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MODULO III AULA 26 MORFOLOGIA DAS ANGIOSPERMA PARTE 02

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MÓDULO III – BOTÂNICA 
HUBERTT LIMA VERDE DOS SANTOS – huberttlima@gmail.com 
PROFº: HUBERTT GRÜN. Página 1 
MMÓÓDDUULLOO IIIIII -- BBOOTTÂÂNNIICCAA:: 
MORFOLOGIA DAS ANGIOSPERMAS – PARTE 02 
PROFº: HUBERTT LIMA VERDE – huberttgrun@hotmail.it 
 
Estrutura Primária da Raiz: 
 Através de um corte transversal na região pilífera, observa-se a 
estrutura primária da raiz, isto é, a estrutura proveniente da 
atividade do meristema primário. Nesse corte observamos três 
regiões: a epiderme, o córtex e o cilindro central (figura 1). 
 Epiderme: Formada por uma camada de células vivas, sem 
superfície cutinizada, o que é coerente com a sua função de 
absorver água e sais minerais. São essas células que podem 
apresentar os pelos absorventes. 
 
Figura 1: A estrutura primária da raiz. 
 
 Córtex: Situa-se no interior da epiderme e é constituído de 
várias camadas de células, que originam o parênquima cortical. A 
camada de células mais interna é a endoderme: ali, as células 
estão justapostas e apresentam um espessamento nas paredes 
perpendiculares à superfície da raiz. Esse espessamento forma a 
estria de Caspary, que impede o fluxo de substâncias entre as 
células da endoderme. Desse modo, as substâncias que 
atravessam o córtex para o interior da raiz terão que passar por 
dentro das células da endoderme, permitindo que elas façam uma 
seleção dos íons absorvidos do solo (figura 1). 
 Cilindro central: Situado na parte interna da raiz, apresenta 
uma camada de células, que constituem o periciclo, responsável 
pela formação das ramificações da raiz. Para dentro do periciclo 
encontram-se os feixes condutores de seiva mineral ou inorgânica 
— chamados em conjunto de xilema — e os condutores de seiva 
orgânica ou elaborada — o floema. 
 O xilema e o floema ocupam posições diferentes nas 
monocotiledôneas e nas dicotiledôneas. Nas monocotiledôneas, os 
feixes de xilema são alternados com os de floema, na periferia do 
cilindro central, delimitando no interior um conjunto de células 
parenquimatosas, que formam a medula (figura 1). 
 Nas dicotiledôneas, o xilema é central, com projeções em forma 
de cruz, triângulo, etc. Entre as projeções localizam-se os feixes 
de floema (figura 2). 
 Entre o xilema e o floema há o câmbio, composto por resíduos 
(meristema primário). 
 
Estrutura secundária da raiz: 
 Depois que a planta cresce em comprimento, algumas células 
adultas voltam ao estado embrionário, readquirindo a capacidade 
de se dividir. Esse fenômeno chamado desdiferenciação celular - 
origina as células que formam o meristema secundário. Esse 
meristema é encontrado na maioria das dicotiledôneas e, com 
meristema primário, provoca o crescimento em espessura da 
planta, produzindo, por mitose, outros tecidos. O conjunto de 
tecidos surgidos a partir desses meristemas forma a estrutura 
secundária da planta. 
 O meristema secundário forma – se em duas regiões laterais do 
caule e da raiz, Na região mais interna é chamado câmbio ou 
câmbio vascular, na região mais externa chama-se felogênio. 
Parte do câmbio vascular surge a partir do periciclo e câmbio 
surgido do procâmbio. Os dois juntos originam então o 
xilema e o floema secundários. As células que se dirigem para o 
interior diferenciam - se em xilema e as que dirigem-se para o 
exterior, em floema. Dessa forma, o cilindro central aumenta de 
espessura (figura 2). 
 
Figura 2: Corte transversal da raiz mostrando a formação da estrutura secundária. 
 
 Enquanto isto acontece, o córtex também passa pelo mesmo 
processo. Este depende de células do parênquima cortical, que 
sofrem desdiferenciação, originando um meristema secundário: o 
felogênio. Por mitoses, o felogênio produz, para o interior, células 
que vão formar a feloderme e, para o exterior, células que vão 
formar o súber. O súber vai substituir a epiderme que descasca e 
se solta. O conjunto formado pelo súber, felogênio e feloderme 
constitui a periderme (figura 2). 
 
Caule: 
 Geralmente aéreo, o caule sustenta as folhas, colocando-as em 
condições de melhor iluminação. Como a fotossíntese ocorre na 
folha e depende de nutrientes que são absorvidos no solo, ele leva 
a seiva inorgânica das raízes para as folhas e a seiva orgânica das 
folhas para a planta. 
 
Morfologia externa do caule: 
 Da mesma maneira que a raiz, o caule possui um crescimento 
apical produzido por um meristema primário: o ponto vegetativo 
ou gema terminal. Nesse ponto aparecem diversas protuberâncias 
laterais, que são os primórdios das folhas. Nas axilas das folhas 
há as gemas laterais, que são os primórdios dos ramos laterais do 
caule. Essa região caracteriza o nó do caule; a região entre dois 
nós é o entrenó ou gomo (figura 3). 
 Cada extremidade dos ramos possui um ponto vegetativo, que 
permite seu crescimento e a formação de ramificações 
secundárias. Próximo às extremidades, o caule é jovem e 
apresenta apenas tecidos primários, sendo inclusive clorofilado. À 
medida que se afasta das extremidades, a região é mais antiga e 
apresenta tecidos secundários, com revestimento de súber. Por 
isso, não há mais clorofila (o súber impede a penetração da luz) e 
a cor torna - se escura. Nas monocotiledôneas e nas 
dicotiledôneas sem crescimento secundário, como as hortaliças, o 
caule pode ser todo verde. 
 
Figura 3: Visão externa do caule. As gemas laterais originam as ramificações do caule. 
 
Tipos de caule: 
 Os caules podem ser aéreos, subterrâneos ou aquáticos. Os 
caules aéreos são de vários tipos: colmo, tronco, estipe, haste, 
rastejante e volúvel. Os subterrâneos dividem - se em rizoma, 
tubérculo e bulbo. Observe os diversos tipos na figura 4. 
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HUBERTT LIMA VERDE DOS SANTOS – huberttlima@gmail.com 
PROFº: HUBERTT GRÜN. Página 2 
 
Figura 4: Tipos de Caule. 
 
 Caule volúvel: enrola – se 
Tronco: lenhoso, ramificado, Em suportes (plantas 
e resistente (árvores e arbustos). trepadeiras) 
 
 
Haste: caule 
herbáceo, flexível 
 
Tubérculo: acumula 
reserva nutritiva (batata - 
inglesa) 
 
 
 
 
 
 
 
Estipe: lenhoso, Cilíndrico, Caule rastejante: 
longo, sem Ramificações pouco resistente, 
(palmeira) apoiado no chão (melancia) 
 
 
Rizoma: cresce abaixo do solo, 
originando tufos de folhas. Ex: 
bananeira (o que vemos é um falso 
caule, formado pela bainha de 
folhas) 
 
 
 
 
 
 
Bulbo: formado por um cone central 
de onde nasce resto da planta, sendo 
que a parte subterrânea da folha tem 
reservas nutritivas (cebola). 
 
 
 
 
 
Plantas com caule aquátiço 
(aguapé) 
 
 
 
 
 O caule pode apresentar modificações, como as gavinhas, 
cladódos, espinhos e acúleos. 
Conforme figura 5. 
 
Gavinha: Caule filamentoso que se 
enrola em torno de suporte, 
servindo para a fixação (maracujá) 
 
 
 
 
 
Acúleos: expansões da parte superficial do 
caule (roseira) 
 
 
 
 
Cladódio ou filocladódio: caule 
achatado, suculento, sem folhas (figo – 
da índia). 
 
 
 
 
 
Figura 5: Modificações do Caule. 
 
Morfologia Interna do Caule: 
 A estrutura interna do ponto vegetativo ou da gema terminal é 
semelhante à da raiz, apresentando as três regiões do meristema 
primário. A diferença é a presença dos primórdios foliares, em 
cujas axilas estão as gemas axilares (figura 6). À medida que o 
meristema se diferencia, os primórdios foliares crescem, 
originando as folhas. As gemas axilares, ao se desenvolver, 
formam as ramificações do caule. Muitas gemas ficam dormentes 
no meio dos tecidos adultos, podendo germinar mais tarde. É o 
que ocorre, por exemplo, quando podamos uma árvore ou arbusto 
e novos ramos nascem abaixo da poda. 
 
Figura 6: A estrutura da gema terminal. 
 
Estrutura Primária do Caule: 
 Fazendo um corte transversal numa região jovem, abaixoda 
gema terminal, podemos notar o produto da atividade do 
meristema primário, que forma a estrutura primária do caule 
(figura 7). Nas monocotiledôneas e em algumas dicotiledôneas 
herbáceas não há uma distinção entre córtex e cilindro central. Os 
feixes condutores de seiva são mistos (líbero - lenhosos) e 
espalhados pelo parênquima fundamental. O líber está voltado 
para o exterior e o lenho para o interior. 
 
Figura 7: Corte de caule de monocotiledônea. 
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HUBERTT LIMA VERDE DOS SANTOS – huberttlima@gmail.com 
PROFº: HUBERTT GRÜN. Página 3 
 Na maioria das dicotiledôneas, os feixes são também líbero-
lenhosos, mas estão dispostos na forma de um anel, em volta de 
uma medula de parênquima (figura 8). Nesse caso, há uma 
distinção entre córtex e medula. Nas dicotiledôneas vamos 
encontrar um câmbio intravascular procâmbio) no feixe condutor, 
entre floema e o xilema (figura 8). 
 
Figura 8: Estrutura primária e secundária do caule de dicotiledôneas. 
 
 
 
 
 
 
FORMATAÇÃO E EDIÇÃO: 
LAST UPDATE: 30.01.2011 
PROF: LIMA VERDE, HUBERTT. 
huberttlima@gmail.com; 
BIOLOGIA 
MÓDULO III - BOTÂNICA.

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