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AGENCIAS REGULADORAS AULA 3

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25/08/2013
1
AGÊNCIAS REGULADORAS
Independência financeira
Vinculação ao Poder Legislativo e Judiciário
O sistema de atribuição de receitas mostra-se aspecto
fundamental à independência financeiras das agências
Reguladoras, pois evita que todo o orçamento da
instituição reguladora advenha da previsão
orçamentária do Poder Executivo.
Isso ocorre por meio da taxa de regulação, devida pelo
concessionário diretamente à agência, em valores
proporcionais ao proveito financeiro obtido com a
exploração do serviço/bem concedido.
Essa taxa de regulação é de prestação pecuniária
obrigatória, instituída por lei e cobrada mediante
atividade administrativa vinculada, que não constitui
sanção por ato ilícito.
25/08/2013
2
Existem entendimentos que a qualificam como tributo,
pois tem como fato gerador a própria relação
contratual de concessão/permissão e como base de
cálculo a receita auferida pela concessionária, além de
ser cobrada em razão do exercício do poder de polícia
pelo estado.
Contudo, não é esse o entendimento majoritário.
Diversos autores apontam que a taxa de regulação tem
natureza contratual, pois é do contrato de concessão
de serviços firmado entre o poder concedente e a
concessionária que se origina a cobrança de tal taxa,
que é fixada como forma de contrapartida para
contratação da concessão.
NOSSO TEMA NOS TRIBUNAIS:
“(...) A alegação de inexigibilidade da taxa em
referência, sob o fundamento de possuir o mesmo fato
gerador do valor da concessão previsto nos contratos
não prospera, vez que não se trata de tributo, mas do
valor contratual previsto em cláusula essencial do
instrumento de concessão (...)” (STJ - Ag 1345841,
04/11/2010) – destaquei.
25/08/2013
3
Assim, trata-se de pagamento contratualmente
estipulado, para que o controle dos serviços
concedidos seja exercido autonomamente, como
determina a legislação, o que é de interesse não
somente do poder concedente como também do
concessionário, pois assegura a segurança jurídica dos
investimentos.
Oriundas dessas taxas contratuais (taxa de
regulamentação), afirma-se que as receitas auferidas
pelas agências reguladoras constituem fundo gerido
com autonomia financeira, não de confundindo com as
demais receitas orçamentárias, provenientes do
orçamento geral do Poder Executivo.
Com relação ao Poder Legislativo, não que se falar em
qualquer autonomia da agência reguladora, que
conduz o exercício de suas atividades em estrita
observância aos ditames legais.
Sua capacidade normativa não é ilimitada, não
podendo conflitar com as normas constitucionais ou
legais, por força do princípio da legalidade a que se
submete qualquer órgão das Administração direta ou
pessoa da Administração indireta.
Além disso, a agência reguladora está submetida à
fiscalização do Congresso Nacional (art. 49, X, CF) e ao
controle financeiro, contábil e orçamentário exercido
pelo TCU (art. 70, CF).
25/08/2013
4
NOSSO TEMA NOS TRIBUNAIS:
“(...) Ação objetivando a declaração de ilegalidade da Portaria ANP
201/99, que proíbe o Transportador-Revendedor-Retalhista - TRR - de
transportar e revender gás liquefeito de petróleo - GLP-, gasolina e
álcool combustível. (...) O ato acoimado de ilegal foi praticado nos
limites da atribuição conferida à ANP, de baixar normas relativas ao
armazenamento, transporte e revenda de combustíveis, nos moldes
da Lei 9.478 /97. (...) "Ao contrário do que alguns advogam, trata-se
do exercício de função administrativa, e não legislativa, ainda que
seja genérica sua carga de aplicabilidade. Não há total inovação na
ordem jurídica com a edição dos atos regulatórios das agências. Na
verdade, foram as próprias leis disciplinadoras da regulação que,
como visto, transferiram alguns vetores, de ordem técnica, para
normatização pelas entidades especiais” (CARVALHO FILHO, José dos
Santos. "O Poder Normativo das Agências Reguladoras" / Alexandre
Santos de Aragão, coordenador - Rio de Janeiro: Editora Forense,
2006, págs. 81-85). (STJ - REsp 1101040 PR, 16/06/2009).
José Afonso da Silva: “O Congresso ou qualquer de
suas Casas podem instaurar de ofício o procedimento
de fiscalização e controle. A iniciativa pode ser de
qualquer congressista ou de qualquer das Comissões
do Legislativo. Não se indica a forma de como a
fiscalização e controle se instauram. Embora a
competência exclusiva do Congresso se dê por meio de
elaboração de decreto legislativo, aqui não parece que
esse seja o meio adequado. Em geral, na verdade, a
fiscalização e controle se dão por meio de instauração
de comissão parlamentar de inquérito, ...” (2006, p.
406) – destaquei.
25/08/2013
5
Com relação ao Poder Judiciário também não há
autonomia. Em pese seja atribuição da agência dirimir
o conflito de interesse em última instância
administrativa, suas decisões podem ser objeto de
controle pelo Poder Judiciário (art. 5º, XXXV, CF), ó que
reforça que o Brasil adotou o sistema da unicidade da
jurisdição, contrário ao sistema francês de dualidade de
jurisdição, admitindo uma jurisdição administrativa e
outra comum.
Ressalta-se, porém, que essa possibilidade de controle
judicial está limitada à legalidade, proporcionalidade e
razoabilidade da medida administrativa examinada, não
se podendo admitir que o Judiciário adentre questão
meritória, sob pena de ofensa à independência dos
Poderes.

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