ESTUDO DE CASO 2018

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ESTUDO DE CASO
COMO PROFESSORA PODE ABORDAR A CULTURA AFRO NESTE CONTEXTO?
A professora deve abordar o assunto em sala de aula com o intuito de que haja um crescimento na capacidade crítico-reflexiva dos alunos, bem como uma afirmação dos valores democráticos e o reconhecimento da face do outro, nosso próximo que participa da humanidade tanto quanto nós mesmos. Somente a prática diária do reconhecimento do humano que existe em cada outro permitirá superar os desvios implantados pela máquina socioeconômica ao longo dos séculos. Ela deve ensinar que a diversidade é característica essencial na humanidade e somente o reconhecimento prático deste fato permite inaugurar um novo mundo, mais democrático e mais justo. Mas eu disse que era uma questão delicada... Bom eu acredito que uma empresa pode exigir que seus funcionários adequem se a determinados padrões, mas estes padrões jamais podem opor-se ao bom senso. Solicitar à candidata que mude o aspecto de seu cabelo constitui uma afronta direta à sua personalidade. Poderia exigir, a empresa, a adequação da candidata a padrões que envolvessem, por exemplo, higiene ou etiqueta. A empresa pode solicitar, por exemplo, a qualquer candidata que evite trabalhar em trajes étnicos por motivos óbvios; mas jamais poderia solicitar a uma candidata loira que pintasse o seu cabelo ou a uma candidata afrodescendente que pinte o seu de loiro, pois tais coisas afrontam a personalidade de cada qual. No caso em tela, devemos levar em conta a herança da era colonial e todo o seu aparato discriminatório, de forma que a exigência afronta a pessoa e nada colabora no sentido de superar as desigualdades vigentes, configurando uma atitude que ultrapassa e esfera da afronta individual, incidindo em afronta a todo um conjunto de esforços democráticos que visam superar estas discrepâncias.