Relacao, norma e ordenamento

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“Relações jurídicas são somente as relações intersubjetivas (ou seja, as relações que se travam entre dois ou mais sujeitos) reguladas por normas pertencentes ao ordenamento jurídico.”
“Em Buenos Aires, um soldado precisa chegar,à hora certa, a seu quartel, e, não encontrando solução disponível, num ato de desespero, por pensar na punição que ia sofrer, apossou-se de um automóvel abandonado, seguindo a toda velocidade para a caserna.Lá chegando, já havia sido dado o alarma, e foi preso. (Reale; p. 212) 
“Sujeitos de direito são, em primeiro lugar, os homens ou pessoas físicas. Os ordenamentos jurídicos modernos reconhecem a subjetividade jurídica a todos os homens por força da sua própria condição humana, seja com certas modificações em relação à idade, ao sexo, e, às vezes, à raça ou condição social, mas os ordenamentos antigos a negavam aos escravos e, às vezes, também aos estrangeiros.Em contrapartida, a subjetividade jurídica era reconhecida também a seres subumanos e supra-humanos, como testemunham os numerosos processos contra animais e até mesmo contra objetos inanimados, e os vários “pactos” estipulados com a Divindade.”
RELAÇÃO JURÍDICA ELEMENTOS FUNDAMENTAIS
1) Um sujeito ativo, que é o titular ou o beneficiário principal da relação;
2) Um sujeito passivo, assim considerado por ser o devedor da relação principal;
3) O vínculo de atributividade capaz de ligar uma pessoa a outra, muitas vezes de maneira recíproca ou complementar, mas sempre de forma objetiva;
4) Um objeto, que é a razão de ser do vínculo constituído. (Reale; p.213)
“Negócio jurídico é o ato jurídico pelo qual uma ou mais pessoas, em virtude de declaração de vontade, instauram uma relação jurídica, cujos efeitos, quanto à ela e às demais, se subordina a vontade declarada, nos limites concedidos pela lei.” (Reale; p. 220)
NORMA JURÍDICA
Estrutura proposicional enunciativa de uma forma de organização ou de conduta, que deve ser seguida de maneira objetiva e obrigatória (Reale; p. 95)
	
“Em toda regra de conduta há sempre a alternativa do adimplemento ou da violação do dever que nela se enuncia. Não é dito que o legislador queira a violação; ao contrário ele a condena, tanto assim que lhe impõe uma sanção penal, embora sem deixar de pressupor a liberdade de opção do destinatário.” (Reale; p. 101)
Se F é, C deve ser
A previsão de um fato ou de um complexo fático (F) , que é a base necessária à uma formulação da hipótese, da qual resultará uma conseqüência. 
Se, por outro lado, se enuncia dada conseqüência, declarando-a obrigatória, é sinal que se pretende atingir um objetivo, realizando-se algo de valioso, ou impedindo a ocorrência de valores negativos. (Reale; p.103)
TRÊS REQUISITOS DE VALIDADE
1) Fundamento de ordem axiológica;
2) Eficácia social, em virtude de sua correspondência ao querer coletivo;
3) Validade formal ou vigência, por ser emanada do poder competente, com obediência aos trâmites legais.
(Reale;p.115)