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DIREITO - FACECA TRABALHO DE DIREITO PENAL DIVULGAÇÃO DE SEGREDO Caroline Carmacio Ribeiro SEÇÃO IV DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DOS SEGREDOS Divulgação de segredo Art. 153 CP - Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. § 1º Somente se procede mediante representação. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº 9.983, de 2000) § 1o-A. Divulgar, sem justa causa, informações sigilosas ou reservadas, assim definidas em lei, contidas ou não nos sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) § 2o Quando resultar prejuízo para a Administração Pública, a ação penal será incondicionada. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Nucleo do Tipo Divulgar. É discutido doutrinariamente se o segredo for divulgado para uma unica pessoa ou para varias pessoas. O renomeado doutrinador Rogerio Grecco defende a tese de que basta ser divulgado apenas para uma unica pessoa, visto que o nucleo divulgar nao exige coletividade. Objeto Juridico Tutela-se o segredo, evitando sua indevida divulgação. Objeto Material É considerado objeto material os documentos particulares e a correspondencia confidencial, cujos conteudos sao divulgados sem justa causa. Sujeito Ativo É o destinatario e o detentor do documento particular ou da correspondencia confidencial. Sujeito Passivo É aquele que com a divulgação do conteudo da correspondencia confidencial ou documento particular, corre risco de sofrer dano mesmo que este nao venha efetivamente se concretizar . Pode ser o titular do segredo, ainda que nao seja o autor ou o remetente do documento. Ou ainda o proprio remetente. Elemento Subjetivo Dolo, isto é, a vontade livre e consciente de provocar dano a um numero indeterminado de pessoas com a divulgação do segredo. Podendo ser dolo direto ou eventual. Deste modo, o sujeito ativo pode divulgar o segredo a ele dirigido com a finalidade de causar dano a alguem , ou pode divulgar conscientemente o segredo sabendo que causaria dano e seria indiferente a produção dele. Não há previsão de modalidade culposa desse delito. Consumação Entende-se como a consumação do delito quando ocorre a efetiva divulgação a terceiros do conteudo do segredo, independente da produção do dano causado a outrem. Tentativa É admissivel . Modalidade Comissiva e Omissiva A divulgação do segredo pode ocorrer de ambas as formas, desde que quando for omissiva o agente seja considerado como garantidor amoldando-se ao conceito de destinatario ou detentor. Modalidade Qualificada A Lei nº 9.983 de 14 de julho de 2000, criou a modalidade qualificada, conforme o 1º - A: § 1o-A. Divulgar, sem justa causa, informações sigilosas ou reservadas, assim definidas em lei, contidas ou não nos sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) A modalidade qualificada só se configura quando o segredo divulgado preencher os requisitos do paragrafo citado acima. Ação Penal Trata-se de ação penal publica condicionada a representação do ofendido ou do seu representant legal. Quando resultar prejuizo para a Administração Publica, a ação penal será incondicionada. Classificação Doutrinaria Proprio ( sujeito ativo) Comum ( sujeito passivo) Doloso Formal Instantaneo Comissivo (podendo ser omissivo) Monossubjetivo Unissubsistente Bibliografia Curso de Direito Penal – Parte Especial – Volume II (Rogerio Grecco) Codigo Penal Comentado ( Fernando Capez e Stela Prado)
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