por parte do traficante (mediante a repressão) quanto a procura 
por parte do usuário (mediante a prevenção)”. 
Nesse segmento do texto, a forma de gerúndio “reduzindo” tem o valor de 
 
a) modo 
b) tempo 
c) explicação 
d) proporção 
e) concessão 
 
 
 
 
8. 
 
 
De acordo com os conceitos e regras propostos pelo menino, é correto afirmar que: 
 
a) formas nominais passam a ser usadas como formas verbais e vice-versa; daí a sua esquisitice. 
 
 
 
M
at
. 
b) “esquisita” e “foi verbado” mostram que as formas verbais criadas obedecem ao paradigma da 
primeira conjugação, a dos verbos terminados em “-ar”. 
c) do nome “substantivo” pode ser formado o verbo “substantivar” e do nome “adjetivo”, o verbo 
“adjetivizar”. 
d) o processo de formação de palavras citado é o de derivação parassintética, que corresponde ao 
acréscimo simultâneo de prefixos e sufixos aos nomes. 
e) “Verbar esquisita o idioma” é uma frase com predicado nominal, cujo núcleo é um adjetivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO CONTEXTO 
 
 
 
A utilização excessiva do gerúndio é marca registrada do telemarketing, como mostra a imagem acima. Co-
mente se a utilização da construção “Você poderia ficar aguardando?” está correta e comente o porquê. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
 
 
 
Exercícios para aula 
1. c 
2. d 
3. Duas expressões verbais: “podem acariciar 
blocos” e “posso garantir”, e duas nomi-
nais: “amados corpos”, “íntimos segredos” 
ou também “noites geladas” e “gratificante 
emocionalmente”. Em comum as expres-
sões caracterizam o estilo narrativo ao indi-
car a experiência pessoal do autor com os 
fatos. 
4. b 
5. A primeira estrofe trata de um processo ver-
bal completo, como no particípio: “estan-
cada”, “isolada”. A segunda estrofe trata do 
esforço de construção do discurso, um pro-
cesso incompleto; logo, tem a ver com o in-
finitivo e o gerúndio. 
 
 
 
 
 
 
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. 
 
 
Exercícios para casa 
1. c 
2. O verbo possui três formas nominais: o infi-
nitivo, o particípio e o gerúndio. O infinitivo, 
que expressa a ação genericamente – ama-
ciar –, o particípio, que denota a ação con-
cluída – amaciado – e o gerúndio, que repre-
senta a ação em desenvolvimento – amaci-
ando. É com a repetição do gerúndio que o 
poeta caracteriza a gradação da mudança 
que transformou a língua portuguesa no Bra-
sil. O verso “as expressões mais sisudas” rei-
tera a ideia de rigidez e de seriedade contida 
na segunda estrofe, em que a língua é carac-
terizada como “tensa”. 
3. d 
4. a) Se se considera “erro” o uso lingüístico 
que não se ajusta ao uso consagrado e nem 
atende às circunstâncias em que determi-
nado mecanismo costuma ser empregado, 
então a construção “vou estar transferindo” 
pode ser tida como errada, ou seja, inade-
quada em relação às normas vigentes. O 
nome gerundismo designa, com efeito, a 
tendência a indicar o futuro simples por 
meio da construção IR + ESTAR + GERÚN-
DIO. O que o uso consagra é indicar o futuro 
por meio do verbo IR (no presente) + infini-
tivo: eu vou transferir. A construção IR + ES-
TAR + GERÚNDIO é legitimamente usada no 
contexto em que se indica uma ação futura 
que será praticada simultaneamente a outra 
ação mencionada também no futuro. Por 
exemplo: Amanhã, quando você estiver fa-
zendo a prova, eu vou estar voando para Re-
cife. Já na construção “Ela está falando bo-
nito” é habitualmente usada para indicar 
uma ação simultânea ao ato da fala, com 
tendência continuativa. O uso da locução 
ESTAR (presente) + GERÚNDIO, em lugar da 
forma simples do presente do indicativo, é 
corrente e tida como normal em nossa lin-
guagem. 
b) O sufixo -ismo anexado à palavra gerún-
dio para formar gerundismo veicula, neste 
caso, a idéia de tendência viciosa, mania, 
mau uso. O mesmo valor do sufixo verifica-
se, também, por exemplo, em consumismo, 
oportunismo, modismo. 
 
5. c 
6. c 
7. a 
8. b 
 
Questão Contexto 
O gerundismo é a utilização desnecessária do gerúndio, dessa forma, a construção “Você poderia ficar aguar-
dando?” foi utilizada de forma inadequada ao expressar futuro. Para manter o sentido, mas substituir o vício 
de linguagem, poderia ser substituído por “Você poderia aguardar?”.

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