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COMUNICAÇÃO INTERCULTURAL Jorge Otsuka / Vanessa Uehara / Pedro Paz / Tuany Nakama/ Stella Dueñas / Karen Yu 1 AGENDA INTRODUÇÃO “A Comunicação Intercultural é um reflexo repleto de significados das mudanças estruturais e organizacionais que afetaram o nosso mundo contemporâneo, em decorrência do processo de globalização(...)” (ELHAJJI, Mohammed. Comunicação Intercultural: Prática Social, significado político e abordagem científica. E-compós. Agosto/2006.) “As subsidiárias têm papel crítico para o sucesso das multinacionais, seja em termos das suas habilidades para vender produtos internacionalmente ou em termos de adicionar valor agregado nas atividades de pesquisa e desenvolvimento ou de manufatura.” (BIRKINSHAW;HOOD, 1998) O estudo da Fundação Dom Cabral consultou 52 multinacionais brasileiras e 14 empresas que atuam no exterior por meio de franquias: dados apontam para o crescimento do índice médio de internacionalização das multinacionais brasileiras, de 21,3% em 2012 para 22,9% em 2013. Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras 2014 – pesquisa realizada pelo Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais da FDC . OBJETIVO DO TRABALHO Como Matrizes e Subsidiárias em um processo de internacionalização conseguem minimizar a ocorrência de ruídos de comunicação e gerar maior grau de independência? “A internacionalização pode ser conceituada como o processo de adaptação das operações empresariais (estratégia, estrutura, recursos etc.) aos ambientes internacionais.” CALOF, J. L.; BEAMISH, P. W. Adapting to foreign markets: Explaining internationalization. International Business Review, 4 (2): 115-131, 1995. JUSTIFICATIVAS Importância da globalização crescente internacionalização das empresas Para Schein (1985) “Cultura é a forma como um grupo de pessoas resolve seus problemas, e a diversidade cultural reside nas diferentes soluções encontradas por cada cultura para resolver estes problemas.” Para Moran (1994) “Cultura é a ferramenta que cada sociedade usa para tomar suas decisões diáris e entender o mundo com que se confronta.” COMUNICAÇÃO INTERCULTURAL DEFINIÇÃO Segundo García (2010), a interculturalidade requer necessariamente a comunicação.(GARCÍA, Marta Rizo. Intersubjetividad y diálogo intercultural. Instituto de la Comunicación e Imagen. 2010, p. 13 – 23.) Segundo Finuras (2007), o processo de globalização tende a abrandar as diferenças culturais, mas as que persistem podem ser fonte de mal-entendidos. (FINURAS, P. Gestão intercultural. 2. edição, Lisboa, Silabo, 2007.) “[...] todo o processo de comunicação no campo intercultural relaciona-se com essas pré-disposições.” (FISCHER & MERRILL 1980, P. 571) Comunicação Intercultural “Quando um membro de uma cultura envia uma mensagem a um integrante de outra” (DERESKY, Helen. Administração Global: estratégia e interpessoal. Porto Alegre: Bookman, 2004) Comunicação Intercultural - Definição Possui a mesma base teórica da comunicação. Comunicação Intercultural “Processo de compartilhamento de significados pela transmição de mensagens” (Deresky, 2004). Porém é influenciada pela cultura. “Cultura é a ferramenta que cada sociedade usa para tomar suas decisões diárias e entender o mundo com que se confronta.” (Moran, 1994). Segundo Samovar, Porter e Jain (1981), A influência da cultura do decodificador se torna parte do significado da mensagem e o altera. Ruído Cultural “Qualquer coisa que sirva para distorcer a comunicação do significado pretendido... “ (Deresky, 2004) Variáveis culturais capazes de afetar o processo de comunicação: Variáveis Culturais Atitudes Padrões de Pensamento Organização Cultural Funções Linguagem Comunicação não-verbal Tempo Contexto Identificadas por Samovar e Porter (1988). “Atitudes etnocêntricas são uma fonte muito importante de ruídos” (Deresky, 2004) Variáveis Culturais: Atitudes - Padrões de Pensamento Achar que a sua cultura é a correta. Estereotipar uma sociedade ou subcultura. Cada cultura possui uma maneira diferente de estimar valores e interpretar informações. Culturas diferentes raciocinam de maneiras diferentes. (Deresky, 2004) Nossas Percepções, valores, abordagem e prioridade são influenciadas pelas organizações sociais que pertencemos. Organizações sociais: Nações, religiões, profissões etc... Variáveis Culturais: Organizações Sociais - Funções As sociedades tem percepções diferentes sobre as funções de uma profissão. Atribuem diferentes Decisões e Responsabilidades às profissões. Segundo Deresky (2004), A linguagem é uma das causas mais frequentes de falhas na Comunicação. Variáveis Culturais: Linguagem Não falar o idioma corretamente Fazer uma tradução literal demais ou mal feita. A palavra simplesmente não existir. Comunicação não-verbal “O Comportamento que comunica sem palavras.” (Deresky, 2004) Responsável por entre 65% e 95% das comunicações interpretadas (Daft, 1989). Movimentos corporais Proxêmica Paralinguagem Linguagem objeto 4 Categorias 13 Culturas consideram e utilizam o tempo de formas diferentes. (Deresky, 2004) Tempo Monocrônicas Policrônicas É gasto e economizado Uma tarefa por vez Respeito aos horários estabelecidos É Maleável Realizam várias tarefas. São mais flexíveis em relação com o tempo Hall e Hall, (1990) Quão explicitamente os sentimentos e pensamentos são transmitidos. Contexto Culturas de Baixo contexto Culturas de Alto contexto Pensamentos não são manifestados explicitamente União das relações pessoais e profissionais Pensamentos são manifestados explicitamente Relações pessoais e profissionais são separadas Hall e Hall, (1990) INTERNACIONALIZAÇÃO MODELO UPPSALA Processo guiado pela interação entre aprendizado sobre operações internacionais por um lado e comprometimento com negócios internacionais (Johanson e Vahne, 2003, p. 87) CONHECIMENTO DE MERCADO COMPROMISSO MERCADO COMPROMISSO DECISÕES ATIVIDADES ATUAIS JOHANSON E VAHLE (1997), p. 26, tradução nossa Experiência em operações: uso de diversos modelos de operação no desenvolvimento internacional da organização. Fundamental a gestão do conhecimento. Eriksson, Majkgard e Sharma (1997) Comprometimento gradual com os mercados em atuação proporcional ao investimento de ativos em operações internacionais. Hadjikahani (1997) INTERNACIONALIZAÇÃO MODELOS RELACIONADO À INOVAÇÃO (SEQUÊNCIA DE APRENDIZAGEM E ADOÇÃO DA INOVAÇÃO) Bikey e Tesar (1977) Czinkota (1982) Reid (1981) Cavusgil (1980) Marketing local: A firma vende somente para seu mercado de origem 1 Estágio pré-exportação: A firma procura por informações e avalia a viabilidade de praticar exportação 2 Envolvimento experimental: A firma começa a exportar em um limite básico para alguns países de mentalidade fechada 3 Envolvimento ativo: Exportação para mais novos países – exportação direta – aumento no volume de vendas 4 Envolvimento compromissado: Administração constantemente faz escolhas em alocação limitada de recursos entre mercados domésticos e internacionais 5 Administração não está interessada em exportar 1 Administração está disposta realizar atividades não solicitadas, mas não faz esforços para explorar viabilidade de exportar 2 Administração ativamente explora a viabilidade de exportar 3 A firma exporta em caráter experimentar para alguns países de mente fechada 4 A firma é uma exportadora experiente 5 Administração explora a viabilidade de exportar para outras mercados distantes 6 O completo desinteresse da firma 1 O interesse parcial da firma 2 A firma exploradora 3 A firma experimentadora 4 A experiente pequena exportadora 5 A experiente grande exportadora 6 “Awareness” de exploração: Problema de reconhecimento de oportunidade, excitação da necessidade 1 Intenção de exportação: Motivação, atitude, crenças, e expectativa sobre exportação 2 Teste de exportação: Experiência pessoal de limite de exportação 3 Avaliação de exportação: Resultadosdo engajamento em exportação 4 Aceitação da exportação: Adoção de exportação/rejeição de exportação 5 METODOLOGIA PROBLEMA DE PESQUISA: Como Matrizes e subsidiárias em um processo de internacionalização conseguem minimizar a ocorrência de ruídos de comunicação e gerar maior grau de independência? A pesquisa terá como principal método o estudo de caso de empresas que já passaram por esse processo de internacionalização (ex: Danone) Entrevistas em profundidade com gestores de uma empresa multinacional com estratégia local (ex: Danone) de forma não estruturadas, diretas e pessoais A pesquisa terá prioritariamente uma abordagem de qualitativa, pois tem-se o objetivo de entender como os funcionários avaliam a comunicação entre a matriz e a subsidiária Serão entrevistados gestores de marcas que responsáveis pelo alinhamento das estratégias locais com as estratégias das sedes. ABORDAGEM: MÉTODO: COLETA DE DADOS: ENTREVISTADOS: 18 REFERÊNCIAL TEÓRICO ELHAJJI, Mohammed. Comunicação Intercultural: Prática Social, significado político e abordagem científica. E-compós. Agosto/2006. Birkinshaw, J., Hood, N., & Jonsson, S. 1998. Building firm-specific advantages in multinational corporations: The role of subsidiary initiative. Strategic Management Journal, 19: 221-241. CALOF, J. L.; BEAMISH, P. W. Adapting to foreign markets: Explaining internationalization. International Business Review, 4 (2): 115-131, 1995. GARCÍA, Marta Rizo. Intersubjetividad y diálogo intercultural. Instituto de la Comunicación e Imagen. 2010, p. 13 – 23. FINURAS, P. Gestão intercultural. 2. edição, Lisboa, Silabo, 2007. FISCHER, H. e MERRILL, J. The world’s great dailies: profiles of fifty newspapers. New York, Hastings House, 1980. SCHEIN, Edgar H. Organizacional Culture and Leadership: a dynamic view. San Francisco, Jossey Bass, 1985. MORAN, J. M. Os meios de comunicação na escola. IN: Série Idéias, n.9, p.21-28. São Paulo: FDE, 1994. DERESKY, Helen. Administração Global: estratégia e interpessoal. Porto Alegre: Bookman, 2004 BILKEY, W. J. TEASAR, G. The export behavior of smaller Wisconsing manufacturing firms. Journal of International Business Studies, 1997, v.9, p. 93-98. CAVUSGIL, S. T. On the internationalization process of firms. European Research, Nov. 1980., V.8, p. 273-81. CZINKOTA, M. T. Export development strategies: US promotion policies. Nova Iorque: Preager, 1982. REID, S. D. The decision-maker and export entry and expansion. Journal of International Business Studies. 1981, V. 12, p. 101-112. JOHANSON, J. VAHLNE, J. E. Business relationship learning and commitment in the internationalization process. Journal of international entrepreneurship 1.1, 2003, p. 83-101. ERIKSSON, K., MAJKGARD, A., SHARMA, D.D. Path dependence and knowledge development in the internationalization process. Management International Review., 2000 V.40, N. 4, p. 307-328. JOHANSON, J. VAHLNE, J. E. Process of the internationalization development firm – a model of knowledge foreing and increasing market commitments, 1997, p. 23–32. Samovar, L. A. Porter, R. E. Jain, N. C., Understanding Intercultural Comunication. Belmont, CA: Wadsworth Publishing Company, 1981. Daft, R. L. Organizational Theory and Design, 3. edição, St. Paul, MN: West Publishing, 1989. Samovar, L. A. Porter, International Comunication: A Reader, Belmont, CA: Wadsworth Publishing Company, 1988. Hall, E. T. Hall, M. R. Understanding Cultural Differences, Yarmouth, “New Media Vision”, New media Age, 1990. REFERÊNCIAL TEÓRICO DUVIDAS? OBRIGADO!
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