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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO ARTHUR W. R. HEITOR AYNÃ F. DA SILVA JORGE A. R. G. BARROS OBTENÇÃO DO CLORETO DE TERC-BUTILA Rio de Janeiro, RJ 2017 Sumário. Introdução............................................................................................................ 3 Objetivo................................................................................................................ 3 Experimental........................................................................................................ 4 Tabela de constantes físicas das substâncias utilizadas no experimento..... 4 Procedimento................................................................................................. 4 Bibliografia........................................................................................................... 5 Introdução. As reações de substituição são reações ácido-base nas quais ocorre uma troca, saindo um grupo (grupo de saída) de certa molécula orgânica por outro grupo que abaixará o nível energético molecular. Esse tipo de reação é classificado em dois tipos: substituição nucleofílica mononuclear (SN1) e substituição nucleofílica bimolecular (SN2). A substituição nucleofílica monomolecular ocorre na síntese da maioria dos haletos de alquila, como é o caso do cloreto de terc-butila. Este tipo de substituição ocorre quando existe um reagente (nucleófilo) na solução que ataca o substrato, retirando o grupo de saída (que leva o par eletrônico), formando uma nova ligação química. Nesse modelo de reação, existe a presença da etapa lenta, também conhecida como etapa 1, onde ocorre a ionização do substrato e formação de um carbocátion. A energia de ativação desta etapa é a mais alta de todo o processo. Esta formação, como o próprio nome já diz, é lenta pois o processo é altamente endotérmico. É nesta etapa que se determina a velocidade da reação. Na etapa 2, também chamada de etapa rápida, o substrato reage com o nucleófilo formando o produto. Para este tipo de reação, onde o objetivo é a formação de um haleto de alquila, utiliza-se geralmente um álcool pois o grupo hidroxi pode reagir com prótons, havendo a formação de um carbocátion terciário, que possui energia relativamente baixa. A utilização de um solvente polar também é comum nesses casos por ser polar e um ótimo grupo de saída. Y: A―X → A―Y X: Reação 1: Reação genérica de substituição nucleofílica. Objetivo. Obtenção do cloreto de terc-butila a partir do álcool t-butílico e do ácido clorídrico, através de uma reação de substituição nucleofílica unimolecular (SN1). Experimental. 3.1 Tabela de constantes físicas das substâncias utilizadas no experimento. Substâncias Densidade (g/mL) P.F (°C) P.E° (°C) Caráter Ácido clorídrico 1,15 -20 110 Ácido Água 1,00 0 100 Neutro Álcool t-butíico 0,78 25 80 Neutro Bicarbonato de sódio 2,20 270 perde o CO2 -- Anfótero Cloreto de terc-butila 0,84 51 -26,5 Neutro Sulfato de cálcio anidro 2,96 -- -- Neutro Dados: pressão atmosférica ao nível do mar. 3.2 Procedimento. Figura 1: destilador Figura 2: ampola de decantação Prende-se o adaptador de garra e a argola ao suporte universal, para que se possa apoiar o funil de separação, e abaixo do mesmo, coloca-se um bécher, com a finalidade de guardar o produto a ser obtido. Ao encaixar o funil, adiciona-se cerca de 28,5 g, aproximadamente 36,5 mL, de álcool terc-butílico e 85 mL de ácido clorídrico concentrado a este. Retira-se o funil e agita-se a mistura com cuidado por cerca de 20 minutos, atentando-se a inverter a posição do funil e afrouxar a rolha após cada agitação, afim de liberar a pressão interna. Deixa-se a mistura em repouso por alguns minutos, até que as camadas estejam nitidamente separadas. Observa-se uma camada ácida localizada na parte inferior do funil, transfere-se esta para um bécher, e a descarta devidamente. Adiciona-se 20 mL se solução de bicarbonato de sódio 5% a mistura contendo halogenetos presente no funil. Novamente agita-se o funil por cerca de 5 minutos, tomando o cuidado de aliviar a pressão interna do funil ao longo do processo. Deixa-se o funil em repouso até que as fases sejam separadas de novo. Observa-se uma fase contendo NaCl no inferior do funil, e de forma semelhante a camada ácida, transfere-se esta fase para o bécher e a descarta devidamente. Adiciona-se 20 mL de água ao funil contendo a mistura, e agita-se este novamente por cerca de 5 minutos, deixando-o em repouso até que as fases sejam separadas. Recolhe-se e descarta-se a fase localizada no inferior do funil. Transfere-se a fase restante presente no funil para um bécher, separando-a. Adiciona-se 5 g de cloreto de cálcio anidro ou sulfato de cálcio anidro a solução separada no bécher, com o objetivo de secá-la e remover qualquer traço de água presente na solução. Decanta-se o líquido seco por meio de um funil com papel de filtro, para um balão de destilação de 100 mL, onde será realizada a destilação da solução preparada. Adiciona-se 2-3 pedaços de pedra porosa ao balão. Monta-se a aparelhagem de destilação conforme o esquema da figura 1, seguindo-se os passos abaixo: Adaptam-se as mangueiras no condensador, sendo uma na saída (parte superior do condensador) e outra na entrada (parte inferior do condensador) de água, retirando-se as bolhas de ar contidas no interior do mesmo, tomando o cuidado de colocar o tubo de saída de água no ralo. Verifica-se o alinhamento do equipamento como um todo para evitar tensões nas juntas. Abre-se a torneira mantendo o fluxo de água fraco no condensador, e liga-se a manta elétrica, tomando cuidado para que o aquecimento não ocorra de modo acelerado. Destila-se a mistura a 49-51°, coletando-a em um bécher, e separando-a. O rendimento esperado ao fim do experimento é de 28 g, aproximadamente 33 mL,do cloreto de terc-butila. Bibliografia. Química orgânica Vol. 1- análise química orgânica qualitativa; A.I. VOGEL. Marcelo M. M. Pelisson – Mecanismos de Reações Orgânicas Solomons – Qímica Orgânica
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