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Resumo de Constitucional P2

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS 
FACULDADE NACIONAL DE DIREITO (FND) 
DIREITO CONSTITUCIONAL I 
PROF: EDUARDO MOREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO DO CONTEÚDO MINISTRADO E COMPLEMENTADO COM A 
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA DO DIA 03/10/17 ATÉ O DIA 16/11/17 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
NOVEMBRO DE 2017 
I - MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL 
- Processo informal de mudança da Constituição, que ocorre quando surgem 
modificações significativas nos valores sociais ou no quadro empírico subjacente ao 
texto constitucional, que provocam a necessidade de adoção de uma nova leitura da 
Constituição ou de algum dos seus dispositivos. 
- Exemplo: ideia de igualdade (XIX - Plessy v. Ferguson / XX - Brown v. Board of 
Education). -> Transformação de valores sociais 
- No BR, caso da união estável entre pessoas do mesmo sexo -> Dignidade da 
pessoa humana + Igualdade (Via STF): Art. 226, §3˚, CF/88 
- Importância dos efeitos culturais dessas decisões 
- Processo mais dinâmico para a mudança constitucional, já que a brasileira é rígida e 
pode demorar. 
- Normas mais abertas são as mais suscetíveis à mutação. São dotadas de maior 
plasticidade (capacidade de aprendizado = mais permeável ao que a realidade social 
oferece). 
- Tende a se desenvolver em sociedades mais dinâmicas ou em períodos de maior 
transformação social. 
- Living Constitution - Constituição como organismo vivo, em condições de se 
adaptarem ao ambiente em que as circunda 
- Não há homogeneidade na doutrina 
- P/ Barroso, ocorre de 3 maneiras: 
- Mudança da interpretação 
- Pela atuação do legislador 
- Por meio do costume 
- Também pode-se dar por mudança jurisprudencial, por ato legislativo ou por decisões 
do governo. 
- Mudanças devem ser cuidadosas, para que se evite o backlash (mobilização das forças 
políticas e sociais que se opõem à mudança, o que aumenta a polarização social e a 
reversão da alteração). 
- Importante observar o papel do legislativo na interpretação constitucional 
- Em nome da igualdade constitucional, realizaram a Lei de Cotas 
- O papel do Executivo pode ser observado em Roosevelt, quando implementou o New 
Deal, em 1930. 
- No BR, Decreto 4887/03 -> Disciplina o procedimento de reconhecimento, 
demarcação e titulação das propriedades dos quilombos remanescentes. 
- Costume, por mais enraizado que seja, não pode ir contra os valores constitucionais 
- Ideia do Parlamentarismo à brasileira 
- É importante impor limites à mutação constitucional 
- 1: As mudanças não podem justificar alterações que contradigam o texto, 
devendo ocorrer no âmbito de suas possibilidades oferecidas. 
- 2: A interpretação deve ocorrer em conformidade com as expectativas 
normativas que emergem das práticas sociais. 
- 3: Não é possível que uma mutação implique na desconsideração dos limites 
impostos pelo sistema constitucional. 
- Cláusulas pétreas sujeitas à mutação 
 
II - INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL 
- Texto vago dá espaço às mais variadas disputas e controvérsias, sobretudo em 
sociedades complexas e plurais 
- Constituição serve de parâmetro para a interpretação das demais normas do 
ordenamento 
- Interpretação tb pode ser aplicada na ADM Pública e no controle de 
constitucionalidade dos atos normativos. 
- Se dá por meio do diálogo permanente entre corte constitucional, órgãos do 
Judiciário, Parlamento, governo, comunidade de cidadãos... 
- Método mais tradicional de interpretação: subsunção 
- Estruturação do “silogismo perfeito” 
- Inspirado pelo positivismo e pelas ciências exatas 
- Chamado de formalismo jurídico 
- Na contramão, surgiram as teorias que buscavam privilégios materiais, 
dando maior atenção ao mundo real, se dedicando às lacunas do 
ordenamento 
- Entre os métodos de interpretação, não há hierarquia. Eles devem ser combinados, 
reforçando-se ou controlando-se mutuamente. Podem apontar em sentido convergente 
ou não, e quando isso ocorre, não há fórmula exata a ser seguida, nem há um critério 
de desempate. 
- Caixa de ferramentas para o intérprete mudar seu entendimento 
- Metodologia prende, filosofia hermenêutica liberta: Essa queria combater o método 
científico-analítico. 
- Olhar a interpretação somente por uma “lente” é errado, hoje deve ocorrer uma fusão 
de horizontes, já que os direitos se comunicam pelas diferenças constitucionais 
- A interpretação só deve ser feita quando a lei for clara ou obscura 
- Isso é uma estupidez 
- Fatores para mudanças na interpretação: 
- 1) A constituição deve ter princípios e/ou normas abertas 
- 2) Idade do documento 
- Papel pode ser acessório em países que tem muitas emendas 
- Interpretação constitucional evolutiva (Teoria do Moreira): 
- Mesma coisa de fato ou direito, mas atualizar uma lei em face à constituição 
- Construção constitucional 
- Poucas diferenças para mutação 
- Tipos de interpretação: 
- A escolha do método deve ser avaliada não a partir de pautas utilitaristas, ou de 
preferências subjetivas de cada intérprete, mas com base no sistema de valores 
da própria Constituição. 
- 1) Gramatical: busca extrair a norma do que o texto consagra. 
- Geralmente é o primeiro a que se recorre 
- Problemas na interpretação de princípios 
- Fixa os limites da decisão judicial 
- Regra de restrição do intérprete às possibilidades interpretativas a que 
se abre o texto. 
- 2) Histórica: busca subsídios na vontade do legislador 
- Examina-se as razões que motivaram a edição de um ato normativo, a 
exposição de motivos e os debates parlamentares 
- Intérprete se assemelha a um historiador, por meio da pesquisa de 
documentos passados 
- Relevância do elemento histórico é inversamente proporcional ao 
tempo decorrido desde a edição da norma, com base nos valores da 
época. 
- Críticos apontam que é impossível analisar qual seria a posição do 
constituinte sobre questões que sequer haviam surgido 
- 3) Sistemática: preconiza que cada norma jurídica deve ser interpretada com 
consideração de todas as demais, e não de forma isolada. 
- Direito compõe um ordenamento, em que cada parte tem conexão com 
o todo, à luz do qual deve ser compreendida. 
- Valores constitucionais conferem unidade ao sistema jurídico. 
- Cabe ao intérprete buscar integrar as partes e, na medida do possível, 
harmonizá-las. 
- 4)Teleológica: busca a finalidade subjacente ao preceito a ser interpretado. 
- Pode ser usado para dar suporte a uma interpretação extensiva da 
garantia constitucional, mas também pode ser usada em sentido oposto, 
para afastar determinada incidência de norma. 
- A importância dos métodos de interpretação se encontra no controle de arbítrio 
do intérprete. O papel deste é buscar a solução mais razoável e justa para o 
caso concreto sem lhe conferir liberdade ilimitada de ação. 
- Interpretação é concebida como parte do processo de concretização 
constitucional, que inclui desde a definição das possibilidades interpretativas 
do texto até a decisão do caso concreto, a qual demanda consideração da 
realidade abrangida pela norma a ser concretizada. 
- O intérprete deveconsiderar a realidade, sob pena ou de decidir o impossível 
ou de deixar de extrair todas as potencialidades do texto constitucional. 
- O papel do intérprete é buscar prever qual será o impacto de sua decisão na 
sociedade. 
 
III - HISTÓRIA DO CONSTITUCIONALISMO BRASILEIRO 
- 8 Constituições editadas até agora, sem constitucionalismo 
- A maior parte das constituições não limitou de forma eficaz a ação dos governantes 
em favor dos direitos dos governados. 
- Hiato vem diminuindo pós-88 
- Constituições brasileiras: 
- A) 1824: 
- Época de D. Pedro I 
- Outorgada por ele 
- Conservadora na política 
- Sempre deveria haver um governante português no Brasil 
- 179 Artigos = Analítica 
- Muito atrasada em relação à norte-americana 
- Na Assembleia Constituinte, prevalecia o sentimento liberal, que se 
encaminhavam para a adoção de uma monarquia constitucional, com 
separação de poderes e limites rígidos ao poder do imperador. 
- D. Pedro dissolve a assembleia e exila os constituintes 
- D. Pedro cria uma comissão para criar uma nova constituição e chama 
de Conselho do Estado 
- Frei Caneca se insurge contra o projeto 
- Foi ratificada pelas câmaras municipais 
- Caráter liberalista-conservador e semi-absolutista 
- Influenciada pela constituição francesa de 1814 
- Garantia direitos individuais e modelo censitário de direitos políticos 
- Existência do Poder Moderador 
- Com Executivo, Legislativo e Judiciário 
- Semi-absolutista 
- Susta atos do Legislativo e do Executivo 
- Consagrava a monarquia hereditária 
- Catolicismo como religião oficial 
- Mantinha a escravidão 
- Não tinha controle de constitucionalidade 
- Tinha caráter semi-rígido. As normas consideradas substancialmente 
constitucionais demandavam um processo bastante complexo de 
alteração, enquanto que o resto poderia ser alterado conforme 
legislação ordinária. 
- Só teve uma mudança formal: Ato adicional de 1834: Mudança 
da regência trina para regência una e a ampliação da autonomia 
das províncias. 
- Não dispunha de limites materiais 
- Voto censitário: maiores de 25 anos, renda mínima de 200.000 réis e 
homens 
- Possuía limite temporal de 4 anos e espaço de seis dias entre as seções, 
com as propostas lidas 3 vezes. 
- B) 1891: 
- Contrária ao Regime conservador 
- República foi proclamada quase apoio popular 
- Comissão de 5 juristas para a elaboração da nova constituição 
- Texto inspirado na constituição norte-americana 
- Comissão de 21 parlamentares, um de cada Estado da federação 
- Eleições diretas para presidente e senado 
- Presidente: Chefe de Estado + Chefe de Governo 
- Era liberalista republicana e moderada 
- Texto enxuto, com 90 artigos + 9 ADCT 
- Fortemente federalista (caráter dual: separação da esfera federal e 
estadual) 
- Poder legislativo era bicameral: Câmara dos Deputados e Senado 
- Existia o STF, mas foi adotado o controle difuso e concreto. 
- Direitos políticos: 
- Maiores de 21, excluindo: 
- Analfabetos, mendigos, praças militares e integrantes de 
ordens religiosas que renunciassem à liberdade 
individual. 
- Existência de diversas garantias processuais e penais, como: ampla 
defesa, juiz natural, pessoalidade na pena… 
- Habeas Corpus foi constitucionalizado 
- Separava Estado da Igreja 
- Eleições diretas para presidente e senadores 
- Criação da Justiça Federal e Estadual 
- STF com 15 Ministros 
- Abolição do voto censitário 
- Homens com mais de 25 anos (mulheres eram incapazes) 
- Defendia as liberdades públicas (Direitos de 1º dimensão) 
- Constituição era rígida, consagrava limites materiais (vedava a abolição 
da forma republicana federativa, ou a igualdade de representação dos 
Estados no Senado) 
- Tinha caráter liberal, comprometida com o Estado de Direito, mas na 
real, era marcada pelo coronelismo, pela fraude eleitoral e pelo arbítrio 
dos governos. 
- Instituição do controle de constitucionalidade 
- Sofreu apenas 1 emenda, em 1926, que tinha o viés centralizador e 
anti-liberal 
- Emenda do perigo da revolução 
- Aumenta a intervenção nos Estados 
- Teve pouca efetividade: País constitucional (Liberal e democrático) e 
País real (autoritário e oligárquico). 
- Inexistência do voto secreto = coronelismo 
- 3 Cláusulas pétreas: República, Federação e Igualdade entre os Estados 
membros 
- C) 1934: 
- Durou pouco, não resistiu à radicalização do regime e o clima social da 
época 
- “Não vigorou” 
- Voto para as mulheres 
- Criação do regime classista, fortalecimento do trabalhador e 
sindicalismo 
- Criação dos Ministérios da saúde, educação e trabalho 
- Nacionalização das fontes energéticas 
- Supressão do Senador como órgão legislativo 
- Inaugura o constitucionalismo social no Brasil 
- Rompe com o modelo liberal anterior 
- Constituição extensa e disciplinava várias matérias (economia, 
trabalho, família, educação, cultura…) 
- Inspirada na constituição de Weimar 
- Voto era direto e secreto 
- Figura do vice-presidente foi suprimida 
- STF com 11 MInistros, que poderia chegar até 16 
- Justiça do Trabalho foi criada, mas fazia parte do Executivo 
- Mudanças no controle de constitucionalidade: 
- 1 - Instituição do princípio da reserva de plenário 
- 2 - Competência do Senado para suspender execução de normas 
inconstitucionais 
- 3 - Criação de mecanismo de controle preventivo obrigatório de 
constitucionalidade das leis que decretavam intervenção federal 
- Instituiu amplo rol de direitos e garantias individuais 
- Traz o Mandado de segurança, ação popular e a função social 
da propriedade 
- Previu os direitos sociais 
- Principalmente os direitos trabalhistas 
- Surgimento dos direitos positivos, que reclamavam a atuação dos 
poderes públicos em favor do cidadão e, também, para a atuação entre 
particulares, como o caso dos trabalhistas. 
- Consagra o Estado intervencionista 
- No que tange à reforma, era rígida e contemplava a revisão e a emenda 
- D) 1937: 
- Apelidada de “polaca” 
- Golpe dentro do golpe: Para combater o comunismo 
- Escrita por Francisco Campos 
- Plebiscito para ver a validade da CF 
- Nunca foi convocado 
- Não desempenhou papel importante no Estado Novo. 
- Não forneceu parâmetros jurídicos para a ação do Estado 
- Previu um modelo de Estado autoritário e corporativista 
- Influenciada pela constituição polonesa de 35 
- Dissolveu o Legislativo 
- Caráter centralizador, principalmente pela nomeação de interventores 
pelo governo federal 
- Extinguiu a Justiça Federal e aumentou o poder da Justiça do Trabalho 
(Fazia parte do Ministério do Trabalho) 
- Impedia outros partidos 
- Admitia pena de morte para crimes políticos e traição à pátria 
- Criação das Universidades Públicas Federais 
- Presidente da república era a “Autoridade suprema do Estado” 
- Com mandato de 6 anos 
- Eleições eram indiretas 
- Com relação à mudanças (funcionou como flexível, na prática): 
- 1: Poderia ser deflagrada pelo Presidente 
- 2: Poderia ser deflagrada pela Câmara dos Deputados 
- Na prática, não funcionou. Não tinha Parlamento 
- Rejeitava as técnicas de democracia liberal, como o voto direto e a 
separação de poderes, ainda que impusesse limites significativos ao 
exercício do poder. 
- Não havia limites materiais ao poder de reforma 
- Funcionou, naprática, como uma constituição flexível, porque não 
havia qualquer diferença entre o processo de edição de normas 
infraconstitucionais e o de alteração da Constituição. Em ambos os 
casos, bastava a vontade singular do Presidente. 
- A censura era institucionalizada 
- Aboliu a atividade partidária 
- Direitos sociais não eram assegurados de forma universalista, mas só a 
determinadas categorias profissionais ou econômicas 
- Direito à saúde, só aos trabalhadores formais 
- Sofreu 21 modificações, pelas chamadas “Leis constitucionais” 
- E)1946 
- Tentativa de democracia 
- Trazia Direitos Fundamentais 
- Disciplinou, de maneira mal-feita, a política de freios e contrapesos 
entre os Poderes 
- Limitou o Nº de partidos 
- Voto se torna obrigatório 
- Insurgiu na época da “onda” do constitucionalismo pós-segunda guerra 
- Buscou conciliar o liberalismo político e a democracia com o Estado 
social. 
- Se afastou do autoritarismo de 37, com o pluripartidarismo e a 
separação dos poderes, sem abdicar dos direitos trabalhistas e a da 
intervenção do Estado na economia. 
- Era analítica, com 222 artigos + 36 ADCT 
- Restaurou o federalismo 
- Separação rígida entre os poderes, que gerou problemas no futuro 
- Retorno da figura do vice-presidente 
- Justiça do trabalho foi integrada ao Poder Judiciário e a Justiça 
Eleitoral também retornou. 
- Positivação das liberdades públicas tradicionais (reunião, expressão…) 
e com os remédios constitucionais (habeas corpus, mandado de 
segurança…) 
- Voto direto, secreto e universal 
- Constitucionalização dos direitos trabalhistas condicionamento da 
propriedade ao “bem-estar social” 
- Garantias sociais como educação, cultura… 
- Era rígida pq o processo de emenda era complexo 
- Limites materiais: a federação e a república 
- Emenda 4˚: Instituiu o Parlamentarismo, em 1961 
- Sofre várias modificações (16 Emendas) 
- AI-1: Torna a CF Flexível 
- Várias limitações (principalmente aos direitos políticos) 
- F)1967 
- Refletiu a vontade dos “Castelistas” 
- Continha traços autoritários 
- Concentração de poder no sentido vertical (centralização no pacto 
federativo), como no horizontal (hipertrofia do Executivo) 
- Eleições indiretas com mandato de 4 anos, sem reeleição 
- Era rígida, ainda que não fosse difícil alterá-la 
- G) 1969 
- Contradição entre nova constituição ou emenda à anterior 
- Primeira é majoritária na doutrina 
- Mudanças no funcionamento dos poderes 
- Mandato presidencial: 5 anos 
- MP passou a ser parte do executivo 
- Retrocesso no âmbito dos direitos fundamentais 
- Emendada 2 vezes no governo Médici 
- H)1988 
- Amplamente debatida no âmbito da Constituinte 
- Coroa a passagem do autoritarismo para a democracia 
- Participação popular e democrática 
- Muitos Lobbys 
- Compromisso com direitos fundamentais, relações políticas, sociais e 
econômicas 
- Construção de uma sociedade fundada na dignidade da pessoa humana 
- Constituição longa e analítica 
- Buscaram a positivação de muitas normas em nome da 
“incerteza” legislativa brasileira 
- Fenômeno da Constitucionalização do direito 
- Observada pela ótica do compromisso político 
- Dirigente e programática 
- Pluralista e social 
- 1˚ vêm os direitos fundamentais, dps a organização do Estado 
- Proteção daqueles de maior vulnerabilidade 
- Voto como cláusula pétrea 
- Promoveu maior grau de descentralização administrativa financeira 
- Manteve o presidencialismo (confirmado pelo plebiscito em 93) 
- Mas nessa época ainda não havia reeleição 
- Obrigatoriedade de Presidente e Vice integrarem a mesma chapa para 
evitar crises políticas 
- É capitalista, mas moderada, não como foram as dos Estados 
Liberais-burgueses 
- Trouxe a igualdade material e a justiça social 
- Revisão de 93 foi um fiasco: 6 emendas aprovadas, dentre mais de 
17.000 propostas 
- Emendas importantes: 
- Reeleição (EC 16/97) 
- Reforma administrativa (EC 19/98) 
- Reforma previdenciária (EC 20/98) 
- Teto para taxa de juros (EC 40/03) 
- LRF (limite aos gastos públicos) 
- FHC traz o “Presidencialismo de coalizão” 
 
IV - PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE 
- Proporcionalidade (Ponderação): 
- Proporcionalidade é um dos mais importantes instrumentos da hermenêutica 
constitucional 
- Ponderação: do inglês Balanceamento entre princípios constitucionais 
- Ainda que sejam diferentes, Moreira os utiliza de forma igual 
- Trabalhado por Alexy 
- Este fala que algumas metodologias (princípios) são neutros: 
Proporcionalidade, Razoabilidade, Igualdade formal, transparência e 
universalidade. 
- Seu excesso pode levar à arbitrariedade 
- Se ampliar demais, leva a uma discricionariedade ignorante 
- Apesar de se ter dificuldade em ter outra ferramenta que resolva colisão 
de princípios constitucionais 
- Contudo, se corretamente aplicada, fecha a discricionariedade 
- Moreira acredita que cada conflito deve ter seus parâmetros específicos 
- Jurisprudência que formula isso 
- Não têm balanceamento com vários direitos de um lado e poucos do outro 
- Sua principal finalidade é conter o arbítrio estatal, promovendo critérios para o 
controle de medidas restritivas de direitos fundamentais ou de outros interesses 
juridicamente tutelados. 
- Utilizada para equacionar colisões entre normas constitucionais, no contexto 
da ponderação de interesses 
- Bastante utilizada no controle de constitucionalidade dos atos legislativos 
- Não existe previsão expressa, na CF/88, do princípio da proporcionalidade 
- Moreira admite que a proporcionalidade é uma Metodologia Constitucional 
- Subprincípios: 
- 1) Adequação: 
- Subprincípio da “idoneidade” 
- Os fins perseguidos pelo Estado devem ser legítimos 
- Os meios adotados devem ser aptos para, pelo menos, contribuir 
para o atingimento dos referidos fins. 
- Identificar a finalidade subjacente ao ato estatal examinado e 
esta não deve contrariar o sistema constitucional 
- Adequação forte x fraca: 
- Forte: enseja a efetiva consecução dos fins que lhe 
conferem sentido 
- Fraca: basta que a medida contribua de alguma maneira 
para a promoção daqueles fins 
- 2) Necessidade: 
- O Estado deve optar sempre pela menos gravosa 
- Segundo Jellinek: “Não se abatem pardais com tiros de canhão” 
- Procedimento: 
- 1) Examina-se se as eventuais medidas alternativas 
àquela questionada possuem ou não idoneidade, no 
mínimo, equivalente, para promover o objetivo visado. 
- 2) Verifica-se se as medidas alternativas que passaram 
no primeiro teste são menos gravosas do que aquela que 
foi adotada. 
- Pela ótica quantitativa: a medida alternativa promove o objetivo 
tanto como a medida questionada 
- Pela ótica qualitativa: ela o faz tão bem quanto a medida 
impugnada? 
- Se aplica na comparação entre a onerosidade das medidas. 
- Deve limitar à invalidação daquelas medidas que sejam 
patentemente excessivas 
- 3) Proporcionalidade em sentido estrito 
- A restrição ao direito ou ao bem jurídico imposta pela medida 
estatal seja compensada pela promoção do interesse 
contraposto. 
- Análise comparativa entre os custos e benefícios da medida 
examinada, tendo em vista o sistema constitucional de valores 
- Deve-se perceber que determinados interesses recebem maior 
proteção no ordenamento do que outros,por isso, em algumas 
hipóteses, surgem alguns interesses prima facie. 
- É preciso analisar o peso abstrato e o peso concreto dos direitos 
em questão 
- Em casos de empate ponderativo, ou de incerteza na avaliação 
jurisdicional, a medida questionada deve ser mantida. 
- Seus críticos afirmam que é incompatível com a democracia e a 
separação dos poderes, além debilitar os direitos fundamentais 
- Consequências da ponderação: 
- 1) Mitiga a teoria da eficácia das normas 
- 2) Nem sempre é a melhor solução. O método é o melhor? Só 
dá para pensar pela teoria do conflito? 
- Vale harmonizar? 
- 3) Ela foi feita para resolver casos difíceis. 
- E os casos trágicos? Aborto, células-tronco… 
- Feminismo x Conservadorismo (direito x 
religião) 
- Sai dos limites constitucionais 
- 4) Ponderação não é corriqueira. Só se deve usar com uma lente 
de lupa, se os 2 primeiros subprincípios forem ultrapassados 
- Se não, é aplicação de 1 princípio 
- 5) Não se poderam regras constitucionais 
- Interpretação (mutação) majoram as regras 
constitucionais 
- 6) Não se ponderam garantias constitucionais 
- 7) Funciona melhor como parâmetros do que como fórmula. 
Não tem + valor de um princípio sobre outro, prima facie (em 
primeira mão) 
- Dignidade da pessoa humana x outro princípios 
- Antes, Sarmento acreditava que ele valia mais, 
hj, não mais. 
- Liberdade de fala x outros princípios 
- Ainda que esteja se restringindo o discurso de 
ódio 
- Ponderação x proteção deficiente 
- Liberdade de expressão em tempos ditatoriais 
- Razoabilidade 
- Usado quando o julgamento quer fugir de uma conduta absurda 
- Mencionado pela primeira vez nos EUA, na Suprema Corte 
Norte-americana, em 40. 
- É uma metodologia neutra, não tem valor como igualdade ou justiça 
- Também chamado de critério procedimental 
- Alguns também chamam de princípio, apesar de não ter 
conteúdo axiológico. 
- Surge como instrumento para aferir meios e fins. Os meios utilizados 
pela parte podem ser justificados pelo resultado obtido? 
- Aplicação requer menos fases, o que pode levar a uma 
moralidade, até mesmo uma arbitrariedade 
- Se volta à contenção do arbítrio estatal 
- Associada a noções vagas e imprecisas, de bom senso, racionalidade e 
justiça na atuação estatal 
- Relação de pertinência entre a medida prevista pelo legislador e os 
critérios adotados por ele para definir seus destinatários 
- Correspondência entre a medida estatal e o quadro fático que lhe é 
subjacente 
- Também se relaciona com a equidade (Aplicação de uma norma geral e 
abstrata sobre um caso concreto produziria resultados profundamente 
injustos ou inadequados) 
- Seu conteúdo ainda não está sedimentado na doutrina 
 
V- MUDANÇAS NAS FONTES DO DIREITO 
- As fontes do direito são elementos de integração para entender o ordenamento jurídico 
- No passado, a lei era o centro. E quando esta não fosse clara, verifica-se outras 
fontes 
- O Direito Constitucional trouxe os princípios constitucionais 
- Deixa de dar papel acessório a eles e passar a dar um papel central no 
ordenamento. 
- Direito não é só formado por regras, os princípios reordenam e dirigem decisões 
- Com a irradiação dos direitos fundamentais, o papel da analogia diminuiu 
- Isso faz com que haja uma intercomunicação entre os campos do direito. 
- Fontes secundárias: 
- Costumes: O qual quase desaparece e é uma fonte tradicional do direito inglês, 
e não do brasileiro 
- Doutrina: Fonte do direito no aspecto material (Argumento de autoridade) 
- Fontes primárias: 
- Jurisprudência, a qual se tornou mais importante que a analogia e o costume 
- Vinculante: tem força de lei e dita como a mesma deve ser interpretada 
- Estado legal: monólogo de fontes 
- Não existe mais no Brasil, vai contra a supremacia constitucional 
- Ainda que alguns países trabalhem com o diálogo entre as fontes 
- Estado constitucional: 
- Supremacia constitucional 
 
V - Direito Constitucional intertemporal 
- Poder Constituinte 
- Inaugura uma nova ordem jurídica 
- Para segurança jurídica, cláusulas pétreas regulam o direito intertemporal 
(direito adquirido) 
- Direitos fundamentais, tributos 
- Lida com os conflitos de leis no tempo, buscando solucionar problemas que surgem 
em decorrência da sucessão de normas, definindo a esfera de incidência de cada uma 
delas. 
- Mas o problema do direito brasileiro não é isso, é quando importar em ofensa 
ao direito adquirido (DA), ao ato jurídico perfeito (AJP) ou à coisa julgada 
(CJ) 
- Irretroatividade das leis é essencial para a ideia de Estado de Direito, e até mesmo para 
a manutenção do princípio da dignidade da pessoa humana 
- Ordenamento brasileiro é filiado à teoria subjetiva, a qual se centra na noção de direito 
adquirido, impedindo não apenas a incidência de lei superveniente sobre fatos 
passados (retroatividade máxima) como também a sua aplicação sobre casos 
pendentes (retroatividade média) e futuros (retroatividade mínima), de atos praticados 
no passado. 
- Nenhuma lei futura atinge um fato passado (eficácia máxima) 
- Nenhuma lei futura atinge fatos futuros sob determinadas condições (eficácia 
mínima) 
- Caso do Usucapião pós-CF/88 = Recontagem de tempo 
- Para o Moreira, STF errou na interpretação 
- Emendas podem afetar o direito adquirido? 
- Se for cláusula pétrea, não 
- Em confronto, prevalece a cláusula sobre a emenda 
- Moreira é simpático à teoria que pode afetar direito adquirido 
proporcionalmente, não mudando o passado, mas dali para frente 
- Constituições, em regra, têm aplicação imediata, passando a vigorar logo após seu 
advento, mas isso não impede o retardo da própria constituição ou de alguns de seus 
dispositivos, pelo constituinte. 
- Contudo, o PCO não é obrigado a respeitar o DA, AJP e a CJ, isso segundo o STF. 
- Problema: e quando a constituição for omissa? 
- Em tempos de CF/88, STF determinou que a regra é a incidência imediata com 
retroatividade mínima dos preceitos constitucionais 
- P/ Sarmento, deve-se olhar dois pontos, os quais são opostos: 
- 1) O PCO tem a perspectiva de um “recomeço”, o que envolve a ruptura com o 
passado. Assim, não deve ser superdimensionada a força de uma situação e/ou 
algum vínculo jurídico pré-constitucional, o que pode estar em desarmonia 
com os valores e princípios do novo regime 
- 2) Não se pode ignorar a proteção à segurança jurídica, ainda que não haja 
previsão explícita no texto 
- Embora uma nova constituição revogue totalmente a anterior, isso não impede a 
validade de preceitos específicos ou até de partes inteiras da anterior, de forma 
provisória ou mesmo definitiva. 
- Isso decorre do PCO e é chamado de recepção material 
- Fenômeno da desconstitucionalização: quando a constituição anterior não é 
compatível com a nova ordem, mas continua vigorando, mas em patamar hierárquico 
inferior, como simples lei. Contudo, esta deve ser expressa, não pode ser invocado em 
caso de silêncio constitucional 
- Quando há nova constituição, que não trata de tal tema, a antiga ainda vale na 
matéria, mas como norma infraconstitucional (automaticamente) 
- Na doutrina brasileira, exige-seque só possa ocorrer desconstitucionalização 
expressa (geralmente no ADCT) 
- Ex: CF/34 e CF/37 
- Desde então, BR não adota desconstitucionalização automática 
- Pela ótica da flexibilização, vale o que for deliberado em acordo coletivo ou 
contrato, como as leis trabalhistas. 
- Teoria da recepção: visa conciliar os componentes da tensão entre rompimento e 
continuidade. A norma jurídica anterior a uma Constituição, que não seja 
materialmente incompatível com ela, continuará a vigorar após seu advento, mas agora 
com outro fundamento de validade: o novo diploma constitucional. 
- Como as normas infraconstitucionais são recebidas pela CF, sendo que estas 
são inferiores à ela. 
- A análise sempre se dá pelo mérito, e não da formalidade (porque a lei 
foi feita conforme a formalidade da CF antiga) 
- Ela pode alterar a natureza de um ato normativa, quando a nova CF passa a 
exigir espécie normativa diversa para a disciplina do mesmo assunto. 
- E as normas formalmente compatíveis mas produzidas de forma gravemente 
antidemocrática? 
- Quando não recepcionada, lei é declarada inconstitucional ou é revogada? 
- ADPF resolveu isso, pq se fosse declarada inconstitucionalidade, 
poderia-se propor ADI, se fosse revogada, não poderia propor ADI, 
assim, no segundo caso poderia ser verificada pelos juízes, no 
julgamento de lides concretas submetidas à sua apreciação 
- ADPF é erga omnes e efeitos vinculantes 
- Como lidar com a repristinação? 
- STF não admite a figura repristinação constitucional tácita 
- Exceto se for expresso na nova lei 
- Declaração de inconstitucionalidade produz, em regra, efeitos 
repristinatórios. Isso porque, ao invalidar uma norma, a decisão retira 
do ordenamento os efeitos que a norma produziu, dentre os quais a 
eventual revogação da norma anterior que cuidava dessa matéria. 
- Já que a norma inconstitucional nunca produziu efeitos 
- Mas esses efeitos podem ser afastados pela própria decisão 
judicial 
- Brasil admite leis “ainda constitucionais” 
- Não são plenamente constitucionais, antes da constituição criaria um 
problema muito pior 
- Ex: Prazos especiais para a Defensoria, até que ela esteja 
equipada como os grandes escritórios 
- Constitucionalidade superveniente 
- Não aceita no BR 
- Quando uma norma é editada de maneira incompatível com a CF 
- E, com isso, aprova-se emenda que a torna compatível 
- Emendas podem suscitar questões de Direito Intertemporal 
- Entre norma constitucional originária e emenda superveniente, envolve 
o uso do critério cronológico para a resolução de antinomias jurídicas 
 
VI - NEOCONSTITUCIONALISMO 
- Teoria integradora, porque não se separa da política, das decisões, da sociedade, da 
ética-moral, todos os elementos presentes em um saber cultural. 
- Teoria maximizada por elementos da filosofia do direito e da filosofia política 
- Dimensão da filosofia do direito: preocupação com o que ocorre no 
mundo e a derivação concreta das leis 
- Dimensão da filosofia política: redefine o papel dos elementos do 
estado num mundo cosmopolita 
- Paradigma que revisa a teoria da norma, a teoria da interpretação, a teoria das fontes, 
suplantando o positivismo, para integrá-las sob uma base útil e transformadora. 
- É oposta ao positivismo, se afasta das inconsistências do jusnaturalismo e não se 
abandona o realismo jurídico e sua dimensão sociológica 
- O que falta ao neoconstitucionalismo é aliá-lo ao garantismo, torná-lo mais protetista 
- É sinônimo de direito constitucional avançado 
- É a mudança do papel das cortes constitucionais por meio do uso de mecanismos e 
ferramentas que se misturam e permitem o avanço da matéria 
- As teorias buscam evitar a injustiça, apesar de terem seus defeitos 
- Segundo Dworkin, estas não partem dos Direitos Humanos 
- Ocorre no Séc XXI, mas seus elementos vêm sendo construídos no Séc XX 
- Consequências do Neoconstitucionalismo: 
- 1) Transformação das fontes do direito para uma nova teoria da interpretação + 
revisão da estrutura das normas 
- Interpretação: 
- A teoria da interpretação a partir da Constituição não pode ser a 
mesma que a teoria da interpretação a partir da lei, pq as normas 
constitucionais estimulam outro tipo de raciocínio 
- Recebeu influência da tópica (de Vieweg), da hermenêutica e da 
argumentação jurídica. 
- Avanço da interpretação permite o desenvolvimento de teorias e 
metodologias constitucionais construtivistas, aptas a responder 
anseios sociais. 
- Fontes: 
- Julgados do STF, súmulas, princípios… 
- Antigas fontes do direito não mais a melhor ferramenta para o 
contexto atual 
- 2) Interpretação: 
- Toda interpretação é interpretação constitucional 
- Sentidos de interpretação conforme a Constituição, para o 
neoconstitucionalismo: 
- 1) Literal: Interpretar as normas à luz da constituição. 
- 2) Interpretar conforme quando está presente mais uma hipótese 
interpretativa (Frequentemente atribuído pela jurisprudência e 
doutrina brasileira). 
- Lei que tenha mais de 1 possibilidade interpretativa 
- É uma maneira de salvar a norma legal e firmar a 
orientação constitucional 
- Ex do Estatuto do Idoso e participação do MP 
- 3) Verificação no caso concreto, quando excepcionalmente os 
efeitos da regra são retirados, por uma situação não prevista. 
- Também conhecida como derrotabilidade (mantém o 
funcionamento do sistema constitucional, sem abalos) 
- A problemática da repercussão geral aliada às metodologias 
constitucionais 
- Antes só existia a interpretação e a mutação 
- Contudo, o uso indiscriminado das ferramentas de interpretação 
pode ser perigoso, devido a concessão de demasiada força aos 
tribunais 
- Hoje, ponderação e unidade constitucional convivem, 
harmoniosamente, trabalhando-se as duas até em um mesmo 
caso concreto, sem qualquer prejuízo. 
- 3) Nova estrutura da norma jurídica constitucional 
- Não mais, apenas, o critério do “tudo ou nada” 
- Extraída da constituição em nome da busca de um resultado 
- impactou todos os campos do direito, desenvolvendo: o direito civil-constitucional, 
ponderação no campo penal, controle judicial das políticas públicas….

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