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CAPÍTULO 7 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA CÂMARA DE MISTURA RÁPIDA HIDRÁULICA Texto 1 7.1 Generalidades Para que possa ser consumida, sem apresentar riscos à saúde, ou seja, tornar-se potável, a água tem que ser tratada, limpa e descontaminada. O tratamento da água é feito em locais denominado Estação de Tratamento de Água – ETA. A qualidade da água tratada depende do seu uso. Geralmente, o tratamento de água requer altos investimentos, tanto na construção, quanto na operação e manutenção das estações de tratamento de água. Existem várias concepções de Estações de Tratamento de Água. Estas concepções podem estar voltadas ao tratamento ou a qualidade da água bruta (manancial). As mais comuns são: filtração lenta; filtração em linha; filtração direta e tratamento convencional. 7.1.1 Concepção da Estação de Tratamento de Água – ETA em função da qualidade da água bruta para os casos de mananciais de classe 1. A escolha do tipo de tratamento de água está diretamente relacionada as características da água bruta como turbidez, cor verdadeira (real) e quantidades de algas. A tabela 7.1 mostra alguns tipos de tratamento em função da característica da água bruta. Tabela 7.1: Tratamento de Água em função das características da água bruta. Características da água bruta Filtração Direta Filtração em Linha Turbidez (UNT) 50 (15) 25 (5) Cor real (UC) 50 (Cor aparente < 20) 25 (Cor aparente < 15) Densidade Algal (UPA/mL) 1000 (500) 500 (100) Características da água bruta Filtração Direta Filtração em Linha Turbidez (UNT) 50 (15) 25 (5) Cor real (UC) 50 (Cor aparente < 20) 25 (Cor aparente < 15) Densidade Algal (UPA/mL) 1000 (500) 500 (100) Características da água bruta Características da água bruta Filtração DiretaFiltração Direta Filtração em Linha Filtração em Linha Turbidez (UNT)Turbidez (UNT) 50 (15) 50 (15) 25 (5) 25 (5) Cor real (UC)Cor real (UC) 50 (Cor aparente < 20) 50 (Cor aparente < 20) 25 (Cor aparente < 15) 25 (Cor aparente < 15) Densidade Algal (UPA/mL) Densidade Algal (UPA/mL) 1000 (500) 1000 (500) 500 (100) 500 (100) 7.1.2 Concepção da Estação de Tratamento de Água – ETA com relação ao tratamento. A Concepção da Estação de tratamento de água com relação ao tratamento está mostrado na Figura 7.2. Figura 7.2: Concepção de ETA com relação ao tratamento. 7.1.3 Sistema de tratamento de Água Convencional A Estação de Tratamento de Água Convencional é composta das seguintes etapas de tratamento (Figura 7.2). Figura 7.2: Fluxograma de uma Estação de Tratamento de Água –ETA Convencional Água Bruta Pré-tratamento Coagulação Coagulação Coagulação Filtração Lenta Filtração Pré-floculação Floculação Desinfecção Fluoretação Correção de pH Filtração Sedimentação Filtração Desinfecção Fluoretação Correção de pH Desinfecção Fluoretação Correção de pH Desinfecção Fluoretação Correção de pH Filtração Lenta Filtração em Linha Filtração Direta Tratamento Completo Água Bruta Pré-tratamento Coagulação Coagulação Coagulação Filtração Lenta Filtração Pré-floculação Floculação Desinfecção Fluoretação Correção de pH Filtração Sedimentação Filtração Desinfecção Fluoretação Correção de pH Desinfecção Fluoretação Correção de pH Desinfecção Fluoretação Correção de pH Água Bruta Pré-tratamento Coagulação Coagulação Coagulação Filtração Lenta Filtração Pré-floculação Floculação Desinfecção Fluoretação Correção de pH Filtração Sedimentação Filtração Desinfecção Fluoretação Correção de pH Desinfecção Fluoretação Correção de pH Desinfecção Fluoretação Correção de pH Filtração Lenta Filtração em Linha Filtração Direta Tratamento Completo Descrição das Etapas de Tratamento: Coagulação Processo através do qual os coagulantes são adicionados à água, reduzindo as forças que tendem a manter separadas as partículas em suspensão. Nessa etapa a água chega em grande turbulência possibilitando a reação instantânea entre as impurezas em suspensão e a aplicação de produtos químicos formando os coágulos. Produtos químicos usados: Cal Hidratada, Sulfato de Alumínio, Cloreto Férrico. Remoção de Odor e Sabor Para remover substância que produzem odor e sabor desagradáveis na água é aplicado o carvão ativado. Floculação Aglomeração das partículas por efeito de transporte de fluido, de modo a formar partículas de maior tamanho que possam sedimentar por gravidade. Nessa etapa a velocidade da água torna-se lenta possibilitando a aglutinação dos coágulos formando flocos. Decantação A água passa lentamente, sem ser agitada, em tanques de decantação ou decantadores, onde os flocos pesados chegam ao fundo, formando uma camada de material sedimentado ou lodo, descartado periodicamente. Este processo permite uma melhora da aparência e da qualidade sanitária da água, pois os sólidos suspensos sedimentam juntamente com outros detritos. Flotação Este processo substitui a decantação. Neste processo os flocos são levados a superfície do tanque através da introdução de ar pelo fundo do tanque, formando uma camada de lodo que é retirado através de raspadores mecanizados. É muito eficiente na remoção de algas. Filtração A água passa por um sistema de filtros, constituídos por diversas camadas de pedregulhos, areia e carvão antracito para reter as partículas que não decantaram, permitindo que a água se torne límpida. Desinfecção ou Cloração A aplicação do cloro assegura a qualidade da água, sendo realizada em quantidade suficiente para eliminar microorganismos (bactérias, vírus) eventualmente presentes, e se manter nos reservatórios e redes de distribuição impedindo qualquer contaminação. Produtos químicos usados: Cloro Gasoso, Hipoclorito de Sódio. Fluoretação O flúor é aplicado por determinação do Ministério da Saúde para prevenir a incidência de cárie. As quantidades aplicadas são estabelecidas através da Portaria 36. Produtos químicos usados: Fluossicato de Sódio, Fluoreto de Cálcio, Ácido Fluossílico. Fosfatização A adição de ortopolifosfato impede a formação da água vermelha ou preta e a incrustação das redes de ferro, removendo as já existentes. O produto é à base de fósforo, mineral presente em muitos alimentos. A quantidade de Fósforo apresentada em 2.200 litros de água é o equivalente à encontrada e um litro de leite. Correção de Acidez Como os processos anteriores ocorreram em meio ácido é necessário fazer a correção desta acidez. Isto é obtido com a aplicação de cal hidratada, passando a água a ter um pH neutro e um sabor agradável. Controle de Qualidade As estações de tratamento de água funcionam durante 24 horas do dia. Por esse motivo, o controle de qualidade da água produzida é realizado de hora em hora, através de análises físico-químicas, que apontam se a água distribuída está dentro do padrão de potabilidade exigido pelo Ministério da Saúde (Portaria 518/2004). 7.2 UNIDADES DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO CONVENCIONAL: DEFINIÇÃO, PARÂMETROS DE PROJETO E DIMENSIONAMENTO. 7.2.1 MEDIDORES DE VAZÃO A medição de vazão de fluidos sempre esteve presente na era da modernidade. Não precisamos ir muito longe. O hidrômetro de uma residência, o marcador de uma bomba de combustível são exemplos comuns. Em muitos processos industriais,ela é uma necessidade imperiosa, sem a qual dificilmente poderiam ser controlados ou operados de forma segura e eficiente. Na História, grandes nomes marcaram suas contribuições. Provavelmente, a primeira foi dada por Leonardo da Vinci que, em 1502, observou que a quantidade de água por unidade de tempo que escoava em um rio era a mesma em qualquer parte, independente da largura, profundidade, inclinação e outros. Mas, o desenvolvimento de dispositivos práticos só foi possível com o surgimento da era industrial e o trabalho de pesquisadores como Bernoulli, Pitot e outros. Existe uma variedade de tipos de medidores de vazão, simples e sofisticados, para as mais diversas aplicações. O tipo a usar sempre irá depender do fluido, do seu estado físico (líquido ou gás), das características de precisão e confiabilidade desejadas e outros fatores. Em sistemas públicos de tratamento de água o mais utilizado a o medidor Parshall. 7.2.1.1 Calha Parshall: Histórico: A calha Parshall foi inventada por Ralph Leroy Parshall (1881-1960), que era Engenheiro e professor da Colorado State University, entre (1922-1925). Com base nos estudos de Venturi, inventou um revolucionário medidor de vazões no campo da irrigação, que passou a ser denominado de Calha Parshall. Este medidor foi desenvolvido para o United States Bureau of Reclamation, e teve publicado suas dimensões padronizadas, pela primeira vez, pelo Bureau of Reclamation do U.S. department of the Interior, no Water Measurement Manual. O sucesso de seu invento aumentou sua bolsa de estudos, enquanto era professor no Colorado Agricultural and Mechanical College. O College of Engineering e o seu filho, Maxwell Parshall, criaram um fundo (1982) para distribuir bolsas de estudos em sua memória e, assim prêmios de reconhecimento são distribuídos para alunos de nível classificados como excelente no Department of Civil Engineering. Funcionamento: A calha tem o formato de um canal sendo que na montante as laterais vão se afunilando, ou seja, em seu meio possui uma parte mais estreita, esta faz com que o curso do líquido seja estrangulado, após este estrangulamento existe um pescoço e dentro do pescoço um leve declivo fazendo com que o líquido ganhe velocidade, assim o estrangulamento não influi, ou “não obstrui” o fluxo do canal. O estreitamento na montante faz com que o fluido tenha um pequeno acumulo, sendo que após a passagem pelo pescoço, na jusante a calha volta a alargar, Fixado na calha, ainda na montante, existe uma escala com graduação bem visível o usuário lê o acumulo do liquido através da graduação, olha na tabela de vazão e tem a vazão instantânea naquele momento. A medição acontece em conduto livre, onde o regime fluvial da vazão é submetido a um regime crítico, obtendo-se uma relação entre a altura do fluído na calha e a vazão, ou seja, para uma altura X haverá uma vazão Y, a profundidade está diretamente ligada à vazão (Figuras 7.3 e 7.4). Figura 7.3: Desenho da calha Parshall em planta e perfil. Figura 7.4. Fotos de calha Parshall fabricadas em fibra de vidro. Dimensionamento da Calha Parshall como medidor de vazão: O dimensionamento é feito através da largura da seção estrangulada, chamada de garganta (W), que varia de 1" à 12’, e da vazão mínima e máxima que mesma será submetida. Para o dimensionamento da Calha Parshall utiliza-se as Tabelas 1, 2 e 3. As dimensões da calha Parshall são definidas com letras (Figura 7.3), determinadas conforme a largura da garganta W. Tabela 1: Determinação da largura da garganta - W Tabela 2 – Determinação dos coeficientes k e n. Tabela 3: Dimensões da Calha Parshall. Na Figura 7.5 estão demonstradas todos as dimensões da calha Parshall. Figura 7.5 Desenho da Calha Parshall em planta e perfil. Onde: H0 = altura da lâmina de água no ponto de medição; h1 = altura da lâmina de água no final da declividade; h2 = altura da lâmina de água no ressalto hidráulico; h3 = altura da lâmina de água, após o ressalto; hf ou hp = perda de carga; k = diferença de cota; D = largura do canal antes da calha; D’ = largura do canal no ponto de medição; W = largura da garganta; C = largura do canal após a garganta; B = comprimento da seção convergente; F = comprimento da garganta; G’ = comprimento da seção divergente; Etapas do dimensionamento: 1. Determinação da vazão máxima: usodaETA KqP Q 86400 1 (L/s) 2. Determinação da largura da garganta (W) através da Tabela 1. 3. Determinação dos coeficientes n e k em função do W escolhido, através da Tabela 2. 4. Determinação das dimensões da calha Parshall, em função do W, através da Tabela 3 5. Cálculo da altura da lâmina líquida na seção de medição de vazão (H0). n k Q H 1 0 (m) Sendo: Q= vazão em m 3 /s. 6. Cálculo da largura da calha Parshall na seção de medição de vazão (D’). WWDD )( 3 2 ' (m) 7.2.2 CÂMARA DE MISTURA RÁPIDA Introdução O coagulante deve ser aplicado em pontos de grande turbulência para que ocorra uma dispersão homogenia em toda massa líquida, e o tempo para a dispersão deve ser mínimo, uma vez que as reações de hidrólise e polimerização são praticamente instantâneas. O local onde se realiza a adição do coagulante à água bruta denomina-se câmara de mistura rápida. Tempo e Intensidade de Mistura Hidraulicamente a maneira mais eficiente de se conseguir uma distribuição rápida e homogênea de uma substância em uma massa de água é através de uma mistura turbulenta adequada às condições do reservatório. E uma das maneiras de se calcular a eficiência desta mistura é através da determinação do gradiente de velocidade G (s -1 ), que pode ser calculado pela expressão: V P G Onde: P é a potencia dissipada em função da perda de carga hf ou hp (kgf.m/s); V é o volume de deslocamento da água (m 3); μ é a viscosidade absoluta ou dinâmica (kgf.s/m2). Mas, phQP e t V Q Sendo: γ = peso específico (kgf/m3); Q = Vazão (m3/s); V = Volume (m3); t = tempo de detenção (s). Logo, t hp G , em s -1 Para as câmaras de mistura rápida, a literatura recomenda que se trabalhe com gradientes mínimos entre 700 e 1000 s -1 com tempos de detenção (mistura) inferiores a 1 segundo (se possível t = 0,5 s). Tipos de Misturadores Rápidos Hidráulicos Mecânicos 7.2.2.1. Câmara de Mistura Rápida Hidráulica Os dispositivos hidráulicos para a mistura rápida utilizam o fenômeno denominado ressalto hidráulico como elemento de dispersão. O ressalto hidráulico é uma elevação da superfície livre da corrente líquida que ocorre na passagem do regime supercrítico ou rápido para o subcrítico ou tranqüilo. Um dos dispositivos hidráulicos muito utilizado em ETAs é a Calha Parshall. A condição de que o ressalto hidráulico produz uma dissipação de energia bastante significativa aliada ao fato de que o estreitamento da garganta do Parshall favorece a uma distribuição mais homogênea do coagulante, são indicadores de que um Parshall seja uma boa estrutura para funcionamento como unidade de mistura rápida. Para que um Parshall seja eficiente deve-se projetá-lo de modo a que o ressalto ocorra imediatamente à jusante de sua garganta, queo nível da água no canal a jusante esteja à altura da soleira da seção convergente à garganta do medidor, empregar velocidades através desta garganta não inferiores a 2,0m/s e perda de carga total superior a 0,25m. Estas condições são recomendadas para que sejam obtidos bons gradientes de velocidade (> 1000s -1 ) com tempos de detenção adequados. A literatura recomenda que o gradiente de velocidade mínimo deve estar entre 700 e 1000 s -1 e o tempo de detenção menor ou igual a 1 segundo (ideal 0,5 segundos). Etapas do dimensionamento: Dimensionamento da Unidade – Calha Parshall O dimensionamento da Calha Parshall como misturador rápido é dividido em duas partes: Na primeira, faz-se o dimensionamento da Calha Parshall como demonstrado no item 7.2.1.2. e na segunda faz-se a verificação da Calha Parshall como misturador rápido. Dimensionamento da Calha Parshall. 1. Determinação da vazão máxima: usodaETA KqP Q 86400 1 (L/s) 2. Determinação da largura da garganta (W) através da Tabela 1. 3. Determinação dos coeficientes n e k em função do W escolhido, através da Tabela 2. 4. Determinação das dimensões da calha Parshall, em função do W, através da Tabela 3 5. Cálculo da altura da lâmina líquida na seção de medição de vazão (H0). n k Q H 1 0 (m) Sendo: Q= vazão em m 3 /s. 6. Cálculo da largura da calha Parshall na seção de medição de vazão (D’). WWDD )( 3 2 ' (m) Verificação da calha Parshall como misturador rápido: 7. Cálculo da Velocidade na Secção de Medida (v0) aHD Q A Q v '. 0 (m/s) 8. Cálculo da vazão específica na garganta da Parshall. W Q q 9. Cálculo da Energia Total Disponível N g V HEa .2 2 0 0 10. Cálculo da Velocidade da água no início do ressalto (quase no ressalto) 3 cos 3 2 2 01 gE v Cálculo do Ângulo Fictício 2 3 0 ) 3 2 ( )cos( Eg qg 11. Cálculo da Altura de água no início do Ressalto 1 1 v q H (m) 12. Cálculo do Número de Froude. 1 1 1 hg v Fr 13. Cálculo da altura conjugada do ressalto 1.81. 2 2 1 1 2 rF H H 14. Cálculo da velocidade no ressalto. 2 2 HW Q v (m/s) 15. Cálculo da Profundidade no Final do Trecho Divergente (altura na saída). KNHH 23 16. Cálculo da velocidade na saída do trecho divergente (velocidade na saída). CH Q A Q v 3 3 17. Velocidade média entre o ressalto e a saída do trecho divergente. 2 32 vvvm 18. Cálculo do tempo de detenção médio no trecho divergente m h V G t ' (s) 19. Cálculo da Perda de Carga no Ressalto Hidráulico 3030 HKHhfhfHKH 20. Cálculo do Gradiente de Velocidade ht hf G Sendo: γ = peso específico (kgf/m3)---- Água: γ = 1000 kgf/m3; hp = hf = perda de carga (m); th = tempo de detenção (s); μ = é a viscosidade absoluta ou dinâmica (kgf.s/m2). Temperatura μ (kgf.s/m2)x10 -4 Temperatura μ (kgf.s/m2)x10 -4 0 10 15 20 30 40 1,791 1,308 1,114 1,007 0,799 0,653 50 60 70 80 90 100 0,549 0,469 0,407 0,357 0,317 0,284 Dimensionamento do Canal de Água Coagulada Adota-se a velocidade do canal entre 0,6 e 2,0 m/s e a altura do canal entre 0,5 e 1,5 m. 1. Cálculo da Largura do Canal hv Q B c . 2. Cálculo do Raio Hidráulico hB hB RH .2 . 3. Cálculo da Perda de Carga Unitária 21321 jRA n Q H 2 32 HRA nQ j 4. Cálculo do Gradiente de Velocidade jv G c Adotando: T = 18 o C -- =1,04x10-4kgf.s/m2; =1000 kgf/m 3 Obs: O gradiente de velocidade no canal de água coagulada deve ser maior do que 100 s -1 . Caso contrário deve-se alterar os valores da altura e velocidade inicialmente adotados.
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