Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MÓDULO III – BOTÂNICA HUBERTT LIMA VERDE DOS SANTOS – huberttlima@gmail.com PROFº: HUBERTT GRÜN. Página 1 MMÓÓDDUULLOO IIIIII -- BBOOTTÂÂNNIICCAA:: MORFOLOGIA DAS ANGIOSPERMAS – PARTE 01 PROFº: HUBERTT LIMA VERDE – huberttgrun@hotmail.it O corpo das angiospermas apresenta órgãos vegetativos - representados pela raiz, pelo caule e pela folha — e órgãos reprodutivos representantes são a flor, o fruto e a semente. Antes de analisar a morfologia externa e interna desses órgãos, vamos recordar os tecidos com mais detalhe. Meristema: É formado por células não diferenciadas, capazes de se dividir. Tais células promovem o crescimento da planta, originando, por diferenciação, os outros tecidos vegetais. O meristema primário — localizado na ponta das raízes e do caule — é responsável pelo crescimento em comprimento da planta; o meristema secundário e parte do primário; nas laterais da raiz e do caule, aumentam a espessura da planta. Tecidos de revestimento: A epiderme apresenta uma camada de cutina (cutícula), que impede a evaporação da água. Na raiz encontram – se os pêlos absorventes (sem cutina), que aumentam a superfície de água e dos sais minerais (figura 1). Na epiderme da folha há estômatos: aberturas variáveis que permitem a passagem de gases. O súber aparece nas partes mais antigas da planta, sendo formado por células mortas cobertas de suberina. O arejamento é feito por aberturas chamadas lenticelas (figura 1). Figura 1: Epiderme e súber Tecidos de assimilação e reserva: Também chamados parênquimas. O parênquima clorofiliano, encontrado principalmente na folha, encarrega – se da fotossíntese; o parênquima de reserva armazena amido, óleos, água, etc. (figura 2). Figura 2: Parênquima clorofiliano e de reserva. Tecidos de sustentação: O colênquima é formado por células vivas com espessamentos de celulose. No esclerênquima há uma substância rígida, a linhina, e as células são mortas (figura 3). Figura 3: Colênquima e esclerênquima. Tecidos de condução: São formados por vasos condutores de seiva. Os vasos lenhosos transportam água e sais minerais (seiva bruta ou mineral) da raiz para as folhas; suas células são mortas, com reforços de celulose e linhina Os vasos liberianos levam as substâncias orgânicas produzidas nas folhas (seiva elaborada ou orgânica) para o resto da planta. As células são vivas, recebendo alimento de células adjacentes, chamadas células companheiras (figura 4). Figura 4: Vasos lenhosos e vasos liberianos. Tecidos de secreção: Produzem e armazenam néctar (nectários), látex (vasos laticíferos), cristais de cálcio, etc. Nas bordas das folhas de plantas de clima úmido podemos encontrar os hidatódios, que eliminam gotas de água, fenômeno denominado gutação (figura 5). Figura 5: Tecido de secreção. Vamos agora estudar a morfologia externa e interna das plantas, começando pelos órgãos vegetativos (raiz, caule e folhas); em seguida analisaremos os órgãos reprodutivos (flor, fruto e semente). Raiz: A raiz é um órgão geralmente subterrâneo, aclorofilado (sem clorofila) e especializado na fixação da planta e na absorção de água e sais minerais. Morfologia externa: Na ponta da raiz encontramos uma estrutura em forma de cone — a coifa ou caliptra —, constituída por um tecido resistente cujas células são substituídas continuamente e que protege o meristema primário situado mais internamente (figura 7). Acima da coifa temos a região lisa, protegida por um tecido epidérmico sem cutina, onde ocorre a absorção de alimentos. Nessa região, o crescimento é acentuado e, por isso, é também chamada de região de crescimento ou de alongamento. Em seguida encontramos a região pilífera, com pelos absorventes, que aumentam a área de absorção de alimentos. Finalmente aparece a região suberosa, formada por células com uma substância protetora — a suberina —, onde se localizam as ramificações da raiz (figura 6). Figura 6: Morfologia externa da raiz. Tipos de Raiz: Quando há uma raiz principal mais desenvolvida que as ramificações, a raiz é classificada como axial ou pivotante, (figura 7). Quando não existe uma raiz principal, as ramificações são aproximadamente do mesmo tamanho e nascem de um ponto comum. Nesse caso é chamada de raiz fasciculada (figura 7). MÓDULO III – BOTÂNICA HUBERTT LIMA VERDE DOS SANTOS – huberttlima@gmail.com PROFº: HUBERTT GRÜN. Página 2 A raiz do tipo axial — típica de dicotiledôneas — desenvolve - se na camada mais superficial do solo; por isso, é útil contra a erosão. A raiz do tipo fasciculado é típica de monocotiledôneas. Muitas plantas desenvolvem raízes a partir do caule (o milho, por exemplo) ou até da folha (como no caso da begônia). Essas raízes são chamadas de raízes adventícias. As raízes podem desempenhar também outras funções. Nesse caso, encontramos uma série de adaptações a situações especificas, como podemos ver na figura 8. Raiz fasciculada (típica de monocotiledôneas) Raiz axial (típica de dicotiledôneas) Figura 7: Tipos de raiz. Raiz-escora ou raiz - suporte: cresce a partir do caule e auxilia a sustentação da planta ex: milho Raiz respiratória ou pneumatóforo: funciona como órgão respiratório, facilitando o arejamento da planta. Figura 8: Adaptações das raízes. Raiz tuberosa: acumula reservas nutritivas (beterraba, cenoura). Cipó – chumbo (em amarelo), parasitando uma planta. Raiz tabular: raízes secundárias, espessas, que ajudam na fixação e sustentação da planta. Ex: Ficus. Raiz aérea: possui um tecido, o véu ou velame, que absorve umidade do ar. Morfologia Interna da Raiz: Os tecidos da raiz formam-se a partir de um conjunto de células indiferenciadas, o meristema primário, que constitui o embrião da planta. Esse meristema é encontrado na extremidade da raiz, acima da coifa, sendo responsável pelo crescimento vertical do órgão. É formado por três regiões: a protoderme o meristema fundamental (figura 9). A protoderme vai dar origem ao tecido de proteção: a epiderme. O procâmbio origina os vasos lenhosos (conduzem a seiva bruta para as folhas) e os vasos liberianos (levam a seiva elaborada para o resto da planta). O meristema fundamental vai dar origem aos outros tecidos (parênquima, colênquima e esclerênquima). Existe ainda, abaixo do meristema, o caliptrógeno, responsável pela contínua substituição da coifa ou caliptra. Figura 9: O meristema primário da raiz. Questões para Revisão: 1) Qual a função e as partes externas de uma raiz? 2) Qual a diferença entre uma raiz axial e fasciculada? 3) Cite duas adaptações específicas das raízes e suas funções. 4) Quais as regiões do meristema primário da raiz e quais as estruturas derivadas? GABARITO: 1. A raiz absorve água e sais minerais do solo. Coifa, região de alongamento, região pilífera e região suberosa. 2. A raiz axial tem um eixo principal; a fasciculada, não. 3. Raiz-escora: aumenta a sustentação da planta; pneumatóforos: facilitam o arejamento da planta. 4. Protoderme: epiderme; meristema fundamental: parênquima, colênquima, esclerênquima; procâmbio: vasos condutores de seiva. FORMATAÇÃO E EDIÇÃO: LAST UPDATE: 30.01.2011 PROF: LIMA VERDE, HUBERTT. huberttlima@gmail.com; BIOLOGIA MÓDULO III - BOTÂNICA.
Compartilhar