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Introdução ao Direito do Consumidor

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Introdução ao Direito do Consumidor
Manual do Direito do consumidor - Antônio Benjamim, Cláudia Lima Marques
Curso de Direito do Consumidor - Bruno
Rizato Nunes
Prova dia: 20/05, segunda chamada dia 27, 03/06 prova final, 10/06 vista da pf..
TRANSFORMAÇÕES DO DIREITO PRIVADO
	O Direito era dividido entre dto público e o dto privado.Enquanto no dto público, o ápice a CF, No Dto privado, quem era o centro era do Código Civil -> período liberal. 
	 Código de Napoleão de 1804 foi o marco da história do Dto Civil, influenciando o CC Brasileiro de 1916. Entretanto, devido ao atraso, o CC brasileiro apresentou vários problemas de identificação.
	Na década de 1980, surge na Europa a Era dos Estatutos, no qual grupos historicamente vulneráveis passavam a pleitear demandas a seu favor. -> chega no Brasil a partir da década de 80. a CRFB passou a ser o topo da legislação brasileira perante todos os ramos do dto, passando a tratar sobre temas até então não abordados. Essa era traz novas técnicas legislativas. Se antes as leis eram ex materea, elas passaram a ser ex personna (não visavam apenas a matéria, mas principalmente a tutela a esses grupos), não sendo leis pontuais, mas sendo leis que extraiam de vários ramos do Dto matérias necessárias para proteção do vulnerável. Além disso, a linguagem usada passou a ser mais acessível e específica para setor (exemplo: ECA passou a ter uma linguagem voltada para psicólogos, etc...). Nessa era, o CC perde a centralidade do dto privado, sendo visto como uma lei ordinária, devendo ser interpretado aos olhos da CF. 
CC agora passou a ser visto como um código residual, sendo usado em última instância.
	Atualmente, o operador deve saber resolver o direito e qual legislação usar em cada caso. 
	Cláudia traz para o Brasil, a teoria do diálogo das fontes, sendo necessário atender aos preceitos constitucionais e visar a sua máxima efetividade.-> esse diálogo deve ocorrer sempre.
	PLANO INTERNACIONAL
	Keneddy aponta em um discurso o dto a segurança, escolha, informação, e não utilização de produtos nocivos à saúde.-> definido por alguns como o marco inicial do Dto do Consumidor.
	TUTELA CONSTITUCIONAL DO CONSUMIDOR
	art 5, XXXII - tutela o consumidor, que é a parte hipossuficiente da relação de consumo. O CDC não visa defender a relação de consumo em si. Ele visa defender o consumidor. É um direito fundamental.
	art 170,V - a defesa do consumidor também é assegurada nos princípios da atividade econômica.
	art 48, ADCT- também faz menção ao Direito do Consumidor.
Todos esses artigos resultam na LEI N 8078/90
	CARACTERÍSTICAS DO CDC:
tem um papel de conscientizar a população sobre os seus direitos. 
	Lei principiológica - essa característica permite que ele seja aplicado de maneira flexível.
	Ordem pública - as regras se tornam indisponíveis e põem ser reconhecidas de oficio pelo juiz. 
	Interesse social
	Lei multidisciplinar - se apresenta com termos e conceitos nao só jurídicos, mas também com termos típicos da economia.
	REPARTIÇÃO CONSTITUCIONAL DE COMPETÊNCIA DO DIREITO DO CONSUMIDOR: 
Quem pode legislar e aplicar sobre o dto do consumidor?
art 22: a união deve legislar sobre direito civil, que se divide em leis que visam proteger o consumidor em situações contratuais e propriedade privada tem chegado no STF. em ambos os casos, decidiu-se que a competência é privativa da União, podendo delegar para os estados e municípios. Compete privativamente a união legislar sobre publicidade.
art 24 - trata da competência legislativa concorrente e adm concorrente. União, Estado e Município podem legislar concorrentemente. Trata dos aspectos relacionados à produção e consumo(não fala de defesa do consumidor!!,, este é um termo muito mais amplo -> ver artigo 55 CDC), responsabilidade civil. 
art 30,I - com base nisso,o município pode legislar sobre aspectos relacionados a defesa do consumidor sempre que houver interesse local!
CAMPO DE APLICAÇÃO 
conceito de consumidor:
"padrão" : art. 2º CDC
O que é destinatário final?
corrente maximalista - concepção um pouco mais ampla do CDC. Diz que consumidor é todo aquele destinatário fático que compra determinado produto ou serviço. essa corrente perdeu força pois enfraquecia a parte verdadeiramente hipossuficiente.
corrente finalista - dizem que consumidor é o destinatário fático e econômico de determinado produto ou serviço. Acaba por proteger mais o consumidor. 
corrente aprofundada/mitigada do finalismo - aprofundamento da tese finalista, passando a dar atenção à vulnerabilidade em face da outra parte com quem se negocia. Aplica-se o CDC também às pessoas jurídicas que assim forem na realidade, sendo necessária a sua comprovação. -> baseado no entendimento do STJ
OBS: para que a pessoa jurídica seja considerada como consumidora tem que comprovar a sua vulnerabilidade. Já a pessoa natural possui uma vulnerabilidade pre-estabelecida em lei.
Vulnerabilidade é diferente de hipossuficiência (essa é uma noção processual) -> o consumidor SEMPRE será vulnerável, mas nem sempre será hipossuficiente. No CDC,a hipossuficiência tem como conseqüência a inversão do ônus da prova, o que também pode ocorrer quando a alegação for verossímil.
Consumidor possui com o fornecedor uma relação jurídica que envolve produtos e serviços.O fornecedor é aquele que oferece um produto ou presta um serviço. 
Atualmente, para que se saiba quem pode ser considerado consumidor deve-se olhar a sua vulnerabilidade.
Aula do dia 25/02/2014
A vulnerabilidade pode ser:
• técnica - desconhecimento do consumidor frente à qualidade do produto
• fática do ponto de vista sócio-econômico, o consumidor está em desvantagem com o fornecedor
• jurídica desconhecimento com relação aos aspectos jurídicos e científicos que toda a relação jurídica envolve
• informacional vulnerabilidade básica ou intrínseca do consumidor, estando esse sempre em déficit no campo informacional -> todo consumidor possui. Trata da rede de informação na qual o consumidor está inserido sem perceber. 
Não é necessário que haja todas elas,basta identificar a presença de uma dessas vulnerabilidades. 
Além do conceito padrão, existe ainda o consumidor por equiparação:
	• Coletividade (art 2º, p.ú) - casos em que a coletividade é prejudicada por alguma propaganda. Nesse caso, em algumas vezes, a coletividade sequer vai adquirir o produto, mas os seus valores enquanto sociedade serão desrespeitados pela publicidade.
	• Vítimas do evento (art 17) - vítimas de acidente de consumo (pessoa que sequer comprou algo se machuca no shopping)
	• expostos às práticas comerciais (art 29)- há uma preocupação do CDC com a fase pré-contratual. 
Conceito de fornecedor (art 3º): 
Quando estamos diante de um serviço público, estamos diante de uma relação de consumo. Depois iremos falar sobre isso.
habitualidade - de maneira reiterada e frequente. Alguns poucos autores dizem que, se for pessoa física, a habitualidade pode ser afastada. 
profissionalismo - o profissionalismo teria um domínio da técnica, e seria ele um agente econômico, atraindo incidência do CDC.
	
OBS: O CDC nao estabeleceu explicitamente nenhum fornecedor por equiparação. Leonardo Bessa diz que o Banco de Dados é um fornecedor por equiparação. -> essa corrente perdeu muita força ao longo o tempo. 
	Cláudia Lima Marques diz que as emissoras de tv, jornais, e outros veículos de comunicação poderiam ser responsabilizadas solidariamente. -> STJ nao aceita essa corrente.
	Outra parte da doutrina entende que há responsabilidade solidária entre o fornecedor e sites de compra coletiva -> os tribunais entendem a favor dessa corrente. 
	Art 3º do Estatuto do Torcedor 
Conceito de produto - art 3º §2º -> na verdade o conceito é mais amplo.
"amostra grátis"- também é considerada produto. 
Conceito de serviço - art 3º §2º -excluiu de maneira expressa as relações trabalhistas. 
Remuneração 
direta 
indireta- sempre que houver remuneração, ainda quemediata, vai atrair a incidência do CDC. 
Princípios informadores (art 4º) - A política Nacional das Relações de Consumo (visa proteger toda a cadeia de consumo)é mais ampla que a política de proteção ao consumidor (visa proteger o consumidor). 
vulnerabilidade
solidariedade social - No campo contratual, visa dar base ao princípio da boa-fé objetiva,visto que as partes devem olhar com um olhar "fraternal" para o outro contratante. No campo da responsabilidade civil, esse princípio diz que os riscos que o consumidor pode sofrer devem ser pulverizados dentro da cadeia de consumo (entre os vários fornecedores). 
intervenção do estado - o vulnerável só é protegido desde que a vontade do estado interfira energicamente na relação entre os particulares.
Efetividade- o CDC deve ser efetivo, devendo ter eficácia social. 
Equilíbrio
Boa-fé objetiva
Harmonia
AULA DO DIA 11/03/2014
Direitos básicos dos consumidores (art 6º)
Proteção à vida, saúde e segurança
liberdade de escolha e igualdade nas contratações - consumidor deve ter a capacidade de livre escolha do que vai querer consumir.
educação para o consumo ou do consumidor - alguns bancos têm políticas de consumo para conscientizar o consumidor.
proteção contra publicidade abusiva (viola valores da sociedade como um todo) e enganosa
proteção contra práticas (ocorrem antes da celebração do contrato) e clausulas abusivas (estão presentes no contrato) - arts 39 e 51 CDC
revisão contratual por onerosidade excessiva - é um direito do consumidor, a desproporção nao precisa ser imprevisível ou extraordinalidade, basta ocorrer desproporção. 
prevenção - é dever do fornecedor prevenir os possíveis riscos que o consumidor terá.
informação - é um direito do consumidor e um dever do fornecedor. (DL 7263-> trata sobre a relação de consumo eletrônica). 
efetiva reparação
acesso aos órgãos judiciais e administrativos
facilitação da defesa dos direitos - ex: inversão do ônus da prova
prestação eficaz dos serviços públicos
SERVIÇOS PÚBLICOS E CDC
aplicação:
não se aplica: alguns dizem que nao
se aplica: outros dizem que sim, baseando-se nos arts 4º, 22 
"uti singuli" - tarifa - no momento da contratação seria voluntária. -> O CDC se aplicaria nesses casos.
uti universi - taxa - seria compulsória. -> se aplicaria a lei de serviço publico
Interrupção dos serviços públicos essenciais - para esses efeitos, não se distingue entre orgaos públicos, concessionárias ou permissionárias. 
art 6º, parágrafo 3º, II lei 8.957/95 VS art 22, CDC
A lei de registros públicos que diz que é possível sim a interrupção. O STJ pensava que nao seria possível essa interrupção, mas depois mudou, dévio a especialidade e posterioridade da lei 8.957. Entretanto, quando se tratar de creche, hospital, homecare, dividas pretéritas, baseado no princípio da dignidade da pessoa humana, não seria possível a interrupção. A legalidade da interrupção depende da notificação previa.
Responsabilidade Civil
-fundamento: escolha da responsabilidade objetiva. Visa internalizar na relação de consumo os custos dos riscos pelos danos causados aos consumidores. No fim, quem acaba pagando é o próprio consumidor. Em 1916, olhava-se para a conduta do ofensor, se tinha culpa, atualmente, olha-se se existe dano, vincula-se o nexo e procura-se um responsável pra o dano.
teorias:
risco criado - agente responsável pela criação do risco será o responsável. Atualmente é a mais aceita pela doutrina civilista e consumerista. 
risco proveito - Mais aceito pela doutrina consumerista antes do CC 2002. Trata do agente que alfere vantagem econômica com produto que causou risco, sendo ele o responsável pela indenização a ser paga. 
Regimes - são classificados de acordo com o interesse tutelado. Ambos geram responsabilidade civil.
Responsabilidade pelo fato do produto ou serviço ("acidente de consumo") que vela pela integridade física (pela vida, saúde e segurança do devedor) > defeito (acaba por englobar a hipótese abaixo)
Responsabilidade pelo vício do produto ou serviço,que gera incolumidade econômica (prejuízo patromonial) -> vício
Teoria da qualidade:
Periculosidade: inerente/latente, adquirida ()
"REcall"
Riscos do desenvolvimento
aula do dia 18/03/2014
Teoria da qualidade - visto o artigo 8 do CDC, entende-se que a qualidade está ligada a ideia de segurança. 
Periculosidade
inerente/latente - ocorre quando a periculosiddade é do próprio produto, mas pela sua utilidade, nao pode ser retirado do mercado (faca, tesoura, serrote,machado...). Entretanto, o fornecedor nao é eximido do dever de informação. 
adquirida - 
defeito de fabricação 
defeito de concepção - é aquele produto que inicialmente não possui perigo nenhum, mas que erroneamente, foi projetado nele um erro.
defeito de informação - o defeito é a na informação. 
exagerada - ocorre quando há uma série de restrições para a produção do produto, nao podendo ser vendido em qualquer estabelecimento (armas, fogos de artifício...)
recall - ocorre quando o fornecedor só toma conhecimento do defeito do produto após a introdução do produto no mercado de consumo e chama os consumidores para corrigir um defeito no produto. Art 10, parágrafo primeiro. Parágrafo primeiro do artigo 60. O recall nao impede a responsabilização do fornecedor. A portaria 487/2012 do Ministério da Justiça diz que nao há prazo limite para o comparecimento do consumidor.
riscos do desenvolvimento - ocorre quando o Estado da tecnologia ou da ciência não permitia na época da produção do produto que o fornecedor conhecesse do produto que ele tivesse. Quem defende a responsabilização do fornecedor por esse risco diz que o artigo 10 permite a responsabilização do fornecedor pois ele deveria saber, usa-se também o arrtigo 12, parágrafo primeiro,III e artigo 14, parágrafo primeiro, III. Já quemm defende a exclusão da culpa se baseia no artigo 12, parágrafo terceiro e artigo 14, paragrafo terceiro e dizem que o artigo 10 se cala sobre a responsabilização. A vertente que prevalece é a primeira. 
Responsabilidade pelo fato do produto 
Danos indenizáveis - todos os danos devem ser indenizados, nao importando a sua natureza.
Responsaveis - art 12 e 13 CDC. o legislador nao diferenciou os responsáveis reais e presumidos, respondendo de maneira objetiva, independente de culpa,de forma solidária. Diferenca entre os fornecedores:
real - fabricante,produtor e construtor
presumido: importador
aparente (art. 13): comerciante - possui responsabilidade subsidiária.
produtos anônimos - art 13, I e II. 
má-conservação - art 13, III 
art 7,pu e art 25 -> a responsabilidade solidaria é regra. O comerciante, nesse caso, é exeçao. 
Olhar casos de fortuito interno e externo pelo STJ
causas excludentes (art 12, parágrafo 3)
aula do dia 01/04/14
Responsabilidade pelo vício do produto:
 É uma lesão a legítima expectativa de funcionalidade/desempenho do produto.
Vício:
a)      Intrínseco: É de fácil constatação pela falta de desempenho adequado.
b)      B) Extrínseco: Independente da análise de desempenho ou se traz algum prejuízo efetivo ou não ao consumidor. É uma espécie de presunção legal do vício (art. 18, § 6º). São exemplos:
·         Prazo de validade
·         Falsificação
·         Inobservância das normas técnicas (a depender de cada produto).
c)       Decorrentes de informação: pode gerar um vício de qualidade ou de quantidade (Ex: princípio ativo diminuído num remédio).  Também constitui o caso em que uma determinada publicidade informa um desempenho X, mas na realidade o desempenho é diferente.
Vício:
a)      De quantidade: quando não há a quantidade que do produto se espera (Ex: Ruffles)
b)      De qualidade: Pode ser:
·         Por indenização
·         Por insegurança à É o termo utilizado para a chamada responsabilidade pelo fato ou acidente de consumo (defeito).
Responsabilidade pelo vício de qualidade do produto (art. 18):
- Direito primário: É o direito de reclamar a saneamento do vício(o fornecedor tem o prazo, em regra, de 30 dias para saná-lo).
- Tríplice escolha do consumidor: Se o vício não for sanado no prazo, o consumidor, fazendo uso de um direito secundário, pode escolher entre:
·         Troca do produto por outro da mesma espécie
·         Devolução do dinheiro (monetariamente atualizada)
·         Abatimento do preço (caso o consumidor deseje ficar com o produto viciado)
- Alteração do prazo (7 – 180 dias): As partes podem convencionar o prazo, dentro deste limite. Sempre que se tratar de um contrato de adesão, é necessário que a alteração seja feita num documento a parte, de maneira expressa pelo consumidor.
OBS: Mesmo que o Código conceda essa liberdade, a própria doutrina salienta que nem toda mudança de prova é favorável ao consumidor, justificando um merecimento de tutela jurisdicional. Deve ser verificada a boa-fé objetiva. (Ex: É razoável um prazo de 100 dias para consertar um liquidificador? Parece que não).
- Exclusão do direito primário (Art. 18, § 3º):
a)     Vício de grande monta à Em virtude de um grande prejuízo patrimonial, o consumidor pode exercer direto seu direito secundário. Nesses casos, se o produto sofrer algum tipo de troca, pode desvalorizar muito.
b)      Essencialidade à Nesse caso o consumidor pode exercer também direito o seu direito secundário se o produto for essencial (Ex: compra de remédios que são urgentes para o paciente/consumidor. Não há como esperar 30 dias).
- Responsabilidade pelo vício de quantidade (art. 19):
Aqui não é questão de saneamento, só de complementar a quantidade restante. Não há direito primário! (Ex: comprei 5kg de carne, mas na verdade são só 3kg. O resto do peso era só gelo).
Opções:
·         Troca do produto por outro da mesma espécie
·         Devolução do dinheiro (monetariamente atualizada)
·         Abatimento do preço (caso o consumidor deseje ficar com o produto viciado)
·         Complementar a quantidade
OBS: A existência de produto mais moderno não configura vício no produto mais antigo (Ex: Iphone 4 comparado ao Iphone 5).
- Exceção da responsabilidade solidária:
·         Art. 19, §2º: Não há solidariedade, pois o único responsável é o fornecedor direto, em regra, o comerciante (Ex: defeito na balança do mercado, ocasionando a pesagem errada do produto).
·         Art. 18, § 5º: Se não pode se identificar o produtor, responsabiliza-se apenas o comerciante. Se eu conheço ambos, responsabilizo os dois. Por isso não se trata de uma exceção propriamente dita, mas de uma questão lógica.
- Responsabilidade pelo vício do serviço (art. 20): O pensamento é o mesmo que o vício do produto.
Não há direito primário!
Opções:
a)      Reexecução do serviço (pode ser confiada a terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor, ou seja, ele continua sendo responsável).
b)      Devolução do preço
c)       Abatimento
Prescrição (art. 27) e decadência (art. 26) no CDC:
Para o CDC, a prescrição se aplica na hipótese de acidente de consumo (pois, como envolve segurança, cria-se o direito subjetivo do consumidor de ver reparado seu dano). O prazo é de 5 anos. A contagem do prazo não é somente do conhecimento do dano, mas também da autoria do causador do dano. O prazo para as demandas indenizatórias, ações de cobrança, é de 3 anos.
Em contrapartida, o prazo por responsabilidade de vício do produto utiliza-se o prazo decadencial. É contado a partir da efetiva entrega do produto ou do término da execução do serviço.
·         Bens duráveis: 90 dias à São aqueles cuja utilização de prolonga no tempo (Ex: carros, mesa).
·         Bens não duráveis: 30 dias à São aqueles cuja a utilização importa na imediata destruição daquele bem (Ex: alimentos).
OBS: Aqui podemos traçar um paralelo com os bens consumíveis e inconsumíveis do CC.
OBS: O prazo decadencial não pode ser interrompido e nem suspenso. Já o prescricional, pode. Ambos aqui, para o CDC, devem ter origem legal.
A corrente majoritária consumerista entende que a decadência pode ter o prazo interrompido (que recomeça a contar do zero), para o favorecimento do consumidor, ao contrário do que ocorre no CC.
è Garantia legal: Para produto durável o prazo de garantia é de 90 dias, para produto não durável, é de 30 dias. Ressalte-se que esses prazos aplicam-se somente nos casos de vício aparente.
A garantia convencional/contratual é complementar a legal. Desta maneira, eu somo os prazos. Após o término do prazo da garantia legal, eu começo a contar o contratual.
Tratando-se de vício oculto (decorre de um defeito de fabricação/projeção), o prazo decadencial inicia-se no momento que for notado o vício. Ele não depende do prazo de garantia. Porém, o fornecedor não pode ficar responsabilizado eternamente. Por isso, têm-se utilizado um critério:
è Critério da vida útil do produto: O prazo depende do produto, quando se tratar de vício oculto. (Ex: o prazo de um televisor e de um trator devem ser distintos, pois há diferentes expectativas de duração).
aula do dia 08/04/14
Oferta (art 30)
Conceito: é uma prática comercial e é toda comunicação sobre produto ou serviço feita pelo fornecedor com a finalidade de atrair os consumidores. Abrange a publicidade e qualquer meio que o fornecedor exteriorize oferta ou comunicação sobre o seu produto/serviço. 
	é um ato pré-contratual. 
Requisitos: art 30
vinculacão - a oferta tem que ser veiculada, nao importa qual seja o meio escolhido. (se o preco vazar sem a vontade o fornecedor -> nao veicula, a nao ser que se comprove que o fornecedor permitiu a sua veiculacao). 
precisão - o preco tem que ser justo, verossímil. 
Efeito
vinculacao - o fornecedor se encontra obrigado de acordo com todas as características explicitada por ele. 
ver art 31 -> veracidade.
art 32
art 33 -> a oferta tem que ser identificada para poder haver vinculaçao. 
solidariedade (art 34)
descumprimento da oferta (art 35)
escolha do consumidor - doutrina diz que em todas as hipóteses pode ser exigido perdas e danos, enquanto legislador diz que somente ocorrerá pagamento d perdas e danos se houver rescisão do contrato.
cumprimento forçado
aceitar produto/serviço equivalente
rescindir o contrato
Publicidade é diferente de propaganda
	A publicidade tem um viéis lucrativo, finalidade econonima. -> é um tipo de oferta. 
	A propaganda tem uma finalidade de exposição de ideias, valores, etc (propaganda eleitoral, propaganda religiosa).
	O CDC trata da publicidade, entretanto ocorrem algumas impropriedades na CF (art 22) e no CDC (art 56 - "contrapropaganda" o certo seria contrapublicidade que é o conserto do erro cometido pelo fornecedor por ter feito uma publicidade ilícita). 
	O patrocínio é publicidade.
AULA DO DIA 29/04
Barrozo defende que a liberdade publicidade está implícita dentro da liberdade de expressão.. Entretanto, a maioria da doutrina entende que não se pode igualar a liberdade publicitária com os demais meios de comunicação, pois a finalidade precípua da publicidade possui um víeis econômico. Como não exerce uma funcao essencial, pode ser restringida. De acordo com essa doutrinaria. 
Regime de publicidade:
Estatal - o próprio Estado regula a publicidade
Privado - os próprios publicitários regulam e restringem a sua atividade.
Misto - é o que se adota aqui no Brasil. Além do Estado ( CRFB, CDC) temos o órgão do CONAR.
Princípios -
identificação (art 36) - o consumidor tem que estar ciente de que está vendo uma publicidade. Nas novelas, tem que ter o nome dos produtos no final na parte do merchandising para que os consumidores tenham conhecimento. 
	O teaser (é aquele "vem aí") é permitido, mas apenas durante um período determinado.
O consumidor não precisa provar que viu a publicidade, é dever do publicitário.
mensagem subliminar ou publicidade camuflada - o consumidor não consegue ver, mas que o inconsciente capta. é vedada! 
A falta de identificação da publicidade gera a publicidade camuflada, que é ilícita.
Como espécie da publicidade camuflada,existe a mensagem subliminar.
veracidade -> quando esse princípio não é observado, gera enganosa ( art 37, parágrafo primeiro):
Acao - quando o publicitário, através de uma acao, informou equivocadamente sobre um produto. 
Omissao ( parágrafo terceiro) - ocorre quando o fornecedor deveria informar, mas não informou as informações contidas no artigo 6.
A publicidade enganosa independe de dolo ou culpa e independe do efetivo erro. 
Não-abusividade/correção -> a publicidade não pode induzir maus comportamentos e não observa os valores que são observados pela CF ( contra o direito dos negros, crianças e incitando violência contra homossexuais), caso não observe esses princípios, ela será abusiva ( art 37, parágrafo segundo) 
Conanda - orgao responsável por traçar diretrizes para política de atendimento a criança e adolescente, influenciando no âmbito estadual (CEDCA) e municipal ( CMDCA E CONSELHO TUTELAR). 
Modalidades de publicidade:
Promocional: aquela que visa promover certo produto ou serviço especide uma empresa. 
Institucional: aquela que visa fortalecer a marca ou o logotipo de uma empresa. -> nessas hipóteses, é mais difícil de verificar a publicidade enganosa ou abusiva, mas é necessário que haja a identificação de uma propaganda como tal. 
Responsáveis: 
Patrocinadores / fornecedores - são os principais responsabilizados. 
Veículos de comunicação - quando uma empresa claramente desrespeita o direito do consumidor, e o veículo de comunicação e até mesmo os artistas que as fazem percebem no momento da gravação e propagação ainda assim fazem podem ser responsabilizados. 
Artistas
Agência de publicidade - quando ela claramente participou de publicidade abusiva. 
Inversão do ônus da prova "ope legis" - art 38- a inversão nesse caso é automática a por força de lei,cabendo ao próprio anunciante pois ele tem todo o conteúdo informativo. 
Práticas abusivas -> art 39
Art 60 - contrapublicidade. É uma sanção adm pouco usada no Brasil, mas seria altamente benéfica. 
Aula do dia 06/05
Práticas abusivas - todas as condutas que o fornecedor age em desacordo com os direitos básicos do consumidor. Alguns decretos e portarias tratam dos casos de prática absuva. 
Comanda considera abusiva toda publicidade dirigida à criança. O fundamento da proteção contra as práticas abusivas é a boa-fé objetiva. 
Relação exemplificativa - art 39. É um halo exemplificativa! Não taxativo!
Inciso I - proibição total de venda casada. Quando se fala de venda condicionada, se pode limitar para que o consumidor continue sendo apenas um vendedor, não podendo ser um revendedor. 
Inciso III- envio não solicitado de cartão de crédito é considerado assédio de consumo. 
Práticas abusivas são diferentes de cláusulas abusivas, que se encontraram no artigo 51, sendo exigido a existência de contrato ( estas são espécies daquelas), enquanto que nas práticas abusivas, a mera exigência já configura ato ilícito. 
Classificação 
Quanto ao Momento
Produtivas -> quando produtos e serviços são colocados no mercado de consumo em desacordo com as normas técnicas. 
Comerciais -> quando mais ocorre a práticas abusivas. 
Quanto à lógica Jurídico-contratual 
Pré-contratual - a prática abusiva ocorreu antes da concepção do contrato.
Contratual - a prática abusiva ocorreu no momento da concepção do contrato.
Pós-contratual - a prática abusiva ocorreu depois da concepção do contrato.
 Sanções- art 45 estipulava penalidades administrativas, penais e até mesmo no campo cível ( pagamento de perdas e da danos e, cumulativamente com elas, de acordo com a gravidade do dano ea condição econômica do defensor, uma multa que servisse de exemplo). Como ele foi vetado, além das sanções adm e penais, podendo recair sobre a responsabilidade civil, se requerendo danos morais. 
Como quantificar o dano moral? -> crítica. 
Necessidade e requisitos do orçamento ( art 40) -o consumidor tem que aprovar o orçamento para que a prestacaod e serviço possa ser realizada. O artigo 40 deve ser lido em conjunto com o artigo 39, VI.
Tabelamento de preços (art 41) - consumidor pode pedir a restituição do excesso ou desfazimento to negócio jurídico. 
Cobrança abusiva de dívida (art42) - somente nesse enquadra quando se está em caso de dívida, que só pode ter sido cobrada extrajudicialmente, de dívida caracterizada como de consumo e tem que ser injustificável por parte do fornecedor. 
Proibições absolutas:
Ameaça -> ameaça tem que ser prática ilícita. Ação que se configura como exercício regular de direito ( como ajuizar ação). 
Coação -> física e psicológica 
Emprego de afirmações falsas 
Proibições relativas: em regras são proibidas, mas o sistema permite quando alguns requisitos forem obedecidos. 
Exposição ao ridículo 
Interferência no trabalho, descanso, lazer.
Devolução em dobro ( art 42, pú). -doutrinadores se dividem, alguns dizem que a mera cobrança permite o pagamento do dobro, já a maioria da corrente entende que é só o efetivo pagamento.

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