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Aula 00 Português p/ TJ-PE (Com videoaulas) Professores: Janaína Efísio, Rafaela Freitas Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 101 Aula 00 - Pontuação SUMÁRIO APRESENTAÇÃO......................................................................................2 CRONOGRAMA E OBJETIVO DO CURSO......................................................3 INTRODUÇÃO.........................................................................................4 1. PONTO FINAL......................................................................................6 2. DOIS PONTOS.....................................................................................7 3. RETICÊNCIAS.....................................................................................8 4. PONTO E VÍRGULA...............................................................................9 5. PONTO DE INTERROGAÇÃO.................................................................11 6. PONTO DE EXCLAMAÇÃO....................................................................11 7. TRAVESSÃO......................................................................................13 8. ASPAS..............................................................................................13 9. VÍRGULA..........................................................................................15 QUESTÕES COMENTADAS.......................................................................23 LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA.....................................65 GABARITO............................................................................................98 QUANDO RESUMO ORAÇÕES..................................................................99 Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 101 APRESENTAÇÃO Olá, caros alunos!! É com imensa alegria que começaremos com esta aula o curso preparatório para o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE), para Analista e Técnico Judiciário! O presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco confirmou, em janeiro deste ano, que haverá novo concurso para o tribunal em 2016. Ainda não há datas definidas, porque o concurso anterior, de 2011, tem validade até março de 2016. Após isso serão levados adiante os procedimentos para o novo concurso, que será em breve. Gosto do contato bem direto com meus alunos! Minha função aqui é ajudá-lo da melhor maneira possível a alcançar o seu objetivo que é ser aprovado neste concurso. Esteja certo de que farei de tudo para que isso aconteça, pois o seu sucesso é também o meu! Para que me conheça, falarei brevemente sobre mim: meu nome é Rafaela Freitas, sou graduada em Letras pela Universidade Federal de Juiz de Fora, onde resido, e pós-graduada em Ensino de Língua Portuguesa, pela mesma instituição (UFJF). Desde que me formei, tenho trabalhado com a preparação dos alunos para os mais diversos concursos públicos, em cursos presenciais, no que tenho colocado ênfase em minha carreira, embora também trabalhe com turmas preparatórias para vestibulares. Sou concursada em dois estados diferentes (Minas Gerais e Rio de Janeiro), conquistei (e ainda estou conquistando) muitos objetivos com muito suor! Não foi fácil, tenho uma família para dar atenção, uma casa para cuidar, mas AMO o que faço, o cansaço não me vence! Sou uma apaixonada pela nossa língua mãe e por ensiná-la! E para vocês eu digo: cada esforço será recompensado no final! Tenham a certeza de que o português, já neste curso, não será um problema, mas sim a solução! Você sabe muito mais dessa língua do que imagina! Confie em mim e principalmente em seu potencial! Com relação à banca examinadora, provavelmente será a Fundação Carlos Chagas (FCC), organizadora do último concurso. Trata-se de uma 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 101 banca tradicional em tribunais e que tem um jeito bem específico de cobrar o conteúdo! Conhecer a banca é fundamental para a sua aprovação! Sabendo disso, garanto um curso de qualidade e completo. Além de atendimento para cada aluno que solicitar via e-mail ou fórum de dúvidas. GRAMA OBJETIVO E CRONOGRAMA DO CURSO Este curso tem por objetivo trazer para os alunos o conteúdo teórico e auxiliá-los na resolução do maior número de questões FCC possível, baseado no último edital (2011). Tão logo saia o edital, o curso será atualizado para que atenda 100% ao exigido. A ideia das videoaulas é possibilitar um melhor aprendizado para aqueles estudantes que têm mais facilidade em aprender apenas com as aulas em PDF. Para que seja completo e satisfatório, proponho que o curso seja dividido da seguinte maneira, de acordo com o conteúdo programático do último edital: CRONOGRAMA AULA MATÉRIA LIBERAÇÃO 0 Pontuação 03/03/2016 1 Intelecção de textos e Redação (confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas). 11/03/2016 2 Ortografia oficial. Acentuação gráfica. 22/03/2016 3 Flexão nominal e verbal. Emprego de tempos e modos verbais. Vozes do verbo. 01/04/2016 4 Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. 11/04/2016 5 Concordância nominal e verbal. 21/04/2016 6 7 8 Regência nominal e verbal. Uso da Crase Redação Oficial Revisão Geral FC 02/05/2016 12/05/2016 23/05/2016 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 101 Desde já, coloco-me à disposição para qualquer dúvida ou esclarecimento, pelo e-mail: professorarafaelafreitas@gmail.com ou ainda pelo fórum de dúvidas. Vamos começar os nossos estudos! INTRODUÇÃO Queridos alunos, vamos iniciar agora o estudo de um conteúdo da Língua Portuguesa que é de extrema importância, sabem por quê? Vamos ver... - Saber pontuar com adequação um texto escrito fará com que você seja fiel não só às regras da gramática normativa (o que é bem importante para os concurseiros!), mas fará com que seu texto seja o mais fiel possível ao texto falado, quando transcrito para a escrita! Isso se dá porque a pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita a fim de tentar recuperar recursos específicos da fala, tais como: entonação, jogo de silêncio, pausas, expressões faciais, hesitações, gestos, etc... - Em concursos em que questões discursivas são cobradas, saber usar os sinais de pontuação é crucial!O texto deve ser coeso e coerente e um uso falho dos sinais de pontuação deixa a desejar nesse quesito e pode até arruinar o seu texto! - TODAS as bancas trazem questões sobre pontuação. - Nada como um texto bem pontuado para garantir ritmo e evitar ambiguidades (aquele duplo sentido indesejado que algumas frases assumem por conto de problemas de coesão, como má pontuação ou falta dela). 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 101 Vejamos exemplos disso: Você viu o professor Jonas? Você viu o professor, Jonas? Na segunda frase, a vírgula está isolando o vocativo Jonas, alterando completamente o sentido. Na primeira frase, o professor chama-se Jonas, na segunda, é para Jonas que o locutor pergunta onde está o professor. O mesmo vai acontecer na segunda frase a seguir, com o vocativo minha mãe: Por favor, ouça minha mãe. Por favor, ouça, minha mãe. A vírgula tem o poder de mudar o sentido de uma frase! Relembrando... VOCATIVO: palavra ou expressão usada para invocar, chamar o interlocutor. O texto que segue é de um autor desconhecido. Trata de forma bem humorada o quanto uma pontuação diferente pode modificar o sentido de um mesmo texto. Leia: ³8P�KRPHP�ULFR�HVWDYD�PXLWR�PDO��3HGLX�SDSHO�H�SHQa. Escreveu assim: Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada dou aos pobres. Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava ele a fortuna? Eram quatro os possíveis contemplados. 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 101 1) O sobrinho fez a seguinte pontuação: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada dou aos pobres. 2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito: Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada dou aos pobres. 3) O alfaiate pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate. Nada dou aos pobres. 4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate? Nada! Dou aos pobres. $VVLP�p�D�YLGD��1yV�p�TXH�FRORFDPRV�D�SRQWXDomR��(�LVVR�ID]�D�GLIHUHQoD�´ Vamos seguir com os nossos estudos trabalhando cada um dos sinais de pontuação, como usá-los e como eles são cobrados nas provas. 1. Ponto (.) 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 101 Caracteriza-se por indicar uma pausa maior no discurso, pautando-se pelas seguintes finalidades: a) Indicar o final de uma frase declarativa: Exemplo: Fiz todo o trabalho. b) Separar períodos entre si: Exemplo: Levantei cedo. Fiz o café bem rápido. c) Nas abreviaturas: Exemplo: Av. (avenida), V.Ex.ª (vossa exelência) obs. (observação), Rev.mo (reverendíssimo). Os símbolos referentes às unidades do sistema métrico decimal e aos elementos químicos não são acompanhados do ponto-final. Exemplos: Kg, m, cm, Hg, Au, K, Pb, dentre outros. 2. Dois pontos (:) Usamos os dois pontos para: a) Iniciar a fala de um personagem: Exemplo: Então o homem respondeu: - Parta agora b) Antes de apostos ou orações apositivas, enumerações e sequência de palavras que explicam, resumem ideias anteriores. Exemplo: O material necessário é: lápis, borracha, caneta com corpo transparente. 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 101 Relembrando... APOSTO é um termo ou expressão que se une a outro para explicá-lo ou especificá-lo. c) Antes de citação, para reportar um discurso alheio: ([HPSOR��&RPR�Mi�GL]LD�9LQLFLXV�GH�0RUDHV��³4XH�R�DPRU�QmR�VHMD�HWHUQR� SRVWR�TXH�p�FKDPD��PDV�TXH�VHMD�LQILQLWR�HQTXDQWR�GXUH´ d) Demarcar uma explicação ou sequência. Ex: Eram muitos os requisitos para o pleito daquela vaga de emprego: possuir um ano de experiência no cargo, ter habilitação e disponibilidade de horário. O estudo da sintaxe e da morfologia da Língua Portuguesa é a base para se compreender de maneira completa e satisfatória a pontuação. Vale dar uma olhada novamente, alunos, para lembrar com mais detalhes certos conteúdos como, o que é um aposto, vocativo, orações coordenadas, orações subordinadas, etc. PARA AJUDAR, no final desta aula, vocês podem encontrar um quadro com o resumo das orações coordenadas e subordinadas. Não deixem de consultar! 3. Reticências (...) Usamos reticências para: a) Indicar dúvidas ou hesitação do falante. Exemplo: Sabe... é... eu queria te dizer que... esquece. b) Interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta: 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 101 Exemplo: Agora não posso te ajudar, quem sabe mais tarde... Nesse caso, é como se ficasse algo por dizer propositalmente, até mesmo para evitar a repetição. A frase ficaria completa se continuasse assim: eu possa te ajudar. c) O fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de sugerir prolongamento de ideia. ([HPSOR�� ³6XD� WH]�� DOYD� H� SXUD� FRPR� XP� IRFR� GH� DOJRGmR�� WLQJLD-se na face duns longes cor-de-URVD���´�&HFtOLD�0HLUHOes O prolongamento de ideia que se dá é poder-se imaginar a face rosada, por estar envergonhada. É deixar algo por imaginar ao invés de dizer! Assim: estou tão nervosa que na hora que eu te encontrar.... (fica na imaginação!). d) Indicar supressão de palavra(s) numa frase transcrita. Este é um recurso comum, quando o texto transcrito é muito longo e deseja-se diminuí- lo. ([HPSOR�� ³4XDQGR�SHQVR�HP�YRFr�������PHQRV�D� IHOLFLGDGH´� �&DQWHLURV� ± Raimundo Fagner) 4. Ponto e vírgula ( ; ): Costumamos dizer que representa uma pausa maior que a vírgula e um pouco menor que o ponto-final, sem, contudo, encerrar o período. O ponto e vírgula é usado para: a) Separar orações em períodos muito extensos, principalmente se em uma delas já houver a presença da vírgula. 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 101 Exemplo: Dos mais de cem funcionários daquela empresa, apenas uma pequena porcentagem não concordou com as recentes decisões; o restante, todos aderiram às novas ideias.b) Separar orações coordenadas assindéticas (que não são ligadas por conjunção) que exprimam relações de sentido entre si. Exemplo: As queimadas destruíram a vegetação; todos os animais silvestres foram mortos. c) Substituir, de modo facultativo (ou seja, apenas se você quiser), a vírgula em orações coordenadas sindéticas adversativas. Exemplo: Não concordava com as opiniões dos colegas; contudo, respeitava-as. d) Separar orações coordenadas sindéticas conclusivas, sendo que as conjunções se encontram pospostas ao verbo. Exemplo: A família era responsável pela garota; precisava, portanto, de protegê-la em todas as circunstâncias. e) Separar itens de uma enumeração e artigos relacionados a decretos, sentenças, petições, dentre outros. Exemplo: Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 101 inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; [...] Constituição Federal de 1988. 5. Ponto de interrogação ( ? ) Utilizado no final das frases interrogativas diretas, pode indicar também outros sentimentos por parte do emissor, tais como: surpresa, indignação ou revelando uma expectativa diante de um determinado contexto linguístico. Exemplos: O quê? Não trouxe a encomenda que lhe pedi? Aqui, não se espera uma resposta para a pergunta. Quem perguntou já sabe a resposta e se apresenta com indignação através da pergunta. Por que não compareceu à festa de aniversário? Aqui sim é uma pergunta direta e espera-se uma resposta. 6. Ponto de exclamação ( ! ): Usado nas seguintes circunstâncias: 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 101 a) Depois de frases que retratem ordem, indiquem espanto, admiração, surpresa, dentre outros sentimentos. Exemplos: Nossa! Não esperava vê-lo aqui. Tenha confiança! Obterás um ótimo resultado. b) Após interjeições e vocativos. Exemplos: Ah! Não me venha com este discurso fútil. (ah = vocativo) Já sei! Foi você, garotinho esperto! (garotinho esperto = vocativo) c) Diante de frases que exprimam desejo. Exemplos: Guarda-me Senhor! Que Deus o abençoe! - Quando o sentido proferido pelo discurso prescindir ao mesmo tempo de interrogação e exclamação, poderão ser utilizados ambos os sinais. Ex: Eu falar com ele?! Nem pensar. d) Quando se desejar enfatizar ainda mais o sentimento de alguma palavra do 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 101 texto, haverá a possibilidade de repetir o ponto de exclamação. Exemplo: Não!!! Já disse que não irei. 7. Travessão ( - ) Atribui-se a este sinal a função de: a) Indicar a fala de um determinado personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos: Exemplo: - Quando voltarás para cá? Seu amigo respondeu: - Não sei, por enquanto prefiro ficar por aqui, pois estou investindo muito na minha vida profissional. b) Enfatizar uma palavra, frase ou expressão. Exemplo: Era somente este o objetivo de Carlos ± concluir sua graduação e seguir carreira militar. d) Separar orações intercaladas em substituição à virgula ou ao parênteses. Exemplo: São Paulo ± considerada a maior metrópole brasileira ± enfrenta problemas de naturezas distintas. 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 101 ���$VSDV���³���³� Hoje em dia, as aspas têm sido muito usadas. Veja em quais situações: a) Isolar palavras ou expressões que fogem à norma padrão, como gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares. Exemplos: e�XP�SUD]HU�RXYLU�RV�³FDXVRV´�PLQHLURV���YDULDomR�UHJLRQDO�GD�IDOD� &RQYHUVDQGR�FRP�R�PHX�VXSHULRU��GHL�D�HOH�XP�³IHHGEDFN´�GR�VHUYLoR�D� mim requerido. (estrangeirismo) $K��LVVR�Mi�p�XPD�TXHVWmR�GH�³TXHUrQFLD´���GLDOHWR�FDLSLUD�T�QHRORJLVPR� b) Indicar uma citação textual ([HPSOR�� ³,D� YLDMDU�� 9LDMHL�� 7ULQWD� H� TXDWUR� YH]HV�� jV� SUHVVDV�� EXIDQGR�� FRP�WRGR�VDQJXH�QD�IDFH��GHVIL]�H�UHIL]�D�PDOD´���2�SUD]HU�GH�YLDMDU�± Eça de Queirós) Se, dentro de um trecho já destacado por aspas, se fizer necessário a XWLOL]DomR�GH�QRYDV�DVSDV��HVWDV�VHUmR�VLPSOHV���µ��� Em caso de redação: O uso mais comum das aspas em redação é em citações. As bancas de correção valorizam bastante esse recurso, pois mostra conhecimento de mundo por parte do candidato e capacidade de dialogar com outras áreas 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 101 do conhecimento. Um texto com traz uma citação inteligente e coerente com o tema fica mais interessante e valorizado. Cuidado apenas com as gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares, não as utilizem em redações. Expressões assim não são bem-vindas em um texto dissertativo argumentativo. Deixei o mais legal e o que mais cai em provas de concurso para o final! Sim, as vírgulas que tantos alunos temem! Vamos vencer esse desafio? 9. Vírgula ( , ) O sinal de pontuação com maior número de erros e também que vai te garantir a chance de ganhar aqueles pontinhos importantíssimos é a VÍRGULA. Sim, pois cai sempre nas provas! É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam uma unidade sintática. Por exemplo: Adelaide, esposa de João, foi a ganhadora única da Sena. A unidade sintática formada neste exemplo é Adelaide foi a ganhadora da Sena. O sintagma entre as vírgulas apenas adiciona informação à unidade sintática. Então... podemos concluir que, quando há uma relação sintática entre termos da oração, não se pode separá-los por meio de vírgula! 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br16 de 101 NÃO se separam por vírgula: a) predicado de sujeito; b) objeto de verbo; c) adjunto adnominal de nome; d) complemento nominal de nome; e) predicativo do objeto do objeto; f) oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na ordem inversa) A vírgula no interior da oração É utilizada nas seguintes situações: a) Separar o vocativo. Exemplos: Maria, traga-me uma xícara de café. A educação, meus amigos, é fundamental para o progresso do país. b) Separar apostos. Exemplo: Valdete, minha antiga empregada, esteve aqui ontem. c) Separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado. Exemplos: Chegando de viagem, procurarei por você. As pessoas, muitas vezes, são falsas. d) Separar elementos de uma enumeração. 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 101 Exemplo: Precisa-se de pedreiros, serventes, mestre-de-obras. e) Isolar expressões de caráter explicativo ou corretivo. Exemplo: Amanhã, ou melhor, depois de amanhã podemos nos encontrar para acertar a viagem. f) Separar conjunções intercaladas. Exemplo: Não havia, porém, motivo para tanta raiva. g) Separar o complemento pleonástico antecipado. Exemplo: A mim, nada me importa. h) Isolar o nome de lugar na indicação de datas. Exemplo: Belo Horizonte, 26 de janeiro de 2001. i) Separar termos coordenados assindéticos. Exemplo: "Lua, lua, lua, lua, por um momento meu canto contigo compactua..." (Caetano Veloso) j) Marcar a omissão de um termo (normalmente o verbo). Exemplo: Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (Omissão do verbo preferir) k) Termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem dispensam o uso da vírgula. Exemplos: Conversaram sobre futebol, religião e política. Não se falavam nem se olhavam. Ainda não me decidi se viajarei para Bahia ou Ceará. 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 101 Entretanto, se essas conjunções aparecerem repetidas, com a finalidade de dar ênfase, o uso da vírgula passa a ser obrigatório. Exemplo: Não fui nem ao velório, nem ao enterro, nem à missa de sétimo dia. A vírgula entre orações É utilizada nas seguintes situações: a) Separar as orações subordinadas adjetivas explicativas. Exemplo: Meu pai, de quem guardo amargas lembranças, mora no Rio de Janeiro. b) Separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas (exceto as iniciadas pela conjunção e). Exemplos: Acordei, tomei meu banho, comi algo e saí para o trabalho. Estudou muito, mas não foi aprovado no exame. ATENÇÃO Há três casos em que se usa a vírgula antes da conjunção e: 1) quando as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes. Exemplo: Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres. (ricos é o sujeito de uma oração e pobres da outra). 2) quando a conjunção e vier repetida com a finalidade de dar ênfase (polissíndeto). Exemplo: E chora, e ri, e grita, e pula de alegria. 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 101 3) quando a conjunção e assumir valores distintos que não seja da adição (adversidade, consequência, por exemplo) Exemplo: Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada. c) Separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se estiverem antepostas à oração principal. Exemplo: "No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o gancho." (O selvagem - José de Alencar) d) Separar as orações intercaladas. Exemplo: "- Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em estar plantando..." e) Separar as orações substantivas antepostas à principal. Exemplo: Quanto custa viver, realmente não sei. Vejamos essa questão da FCC (FCC/TRE-AP) Está inteiramente correta a pontuação do seguinte período: (A) Certamente, os homens caçados pelo czar prefeririam que este, como outros caçadores, tomasse como alvo apenas alguma borboleta, ou uma andorinha, ou mesmo um macaco. (B) Macacos, borboletas, e andorinhas, são, para muita gente, interessantes alvos de caça, mas não para o índio jivaro, nem tampouco, para o czar naturalista. (C) Tanto Rubem Braga em sua crônica, quanto Drummond, em seu poema motivam uma ampla discussão, acerca do que se pode ou não classificar, como uma ação bárbara. (D) Nunca ocorreu, ao Sr. Matter, que, um índio jivaro, tivesse qualquer critério para escolher aquele, de quem reduziria a cabeça. 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 101 (E) A curiosidade do explorador Matter, não deixava de ser mórbida, mas por vezes, somos levados a apreciar a crueldade, sem pensar no que, esta, significa para a vítima. Comentário: A letra A é a única correta, pois nela a vírgula empregada após "Certamente" justifica-se pelo deslocamento desse adjunto adverbial. A expressão "como outros caçadores" tem caráter explicativo, por essa razão está entre vírgulas. Vamos entender por que as outras estão erradas e aproveitar para desenvolver algumas explicações: Letra B. Resposta incorreta. Em "Macacos, borboletas, e andorinhas", temos ação, razão pela qual se justifica o emprego da vírgula. Até aqui tudo bem. Porém, o emprego do conectivo "e" antes de "andorinhas" torna inadequado o emprego da última vírgula do trecho em análise. Erro comum acontece a seguir: a vírgula após "andorinhas" separa inadequadamente o sujeito do predicado. O correto seria: "Macacos, borboletas e andorinhas são, para muita gente, interessantes alvos (...)". A expressão "para muita gente" apareceu corretamente isolada por vírgulas uma vez que possui caráter explicativo. Já a vírgula após "tampouco" foi empregada incorretamente. Não há justificativa para o emprego desse sinal de pontuação. A expressão "nem tampouco" pertence à fala, e as regras gramaticais SUHVFUHYHP� R� HPSUHJR� GH� �WDPSRXFR�� XQLFDPHQWH�� VHP� R� ³QHP´�� Reescrevendo de maneira correta, teríamos: "Macacos, borboletas e andorinhas são, para muita gente, interessantes alvos de caça, mas não para o índio jivaro, tampouco para o czar naturalista". Letra C. Resposta incorreta. Em "Tanto Rubem Braga em sua crônica, quanto Drummond, em seu poema motivam (...)", a expressão "em sua crônica" possui caráter explicativo, por isso deveria ter sido isolada por vírgulas. O mesmo ocorre com a expressão "em seu poema": "Tanto Rubem Braga, em sua crônica, quanto Drummond, em seu poema, motivam (...)". Por sua vez, a vírgula após "discussão" separa- o inadequadamente de seu complemento "acerca do que se pode ou não classificar". Já a vírgula empregada após a forma verbal "classificar" foi 62895983097 Língua Portuguesap/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 101 empregada inadequadamente por separar esse elemento de seu complemento "como uma ação bárbara". Letra D. Resposta incorreta. O período apresenta vários problemas. A forma verbal "ocorreu" não pode ser separada do objeto indireto "ao Sr. Matter": "Nunca ocorreu ao Sr. Matter (...)". Por sua vez, a expressão "que um índio jivaro tivesse qualquer critério para escolher aquele de quem reduziria a cabeça" desempenha a função de sujeito oracional do verbo "ocorrer". A visualização fica melhor na ordem direta: Que um índio jivaro tivesse qualquer critério para escolher aquele de quem reduziria a cabeça nunca ocorreu ao Sr. Matter. Para facilitar ainda mais a visualização, podemos substituir o sujeito oracional por "isso": Isso nunca ocorreu ao Sr. Matter. Logo, a vírgula antes da conjunção integrante "que" foi empregada incorretamente. Na estrutura do sujeito oracional, também há alguns erros de pontuação, a saber: as vírgulas que isolam o trecho "um índio jivaro" devem ser retiradas; a segunda vírgula separa o sujeito "um índio jivaro" do predicado "tivesse qualquer critério"; e a vírgula após "aquele" foi empregada incorretamente, pois "de quem reduziria a cabeça" é uma oração subordinada adjetiva restritiva, razão por que não deve haver o emprego de vírgula. O período estaria corretamente pontuado da seguinte forma: "Nunca ocorreu ao Sr. Matter que um índio jivaro tivesse qualquer critério para escolher aquele de quem reduziria a cabeça". Letra E. Resposta incorreta. A primeira vírgula, empregada após "Matter", separa o sujeito de seu predicado, causando erro na construção. Por sua vez, a expressão "por vezes" tem caráter explicativo, razão por que deveria ter sido isolada por vírgulas. Por fim, no trecho "sem pensar no que, esta, significa para a vítima.", não há justificativa para isolar o pronome "esta" entre vírgulas. Portanto, a pontuação estaria correta da seguinte forma: "A curiosidade do explorador Matter não deixava de ser mórbida, mas, por vezes, somos levados a apreciar a crueldade, sem pensar no que esta significa para a vítima". GABARITO: A 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 101 Agora vai um dica perigosa! Rsrs! Sempre que você tiver dúvida, em uma questão discursiva, recomenda-se como bom senso, não usar a vírgula, pois, não usá-la caracteriza um pecado menor do que o uso indevido. Se você não usar a vírgula onde ela é necessária, pode ter sido esquecimento, porém colocá-la a mais é considerado desvio das normas da gramática. A partir daqui, eu proponho uma lista de exercícios para fixar as regras, compreender e praticar o conteúdo dado. Antes disso, deixo um texto sobre vírgulas para demonstrar o tamanho da importância delas. Bons estudos! O USO BEM HUMORADO DA VÍRGULA Vírgula pode ser uma pausa... ou não. Não, espere. Não espere. Ela pode sumir com seu dinheiro. 23,4. 2,34. Pode ser autoritária. Aceito, obrigado. Aceito obrigado. Pode criar heróis. Isso só, ele resolve. Isso só ele resolve. E vilões. Esse, juiz, é corrupto. Esse juiz é corrupto. 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 101 Ela pode ser a solução. Vamos perder, nada foi resolvido. Vamos perder nada, foi resolvido. A vírgula muda uma opinião. Não queremos saber. Não, queremos saber. Uma vírgula muda tudo. Caipiradas A gente que vive na cidade procurou sempre adotar modos de ser, pensar e agir que lhe pareciam os mais civilizados, os que permitem ver logo que uma pessoa está acostumada com o que é prescrito de maneira tirânica pelas modas ± moda na roupa, na etiqueta, na escolha dos objetos, na comida, na dança, nos espetáculos, na gíria. A moda logo passa; por isso, a gente da cidade deve e pode mudar, trocar de objetos e costumes, estar em dia. Como consequência, se entra em contato com um grupo ou uma pessoa que não mudaram tanto assim; que usam roupa como a de dez anos atrás e respondem a um cumprimento com certa fórmula desusada; que não sabem qual é o cantor da moda nem o novo jeito de namorar; quando entra em contato com gente assim, o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e portanto meio ridícula. 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 101 Diz, ou dizia; porque hoje a mudança é tão rápida que o termo está saindo das expressões de todo dia e serve mais para designar certas sobrevivências teimosas ou alteradas do passado: músicas caipiras, festas caipiras, danças caipiras, por exemplo. Que, aliás, na maioria das vezes, conhecemos não praticadas por caipiras, mas por gente que finge de caipira e usa a realidade do seu mundo como um produto comercial pitoresco. Nem podia ser de outro modo, porque o mundo em geral está mudando depressa demais, e nada pode ficar parado. Hoje, creio que não se pode falar mais de criatividade cultural no universo do caipira, porque ele quase acabou. O que há é impulso adquirido, resto, repetição ± ou paródia e imitação deformada, mais ou menos parecida. Há, registre-se, iniciativas culturais com o fito de fixar o que sobra de autêntico no mundo caipira. É o caso do disco Caipira. Raízes e frutos, do selo Eldorado, gravado em 1980, que será altamente apreciado por quantos se interessem por essa cultura tão especial, e já quase extinta. (Adaptado de Antonio Candido, Recortes) 01. (TRT/16ª REGIÃO ± FCC) Há justificativa para esta seguinte alteração de pontuação, proposta para o segmento final do primeiro parágrafo: (A) o citadino diz que ela é caipira querendo dizer que é atrasada; e portanto, meio ridícula. (B) o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer, que é atrasada, e, portanto, meio ridícula. (C) o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e, portanto, meio ridícula. (D) o citadino diz: que ela é caipira, querendo dizer: que é atrasada, e portanto meio ridícula. (E) o citadino diz que ela é caipira querendo dizer: que é atrasada, e portanto, meio ridícula. 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 101 Comentário: o tUHFKR� ILQDO� GR� SULPHLUR� SDUiJUDIR� p�� ³TXDQGR� HQWUD� HP� contato com gente assim, o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e portanto meio ridícula�´�� $� ~QLFD� SRVVLELOLGDGH� GH� UHHVFULWD�p�D�GD�DOWHUQDWLYD�&��FRORFDQGR�R�³SRUWDQWR´�HQWUH vírgulas, já que é uma conjunção intercalada. Para usar os dois pontos seria necessário fazer assim: 2�FLWDGLQR�GL]��³HOD�p�FDLSLUD´��TXHUHQGR�GL]HU��³HOD�p�DWUDVDGD´�H�SRUWDQWR� meio ridícula. Usando as aspaspara marcar as falas e tirando a conjunção que. GABARITO: C Leia: Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade artística, um artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. A razão vem de que o tipo de Carlito é uma dessas criações que, salvo idiossincrasias muito raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os heróis das lendas populares ou as personagens das velhas farsas de mamulengos. Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e definitivo da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o artista procedeu por uma sucessão de tentativas erradas. Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe. Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito. O vestuário da personagem - fraquezinho humorístico, calças lambazonas, botinas escarrapachadas, cartolinha - também se fixou pelo consenso do público. Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a clássica cartolinha, o público não achou graça: estava desapontado. Chaplin 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 101 eliminou imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a unidade física do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito. Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não contém nada de especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o dandismo do grotesco. Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a realização da personagem de Carlito, como ela aparece nessas estupendas obras-primas de humor que são O garoto, Em busca do ouro e O circo. Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento psicológico. Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo, ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público. Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de poesia. A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pessoais, em sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o fator comum de todas as expressões humanas. �$GDSWDGR�GH��0DQXHO�%DQGHLUD��³2�KHURtVPR�GH�&DUOLWR´�Crônicas da província do Brasil. 2. ed. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 219-20) 02. (SEFAZ-PE ± 2014 - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual - FCC) Atente para as afirmações sobre pontuação feitas abaixo a partir de segmentos transcritos do texto. I. ... seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público. Uma vírgula poderia ser colocada imediatamente depois de medíocres, sem alteração do sentido da frase. 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 101 II. O vestuário da personagem - fraquezinho humorístico, calças lambazonas, botinas escarrapachadas, cartolinha - também se fixou pelo consenso do público. Os travessões poderiam ser substituídos por parênteses, sem prejuízo para a clareza e a correção. III. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um tabético. A colocação de vírgulas para isolar o segmento certa vez implicaria prejuízo para a clareza e a correção. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II (B) II. (C) I. (D) I e II. (E) III. Comentário: apenas a II está correta. Vamos ver o problema das outras: I. ... seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público. Uma vírgula poderia ser colocada imediatamente depois de medíocres, sem alteração do sentido da frase. ± Não. Se for colocada uma vírgula após medíocres, a oração a seguir deixa de ser restritiva e passa a ser explicativa, alterando o sentido. III. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um tabético. A colocação de vírgulas para isolar o segmento certa vez implicaria prejuízo para a clareza e a correção. ± Não. Isolar certa vez com vírgulas não altera a correção e nem a clareza da frase, deveria ter sido feito por ser um adjunto adverbial que, antecipado ou intercalado, deve ser isolado por vírgulas. GABARITO: B 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 101 A cultura brasileira em tempos de utopia Durante os anos 1950 e 1960 a cultura e as artes brasileiras expressaram as utopias e os projetos políticos que marcaram o debate nacional. Na década de 1950, emergiu a valorização da cultura popular, que tentava conciliar aspectos da tradição com temas e formas de expressão modernas. No cinema, por exemplo, Nelson Pereira dos Santos, nos seus filmes Rio, 40 graus (1955) e Rio, zona norte (1957) mostrava a fotogenia das classes populares, denunciando a exclusão social. Na literatura, Guimarães Rosa publicou Grande sertão: veredas (1956) e João Cabral de Melo Neto escreveu o poema Morte e vida Severina - ambos assimilando traços da linguagem popular do sertanejo, submetida ao rigor estético da literatura erudita. Na música popular, a Bossa Nova, lançada em 1959 por Tom Jobim e João Gilberto, entre outros, inspirava-se no jazz, rejeitando a música passional e a interpretação dramática que se dava aos sambas-canções e aos boleros que dominavam as rádios brasileiras. A Bossa Nova apontava para o despojamento das letras das canções, dos arranjos instrumentais e da vocalização, para PHOKRU�H[SUHVVDU�R�³%UDVLO�PRGHUQR´�� Já a primeira metade da década de 1960 foi marcada pelo encontro entre a vida cultural e a luta pelas Reformas de Base. Já não se tratava mais de buscar apenas uma expressão moderna, mas de pontuar os dilemas brasileiros e denunciar o subdesenvolvimento do país. Organizava-se, assim, a cultura engajada de esquerda, em torno do Movimento de Cultura Popular do Recife e do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE), num processo que culminaria no Cinema Novo e na canção engajada, base da moderna música popular brasileira, a MPB. (Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana. História para o ensino médio. São Paulo: Atual, 2013, p. 738) 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 101 03. (TRT 1ª - 2014 - Analista Judiciário ± FCC) A pontuação está plenamente adequada na seguinte frase: (A) Ficam claras no texto, as contribuições que a cultura e a política dãouma à outra, pelas quais, toda manifestação artística pode também, ser vista como manifestação histórica. (B) Houve um momento, agudo na nossa história, em que por razões políticas, artistas foram levados à criação de obras que se pretendiam engajadas, em determinadas lutas de classe. (C) Além da dramaticidade própria de certos gêneros musicais a Bossa Nova repudiava também, a interpretação excessivamente exaltada, de alguns cantores. (D) Assim como João Cabral, Guimarães Rosa também adotou, em seus textos primorosos uma articulação entre elementos da cultura popular, e da cultura clássica ou erudita. (E) Inspirados no jazz, segundo afirmam alguns críticos musicais, Tom Jobim e João Gilberto criaram e difundiram, ao longo dos anos 60, o ritmo e as canções da então chamada Bossa Nova. Comentário: as alternativas A, B, C e D apresentam problemas no uso das vírgulas. Marquei em vermelho as vírgulas que foram usadas erradas e em verde as que eu coloquei. (A) Ficam claras no texto, as contribuições que a cultura e a política dão uma à outra, pelas quais, toda manifestação artística pode, também, ser vista como manifestação histórica. (B) Houve um momento, agudo na nossa história, em que, por razões políticas, artistas foram levados à criação de obras que se pretendiam engajadas, em determinadas lutas de classe. (C) Além da dramaticidade própria de certos gêneros musicais, a Bossa Nova repudiava, também, a interpretação excessivamente exaltada, de alguns cantores. 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 101 (D) Assim como João Cabral, Guimarães Rosa também adotou, em seus textos primorosos, uma articulação entre elementos da cultura popular, e da cultura clássica ou erudita. GABARITO: E DEPOIMENTO Fernando Morais (jornalista) O que mais me surpreendia, na Ouro Preto da infância, não era o ouro dos altares das igrejas. Nem o casario português recortado contra a montanha. Isso eu tinha de sobra na minha própria cidade, Mariana, a uma légua dali. O espantoso em Ouro Preto era o Grande Hotel - um prédio limpo, reto, liso, um monólito branco que contrastava com o barroco sem violentá-OR��(UD�³R�+RWHO� GR�1LHPH\HU´��GL]LDP��'HVOXPEUDGR�FRP�D�FRQVWUXomR��HX�DFUHGLWDYD�TXH�VHX� criador (que supunha chamar-VH�³1HL�0DLD´�� IRVVH�PLQHLUR� - um marianense, quem sabe? A suspeita aumentou quando, ainda de calças curtas, mudei-me para Belo Horizonte. Era tanto Niemeyer que ele só podia mesmo ser mineiro. No bairro GH�6DQWR�$QW{QLR�ILFDYD�R�&ROpJLR�(VWDGXDO��D�FDL[D�G¶iJXD�HUD�R�OiSLV��R�SUpGLR� das classes tinha a forma de uma régua, o auditório era um mata- borrão). Numa das pontas da vetusta Praça da Liberdade, Niemeyer fez pousar suavemente uma escultura de vinte andares de discos brancos superpostos, um edifício de apartamentos cujo nome não me vem à memória. E, claro, tinha a Pampulha: o cassino, a casa do baile, mas principalmente a igreja. Com o tempo cresceram as calças e a barba, e saí batendo perna pelo mundo. E não parei de ver Niemeyer. Vi na França, na Itália, em Israel, na Argélia, nos Estados Unidos, na Alemanha. Tanto Niemeyer espalhado pelo planeta aumentou minha confusão sobre sua verdadeira origem. E hoje, quase PHLR� VpFXOR� GHSRLV� GR� DOXPEUDPHQWR� SURGX]LGR� SHOD� YLVmR� GR� ³+RWHO� GR� 1HL� 0DLD´��FRQWLQXR�VHP�VDEHU�RQGH�HOH�QDVFHX��0HVPR�WHQGR�YLVWo um papel que 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 101 prova que foi na Rua Passos Manuel número 26, no Rio de Janeiro, estou convencido de que lá pode ter nascido o corpo dele. A alma de Oscar Niemeyer, não tenham dúvidas, é mineira. (Adaptado de: MORAIS, Fernando. Depoimento. In: SCHARLACH, Cecília (coord.). Niemeyer 90 anos: poemas testemunhos cartas. São Paulo: Fundação Memorial da América Latina, 1998. p. 29) 04. (TRF/1 - 2014 ± Analista Judiciário ± Apoio ± FCC) No último parágrafo, as aspas são utilizadas para destacar o (A) nome indevido que na infância o jornalista atribuía ao criador do prédio (B) apelido com que o arquiteto era conhecido em sua terra de origem. (C) modo correto de se pronunciar o sobrenome do arquiteto. (D) título do papel que prova o local de nascimento do jornalista. (E) jeito correto de escrever o nome do hotel cinquenta anos antes. Comentário: com a leitura atenta do texto, não só do último parágrafo, podemos perceber que a aspas foram usadas (também no primeiro parágrafo) para marcar a forma errada como o jornalista se referia, na infância, a Niemeyer. GABARITO: A QUANDO A CRASE MUDA O SENTIDO Muitos deixariam de ver a crase como bicho-papão se pensassem nela como uma ferramenta para evitar ambiguidade nas frases. Luiz Costa Pereira Junior O emprego da crase costuma desconcertar muita gente. A ponto de ter gerado um balaio de frases inflamadas ou espirituosas de uma turma UHQRPDGD��2�SRHWD�)HUUHLUD�*XOODU��SRU�H[HPSOR��p�DXWRU�GD�VHQWHQoD�³$�FUDVH� 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 101 QmR� IRL� IHLWD� SDUD� KXPLOKDU� QLQJXpP´�� PDUFR� GD� WROHUância gramatical ao acento gráfico. O escritor Moacyr Scliar discorda, em uma deliciosa crônica ³7URSHoDQGR�QRV�DFHQWRV´��H�DILUPD�TXH�D�FUDVH�IRL�IHLWD��VLP��SDUD�KXPLOKDU�DV� pessoas; e o humorista Millôr Fernandes, de forma irônica e jocosa, é taxativo: ³HOD�QmR�H[LVWH�QR�%UDVLO´�� O assunto é tão candente que, em 2005, o deputado João Herrmann Neto propôs abolir esse acento do português do Brasil por meio do projeto de lei ������� SRLV� R� FRQVLGHUDYD� ³VLQDO� REVROHWR�� TXH� R� SRYR� Mi� IH]� PRUUHU´�� Bombardeado, na ocasião, por gramáticos e linguistas que o acusavam de querer abolir um fato sintático como quem revoga a lei da gravidade, Herrmann logo desistiu do projeto. A grande utilidade do acento de crase no a, entretanto, que faz com que seja descabida a proposta de sua extinção por decreto ou falta de uso, é: crase é, antes de mais nada, um imperativo de clareza. Não raro, a ambiguidade se dissolve com a crase - em outras, só o contexto resolve o impasse. Exemplos de casos em que a crase retira a dúvida de sentido de uma frase, lembrados por Celso Pedro Luft no hoje clássico Decifrando a crase: cheirar a gasolina X cheirar à gasolina; a moça correu as cortinas X a moça correu às cortinas; o homem pinta a máquina X o homem pinta à máquina; referia-se a outra mulher X referia-se à outra mulher. O contexto até se encarregaria, diz o autor, de esclarecer a mensagem; um usuário do idioma mais atento intui um acento necessário, garantido pelo contexto em que a mensagem se insere. A falta de clareza, por vezes, ocorre na fala, não tanto na escrita. Exemplos de dúvida fonética, sugeridos por )UDQFLVFR� 3ODWmR� 6DYLROL�� ³$� QRLWH� FKHJRX´�� ³HOD� FKHLUD� D� URVD´�� ³D� SROtFLD� UHFHEHX�D�EDOD´��6HP�R�VLQDO�GLDFUtWLFR��FRQVWUXo}HV�FRPR�HVVDV�VHUmR�VHPSUH� ambíguas. Nesse sentido, a crase pode ser antes um problema de leitura do que prioritariamente de escrita. (Adaptado de: PEREIRA Jr., Luiz Costa.Revista Língua portuguesa, ano 4, n. 48. São Paulo: Segmento, outubro de 2009. p. 36-38) 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 101 05. (TRF/1 - 2014 ± Analista Judiciário ± Apoio ± FCC) A melhor H[SOLFDomR�SDUD�R�XVR�GD�YtUJXOD��QD�IUDVH�GR�~OWLPR�SDUiJUDIR�³1HVVH�VHQWLGR�� a crase pode ser antes um problema de leitura do que prioritariamente de HVFULWD´��p�� �$��³$V�RUDo}HV�FRRUGHQDGDV�DGLWLYDV�OLJDGDV�SHOD�FRQMXQomR�e devem ser separadas por vírgula se os sujeitos forem diferentes. Se o sujeito for o mesmo, não há o uso da vírgula, presume-VH´�� �%�� ³$V� RUDo}HV� DGYHUELDLV�� GHVHQYROYLGDV� RX� UHGX]LGDV�� SRGHP� LQLFLDU� R� período, findá-lo ou interpor-se na oração principal. Quase sempre aparecem VHSDUDGDV�RX�LVRODGDV�SRU�YtUJXOD´�� �&�� ³2� YRFDWLYR� p� XP� WHUPR� UHODFLRQDGR� FRP� D� IXQomR� IiWLFD� GD� linguagem; como regra, isola-VH�SRU�YtUJXOD´�� �'�� ³$� GDWDomR� TXH� VH� VHJXH� D� QRPHV� GH� GRFXPHQWRV�� SHULyGLFRV�� DWRV� normativos, locais etc., como regra geral, separa-se ou isola-VH�SRU�YtUJXOD´�� �(��³e�FRPXP�YLU� LVRODGR�SRU�YtUJXOD�R�YRFiEXOR�RX�H[SUHVVmR�FRP�YDORU� retificativo ou explanatório, embora, às vezes, possa aparecer sem esse sinal GH�SRQWXDomR´�� &RPHQWiULR��$�H[SUHVVmR�³QHVVH�VHQWLGR´ é explanatória, explicativa, por tanto pode ser separada por vírgula. GABARITO: E Leia: Antônio Vieira é, desde o século XVII, um modelo de nosso idioma, a ponto de Fernando Pessoa, na Mensagem, chamá-OR�GH�³,PSHUDGRU�GD� OtQJXD� SRUWXJXHVD´�� (P� XPD� GH� suas principais obras, o Sermão da Sexagésima, ensina como deve ser o estilo de um texto: ³$SUHQGDPRV� GR� FpX� R� HVWLOR� GD� GLVSRVLomR�� H� WDPEpP� R� GDV� SDODYUDV�� Como hão de ser as palavras? Como as estrelas. As estrelas são muito distintas e muito claras. Assim há de ser o estilo da pregação, muito distinto e 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 101 muito claro. E nem por isso temais que pareça o estilo baixo; as estrelas são muito distintas, e muito claras e altíssimas. O estilo pode ser muito claro e muito alto; tão claro que o entendam os que não sabem, e tão alto que tenham muito que entender nele os que sabem. O rústico acha documentos nas estrelas para sua lavoura, e o mareante para sua navegação, e o matemático para as suas observações e para os seus juízos. De maneira que o rústico e o mareante, que não sabem ler nem escrever, entendem as estrelas, e o matemático que tem lido quantos escreveram não alcança a entender TXDQWR�QHODV�Ki�´� Vieira mostra com as estrelas o que sejam a distinção e a clareza. Não são discordantes, como muitos de nós pensamos: uma e outra concorrem para o mesmo fim. Nada mais adequado que, ao tratar de tais virtudes do discurso, fizesse uso de comparação. Este procedimento Quintiliano, no século II d.C., já considerava dos mais aptos para conferir clareza, uma vez que estabelece similaridades entre algo já sabido pelo leitor e aquilo que se lhe quer elucidar. Aqui, compara o bom discurso ao céu, que é de todos conhecido. (Tales Ben Daud, inédito) 06. (TRF/4 - 2014 ± Analista Judiciário ± Apoio ± FCC) Quanto à pontuação, atente para as afirmações abaixo: I. No segmento Não são discordantes, como muitos de nós pensamos: uma e outra concorrem..., os dois-pontos introduzem uma oposição ao que vinha sendo dito na frase. II. Mantendo-se a correção e, em linhas gerais, o sentido original, a vírgula imediatamente após "disposição", em Aprenda- mos do céu o estilo da disposição, e também o das palavras, não pode ser suprimida. III. No segmento ... e o mareante para sua navegação... uma vírgula poderia ser acrescentada imediDWDPHQWH�DSyV�³PDUHDQWH´��XPD�YH]�TXH�DOL�VH� VXEHQWHQGH�D�H[SUHVVmR�³DFKD�GRFXPHQWRV´�� Está correto o que consta APENAS em (A) II. 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 101 (B) II e III. (C) I e III. (D) I e II. (E) III. Comentário: Vamos analisar cada assertiva: I. No segmento Não são discordantes, como muitos de nós pensamos: uma e outra concorrem..., os dois-pontos introduzem uma oposição ao que vinha sendo dito na frase. ± Não, os dois pontos introduzem a explicação do que foi falado anteriormente: a distinção e a clareza não são discordantes. II. Mantendo-se a correção e, em linhas gerais, o sentido original, a vírgula imediatamente após "disposição", em Aprendamos do céu o estilo da disposição, e também o das palavras, não pode ser suprimida. ± Sim. A vírgula não pode ser suprimida, pois isola uma informação diferente, que funciona como aposto. III. No segmento ... e o mareante para sua navegação... uma vírgula SRGHULD�VHU�DFUHVFHQWDGD�LPHGLDWDPHQWH�DSyV�³PDUHDQWH´��XPD�YH]�TXH�DOL�VH� VXEHQWHQGH� D� H[SUHVVmR� ³DFKD� GRFXPHQWRV´�� ± Sim. ³2� U~VWLFR� DFKD� documentos nas estrelas para sua lavoura, e o mareante (acha GRFXPHQWRV��SDUD�VXD�QDYHJDomR´�� GABARITO: B Vaidade do humanismo A vaidade, desde sua etimologia latina vanitas, aponta para o vazio, para o sentimento que habita o vão. Mas é possível tratar dela com mais condescendência do que os moralistas rigorosos que costumam condená-la inapelavelmente. Pode-se compreendê-la como uma contingência humana que talvez seja preciso antes reconhecer com naturalidade do que descartar como um vício abominável. Como se sabe, a vaidade está em todos nós em graus e 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 101 com naturezas diferentes, e há uma vaidade que devemos aceitar: aquela que corresponde não a um mérito abstrato da pessoa, a um dom da natureza que nos tornasse filhos prediletos do céu, mas a algum trabalho que efetivamente tenhamos realizado, a uma razão objetiva que enraíza a vaidade no mesmo chão que foi marcado pelo nosso melhor esforço, pelo nosso trabalho de humanistas. Na condição de humanistas, temos interesse pelo estudo das formações sociais, dos direitos constituídos e do papel dos indivíduos, pela liberdade do pensamento filosófico que se pensa a si mesmo para pensar o mundo, pela arte literária que projeta e dá forma em linguagem simbólica aos desejos mais íntimos; por todas as formas, enfim, de conhecimento que ainda tomam o homem como medida das coisas. Talvez nosso principal desafio, neste tempo de vertiginoso avanço tecnológico, esteja em fazer da tecnologia uma aliada preciosa em nossa busca do conhecimento real, da beleza consistente e de um mundo mais justo - todas estas dimensões de maior peso do que qualquer virtualidade. O grande professor e intelectual palestino Edward Said, num livro cujo título já é inspiração para uma plataforma de trabalho - Humanismo e crítica democrática - DILUPD�D�FHUWD�DOWXUD��³FRPR� KXPDQLVWDV��p�GD�OLQJXDJHP�TXH�SDUWLPRV´��³R�DWR�GH�OHU�p�R�DWR�GH�FRORFDU-se na posição do autor, para quem escrever é uma série de decisõese escolhas H[SUHVVDV�HP�SDODYUDV´��1HVVH�VHQWLGR��WRGD�OHLWXUD�p�R�FRPSartilhamento do sujeito leitor com o sujeito escritor - compartilhamento justificado não necessariamente por adesão a um ponto de vista, mas pelo interesse no reconhecimento e na avaliação do ponto de vista do outro. Que seja este um nosso compromisso fundamental. Que seja esta a nossa vaidade de humanistas. (Derval Mendes Sapucaia, inédito) 07. (TRF/4 - 2014 ± Analista Judiciário ± Apoio ± FCC) Quanto à pontuação, a frase inteiramente correta é: (A) Para Edward Said, a linguagem, é o terreno de onde partem os humanistas uma vez que, é nela, que se estabelecem não apenas as relações 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 101 de sentido, mas também o desafio de o leitor divisar e compartilhar, as escolhas produzidas pelo escritor. (B) Para Edward Said, a linguagem é o terreno de onde partem os humanistas uma vez que é nela, que se estabelecem não apenas as relações de sentido, mas também o desafio, de o leitor divisar e compartilhar, as escolhas produzidas pelo escritor. (C) Para Edward Said, a linguagem, é o terreno de onde partem os humanistas, uma vez que é nela que se estabelecem, não apenas as relações de sentido, mas também o desafio de o leitor divisar e compartilhar as escolhas produzidas pelo escritor (D) Para Edward Said a linguagem é o terreno, de onde partem os humanistas, uma vez que é nela que se estabelecem não apenas as relações de sentido mas, também, o desafio de o leitor divisar, e compartilhar as escolhas produzidas pelo escritor. (E) Para Edward Said, a linguagem é o terreno de onde partem os humanistas, uma vez que é nela que se estabelecem não apenas as relações de sentido, mas também o desafio de o leitor divisar e compartilhar as escolhas produzidas pelo escritor. Comentário: vamos analisar cada alternativa: A - Para Edward Said, a linguagem, é o terreno de onde partem os humanistas, uma vez que, é nela, que se estabelecem não apenas as relações de sentido, mas também o desafio de o leitor divisar e compartilhar, as escolhas produzidas pelo escritor. B - Para Edward Said, a linguagem é o terreno de onde partem os humanistas, uma vez que é nela, que se estabelecem não apenas as relações de sentido, mas também o desafio, de o leitor divisar e compartilhar, as escolhas produzidas pelo escritor. C - Para Edward Said, a linguagem, é o terreno de onde partem os humanistas, uma vez que é nela que se estabelecem, não apenas as relações 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 101 de sentido, mas também o desafio de o leitor divisar e compartilhar as escolhas produzidas pelo escritor. D - Para Edward Said, a linguagem é o terreno, de onde partem os humanistas, uma vez que é nela que se estabelecem não apenas as relações de sentido, mas, também, o desafio de o leitor divisar, e compartilhar as escolhas produzidas pelo escritor. E - Para Edward Said, a linguagem é o terreno de onde partem os humanistas, uma vez que é nela que se estabelecem não apenas as relações de sentido, mas também o desafio de o leitor divisar e compartilhar as escolhas produzidas pelo escritor. CORRETA Cuidado! Não se separa com vírgulas sujeito do predicado, nem o verbo do complemento. GABARITO: E Da utilidade dos prefácios Li outro dia em algum lugar que os prefácios são textos inúteis, já que em 100% dos casos o prefaciador é convocado com o compromisso exclusivo de falar bem do autor e da obra em questão. Garantido o tom elogioso, o prefácio ainda aponta características evidentes do texto que virá, que o leitor poderia ter muito prazer em descobrir sozinho. Nos casos mais graves, o prefácio adianta elementos da história a ser narrada (quando se trata de ficção), ou antecipa estrofes inteiras (quando poesia), ou elenca os argumentos de base a serem desenvolvidos (quando estudos ou ensaios). Quer dizer: mais do que inútil, o prefácio seria um estraga-prazeres. Pois vou na contramão dessa crítica mal-humorada aos prefácios e prefaciadores, embora concorde que muitas vezes ela proceda - o que não justifica a generalização devastadora. Meu argumento é simples e pessoal: em muitos livros que li, a melhor coisa era o prefácio - fosse pelo estilo do prefaciador, muito melhor do que o do autor da obra, fosse pela consistência das ideias defendidas, muito mais sólidas do que as expostas no texto 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 101 principal. Há casos célebres de bibliografias que indicam apenas o prefácio de uma obra, ficando claro que o restante é desnecessário. E ninguém controla a possibilidade, por exemplo, de o prefaciador ser muito mais espirituoso e inteligente do que o amigo cujo texto ele apresenta. Mas como argumento final vou glosar uma observação de Machado de Assis: quando o prefácio e o texto principal são ruins, o primeiro sempre terá sobre o segundo a vantagem de ser bem mais curto. Há muito tempo me deparei com o prefácio que um grande poeta, dos maiores do Brasil, escreveu para um livrinho de poemas bem fraquinhos de uma jovem, linda e famosa modelo. Pois o velho poeta tratava a moça como se fosse uma Cecília Meireles (que, aliás, além de grande escritora era também linda). Não havia dúvida: o poeta, embevecido, estava mesmo era prefaciando o poder de sedução da jovem, linda e nada talentosa poetisa. Mas ele conseguiu inventar tantas qualidades para os poemas da moça que o prefácio acabou sendo, sozinho, mais uma prova da imaginação de um grande gênio poético. (Aderbal Siqueira Justo, inédito) 08. (TRF/16 - 2014 ± Analista Judiciário ± contabilidade ± FCC) Quanto à pontuação, a frase inteiramente correta é: (A) Já pela má fama adquirida já por preconceito, sempre haverá por parte de certos leitores, alguma relutância diante da leitura de um prefácio. (B) O autor do texto não hesita honestamente, de recorrer a experiências pessoais, para demonstrar sua tese, favorável em boa parte à existência mesma dos prefácios. (C) A escritora Cecília Meireles tão talentosa quanto bonita, é citada no texto como parâmetro de excelência, na comparação com uma jovem, bela e pouco inspirada poetisa. (D) Muita gente acabará por confessar tal como fez o autor, que um prefácio pode prender nossa atenção, com muito mais força, do que o texto principal de uma obra. 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 101 (E) O autor conclui, não sem razão, que as bibliografias que indicam apenas o prefácio de uma obra permitem deduzir, não há dúvida, que o restante do livro não importa muito. Comentário: vamos analisar cada uma das alternativas, mascando em vermelho os erros: (A) Já pela má fama adquirida, já por preconceito, sempre haverá, por parte de certosleitores, alguma relutância diante da leitura de um prefácio. (B) O autor do texto não hesita, honestamente, de recorrer a experiências pessoais, para demonstrar sua tese, favorável em boa parte à existência mesma dos prefácios. (C) A escritora Cecília Meireles, tão talentosa quanto bonita, é citada no texto como parâmetro de excelência, na comparação com uma jovem, bela e pouco inspirada, poetisa. (D) Muita gente acabará por confessar, tal como fez o autor, que um prefácio pode prender nossa atenção, com muito mais força, do que o texto principal de uma obra. (E) O autor conclui, não sem razão, que as bibliografias que indicam apenas o prefácio de uma obra permitem deduzir, não há dúvida, que o restante do livro não importa muito. CORRETA. GABARITO: E 09. (TRT/16º - 2014 ± Analista Judiciário ± Área Judiciária ± FCC) Seria sem dúvida ingenuidade esperar que a indústria farmacêutica se entregasse de corpo e alma à resolução do problema. Seu compromisso primordial é com seus acionistas - e essa é a regra do jogo. Isso não significa, contudo, que não possam fazer parte do esforço. Afirma-se com correção sobre aspecto do trecho acima: (A) Se, em vez de resolução do problema, houvesse "resolver o problema", seria correto manter o acento indicativo da crase - "se entregasse [...] à resolver o problema". 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 101 (B) A palavra primordial está corretamente empregada, assim como está em "É primordial para o setor, sem dúvida alguma, as mudanças relativas à área de recursos humanos". (C) Justifica-se o uso do sinal de pontuação, na linha 2 do trecho acima, assim: "Não é raro o emprego de um só travessão para indicar que a parte final de um enunciado constitui um comentário marginal, de reduzida força para o desenvolvimento do raciocínio". (D) A substituição da conjunção contudo por "ainda que" não altera a relação que originalmente está estabelecida entre as frases do texto. (E) A substituição da forma verbal possam fazer por "possa fazer" estaria correta e adequada ao contexto. Comentário: embora esta questão traga conteúdos diferentes do que estamos estudando, é legal aproveitar o que ela traz sobre o uso do travessão. Esse sinal de pontuação não é usado apenas para marcar a troca de interlocutor em um diálogo, mas também para introduzir um comentário sobre o que está sendo dito. De qualquer forma, a alternativa C está errada, pois coloca que o travessão único destaca comentário marginal e de menor importância pra o desenvolvimento do raciocínio, o que é um erro. O travessão único pode vir marcando, separando um comentário não necessariamente de menor relevância. A resposta correta para esta questão é a alternativa E (trabalharemos verbo em uma outra oportunidade). GABARITO: E 10. (TRT/16º - 2014 ± Analista Judiciário ± Área Judiciária ± FCC) Também seria desejável envolver com maior intensidade universidades e laboratórios públicos (onde os há, como é o caso do Brasil). A redação alternativa à frase acima, que se apresenta clara, correta e fiel às ideias nela expostas, é: 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 101 (A) Igualmente desejável seriam universidades e laboratórios públicos que se envolvessem mais intensamente, pois no caso do Brasil eles têm presença. (B) Da mesma maneira, seria desejável que fossem envolvidos mais intensamente universidades e laboratórios públicos, em lugares, como o Brasil, em que eles existem. (C) Em lugares em que estes existem (sendo o Brasil um caso de ter universidades e laboratórios públicos), seria também desejável seu intenso envolvimento. (D) Inclui-se no raciocínio que é desejável ter-se envolvimento de maior intensidade, de universidades e laboratórios aonde se encontram, como o caso do Brasil. (E) Equivalentemente, seria envolvimento desejável e intenso o das universidades e laboratórios públicos (em que, como o caso do Brasil, eles existem). Comentário: analisando cada alternativa: (A) Igualmente desejável seriam universidades e laboratórios públicos que se envolvessem mais intensamente, pois no caso do Brasil eles têm presença. ± (55$'$��2�YHUER�³VHULDP´�GHYHULD�HVWDU�QR�VLQJXODU��2�WH[WR�RULJinal não disse que as universidades e laboratórios públicos têm presença. (B) Da mesma maneira, seria desejável que fossem envolvidos mais intensamente universidades e laboratórios públicos, em lugares, como o Brasil, em que eles existem. ± CORRETA. (C) Em lugares em que estes existem (sendo o Brasil um caso de ter universidades e laboratórios públicos), seria também desejável seu intenso envolvimento. ± (55$'$�� 2� SURQRPH� ³HVWHV´� H� D� RUDomR� ³VHX� LQWHQVR� HQYROYLPHQWR´�ILFDUDP�VHP�UHIHUHQWH�� (D) Inclui-se no raciocínio que é desejável ter-se envolvimento de (em) maior intensidade, (esta vírgula está separando complemento nominal) de universidades e laboratórios aonde (onde ± lugar aparado) se encontram, como o caso do Brasil. ± ERRADO ± TETXO INCOERENTE. 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 101 (E) Equivalentemente, seria envolvimento desejável e intenso o das universidades e laboratórios públicos (em que, como o caso do Brasil, eles existem). ± Não. A ondem está invertida e a sequência ficou truncada. GABARITO: B Blogs e Colunistas Sérgio Rodrigues Sobre palavras Nossa língua escrita e falada numa abordagem irreverente 02/02/2012 Consultório 'No aguardo', isso está certo? ³3DUHFH�TXH�YLURX�SUDJD��GH�GH]�H-mails de trabalho que me chegam, sete RX�RLWR�WHUPLQDP�GL]HQGR�µQR�DJXDUGR�GH�XP�UHWRUQR¶��2X�RXWUD�IUDVH�SDUHFLGD� FRP� HVWD�� PDV� VHPSUH� LQFOXLQGR� D� SDODYUD� µDJXDUGR¶�� ,VVR� HVWi� FHUWR"� 4XH� GLDER�GH�SDODYUD�p�HVVH�µDJXDUGR¶�TXH�QmR�p�YHUER"�*RVWDULD�GH�FRQKHFHU�VXDV� FRQVLGHUDo}HV�D�UHVSHLWR�´��9LUJtOLR�0HQGHV�1HWR�� Virgílio tem razão: uPD� SUDJD� GH� ³QR� DJXDUGR´� DQGD� LQIHVWDQGR� QRVVD� língua. Convém tomar cuidado, nem que seja por educação: antes de entrarmos nos aspectos propriamente linguísticos da questão, vale refletir por um minuto sobre o que há de rude numa fórmula de comunicação que poderia VHU� WUDGX]LGD�PDLV� RX�PHQRV� DVVLP�� ³(VWRX� DTXL� HVSHUDQGR�� Yr� VH� UHVSRQGH� ORJR�´�� �2QGH� WHUi� LGR� SDUDU� XP� FOLFKr� FRQVDJUDGR� GD� SROLGH]� FRPR� ³$JUDGHoR� DQWHFLSDGDPHQWH� VXD� UHVSRVWD´"� 5HVSRVWD� SRVVtYHO�� IRL� DSRVHQWDGR� compulsoriamente ao lado de outros bordados verbais do tempo das cartas manuscritas, porque o meio digital privilegia as mensagens diretas e não tem tempo a perder com hipocrisias. O que equivale a dizer que, sendo o meio a mensagem, como ensinou o teórico da comunicação Marshall McLuhan, a internet é casca-grossa por natureza. Será mesmo?) Quanto à questão da 62895983097 Língua Portuguesa p/ TJ-PE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br
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