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aula 04.04

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04/04/2017 
Ações de defesa da propriedade – competência – art. 47, CPC/15
“Forum rei sitae” – o foro é competência relativa da coisa. 
Competência funcional – foro de situação da coisa. O juiz que está mais próximo da coisa pode examinar melhor a situação em que ela se encontra. 
No caso de ação possessória, a competência de território funcional é absoluta (foro de situação da coisa). 
As ações de defesa da propriedade são as seguintes: Ação Reivindicatória, Ação Negatória, Ação Publiciana, Embargos de Terceiro, Ação De Dano Infecto, Ação Demolitória, Nunciação de Obra Nova, Ação de Desapropriação Indireta ou de Apossamento Administrativo, Ação Demarcatória, Ação de Divisão da Coisa Comum. 
Ação Reivindicatória 
Acontece por meio de rito comum. 
Seu objeto é o direito de reaver a coisa de quem injustamente (aquele que não possui título) a possui. 
“Título” – título ou causa jurídica que autoriza a posse indireta, modificando o direito do proprietário. 
Cita-se o detentor no lugar do possuidor – problemas de legitimidade passiva. No CPC/17, o detentor nomeava o possuidor e isso era chamado de “nomeação e autoria”. Com o CPC/15, passou a ser chamado de “preliminar de contestação” e aproveita-se a mesma demanda para convocar o polo passivo coreto. 
É em si imprescritível. Ainda que alguns apliquem o prazo geral de 10 anos, ela não prescreve realmente. Não é a pretensão a um direito. 
É real – se o sujeito for casado, é necessário que haja anuência do cônjuge e, ainda, alguns falam em litisconsórcio. Para evitar problemas, muitos advogados requerem que o cônjuge figure como réu/autor e solicitam a assinatura. O que é necessário é a assinatura na procuração, e não nos documentos referentes ao processo. 
A ação reivindicatória visa um efeito lato sensu da sentença executiva (art. 538, CPC/15). 
Ação Negatória 
O proprietário está na posse do bem e nega que um terceiro tenha direitos a ele. Ex.: servidão – direito de passagem sobre o imóvel. 
Observação: existe usucapião de servidão, de acordo com o art. 1.379. 
Ação Publiciana 
É paralela a ação reivindicatória – “ação paradominial”. O autor não tem título do bem registrado e é usucapiente. Ocorre quando o autor reuniu os requisitos para a usucapião e perdeu a posse do bem. 
O autor tem que provar que é usucapiente do bem para poder querer a posse do mesmo. 
Ação Demolitória e Ação de Dano Infecto 
As duas ações podem vir juntas em um mesmo pedido. Pede-se uma caução pelo dano que possa vir a sofrer e, ainda, pede-se a demolição da construção prejudicial.
Ação demolitória – art. 1.280
Objetiva obrigar o vizinho a resolver uma situação em que esteja prejudicado – a ruína é no terreno do vizinho. Ainda, ela visa a remoção das obras que violam seu direito.
Qualquer construção que esteja violando o direito de vizinhança está sujeita a esta ação (direito de construir). Ex.: ruínas, janela no quarto do outro. 
Ação de Dano Infecto 
Dano infecto significa um dano iminente. 
Objetiva a constituição de uma garantia pelo dano que possa ser sofrido (caução). Esta ação não possui procedimento especial.
Pede-se que seja cominada uma sanção (multa diária) e que seja prestada uma caução.
Nunciação de Obra Nova
É vocacionada ao embargo de obra nociva não concluída. Perdeu o caráter de procedimento especial no CPC/15. A peculiaridade é quanto ao pedido.
Visa embargar uma obra nova que fere o direito de vizinhança. A obra está no início, não foi concluída ainda. 
Existe possibilidade de tutela liminar. Em se tratando dessa ação, o pedido deve ser feito da seguinte maneira: “venho propor ação de rito ordinário” e o autor especifica no pedido o que está requerendo. Fazer o pedido dessa maneira faz com que fique mais claro o que o autor deseja e é melhor evitar usar nomes (ex.: ação possessória, ação reivindicatória, etc.)

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