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MODULO III AULA 25 MORFOLOGIA DAS ANGIOSPERMA PARTE 01

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MÓDULO III – BOTÂNICA 
HUBERTT LIMA VERDE DOS SANTOS – huberttlima@gmail.com 
PROFº: HUBERTT GRÜN. Página 1 
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MORFOLOGIA DAS ANGIOSPERMAS – PARTE 01 
PROFº: HUBERTT LIMA VERDE – huberttgrun@hotmail.it 
 
 O corpo das angiospermas apresenta órgãos vegetativos - 
representados pela raiz, pelo caule e pela folha — e órgãos 
reprodutivos representantes são a flor, o fruto e a semente. Antes 
de analisar a morfologia externa e interna desses órgãos, vamos 
recordar os tecidos com mais detalhe. 
 Meristema: É formado por células não diferenciadas, capazes 
de se dividir. Tais células promovem o crescimento da planta, 
originando, por diferenciação, os outros tecidos vegetais. O 
meristema primário — localizado na ponta das raízes e do caule — 
é responsável pelo crescimento em comprimento da planta; o 
meristema secundário e parte do primário; nas laterais da raiz e 
do caule, aumentam a espessura da planta. 
 Tecidos de revestimento: A epiderme apresenta uma camada 
de cutina (cutícula), que impede a evaporação da água. Na raiz 
encontram – se os pêlos absorventes (sem cutina), que 
aumentam a superfície de água e dos sais minerais (figura 1). Na 
epiderme da folha há estômatos: aberturas variáveis que 
permitem a passagem de gases. 
 O súber aparece nas partes mais antigas da planta, sendo 
formado por células mortas cobertas de suberina. O arejamento é 
feito por aberturas chamadas lenticelas (figura 1). 
 
Figura 1: Epiderme e súber 
 Tecidos de assimilação e reserva: Também chamados 
parênquimas. O parênquima clorofiliano, encontrado 
principalmente na folha, encarrega – se da fotossíntese; o 
parênquima de reserva armazena amido, óleos, água, etc. (figura 
2). 
 
Figura 2: Parênquima clorofiliano e de reserva. 
 Tecidos de sustentação: O colênquima é formado por células 
vivas com espessamentos de celulose. No esclerênquima há uma 
substância rígida, a linhina, e as células são mortas (figura 3). 
 
Figura 3: Colênquima e esclerênquima. 
 Tecidos de condução: São formados por vasos condutores de 
seiva. Os vasos lenhosos transportam água e sais minerais (seiva 
bruta ou mineral) da raiz para as folhas; suas células são mortas, 
com reforços de celulose e linhina Os vasos liberianos levam as 
substâncias orgânicas produzidas nas folhas (seiva elaborada ou 
orgânica) para o resto da planta. As células são vivas, recebendo 
alimento de células adjacentes, chamadas células companheiras 
(figura 4). 
 
 
Figura 4: Vasos lenhosos e vasos liberianos. 
 Tecidos de secreção: Produzem e armazenam néctar 
(nectários), látex (vasos laticíferos), cristais de cálcio, etc. Nas 
bordas das folhas de plantas de clima úmido podemos encontrar 
os hidatódios, que eliminam gotas de água, fenômeno 
denominado gutação (figura 5). 
 
Figura 5: Tecido de secreção. 
 Vamos agora estudar a morfologia externa e interna das 
plantas, começando pelos órgãos vegetativos (raiz, caule e 
folhas); em seguida analisaremos os órgãos reprodutivos (flor, 
fruto e semente). 
 
Raiz: 
 A raiz é um órgão geralmente subterrâneo, aclorofilado (sem 
clorofila) e especializado na fixação da planta e na absorção de 
água e sais minerais. 
Morfologia externa: 
 Na ponta da raiz encontramos uma estrutura em forma de cone 
— a coifa ou caliptra —, constituída por um tecido resistente cujas 
células são substituídas continuamente e que protege o 
meristema primário situado mais internamente (figura 7). Acima 
da coifa temos a região lisa, protegida por um tecido epidérmico 
sem cutina, onde ocorre a absorção de alimentos. Nessa região, o 
crescimento é acentuado e, por isso, é também chamada de 
região de crescimento ou de alongamento. Em seguida 
encontramos a região pilífera, com pelos absorventes, que 
aumentam a área de absorção de alimentos. Finalmente aparece 
a região suberosa, formada por células com uma substância 
protetora — a suberina —, onde se localizam as ramificações da 
raiz (figura 6). 
 
Figura 6: Morfologia externa da raiz. 
Tipos de Raiz: 
 Quando há uma raiz principal mais desenvolvida que as 
ramificações, a raiz é classificada como axial ou pivotante, (figura 
7). Quando não existe uma raiz principal, as ramificações são 
aproximadamente do mesmo tamanho e nascem de um ponto 
comum. Nesse caso é chamada de raiz fasciculada (figura 7). 
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 A raiz do tipo axial — típica de dicotiledôneas — desenvolve - se 
na camada mais superficial do solo; por isso, é útil contra a 
erosão. A raiz do tipo fasciculado é típica de monocotiledôneas. 
 Muitas plantas desenvolvem raízes a partir do caule (o milho, 
por exemplo) ou até da folha (como no caso da begônia). Essas 
raízes são chamadas de raízes adventícias. 
 As raízes podem desempenhar também outras funções. Nesse 
caso, encontramos uma série de adaptações a situações 
especificas, como podemos ver na figura 8. 
 
Raiz fasciculada 
(típica de monocotiledôneas) 
Raiz axial (típica 
de dicotiledôneas) 
 
Figura 7: Tipos de raiz. 
 
Raiz-escora ou raiz - 
suporte: cresce a 
partir do caule e 
auxilia a sustentação 
da planta ex: milho 
 
Raiz respiratória ou pneumatóforo: 
funciona como órgão respiratório, 
facilitando o arejamento da planta. 
 
 
Figura 8: Adaptações das raízes. 
 
Raiz tuberosa: acumula reservas nutritivas (beterraba, cenoura). 
 
Cipó – chumbo (em amarelo), parasitando uma planta. 
 
Raiz tabular: raízes secundárias, espessas, que ajudam na fixação 
e sustentação da planta. Ex: Ficus. 
 
Raiz aérea: possui um tecido, o véu ou velame, que absorve 
umidade do ar. 
 
 
Morfologia Interna da Raiz: 
 Os tecidos da raiz formam-se a partir de um conjunto de células 
indiferenciadas, o meristema primário, que constitui o embrião da 
planta. Esse meristema é encontrado na extremidade da raiz, 
acima da coifa, sendo responsável pelo crescimento vertical do 
órgão. É formado por três regiões: a protoderme o meristema 
fundamental (figura 9). 
 A protoderme vai dar origem ao tecido de proteção: a 
epiderme. O procâmbio origina os vasos lenhosos (conduzem a 
seiva bruta para as folhas) e os vasos liberianos (levam a seiva 
elaborada para o resto da planta). O meristema fundamental vai 
dar origem aos outros tecidos (parênquima, colênquima e 
esclerênquima). Existe ainda, abaixo do meristema, o 
caliptrógeno, responsável pela contínua substituição da coifa ou 
caliptra. 
 
Figura 9: O meristema primário da raiz. 
 
Questões para Revisão: 
1) Qual a função e as partes externas de uma raiz? 
2) Qual a diferença entre uma raiz axial e fasciculada? 
3) Cite duas adaptações específicas das raízes e suas funções. 
4) Quais as regiões do meristema primário da raiz e quais as 
estruturas derivadas? 
 
GABARITO: 
1. A raiz absorve água e sais minerais do solo. Coifa, região de 
alongamento, região pilífera e região suberosa. 
2. A raiz axial tem um eixo principal; a fasciculada, não. 
3. Raiz-escora: aumenta a sustentação da planta; 
pneumatóforos: facilitam o arejamento da planta. 
4. Protoderme: epiderme; meristema fundamental: parênquima, 
colênquima, esclerênquima; procâmbio: vasos condutores de 
seiva. 
 
 
FORMATAÇÃO E EDIÇÃO: 
LAST UPDATE: 30.01.2011 
PROF: LIMA VERDE, HUBERTT. 
huberttlima@gmail.com; 
BIOLOGIA 
MÓDULO III - BOTÂNICA.

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