Buscar

Endoparasitas em animais silvestres

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Endoparasitas em animais silvestres
Jhonatan Henrique 
Marinna Louzada 
Miriã Moretti 
Natã Vieira 
Milena Passos
Universidade federal do acre –UFAC
 Centro de ciências biológicas e da natureza –CCBN
DrºProf. Flávio Roberto Chaves 
Endoparasitos é bastante comum em animais silvestres e pode provocar doenças com manifestações clínicas graves e mortalidade. Variações relacionadas á espécie de parasito, grau de infecção e resposta do hospedeiro podem estar relacionadas com o ambiente, comportamento e ação antrópica a que esses indivíduos são submetidos. 
Por se ter uma grande variedade de endoparasitas em silvestres, abordaremos nesse trabalho seguintes gêneros/espécies:
Paralaphostrongylus tenius 
Anisakis simplex
Elaphostrongylus spp.
Mesocestoides sp.
Entamoeba sp.
Método de Baermann
Método de Baermann
O método utiliza o termotropismo e hidrotropismo positivos das larvas para concentrá-las em um pequeno volume.
Material:
Funil de vidro ou plástico de 10 a 12 cm de diâmetro ligado a um tubo de borracha comprimido por uma pinça.
Gaze cirúrgica dobrada em 4 ou tela metálica adequada.
Suporte de madeira, ou metal,  para funis;  Vidro de relógio; Lugol.
Vantagens: Fácil execução e específico para larvas de Strongyloides stercoralis.
Desvantagens: Odor e inespecífico para ovos e cistos.
Método de Baermann
Procedimento:
Colocar 8 a 10 gramas de fezes sobre uma tela ou peneira forrada com gaze e apoiada na borda superior de um funil;
 Fechar o bico do funil, adaptado com um tubo de borracha; com um grampo;
 Colocar água no funil até que cubra parcialmente as fezes;
 Transcorridas 12 horas de repouso, escoar de 2 a 5ml do sedimento em um vidro de relógio;
 Examinar em estereomicroscópio.
Paralaphostrongylus tenius 
Nome Popular: Verme meningeano ou cerebral 
Tamanho adulto: 10 à 15 cm
Tamanho Larva: 300 à 400 µm
Importância: É um dos parasitas mais importantes em animais silvestres. Adultos de P. tenius são encontrado juntos às meninges, na superfície cerebral do veado de cauda branca. Entretanto, quando as larvas infectantes presentes em caramujos são ingeridas por hospedeiros, como alce, caribu, lhamas, espécies exóticas de veados e ovinos/caprinos domésticos, a infecção é frequentemente fatal porque as larvas provocam lesão na medula espinal e no cérebro, causando reações inflamatórias graves ao SNC, o que resulta em incoordenação, paralisia e morte.
Diagnostico: Na necropsia, os vermes adultos são encontrados no cérebro do veado da cauda branca ou as larvas na medula espinhal ou no tecido cerebral de hospedeiros suscetíveis. As larvas com espinho dorsal podem ser encontradas nas fezes dos hospedeiros definitivos utilizando o método de Baermann.
Tratamento: Ivermectina (eficaz contra estágios precoces)
Prevenção: Tratamento a cada 3 semanas para prevenir à infecção.
Paralaphostrongylus tenius 
Os adultos colocam ovos na dura-máter do cérebro ou diretamente na corrente sanguínea de um hospedeiro infectado. Os ovos incubam-se em L1, que viajam na corrente sanguínea para os pulmões, onde viajam pelo trato respiratório, são engolidas e depois passam para fora do corpo no revestimento mucoso de bolinhas fecais;
 os caracóis e lesmas, alimentam-se das fezes e ingerem as larvas. Nesses animais, as larvas se desenvolvem em L2 e L3 que são capazes de infecção;
Os gastrópodes que transportam larvas de segundo e terceiro estágio podem ser ingeridos acidentalmente com plantas, o que resulta na transmissão de larvas para um novo hospedeiro. As larvas então se movem para a parede do estômago do novo hospedeiro e se dirigem para o sistema nervoso central, como no cervo de cauda branca ou no cérebro como em outros ungulados. Uma vez nesses tecidos, eles se desenvolverão em sua terceira fase de vida adulta e lançarão ovos para iniciar o ciclo novamente
Paralaphostrongylus tenius 
Primeiro estágio de  P. tenuis  de um cervo de cauda branca.
Adulto Parelaphostrongylus tenuis  adultos no espaço subdural de um veado de cauda branca.
Anisakis simplex
Nome Popular: Verme do bacalhau; 
Tamanho adulto: Vários cms, enrolados na musculatura;
Importância: Os vermes adultos parasitam mamíferos marinhos causando lesões em seu tubo digestivo, os estágios larvais são comuns em vários tipos de peixes. Se ingeridos juntamente com peixe cru ou mal cozido, os estágios larvais podem causar gastrite, vômito e dença psicossomática o homem. 
Diagnostico: Por meio da visualização da carne de peixe. 
Tratamento: Citrato de piperazina ( a cada 24 hrs por 2 dias) ou Pamoato de pirantel (11mg/kg)
Prevenção: Cozinhar ou congelar o peixe. 
Anikasis ssp. em peixe.
Anisakis simplex
Ciclo Anisakis simplex
Larvas de Anisakis simplex encistadas no lado externo dos órgãos de um peixe.
As mesmas larvas em água.
Anisakis simplex
Adultos de A. simplex inserindo suas cabeças no estômago de um golfinho
Anisakis simplex
Elaphostrongylus spp
Nome Popular: Verme cerebral europeu
Tamanho Larva: 425 µm no primeiro estagio. 
Importância: Não patogênico para vários hospedeiros, mas pode causar meningite e distúrbios no SNC em alce americano, caribu e rena. Os vermes adultos podem ser encontrados no espaço epidural da medula espinal, no cérebro e nos músculos. Causam efeitos adversos em ruminantes silvestres. 
Diagnostico: Detecção de larvas nas fezes (por meio do método de Baermann). Os adultos são encontrados nos músculos. 
Tratamento: Desconhecido.
 
Elaphonstrogylus spp. em Rena
Mesocestoides sp.
Nome Popular: Cestódeo 
Tamanho do ovo: 50 x 40 µm
Importância: Encontrado em felídeos silvestres, são adquiridos de hospedeiros intermediários, como repteis e ratos. É incomum, mas interessante. O verme adulto geralmente não está associado a nenhuma patogenicidade, mas os estágios larvais podem ser patogênicos. 
Diagnostico: Detecção de ovos no exame de fezes por método de flutuação fecal. 
Tratamento: Prazinquantel. 
Mesocestoides sp. em Puma
Entamoeba sp.
Nome Popular: Entamoeba sp.
Tamanho do trofozoíto: 9 a 38 µm x 8 a 30 µm.
Tamanho do cisto: 9 a 24 µm de diâmetro com quatro núcleos. 
Transmissão: Ingestão de cistos presentes nas fezes de animais infectados. 
Importância: Pode causar anorexia, perda de peso, presença de sangue e muco as fezes, vômito e ulcera intestinal. É mais patogênico em cobras e lagartos carnívoros. A morte ocorre geralmente em 2 a 10 semanas após a infecção. 
Prevenção: Manter os cativeiros limpos e os animais doentes em quarentena. 
Tratamento: Metronidazol (a cada 24 hrs por 3 dias) ou Paromomicina (40 mg/kg).
Entamoeba sp. de uma cascavel. 
Conclusão
Endoparasitas podem acometer um grande numero de prejuízos, levando em casos extremos a morte do hospedeiros, portanto, estudar os endoparasitas em animais silvestres/exóticos é de fundamental importância para a manutenção da saúde do animal, tão quanto na saúde do ser humano já que muito desses bichos são utilizados na alimentação. 
Referencias bibliográficas:
NCVP, BANCO DE DADOS DE IMAGENS PARASITAS. Disponível em: <http://ncvptest.weebly.com/bursate.html>. Acesso em: 17 de junho de 2017.
FOREYT, W. J. Parasitologia veterinária: manual de referência. 5. ed. São Paulo: Roca, 2005.
Gallas, M. & Fraga da Silveira E. (2011) Mesocestoides sp. (Eucestoda, Mesocestoididae) parasitizing four species of wild felines in Southern Brazil. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, 20, 168–170.
UFRRJ, TÉCNICA DE BAERMANN. Disponivel em: <http://r1.ufrrj.br/wp/iv/742/tecnica-de-baermann/>. Acesso em: 17 de junho de 2017.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando