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Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 1 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 2 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br ÍNDICE CONSUMO DE ÁGUA ....................................................................................... 3 MANANCIAIS E CAPTAÇÃO DE ÁGUA ........................................................ 10 ADUTORAS..................................................................................................... 33 MATERIAL DA TUBULAÇÃO......................................................................... 36 ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS ........................................................................... 60 RESERVAÇÃO................................................................................................ 91 TRATAMENTO DE ÁGUA PARA ABASTECIMENTO ................................. 100 REDE DE DISTRIBUIÇÃO............................................................................. 153 Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 3 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br CONSUMO DE ÁGUA 1. TIPOS DE CONSUMO Quando se planeja um sistema de abastecimento d’água de uma comunidade deve-se levar em consideração as diversas necessidades da população a ser beneficiada, que vão desde uma família de baixa renda até os grandes consumidores industriais. Os diferentes usos da água fazem com que o prestador do serviço classifique os usuários do sistema, segundo determinadas categorias, com o objetivo de promover políticas tarifárias mais justas. Normalmente a água fornecida a uma comunidade é classificada segundo as seguintes classes de consumo: • Doméstico; • Industrial; • Comercial; • Público. 1.1. CONSUMO “PER CAPITA” Define-se consumo médio “per capita” como sendo o consumo anual do sistema dividido pelo número de habitantes servidos. Neste conceito estão embutidas todas as formas de consumo do sistema, inclusive as perdas de água inerentes à própria produção de água pelo sistema. Quando um sistema de abastecimento d’água tem atendimento satisfatório, isto é, não está sujeito intermitências no fornecimento d’água, através de manobras na rede distribuidora que visam suprir suas deficiências quantitativas, a macro ou micro medição podem ser empregadas para determinação do consumo. Essas medições só terão validade se efetuadas continuamente pelo período mínimo de um ano, não necessariamente ano civil, de modo a se registrar todas as variações de consumo da população estudada. A esse respeito a Norma Interna da COMPESA SOP 092 recomenda: Consumo Residencial e Comercial: Quando o índice de hidrometração for maior ou igual a 75%, o consumo “per capita” deverá ser avaliado através de série histórica mensal de, no mínimo doze meses, tomando-se por base os consumos das economias micromedidas, que abranja as diversas categorias de consumidor. Caso o índice de hidrometração seja menor que 75% deve-se realizar uma campanha de medição, durante trinta dias consecutivos, nas áreas residencial, comercial e pública, coordenada preferencialmente por um estatístico, ou profissional capacitado que comprove sua competência para tal. Para novos sistemas, pela inexistência de dados operacionais, deverão ser utilizados dados ou estudos realizados por localidades de mesmo porte e características semelhante. Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 4 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br Os usuários residenciais deverão ter seus consumos “per capita” estratificados por faixa de consumo. Consumo Industrial: Será definido em função das indústrias já instaladas e daquelas com previsão de implantação e respectivas necessidades de água para seus processos. Na falta de informações baseadas em medições realizadas no sistema pode-se adotar valores tradicionalmente recomendados na literatura. Em nossa região, existem duas formas usuais para definição do “per capita” a ser adotado no projeto de um SAA: a) Fórmula geral: 1500 P47,33.ln100q += Onde: q: quota “per capita” [l/hab/dia] P: população de projeto Essa equação utilizada para estabelecer o consumo “per capita” do Recife fornece: População: 1.300.000 habitantes q = 100 + 47,33 . ln (1.300.000 / 1.500) q = 420 l/hab/dia Para qualquer estudo no Recife, hoje em dia, é usado q = 200 l/hab/dia b) Utilização de tabela: q = 200 l/hab/dia, para comunidades de grande porte (P > 100.000 hab); q = 150 l/hab/dia, para comunidades de médio porte (10.000 ≤ P ≤ 100.000 hab); q = 120 l/hab/dia, para comunidades de pequeno porte (P ≤ 10.000 hab), ou para agrupamentos subnormais das cidades de médio e grande porte (morros, favelas, invasões, etc) Obs.: Os valores acima não são regra geral e podem ser mudados desde que justificados. A antiga P-NB-587/77 recomendava: q = 150 a 200 l/hab/dia, para população de até 10.000hab. q = 200 a 250 l/hab/dia, para população entre 10.000 e 50.000hab. Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 5 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br q > 250 l/hab/dia, para população maior que 50.000hab. q = 100 l/hab/dia, para população temporária. 1.2. FATORES QUE INFLUENCIAM O CONSUMO O consumo d’água de uma cidade é sensivelmente modificado por vários fatores, entre eles destacamos: • Condições climáticas; • Características da população; • Porte da cidade; • Medição; • Pressão da rede. Entre esses fatores merecem destaque especial os dois últimos, principalmente porque estão relacionados com o combate às perdas. A hidrometação, como forma de inibir o desperdício de água pelos usuários é sem dúvidas um dos fatores que mais influencia o consumo. Além disso, a ausência ou a insuficiência de hidrômetros faz com que o consumidor mais cuidadoso pague pelo desperdício dos negligentes. Um sistema de micromedição ineficiente tanto favorece o desperdício quanto também é injusto do ponto de vista tarifário. Igualmente importante no estudo de combate às perdas é o controle da pressão. Entre os fatores responsáveis pelo aumento do desperdício na rede distribuidora submetida às altas pressões temos: • Imprecisão dos hidrômetros; • Aumento das perdas por vazamentos devido à fadiga dos materiais e ao aumento das rachaduras ou trincas existentes nas tubulações; • Maior consumo nas instalações prediais atendidas diretamente pela rede; • Maior freqüência de estouramentos e vazamentos. 1.3. VARIAÇÕES DE CONSUMO São consideradas em um serviçode abastecimento d’água de uma comunidade as variações diárias e horárias. a) Consumo Máximo Diário: Ao longo dos dias do ano o sistema de abastecimento tem seu consumo variável; e o conhecimento dessa variação é de fundamental importância para o dimensionamento das unidades componentes do sistema. A relação entre o consumo observado no dia de maior consumo e o consumo médio diário é chamada de “Coeficiente do dia de maior consumo K1”. Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 6 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br A NBR 12211/1992 recomenda: Quando os dados disponíveis são confiáveis, os valores de consumo devem ser determinados de acordo com os seguintes critérios: • O consumo médio é igual à média dos volumes diários, consumidos no período mínimo de um ano; • O coeficiente do dia de maior consumo (K1) deve ser obtido da relação entre o maior consumo diário, verificado no período de um ano e o consumo médio diário neste mesmo período, considerando- se sempre as mesmas ligações. Recomenda-se que sejam considerados, no mínimo, cinco anos consecutivos de observações, adotando-se a média dos coeficientes determinados. Na falta de medições geralmente adotam-se valores de 1,2 (usado em nossa região) ou 1,25 (usado na região sul), isto equivale dizer que no dia de maior consumo a demanda é superior em 20% o valor da média anual. b) Consumo Máximo Horário: Com maior intensidade ocorrem as variações horárias de consumo. Se tomarmos o dia de maior consumo e registramos a vazão máxima horária deste dia teremos o valor “maximum maximorum” observado para o sistema. De acordo com a NBR 12211/1992 o Coeficiente da hora de maior consumo (K2) é a relação entre a máxima vazão horária e a vazão média do dia de maior consumo. Na falta de informações, é comum se adotar K2 = 1,5 que equivale a dizer que no dia de maior consumo a vazão máxima supera em 50% a vazão média observada neste dia. 2. UNIDADES COMPONENTES São unidades componentes de um sistema de abastecimento de água: • Captação; • Adução (transporte); • Tratamento; • Reservação; • Distribuição. Obs.: Alguns profissionais consideram o manancial como unidade do SAA, porém se o sistema não existisse o manancial continuaria existindo, razão pela qual consideraremos como integrante do sistema apenas as obras de captação realizadas no manancial. As unidades componentes de um sistema são usualmente representadas por esquemas como os da Figura 01. Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 7 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br Figura 01a – Captação Superficial Figura 01b – Captação Subterrânea Figura 01 – Representação esquemática de sistemas de abastecimento de água. 2.1. Vazões de Dimensionamento a) Vazão máxima diária (Q1): Q1 = K1.q.P Onde: K1: Coeficiente do dia de maior consumo. q: Consumo “per capita”. P: população atendida. A vazão máxima diária é responsável pelo dimensionamento das seguintes unidades do sistema: • Captação; • Adução; • Tratamento; • Reservação. Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 8 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br b) Vazão máxima horária (Q2): Q2 = K2 . Q1 Q2 = K2 . K1 . q . P Vazão máxima horária é responsável pelo dimensionamento das redes distribuidoras dos sistemas. As unidades de captação, elevação, adução e tratamento são responsáveis pela oferta de uma demanda constante Q1, enquanto que, na outra extremidade do sistema, a rede de distribuição solicita vazões variáveis que vão desde 0 (zero), a um valor máximo Q2. A compensação entre os volumes produzidos e os efetivamente consumidos é realizada pelo reservatório de distribuição (Figura 02). Figura 02 – Demandas Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 9 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br BIBLIOGRAFIA STEEL, Ernest W. – Abastecimento d’Água Sistemas de Esgotos –Tradução José de Santa Ritta – USAID –, Rio de Janeiro, 1966. LIMA, Antonio Figueiredo – Abastecimento d’Água das Cidades, - Recife, Escola de Engenharia da UFPE,1968. DACACH, Nelson Gandur – Saneamento Básico – Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. 1979. YASSUDA, Eduardo R. e NOGAMI, Paulo S. - Técnica de Abastecimento e Tratamento de Água – CETESB Vol.1., São Paulo, 1973 TSUTIYA, Milton Tomoyuki – Abastecimento de Água – Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2004. Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 10 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br MANANCIAIS E CAPTAÇÃO DE ÁGUA 1. CICLO HIDROLÓGICO Ciclo hidrológico pode ser concebido como o mecanismo de circulação da água, em seus diversos estados (sólido, líquido ou gasoso), do mar para o continente e seu retorno ao mar. Apesar do ciclo hidrológico na natureza ocorrer de forma contínua em diversas partes do planeta, pode-se admitir, para melhor compreensão que ele tenha início nos oceanos, sendo sintetizado através das seguintes etapas (Figura 01). • Evaporação da água do mar; • Transporte da água evaporada pelas massas de ar em direção aos continentes; • Precipitação na forma de chuva, granizo ou neve na superfície da terra; • Uma parcela da água precipitada sofre evaporação e outra parte é aproveitada pelas plantas é, também, devolvida a atmosfera por transpiração; • Uma segunda parcela da água precipitada escoa superficialmente, indo alimentar os cursos d’água existentes; • A parcela restante tem como destino a infiltração através do subsolo indo formar as águas subterrâneas. À medida que essa infiltração aumenta e atinge a saturação do solo a água nele contida move-se lentamente, sob a ação da gravidade, indo também alimentar os cursos d’água ou o próprio oceano. Figura 01 – Ciclo Hidrológico Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 11 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br 2. CAPTAÇÃO SUBTERRÂNEA 2.1. INTRODUÇÃO Apesar da grande quantidade de água existente no planeta, estima-se que cerca de 95% seja de água salgada e apenas 5% corresponda a água doce. Desse pequeno percentual, descontadas as reservas em forma de geleiras, restam apenas 0,3% disponíveis para o consumo, com predomínio absoluto das águas subterrâneas. Atualmente, com a degradação cada vez maior do meioambiente, que vem se refletindo nos custos do tratamento das águas superficiais, as águas subterrâneas se constituem uma alternativa viável do ponto de vista econômico e sanitário para o suprimento das comunidades. As águas subterrâneas encontram-se na natureza em pequenas profundidades (água freática), ou águas mais profundas confinadas (águas artesianas). Do ponto de vista sanitário as águas freáticas são mais expostas à contaminação por bactérias, parasitas ou de substâncias químicas o que poderá inviabilizar em muitos casos o seu aproveitamento. 2.2. FORMAÇÃO DAS RESERVAS SUBTERRÂNEAS As águas subterrâneas são decorrentes da infiltração das águas de chuva através das diversas camadas do terreno. Devido à ação da gravidade e à porosidade do solo, a parcela de água que se infiltra é conduzida para as camadas mais inferiores, até atingir um estrato impermeável fazendo cessar a percolação no sentido vertical. No seu percurso através das diversas camadas do solo podem-se distinguir duas zonas distintas: • Zona de Aeração – Nesta zona, situada mais próxima a superfície terrestre, os interstícios encontram-se preenchidos com ar e água não sujeita à pressão atmosférica. • Zona de Saturação – Situada abaixo da zona de aeração, encontra-se com os vazios totalmente preenchidos por água e submetidos à pressão hidrostática. As águas alojadas nas zonas de saturação constituem as reservas subterrâneas que são exploradas para abastecimento. 2.3. AQUIFERO FREÁTICO E AQUÍFERO ARTESIANO A palavra aqüífero é normalmente empregada para designar as reservas de água existente no subsolo, muito embora se refira também às formações geológicas que contém e transportam águas subterrâneas. Distinguem-se dois tipos de aqüíferos (Figura 02), o Freático e o Artesiano. • Aqüífero Freático – Quando as águas que se infiltram no solo atingem um estrato impermeável os vazios do solo vão gradativamente sendo preenchidos com água até atingir a saturação. Quando isso ocorre, a água ali acumulada passa a ser submetida à pressão atmosférica. Se a superfície superior da água acumulada é livre o aqüífero formado é chamado de Freático. Um Aqüífero Freático pode ser comparado a Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 12 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br um rio ou canal que se desloca a grande profundidade. A superfície superior desse aqüífero é chamada de Lençol Freático. • Aqüífero artesiano – Se a formação aqüífera está confinada entre duas camadas impermeáveis do solo a água acumulada na zona de saturação com o passar do tempo passa a exercer sobre as camadas impermeáveis uma pressão superior à pressão atmosférica e o aqüífero assim formado recebe o nome de Aqüífero Artesiano. Um aqüífero artesiano pode ser comparado a um conduto forçado, com funcionamento por gravidade, instalado a grande profundidade. Figura 02 – Aqüífero Freático e Aqüífero Artesiano 2.4. PINCIPAIS VANTAGENS DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS • Qualidade geralmente satisfatória. Em alguns poços perfurados no semi-árido nordestino, o insucesso deve-se à presença de sais dissolvidos restringindo-se o uso como fonte de suprimento para o gado; • Relativa facilidade de obtenção; • Menor custo com as obras de captação; • Possibilidade de localização da captação próxima à área de consumo, o que facilita o controle operacional. Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 13 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br 2.5. PRINCIPAIS FORMAS DE CAPTAÇÃO SUBTERRÂNEA Captação no Aqüífero freático: • Poços Rasos a) Poços Escavados b) Poços Cravados • Captação em fontes • Galerias Filtrantes Captação em Aqüífero Artesiano: • Poços Profundos 2.5.1. Captação no Aqüífero Freático Poços Escavados: Também conhecidos por poços amazônicos ou cacimba (Figura 03). São geralmente escavados manualmente, e por isso necessitam de grandes diâmetros. Tem como principais características: • Captação de água do lençol freático ou de um rio quando o poço é perfurado próximo a este (aluvião); • Grandes diâmetros, em alguns casos mais de 2,0m; • Pequenas profundidades cerca de 10,0m; • A água necessita de tratamento para consumo humano. Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 14 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br Figura 03 – Poço Escavado com Bomba Manual Esses poços, devido suas baixas produtividades, são mais empregados no meio rural como solução individual ou coletiva de pequenas comunidades. Como a captação de água através desses poços é feita em pequenas profundidades, a possibilidade de contaminação é maior que nos poços profundos. Como forma de prevenir a contaminação de água nesses poços deve-se adotar algumas medidas construtivas: • Revestir externamente as paredes do poço, até um mínimo de 3,00m de profundidade de modo a evitar infiltrações para o interior do mesmo; • Elevação do nível do terreno em torno do poço até um mínimo de 0,25m de modo a se obter, um declive para fora do mesmo; • Construção de passeio de concreto em volta do poço com um mínimo de 1,00m de largura; • Cobertura do poço com laje de concreto; • Instalação de uma bomba. Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 15 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br Figura 04 – Poço Amazonas Poços Cravados São poços de pequeno diâmetro, construídos mediante a cravação no solo de uma série de tubos, interligados por meio de luvas rosqueadas, tendo em sua extremidade inferior uma ponteira destinada a romper os solos mais resistentes. A cravação pode ser feita manualmente, por meio de golpes de malho ou marreta, aplicados diretamente sobre cap rosqueado ao tubo. Quando a perfuração se realiza em terrenos moles a marcha da descida é de 5,0 a 7,5cm por pancada. Entretanto quando se trata de areia ou argila compacta o ritmo de descida é muito lento. Nestes casos pode-se recorrer à introdução de água no tubo ou em sua volta para facilitar a cravação. Como principais características desses poços têm-se: • Pequeno diâmetro, usualmente de 32mm a 50mm, podendo também chegar a 100mm; • Construção mais rápida e mais econômica quando comparada com os poços escavados; • Dada a sua facilidade construtiva, podem captar água a uma maior profundidade, cerca de 20m; Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 16 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br Entre as suas limitações temos: • Dificuldade construtiva quando se encontram solos compactos; • Como a cravação é realizada por golpes de malho ou marreta; as telas das ponteiras podem rasgar e os tubos se curvarem ou romperem; • As luvas se dilatam devido às batidas, permitindo a entrada de ar prejudicando a sucção o que reduz muito a sua produção.Captação em Fontes A Figura 05 representa uma instalação típica para captação de água em fontes situadas em encostas. Face à proximidade da superfície do terreno as águas captadas estão vulneráveis a contaminação, por isso a área deverá ser isolada da presença de pessoas ou animais. Segundo o Profº. Antônio Figueiredo, a área a ser protegida deverá compreender um círculo de pelo menos 30m de raio. Figura 05 – Captação em Fontes de Encostas Captação em Galerias Filtrantes Esta alternativa de captação, atualmente em desuso, é normalmente realizada as margens de rios ou lagos, onde a produção é apreciável. Consiste em tubulações perfuradas, envolvidas por seixos rolados, conforme apresentado na Figura 06. Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 17 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br Figura 06a – Captação em Galerias Filtrantes – Planta Baixa Figura 06b – Galerias Filtrantes – Corte AA Figura 06c- Galerias Filtrantes – Detalhe da Tubulação no Poço de Visita • São indicadas para captar água em lençóis freáticos de pequena profundidade; • Apresentam baixo rendimento e manutenção onerosa, além de problemas de qualidade da água; • Necessitam de grandes áreas para obtenção de maiores vazões; Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 18 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br • Custo elevado de implantação e manutenção; • Maiores riscos de contaminação da captação. 2.5.2. Captação no Aqüífero Artesiano • A captação de água nesses aqüíferos é feitas por meio de poços tubulares ou profundos, também denominados de Poços Artesianos; • Captam a água dos lençóis confinados (abaixo de uma ou mais camadas impermeáveis); • Pequenos diâmetros (até 300mm) e grandes profundidades: O maior poço do Brasil tem 2.400 metros de profundidade. Situado em Jundiaí (SP), foi perfurado para petróleo. Normalmente poços para água ficam em torno de 1.000, 1.200 metros; • Água sem necessidade de tratamento para o consumo humano. 2.5.3 - Terminologia dos Poços a) Nível Estático: É o nível de equilíbrio da água no poço quando o mesmo não está sendo bombeado. b) Nível Dinâmico do Poço: É o nível de água no poço quando o mesmo estiver sendo bombeado. Este nível está relacionado com a vazão de água retirada e com o tempo decorrido desde o início do bombeamento. c) Nível Dinâmico de Equilíbrio: Corresponde à estabilização do nível dinâmico para uma dada vazão. d) Rebaixamento, Abaixamento ou Depressão: É a distância vertical compreendida entre os níveis estático e dinâmico no interior do poço. e) Superfície Piezométrica de Depressão ou Cone de Depressão: Nos poços em freáticos é a superfície real formada pelo nível de água em volta do poço quando em bombeamento. Em poços artesianos é superfície imaginária formada pelos níveis piezométricos. f) Curva de Abaixamento ou de Depressão: É formada pela intersecção da superfície piezométrica por um plano vertical que passa pelo poço. g) Zona de Influência do Poço: É constituída por toda a área atingida pelo cone de depressão de um poço. h) Regime de Equilíbrio – Situação que se verifica quando o nível dinâmico no seu interior, para uma dada vazão de bombeamento constante, mantêm-se inalterável no decorrer do tempo, isto é, a vazão subterrânea é igual à vazão retirada do poço. Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 19 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br 3. CAPTAÇÃO SUPERFICIAL Quando se utiliza um curso d’água para atendimento a uma comunidade três hipóteses podem ocorrer: • A descarga do rio em qualquer dia é superior ao volume a ser captado. Neste caso, as obras de captação são mais simples e os custos menores; • A descarga do rio, em alguns meses do ano, são inferiores à vazão necessária ao atendimento da comunidade a ser servida, entretanto, a descarga diária média é superior ao volume de água a ser captado. Nessa situação, o atendimento só será possível mediante o barramento do rio, com objetivo de acumular água nos períodos chuvosos, para posterior consumo nos períodos de estiagem. Quando ocorre esta hipótese, o volume total acumulado em um ou mais ciclos hidrológicos deve ser maior que o volume total captado no mesmo período; • A vazão média do rio é inferior à vazão requerida. Quando ocorre essa situação, o aproveitamento do curso d’água só permitirá o atendimento parcial da comunidade. 3.1. PARTES CONSTITUINTES DE UMA CAPTAÇÃO Dependendo da complexidade dos diversos fatores intervenientes, com presença de areia na água, presença de sólidos, variação do nível d’água no ponto da captação, topografia das margens, etc., as obras de captação podem envolver a construção das seguintes unidades: • Vertedouro; • Canais; • Caixas de Areia (desarenadores); • Grades de barras; • Dispositivos de controle. 3.2. CAPTAÇÃO QUANDO A DESCARGA MÍNIMA DO RIO É SUPERIOR À VAZÃO A SER CAPTADA Quando se trata de um curso d’água de médio ou grande porte as obras de captação podem ser feitas diretamente no rio ou em suas margens. Para menores cursos d’água, especialmente se a profundidade no ponto de captação for reduzida, faz-se necessária a construção de barragens para elevar o nível do rio no ponto de captação. a) Captação por tomada direta (rios de médio a grande porte). • Captação por meio de flutuantes; • Captação por drenos; • Canal de aproximação; • Captação simples por meio de tubos. Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 20 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br b) Captação por barragem de nível (cursos d’água de pequena profundidade). 3.2.1 - Captação por meio de flutuantes A captação por meio de flutuantes se constitui uma ótima alternativa quando há necessidade de bombeamento e o rio apresenta grande oscilação de nível. a) Por Recalque Figura 07 – Captação Flutuante b) Por Gravidade Foto 01 – Captação por Flutuante – barragem de Jucazinho Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 21 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br 3.2.2. Captação por canal de aproximação Figura 08 – Captação por canal de aproximação 3.2.3. - Captação por barragem de nível (barragem vertedoura) • Característica de pequenos ou médios cursos d’água (onde se faz um barramento no rio); • Não possui finalidade de acumulação de água, apenas de criação de certo volume para facilitar a captação. Figura 09 – Captação em Barragem de Nível Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 22 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 -www.seg.com.br 3.3. CAPTAÇÃO QUANDO A DESCARGA MÍNIMA DO RIO É INFERIOR À VAZÃO A SER CAPTADA Quando a vazão mínima do curso d’água for inferior à vazão de projeto, a captação é realizada por barragens de acumulação (ou regularização). O reservatório formado pelo lago artificial, criado pela barragem, pode atender a diversas finalidades: • Aproveitamento hidrelétrico; • Abastecimento d’água; • Irrigação; • Controle de enchentes (ex: Barragem do Carpina). Além dessas reservas deverá também ser prevista uma descarga mínima para manutenção do curso do rio a jusante da barragem. 3.3.1. Terminologia a) Ano Hidrológico Período de doze meses, que normalmente não coincide com o ano civil, correspondente ao período de chuvas intensas e períodos de estiagens e chuvas reduzidas. b) Bacia hidrográfica da barragem É toda a área onde as chuvas caídas escoam para o curso d’água considerado, até o ponto do barramento. c) Bacia hidráulica da barragem (Ah) É a área formada pelo espelho d’água máximo resultante do barramento do rio. Segundo o Profº. Antônio Figueiredo, para determinações preliminares, e no caso de pequenos cursos d’água, a bacia hidráulica pode ser estimada em 3 a 5% da bacia hidrográfica. Esse valor, arbitrado inicialmente, deverá ser corrigido posteriormente se constatada sensível divergência com relação à área real da bacia após a fixação da altura da barragem. d) Rendimento da bacia hidrográfica (RUN-OFF) É o percentual das precipitações pluviométricas que chega efetivamente ao ponto de barramento do rio. No estado de Pernambuco, podemos utilizar as seguintes expressões: Para o litoral e Zona da mata: H HR 00023,01,1 023,010% + += Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 23 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br Para o agreste e sertão: Onde: H é a precipitação em mm. e) Volume d’água afluente à barragem: Va = R’ . H . A Onde: R’ = R/100 (R = Rendimento da bacia hidrográfica); H = Precipitação pluviométrica, em m (altura de chuva); A = Área da bacia hidrográfica, em m²; Va = Volume afluente, em m³. A unidade de Va depende do tempo considerado da precipitação. Se a precipitação usada foi de um mês, o volume encontrado será em m³/mês. f) Volume d’água evaporado: Ve = 0,7 . E . Ah, Onde: E = Valor da evaporação na região, em m³/m²/ano; E = 1,5 m³/m²/ano (em Recife); E = entre 2,0 e 2,5 m³/m²/ano (no Sertão); Ah = Área da bacia hidráulica, em m². g) Volume d’água retirado anual: Vr = Q1 . Tr Onde: Q1 = vazão máxima diária, em m³/dia; Tr = período de retirada, considerado em dias (no nosso caso, Tr = 365). h) Volume d’água retirado da barragem: Vr = Vr1 + Vr2 +Vr3 Onde: Vr1 = Volume destinado aos sistemas de abastecimento de água; Vr2 = Volume d’água destinado à irrigação; 55000 230000400% +−= HHR Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 24 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br Vr3 = Volume d’água destinado à manutenção da descarga de base do rio (vazão mínima para o rio manter seu curso a jusante da barragem) A título de ilustração citamos como exemplo os seguintes volumes observados para a barragem de Jucazinho: Vr = 3,0 m³/s; Vr1 = 1,5 m³/s; Vr2 = 1,0 m³/s; Vr3 = 0,5 m³/s. 3.3.2. Determinação do Volume do Reservatório de Acumulação a) Inicialmente, faz-se o balanço para o ano hidrológico mais seco. Afluxo Mensal ⇔ Demanda Mensal Va ⇔ Ve + Vr b) Se ao final do período tivermos ∑Va ≥ ∑(Ve + Vr) ⇒ o volume de acumulação será determinado considerando apenas este ano mais seco. c) Se ∑Va < ∑(Ve + Vr) ⇒ deve-se fazer o balanço com os dois anos mais secos consecutivos: Va (2 Anos) ⇔ Ve (2 Anos) + Vr (2 Anos) d) Se Va (2 Anos) ≥ Ve (2 Anos) + Vr (2 Anos) ⇒ o volume a ser acumulado será determinado em função do balanço hidrológico dos dois anos considerados. e) Se Va (2 Anos) < Ve (2 Anos) + Vr (2 Anos) ⇒ deve-se fazer o balanço com os três anos mais secos consecutivos, e assim sucessivamente. Obs.: Cada vez a barragem vai ficando mais cara, devemos levar em conta a viabilidade da obra. 3.3.3. Planilha de Cálculo para Determinação do Volume de Acumulação Vu = MSD + MDM Onde: MNM - Maior saldo mensal MDM - Maior déficit mensal AFLUXOS DEMANDAS MESES Mensais Acumulados Evaporada Retiradas Total Acumulada DÉFICITS SALDO (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 25 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br (1) Cada linha corresponde a um mês do período de acumulação definido; (2) Volume afluente em cada mês do período considerado; (3) Volume acumulado mês a mês; (4) Volume evaporado mensal = volume evaporado anual 12 (5) Volume retirado mensal = volume retirado anual 12 (6) = (4) + (5) (7) = Valores acumulados da coluna (6) (8) = (7) – (3), Se positivo; (9) = (7) – (3), Se negativo • Volume útil da barragem Vu = maior valor de (8) + maior valor de (9) • Volume total da barragem: Vt = Vu + 0,20 . Vu ⇒ Vt = 1,20 Vu Onde: 0,20Vu: Volume do porão ou volume intangível. 3.3.4. Tipos de Tomada d’água a) No corpo da barragem A descraga de fundo das barragens de regularização devem ser abertas sempre que as mesmas estiverem vertendo (barragens pequeno porte). Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 26 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br Foto 10 – Captação em Barragem de Acumulação b) Por torre de tomada Garante que sempre se pegue a melhor água. As melhores são as mais superficiais. Isso se faz abrindo as comportas mais superiores e fechando as demais (barragens de médio ou grande porte). Figura 11 – Captação por Torre de Tomada 3.3.5. Réguas Linimétricas Réguas que medem o nível d’água nas barragens de regularização (acumulação). Podem ser inteiras ou parciais (de margem). Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 27 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br Foto 02 – Régua Linimétricas – barragem de Jucazinho 3.3.6. Gráfico Cota x Volume Relação Cota x Volume Acumulado - 100.000,00 200.000,00 300.000,00 400.000,00 500.000,00 300 320 340 360 380 400 Cota (m) Vo lu m e ac um ul ad o (m ³) Figura 12 – Gráfico Cota x Volume Acumulado Observações: • A área em torno da barragem deve ser desapropriada até o nível da máxima enchente (entre 50 e 100m); Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 28 Av do Forte, 1233/107;Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br • Deve-se fazer a proteção sanitária do manancial evitando o acesso de pessoas e animais à bacia hidráulica, assim como moradias e plantações nas áreas desapropriadas; • Também é necessária a distância de 50 a 100m além da área máxima do lago, visando a formação de mata ciliar de proteção do manancial. 3. EXERCÍCIOS 1. Calcular o volume que deverá ser acumulado em uma barragem de acumulação na zona da mata de Pernambuco, sabendo-se que: • Área da bacia hidrográfica (A): 5.136.186m²; • Área da bacia hidráulica (Ah): 36.687m²; • Valor da evaporação no local (E): 1.000mm/ano; • Vazão retirada pelo sistema (Q): 847m³/dia; • Precipitação do ano mais seco (H): 427mm; • Distribuição mensal das precipitações (%): JAN: 5,4 MAI: 15,5 SET: 4,3 FEV: 6,9 JUN: 16,1 OUT: 2,5 MAR: 12,2 JUL: 10,7 NOV: 2,7 ABR: 12,7 AGO: 7,3 DEZ: 3,7 Solução: Parte I - Verificação do período de acumulação: Para o ano mais seco: Va ⇔ Ve + VR Volume afluente à barragem: Va = R’.H.A (H em metros) R’ = R / 100 (H em milímetros) Va = 0,165 x 0,427 x 5.136.186 ∴Va = 361.870 m³/ano Volume d’água evaporado: Ve = E.Ah = 1,0 x 36.687 ∴Ve = 36.687 m³/ano (E em m/ano) H00023011 H023010R ,, , + += %, ,, , 516R 427x00023011 427x023010R =∴+ += Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 29 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br Volume anual retirado pelo sistema VR = 847 x 365∴VR = 309.155 m3/ano Balanço para o ano mais seco Va ⇔ Ve + VR 361.870 ⇔ 36.687 + 309.155 ∴361.870 > 345.842 Como para o ano mais seco Va > Ve + VR o volume de acumulação será determinado considerando os afluxos e demandas relativos a esse ano mais seco. Parte II - Determinação do volume da represa (Planilha de cálculo). Afluxos Demandas Mês Mensal Acumulado Evaporação Retirada Total Acumulado Déficit Saldo JAN 19.541 19.541 3.057 25.763 28.820 28.820 9.279 - FEV 24.969 44.510 3.057 25.763 28.820 57.640 13.130 - MAR 44.148 88.658 3.057 25.763 28.820 86.460 - 2.198 ABR 45.957 134.615 3.057 25.763 28.820 115.280 - 19.335 MAI 56.090 190.705 3.057 25.763 28.820 144.100 - 46.605 JUN 58.261 248.966 3.057 25.763 28.820 172.920 - 76.046 JUL 38.720 287.686 3.057 25.763 28.820 201.740 - 85.946 AGO 26.417 314.103 3.057 25.763 28.820 230.560 - 83.543 SET 15.560 329.663 3.057 25.763 28.820 259.380 - 70.283 OUT 9.047 338.710 3.057 25.763 28.820 288.200 - 50.510 NOV 9.770 348.480 3.057 25.763 28.820 317.020 - 31.460 DEZ 13.390 361.870 3.057 25.763 28.820 345.840 - 16.028 Observações: a) O Va mensal é igual ao Va anual multiplicado pelos percentuais de precipitação de cada mês; b) Considera-se o Ve mensal, o valor do Ve anual dividido por 12; c) Idem para o VR mensal; d) A coluna déficit é o balanço entre afluxos e demandas. Se a demanda for maior que o afluxo teremos déficit, caso contrário saldo. Volume útil (Vu) Vu = MSM + MDM Vu = 85.946 + 13.130 Vu = 99.076m³ Volume do porão (Vp) Vp = 0,20 x Vu Vp = 0,20 x 99.076 Vp = 19.815m³ Volume total de acumulação Vtl = Vu + Vp = 99.076 + 19.815 Vt = 118.891m³ Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 30 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br 2. Calcular o volume que deverá possuir uma barragem de acumulação na zona da mata de Pernambuco, sabendo-se que: • Área da bacia hidrográfica (A) = 5.136.186m²; • Estimativa da bacia hidráulica (Ah) = 1% de (A); • Valor da evaporação local (E) = 1,2 m³/m²/ano; • Valor das retiradas previstas: abastecimento d’água = 7,0 l/s e descarga de base do riacho = 3,0 l/s; • Precipitação do ano mais seco da série histórica (H) = 427mm, • Distribuição mensal das precipitações no ano mais seco (%): JAN: 5,4 MAI: 15,5 SET: 4,3 FEV: 6,9 JUN: 16,1 OUT: 2,5 MAR: 12,2 JUL: 10,7 NOV: 2,7 ABR: 12,7 AGO: 7,3 DEZ: 3,7 3. Uma determinada barragem de acumulação possui a bacia hidráulica com as seguintes características: Curva de nível (m) Área da lâmina d’água 178 0 180 989 182 2.917 184 8.754 186 36.831 De posse desses dados, pede-se determinar, em m³: a) Volume total da barragem; b) Volume acumulado até a cota 185. 4. (Provão 2000) – Você foi chamado para fazer um anteprojeto de uma barragem que irá abastecer uma cidade de 100.000 habitantes, e uma área irrigada de 5.000ha. Verificar, através de um balanço hídrico anual, se o local escolhido para a barragem tem condições de atender à demanda, quando esta for construída, dispondo das seguintes informações: • Área da bacia hidrográfica (A) = 300km²; • Precipitação média anual (H) = 1.300mm/ano; • Evapotranspiração total na bacia hidrográfica (EVT) = 1.000 mm/ano; • Demanda da cidade = 150 l/hab/dia; • Demanda da área irrigada = 9.000 m³/ha/ano. Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 31 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br 5. Uma determinada cidade do NE brasileiro encontra-se com problemas de déficit de oferta em seu sistema de abastecimento de água. Verificando os sensos do IBGE, encontramos os seguintes dados populacionais: Ano População (hab.) 1970 23.987 1980 32.733 1990 41.042 2000 49.586 O IBGE ainda salientou que, historicamente, cerca de 25% de sua população habita em áreas subnormais (favelas). Atualmente, a Prefeitura está contratando um projeto para ampliação do sistema, que deverá considerar o aproveitamento das unidades existentes, implantando apenas o que for necessário ao complemento da demanda prevista para os próximos 20 anos, usando parâmetros de projeto com valores compatíveis com a região. De posse destes dados, pede-se determinar: a) Vazão de projeto necessária ao novo sistema produtor; b) Vazão de dimensionamento do sistema produtor existente: • Tipo de captação: barragem de acumulação; • Localização: zona da mata do NE; • Área da bacia hidrográfica: A = 25,36km²; • Área da bacia hidráulica: Ah= 190.200m²; • Evaporação local = 1,8 m³/m²/ano; • Período de acumulação = 3 anos; • Precipitação dos 3 anos mais secos consecutivos = 1.210mm. Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 32 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br BIBLIOGRAFIA LIMA, Antonio Figueiredo – Curso de Projetos de Abastecimento D’Água para Pequenas Comunidades – Recife, Organização Sanitária Panamericana – SUDENE, 1965. DACACH, Nelson Gandur – Saneamento Básico – Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. 1979. Departamentos do Exercíto e da Força Aérea Norte-Americana – Poços – Tradução do Manual Técnico Nº 5-297, por Paulo S. Nogami. – USAID, São Paulo, 1957. YASSUDA, Eduardo R. e NOGAMI, Paulo S. - Técnica de Abastecimento e Tratamento de Água – CETESB Vol.1., São Paulo, 1973 TODD, David K. – Hidrologia de Águas subterrâneas – Tradução Prof. Araken Silveira e Prof.a Evelyna Bloem Souto Silveira. - USAID,Rio de Janeiro, 1967, Edgard Blücher, 1991. VILLELA, Swami M. e MATTOS, Arthur – Hidrologia Aplicada – São Paulo, McGraw-Hill do Brasil, 1975. TSUTIYA, Milton Tomoyuki – Abastecimento de Água – Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2004. LINSLEY, Ray Keyse FRANZINI, Joseph B. – Engenharia de Recursos Hídricos – São Paulo, McGraw-Hill do Brasil, 1978. Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 33 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br ADUTORAS 1. INTRODUÇÃO O termo adutora é empregado para designar as canalizações que transportam água entre as unidades que constituem o sistema de abastecimento d’água. Do ponto de vista econômico e também estratégico, podemos afirmar que esta unidade é a mais importante do sistema. Por isso, os cuidados com prováveis acidentes, que venham causar interrupção do funcionamento da adutora, não se deve limitar a fase do projeto e execução das obras, mas se estender por toda vida útil do sistema através de um controle operacional adequado. Como essas linhas transportam grandes volumes de água, os concertos dos estouramentos mobilizarão maiores recursos e terá reflexo no funcionamento de todo o sistema, contribuindo, inclusive, para desgastar a imagem da empresa. Se o sistema for alimentado por uma única adutora, dependendo das condições de acesso ao local do acidente, os reparos serão bem mais difíceis de realizar e a insatisfação do usuário aumenta na medida em que esse tempo se prolonga. Do ponto de vista econômico, em regiões como a nossa, onde é comum a escassez de água e as adutoras, normalmente, apresentam grandes extensões, a escolha criteriosa do diâmetro pode conduzir a uma redução substancial nos investimentos. Em períodos de grandes estiagens é comum moradores da zona rural realizarem ligações clandestinas nas linhas adutoras mesmo quando de trata de adutora de água bruta. Esse aspecto sanitário também não pode ser esquecido pelo projetista; e a possibilidade de realizar o tratamento logo a jusante da captação se constitui uma alternativa a ser analisada. 2. CLASSIFICAÇÃO DAS ADUTORAS 2.1. QUANTO AO DESNÍVEL ENTRE OS PONTOS EXTREMOS a) Adutora por Gravidade: Quando o ponto inicial (extremo de montante) possui a cota mais alta em relação a todos os outros pontos da linha. O escoamento ocorre exclusivamente pela ação da gravidade. b) Adutora por Recalque: Quando o ponto de cota mais elevada se encontra na extremidade de jusante. Neste caso, o escoamento só se tornará possível através de bombeamento. Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 34 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br 2.2. QUANTO AO REGIME DE FUNCIONAMENTO a) Condutos livres: A pressão na superfície líquida é igual à pressão atmosférica (regime de canal); o tubo nesse casso pode funcionar parcialmente cheio. b) Condutos forçados: A pressão na superfície líquida é superior à pressão atmosférica. Observações: • As adutoras só funcionam como condutos livres sob determinadas condições do transporte por gravidade; • As adutoras por recalque e a maioria das adutoras por gravidade funcionam como condutos forçados; • Na adução por gravidade, deve-se evitar que ocorram trechos consecutivos com regimes diferentes; 2.3. QUANTO AO DIÂMETRO a) Uniformes (um só diâmetro); b) Mistas (dois ou mais diâmetros). 2.4. QUANTO AO MATERIAL a) Uniforme (um só material); b) Mistos (dois ou mais materiais). 3. HIDRÁULICA DAS CANALIZAÇÕES O dimensionamento das linhas adutoras utiliza as fórmulas já consagradas na mecânica dos fluidos e na hidráulica. 3.1. EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 35 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br Figura 01 A vazão que escoa através da seção S do tubo da Figura 1 é dada por: Tempo VolumeQ = Como a seção do tubo é constante o volume contido no trecho L da canalização será: V = S.L t S.LQ =∴ Sendo a velocidade de escoamento v, resulta: Q = Sv (equação da continuidade) Onde: Q: vazão, em m³/s; S: seção do conduto, em m²; V: velocidade de escoamento da água, em m/s. 3.2. NÚMERO DE REYNOLDS (Re) O Número de Reynolds é um adimensional conhecido pela relação entre as forças de inércia e as forças de viscosidade. Pode-se determinar a sua expressão através da análise dimensional. υ=µ=µ ρ=µ= Lv TL L LL LTx T LL Z Av maR 3 5 22 3 e Ou seja, o Número de Reynolds é função da velocidade de escoamento, da viscosidade do fluido e de uma dimensão da seção. Para tubos de seção circular: υ= v.DRe Onde: νágua: 10-6 m²/s (viscosidade cinemática da água); v: velocidade da água, m/s; D: Diâmetro da tubulação, m. O regime de escoamento é caracterizado de acordo com o Número de Reynolds: Re < 2.000: Regime laminar; Re > 4.000: Regime turbulento; Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 36 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br 2.000 < Re < 4.000: zona de transição (apresenta características dos dois regimes).O regime laminar é característico do escoamento em meios porosos com o que ocorre no meio filtrante das estações de tratamento d’água. Nas condições práticas, o movimento da água nas canalizações sempre se apresenta de natureza turbulenta. 3.3. PERDA DE CARGA Duas fórmulas são usualmente empregadas; a Fórmula Universal recomendada pela antiga P-NB-591/77, e a Fórmula de Hazen-Wiliams. Fórmula Universal (Recomendada pela NB-591/1991) 2g v D Lfh 2 p = . Onde: hp: perda de carga (m); L: comprimento da tubulação (m); D: diâmetro da tubulação (m); V: velocidade (m/s); g: aceleração da gravidade (m/s²); f: coeficiente que depende das asperezas do tubo e do Número de Reynolds, obtido pela expressão de COLEBROOK-WHITE: ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ +−= f 1. R 2,51 3,7D k2log f 1 e Onde: k: dimensão média das asperezas das paredes do tubo, tabelados conforme o material utilizado para os tubos (Tabela 01). Fórmula de Hazen-Williams 4,871,85 1,85 D(0,2788C) QJ = Onde: Q: vazão, (m³/s) D: diâmetro do tubo, (m) J: perda de carga unitária, (m) C: coeficiente de rugosidade das tubulações (conforme Tabela 01). Tabela 01 – Coeficiente de Rugosidade das Tubulações MATERIAL DA TUBULAÇÃO K (mm) C Aço, tubos novos 0,05 130 Aço, tubos usados 2,40 90 Cimento amianto 0,025 140 Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 37 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br Concreto, bom acabamento 0,70 130 Concreto, acabamento comum 1,50 120 Ferro fundido, tubos novos0,40 130 Ferro fundido, tubos usados 4,00 90 Ferro fundido revestido 0,12 130 Manilhas cerâmicas 0,60 110 Fibra de vidro 0,01 140 Tubos plásticos (PVC) 0,01 140 Perdas de carga localizadas Deverão ser levadas em consideração sempre que o comprimento da canalização exceder 4.000 vezes o seu diâmetro. Essas perdas são observadas nas conexões e peças especiais distribuídas ao longo do caminhamento da adutora. São normalmente determinadas pelas expressões: a) Pela expressão geral das perdas localizadas 2g vkh 2 p = Onde: hf: perda localizada, em m; v: velocidade da água, em m/s; g: aceleração da gravidade, em m/s2; k: coeficiente obtido experimentalmente para cada singularidade. b) Pelo método dos comprimentos virtuais 2g v D Lfh 2 p = e 2g vkh 2 p = Igualando os termos do segundo membro teremos: D fkL 2g vk 2g v D Lf 2 p 2 =⇒= Onde: L: comprimento virtual equivalente a cada singularidade k / f: tabelado (Tabela 02) Tabela 02 – Valores de k e k/f SINGULARIDADE k (k/f).D Ampliação Gradual 0,30 12D Crivo 0,75 75D Curva de 90º 0,40 45D Curva de 45º 0,20 20D Curva de 22º30’ 0,10 10D Junção (Y) 0,40 30D Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 38 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br Redução Gradual 0,15 6D Registro de Gaveta 0,20 8D Válvula de Pé 1,75 175D Válvula de Retenção 1,00 100D Tê, Passagem Direta 0,60 20D Tê, Saída de Lado 1,30 50D Tê, Saída Bilateral 1,80 65D Entrada Normal 0,50 17D Entrada de Borda 1,00 35D Saída de Canalização 1,00 35D 4. DIMENSIONAMENTO DAS ADUTORAS POR GRAVIDADE 4.1. LIMITES DE VELOCIDADE Não existe norma específica estabelecendo velocidades limites nas adutoras. A utilização de velocidades muito baixas conduzem a diâmetros anti- econômicos, enquanto velocidades elevadas podem ocasionar pressões transientes muito elevadas e conseqüentemente causar avarias nas tubulações. Parecem-nos aceitáveis valores compreendidos entre 0,60m/s e 3,00m/s, dependendo, evidentemente, do estudo econômico. 4.2. EXERCÍCIOS 1. Dimensionar a adutora indicada na Figura 02, empregando tubos de PVC (C = 140) para uma vazão de 18l/s. Traçar a linha piezométrica. Figura 02 SOLUÇÃO: O dimensionamento tem início examinando-se o perfil do caminhamento da adutora. Verificando-se a existência de pontos altos, isto é, situados acima da linha que interliga os pontos extremos da adutora. Neste caso apresentado como não existem tais pontos a solução é mais simples. Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 39 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br Carga disponível (J): 0,0084m/m 6000 49,60100,00J =−= Determinação do diâmetro necessário (D): Explicitando o valor de D na formula de Hazen-Williams vem: 632 540CJ27880 QD , ,, = 632 54000840x140x27880 0180D , ,,, ,= ∴D = 0,143m Como o diâmetro encontrado é muito próximo ao de 150mm, oferecido no mercado, utilizaremos este diâmetro, e teremos uma vazão aduzida um pouco maior. Perda de carga para a vazão de 18l/s: 4,871,85 1,85 D(0,2788C) QJ = hp = J.L = 0,00693x6000 hp = 41,58m. Como a carga total disponível é de 50,4m haverá uma sobra de: ∆h= 50,4 – 41,58 = 8,88m Esta sobra de energia poderá ser aproveitada para retirada de maior vazão do sistema. Vazão máxima obtida com tubos de 150mm: O valor será obtido também pela expressão de Hazen-Williams: Q = 0,2788 . C . D2,63 . J0,54 Q = 0,2788x140x0,1502,63x0,00840,54 Q = 0,0201m³/s = 20,1l/s Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 40 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br Velocidade (v): D² 4Qv π= 1,14m/s x0,150² 4x0,0201v =π= Traçado da linha piezométrica: O traçado da linha piezométrica é feito sempre de montante para jusante. Para o problema apresentado temos duas alternativas: a) Piezométrica para a vazão máxima de 20,1l/s. Neste caso, a linha piezométrica interliga os níveis de água dos dois reservatórios, reta (a). b) Piezométrica para vazão de 16l/s. Para que a vazão permaneça 16/s teremos de introduzir um dispositivo controlador de vazão que absorva a sobra de carga existente que é de 8,88m. Se esse dispositivo for um registro instalado na extremidade de jusante, a linha piezométrica terá o aspecto (b). Se esse dispositivo for colocado junto à barragem a linha piezométrica terá o aspecto(c). 2. Dimensionar a adutora indicada na Figura 03, empregando tubos PVC (C = 140) para uma vazão de 30l/s. Traçar a linha piezométrica. Figura 03 Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 41 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br SOLUÇÃO: Carga disponível (J): 0,0084m/m 6000 49,60100,00J =−= Determinação do diâmetro necessário (D): Explicitando o valor de D na formula de Hazen-Williams vem: 632 540CJ27880 QD , ,, = 632 54000840x140x27880 0300D , ,,, ,= ∴D = 0,175m Como o diâmetro encontrado é muito diferente dos existentes no mercado, utilizaremos uma adutora mista, com um trecho de 150mm e outro de 200mm, de modo que a energia disponível seja totalmente aproveitada nesses dois trechos. Designando por: L1 comprimento do trecho de 150mm; L2 comprimento do trecho de 200mm; J1 perda de carga unitária no tubo de 150mm; J2 perda de carga unitária no tubo de 200mm. Determinação dos comprimentos de cada trecho: Temos o seguinte sistema de equações: J1 x L1 + J2 x L2 = 100,00 - 49,60 L1 + L2 = 6.000 450,)L-(6000 0,2000)(0,2788x14 0,030L 0,1500)(0,2788x14 0,030 14,871,85 1,85 14,871,85 1,85 =+ 0,01782L1 +0,004391(6000 –L1) = 50,40 0,01782L1 - 0,004391L1 = 50,40 – 26,35 ∴L1=1.791m e L2 = 4.209m Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 42 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br Existem duas alternativas para o traçado da linha piezométrica, dependendo do ordenamento dos trechos no caminhamento da adutora. A disposição dos tubos de 150mm à montante submete a adutora a menores pressões de serviço. Já a utilização do maior diâmetro, como trecho de montante, constitui-se na melhor opção quando se tem que vencer pontos altos no caminhamento da adutora. 3. Dimensionar a adutora indicada na Figura 04, empregando tubos PVC (C = 140) para uma vazão de 100l/s. Traçar a linha piezométrica. Figura 04 SOLUÇÃO: Devido à existência do ponto alto (cota 95,00), o problema será tratado como se tivéssemos duas adutoras. TRECHOAB: Carga disponível (J1): 0,0025m/m 2000 ,100,00J =−= 0095 Determinação do diâmetro necessário (D): 632 540CJ27880 QD , ,, = 632 54000250x140x27880 1000D , ,,, ,= Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 43 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br ∴D = 0,353m O diâmetro encontrado impossibilita o uso de tubos de 300mm, porém se optarmos por tubos de 400mm haverá sobra de carga que poderá ser utilizada no segundo trecho. Perda de carga para a vazão de 100l/s e D=400mm: 4,871,85 1,85 D(0,2788C) QJ = hp = J.L = 0,001395x2000 hp ≈ 2,80m. Cota piezométrica mo ponto mais alto B: CB = 100,00 – 2,80 = 97,20m. A pressão disponível neste ponto será: PB = 97,20 – 95,00 = 2,20m. Traçado da linha piezométrica – Trecho AB: Partindo-se da cota 97,20m no ponto B, a linha piezométrica com inclinação J=0,001395m/m atingirá a barragem na cota 100,00m. TRECHO BC: Carga disponível (J2): m0,006533m/ 6000 ,97,20J =−= 0058 Determinação do diâmetro necessário (D): 632 5400065330x140x27880 1000D , ,,, ,= ∴D = 0,291m Serão utilizados tubos de 250mm e 300mm. Determinação dos comprimentos de cada trecho: J1 x L1 + J2 x L2 = 97,20 – 58,00 = 39,20m L1 + L2 = 6000 Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 44 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br 2039,)L-(6000 0,3000)(0,2788x14 0,100L 0,2500)(0,2788x14 0,100 14,871,85 1,85 14,871,85 1,85 =+ 0,01374L1 +0,005653(6000 –L1) = 39,20 0,01374L1 - 0,005653L1 = 39,20 – 33,92 ∴L1= 653m e L2 = 5.347m. Perda de carga em cada trecho para a vazão de 100l/s: hp1 = J.L1 = 0,01374x653 = 8,97m hp2 = J.L2 = 0,005653x5.347 = 30,23m Traçado da linha piezométrica - Trecho BC: a) Piezométrica para D = 300mm e 250mm Como não existem pontos altos no segundo trecho a ordem de colocação dos diâmetros é qualquer. b) Piezométrica com apenas tubos de 300mm Se optarmos pela não utilização dos tubos de 250mm teremos uma sobra de energia que poderá ser aproveitada para exploração de maior vazão na hipótese do crescimento da demanda. Enquanto vazão permanecer em 100l/s, um trecho inicial da adutora, próximo ao ponto B, terá seu funcionamento como conduto livre. 4. Dimensionar a adutora indicada na Figura 05, empregando tubos PVC (C = 140) para uma vazão de 16l/s. Traçar a linha piezométrica. Figura 05 SOLUÇÃO: Carga disponível (J): 0,0014m/m 10.000 ,100,00J =−= 0086 Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 45 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br Determinação do diâmetro necessário (D): Explicitando o valor de D na formula de Hazen-Williams, temos: 632 540CJ27880 QD , ,, = 632 54000140x140x27880 0160D , ,,, ,= ∴D≈200mmm Velocidade (v): D² 4Qv π= 0,51m/s x0,200² 4x0,016v =π= Devido à baixa velocidade associada à grande extensão da adutora, certamente, a alternativa de bombeamento é a mais econômica. A linha piezométrica para D = 200mm encontra-se representada na Figura 05. 5. DIMENSIONAMENTO DAS ADUTORAS POR RECALQUE Enquanto as adutoras por gravidade admitem uma única solução para transporte da vazão, nas adutoras por recalque o problema fica indeterminado devido à possibilidade de se adotar, teoricamente, qualquer diâmetro, desde que associado corretamente ao equipamento de recalque. Dependendo do diâmetro adotado a linha piezométrica assume configurações semelhantes às apresentadas na Figura 06. Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 46 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br Figura 06 A indeterminação do problema desaparece quando se considera os aspectos econômicos da questão, ou seja, dentre os vários diâmetros possíveis de atendimento adota-se o mais econômico. Existem vários métodos para determinação do diâmetro mais econômicos, entre eles destacamos: a) Fórmula de Bresse; b) Método do Custo Incremental Médio de longo Prazo (adotado pela Caixa Econômica Federal). Determinação do Diâmetro pela Fórmula de Bresse: QkDR = Onde: DR: Diâmetro da adutora por recalque (m); Q: Vazão recalcada (m³/s); k: Coeficiente que varia de 0,90 a 1,40. Este coeficiente depende dos custos de implantação, operação e manutenção de cada país. No Brasil, o valor usualmente adotado conforme momento econômico varia de 1,00 à 1,20. Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 47 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br Ex.: Para Q = 60 l/s = 0,06 m³/s 300mm0,293mD 0,061,2D RR ≈=⇒= Diâmetro de sucção (DS) Normalmente adota-se o diâmetro comercial imediatamente superior ao diâmetro de recalque, (DS)= 350mm. Determinação do Diâmetro pelo Custo Incremental Médio de Longo Prazo: Este método consiste em levantar, para cada diâmetro, os custos com a implantação do sistema e as despesas de exploração, ao longo de toda sua vida útil (30 anos). Entre as despesas operacionais estão, as despesas com pessoal de operação, equipes de manutenção e energia elétrica. Na Tabela 03 temos uma planilha para determinação do custo incremental de uma adutora de recalque de 900mm de diâmetro com o funcionamento de 3 bombas em paralelo. O preenchimento dos campos utilizados nesta tabela obedece a seqüência descrita a seguir: Produção Requerida: De acordo com o crescimento populacional, o consumo “per capita” e o índice de perdas projeta-se a produção necessária para cada ano da vida útil do sistema. Horas de Funcionamento: De acordo com o crescimento da produção estima-se o número de horas de funcionamento da elevatória. No exemplo apresentado, a produção requerida é vencida com uma única bomba até o ano 2017; a partir daí serão necessárias duas bombas para atendimento da demanda, situação esta que perdura até o ano de 2027 quando será necessário o funcionamento de 3 bombas. Volume Consumido: Devido às perdas no sistema o volume consumido é obtido descontando-se da produção requerida as perdas esperadas para o sistema. Se o percentual de perdas é k, multiplica-se a produção requerida por (1-k) para se obter o volume consumido. Despesas de Exploração: De acordo com o número de horas de funcionamento determina-se a despesa com energia elétrica do sistema, incluindo-se as parcelas de demanda e consumo, conforme sistema tarifário da concessionária de energia. A despesa com pessoal é estimada em função dos salários a serem pagos ao pessoal de operação e manutenção. Investimento: Em função do volume produzido pode-se estimar, sem necessidade de orçamento prévio, o custo coma implantação do sistema (adutora mais elevatória). Essa informação requer o conhecimento de uma curva de custo normalmente não disponível pela companhia de saneamento. Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 48 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br Finalmente, em função de uma taxa interna de retorno, determina-se à valor presente, o total dos volumes consumidos e o total das despesas com exploração. O quociente entre a despesa de exploração e o volume consumido, à valores presentes, vai definir o Custo Incremental Médio de Longo Prazo CIML, em R$/m³, da alternativa estudada. Repetindo-se este procedimento para outros diâmetros e escolhe-se aquele que apresentar menor custo por m³ consumido. Tabela 03 - Planilha para Cálculo do Custo Incremental Médio de Longo Prazo - D = 900mm Horas de Funcionamento Despesas de Expl. Pessoal E. Elétrica Ano Produção Requerida (m³/ano) Bomba 1 Bomba 2 Bomba 3 Volume Consumido (m³/ano) Pessoal Energia Elétrica Investimento 2008 0 0 0 0 0 0 0 25.707.530,90 2009 0 0 0 0 0 0 0 0,00 2010 8.653.924 14,0 0,0 0,0 6.490.443 40.320,00 217.470,10 0,00 2011 9.135.963 14,7 0,0 0,0 6.851.972 40.320,00 227.812,52 0,00 2012 9.630.053 15,5 0,0 0,0 7.222.540 40.320,00 238.413,50 0,00 2013 10.136.495 16,3 0,0 0,0 7.602.371 40.320,00 249.279,51 0,00 2014 10.655.598 17,2 0,0 0,0 7.991.699 40.320,00 260.417,16 0,00 2015 11.187.679 18,0 0,0 0,0 8.390.759 40.320,00 271.833,26 0,00 2016 11.733.062 18,9 0,0 0,0 8.799.796 40.320,00 283.534,76 0,00 2017 12.292.079 19,8 0,0 0,0 9.219.059 40.320,00 295.528,79 0,00 2018 12.865.072 20,0 1,4 0,0 9.648.804 40.320,00 343.384,65 0,00 2019 13.452.390 20,0 3,2 0,0 10.089.292 40.320,00 360.759,93 0,00 2020 14.054.390 20,0 5,1 0,0 10.540.793 40.320,00 378.569,59 0,00 2021 14.671.441 20,0 7,0 0,0 11.003.581 40.320,00 396.824,49 0,00 2022 15.303.917 20,0 8,9 0,0 11.477.938 40.320,00 415.535,76 0,00 2023 15.952.206 20,0 10,9 0,0 11.964.155 40.320,00 434.714,82 0,00 2024 16.616.702 20,0 12,9 0,0 12.462.527 40.320,00 454.373,35 0,00 2025 17.297.811 20,0 15,0 0,0 12.973.358 40.320,00 474.523,34 0,00 2026 17.995.947 20,0 17,1 0,0 13.496.960 40.320,00 495.177,09 0,00 2027 18.711.536 20,0 19,3 0,0 14.033.652 40.320,00 516.347,17 0,00 2028 19.445.015 20,0 20,0 3,6 14.583.761 40.320,00 573.119,66 0,00 2029 20.196.831 20,0 20,0 9,0 15.147.624 40.320,00 600.136,13 0,00 2030 20.967.443 20,0 20,0 14,4 15.725.582 40.320,00 627.828,01 0,00 2031 21.757.320 20,0 20,0 20,0 16.317.990 40.320,00 656.212,18 0,00 2032 22.566.944 20,0 20,0 20,0 16.317.990 40.320,00 656.212,18 0,00 2033 23.396.808 20,0 20,0 20,0 16.317.990 40.320,00 656.212,18 0,00 2034 24.247.419 20,0 20,0 20,0 16.317.990 40.320,00 656.212,18 0,00 2035 25.119.295 20,0 20,0 20,0 16.317.990 40.320,00 656.212,18 0,00 2036 26.012.969 20,0 20,0 20,0 16.317.990 40.320,00 656.212,18 0,00 2037 26.928.984 20,0 20,0 20,0 16.317.990 40.320,00 656.212,18 0,00 2038 27.867.899 20,0 20,0 20,0 16.317.990 40.320,00 656.212,18 0,00 2039 28.830.287 20,0 20,0 20,0 16.317.990 40.320,00 656.212,18 0,00 2040 29.816.735 20,0 20,0 20,0 16.317.990 40.320,00 656.212,18 0,00 76.194.052 317.225,64 2.693.048,25 25.707.530,90 CIML 0,3769035 Fonte: Manual de Fomento – Caixa Econômica Federal Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 49 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br 5.1. ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - DISPOSITIVOS DE OPERAÇÃO E PROTEÇÃO a) Registros de parada Instalados no início e no final das adutoras, nas derivações de linhas secundárias e em pontos estratégicos da linha. Figura 07 – Disposição de Registros de Parada b) Registros de descarga Colocados nos pontos mais baixos das canalizações, com as seguintes finalidades: • Permitir o seu esvaziamento quando da necessidade de efetuar reparos na adutora; • Extração do ar quando do enchimento da linha no início do funcionamento; • Permitir a remoção de sedimentos. Figura 08 – Caixa de Proteção para Registros de Descarga Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 50 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br É recomendável que esses dispositivos sejam abrigados por meio de caixas de proteção como na Figura 08. Para adutoras de pequeno diâmetro essas caixas são de pequeno vulto e podem ser construídas em alvenaria de 1 vez. Para grandes diâmetros é aconselhável que suas paredes sejam em concreto armado. Tendo em vista a função primordial das descargas, isto é, a remoção de sedimentos que se acumulam nos pontos baixos da adutora, esses registros devem se situar em derivação situada abaixo da geratriz inferior da linha adutora. Segundo Azevedo Netto, esses dispositivos podem ser dimensionados pela expressão: 6 Dd ≥ Onde: d: diâmetro da descarga; D: diâmetro da adutora. c) Ventosas São peças de funcionamento automático, colocadas nos pontos elevados das adutoras desempenhando as seguintes funções: • Expulsar o ar existente durante o enchimento da adutora e expulsar o ar acumulado durante o funcionamento; • Admitir ar para o interior da linha quando da ocorrência de estouramentos. Às vezes a saída brusca da água (esvaziamento) gera pressões negativas no interior das canalizações que tendem a pressionar o tubo de fora para dentro. Os tubos de aço, devido à pequena espessura de suas paredes, são mais vulneráveis. As ventosas, aliadas a outros dispositivos auxiliam na proteção dos tubos contra esse fenômeno. Figura 09a – Ventosa de Dupla Função Instalada em Travessia Aérea Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 51 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br Figura 09b – Ventosa para Exclusão de Ar Instalada com Abraçadeira Do mesmo modo que os registros de parada e de descarga, as ventosas devem ser devidamente abrigadas em caixas cujas parede podem ser de alvenaria ou concreto (Figura 10). As ventosas de pequeno diâmetro podem ser rosqueadas diretamente na tubulação ou por meio de abraçadeiras - Figura 09b. A partir de 50mm as ventosas são fabricadas com flanges e sua instalação na linha requer um Tê, voltado para cima, e um registro para permitir a retirada da ventosa para manutenção - Figura 09a. Suporte Especializado de Engenharia Ltda. 52 Av do Forte, 1233/107; Cordeiro, Recife – PE CEP 50.721-110; Telefax (81) 3445-8513/ 3227-6788 CNPJ 01.806.411/0001-31 - www.seg.com.br Figura 10 – Caixa de Proteção para Ventosas Segundo Azevedo Netto, para admissão e exclusão de ar, as ventosas podem ser dimensionados pela expressão: 8 Dd ≥ , ou 12 Dd ≥ , se o objetivo é apenas de exclusão de ar. Onde: d: diâmetro da descarga; D: diâmetro da adutora. A acumulação de ar nas adutoras depende da velocidade de escoamento. Se a velocidade for inferior a determinado valor, velocidade crítica (vc), o ar se acumulará nos pontos altos e haverá necessidade de ventosas. Quando a velocidade
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