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Avalanche

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Avalanche, também denominada movimento de massa, são pequenas ou grandes quantidades de massa de materiais que deslizam, caem ou fluem sobre o declive do relevo terrestre. Elas podem ser provenientes de materiais como o solo, a lama, a rocha, o gelo, ou materiais inconsolidados (materiais soltos) regidos pela força de atração gravitacional terrestre. Em geral, o movimento de massa de materiais inconsolidados costumam ser mais lentos.
Avalanche em montanha. Foto: Lysogor Roman / Shutterstock.com
Causas
Esse movimento pode ser causado por um ou mais dos seguintes fatores:
Terremotos;
Saturação de água no solo;
Tombamento de árvores ou apodrecimento de suas raízes;
Inundações;
Erosões;
Declividade das encostas, etc.
As Avalanches podem ocorrer de modo quase imperceptível, como também podem acontecer de modo e intensidades abruptas, causando significativas mudanças na paisagem onde ocorrem.
Regiões montanhosas ou acidentadas, com declividade acentuada são mais propícias à ocorrência de avalanches. O intemperismo (agentes químicos e físicos que desgastam rochas e solos) e a fragmentação de rochas também contribuem na ocorrência de avalanches.
Avalanche de rochas
Avalanches de rochas são constituídas por grandes materiais rochosos que foram fragmentados. O bloco de rocha que percorre, em queda, a superfície do relevo se fragmenta em pequenas partes durante o percurso do desmoronamento. As avalanches de rochas são causadas, em sua maioria, por atividade sísmica.
Avalanche de gelo
O movimento de massa de gelo, inicialmente, é causado pelo acumulo de gelo em um determinado local (como topo de montanhas), à medida que o peso do gelo aumenta, a ação da força gravitacional começa a atuar com maior intensidade sobre essa massa de gelo. Se a superfície da rocha ou do solo que esse gelo está disposto se encontra úmido a tendência dessa massa de gelo é resultar em uma avalanche, caso a superfície esteja seca a tendência é a massa de gelo se adaptar a morfologia da rocha ou do solo.
Avalanche na neve. Foto: Andrew Arseev / Shutterstock.com
Avalanche submarina
O movimento de massa submarino ainda não pôde ser visto pela humanidade, porém os geólogos conseguiram estudar esse curioso fenômeno através da história que a Terra nos conta por meio de seus detritos. O movimento de massa submarino mais significativos estão localizados em relevos muito íngremes, como nas dorsais oceânicas e nos montes vulcânicos submarinos.
Avalanche e os tipos de fluxos
O fluxo de terra é formado por materiais menores, como os solo argilosos, geralmente ocorrem com baixa velocidade.
O fluxo de detritos é formado por materiais maiores que o fluxo de terra, como o solo arenoso, são fluxos que atingem grandes velocidades.
O fluxo de lama é constituído por materiais menores que o fluxo de detritos, e possui fragmentos de rochas, solo, mas, principalmente, a água está presente nesse tipo de fluxo.
A ação humana
As avalanche ocorrem naturalmente na maior parte dos casos, porém a ação antrópica pode ocasionar ou desencadear uma avalanche. Os movimentos de massas, na maioria dos casos, não podem ser previstos como os abalos sísmicos (terremotos) são previstos pelos especialistas. Todavia, grande parte deles podem ser evitados, prevenindo a humanidade de catástrofes.
A ação humana pode influenciar a ocorrência de avalanches na construção de rodovias, prédios e residências em locais de risco, por exemplo. Engenheiros e geólogos possuem equipamentos e saberes que podem evitar as catástrofes geradas pelas avalanches. Evitando construções em áreas propicias a esses fenômenos os riscos de acidentes catastróficos acerca desse tema reduzem significativamente.
Fontes:
UERJ – Movimentos de Massa - http://www.bvambientebf.uerj.br/arquivos/movimentos_de_massa.htm
GUERRA, A.T. Novo Dicionário Geológico-geomorfológico / 3ª edição, Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2003.
John GROTZINGER, Tom JORDAN. Para Entender a Terra - 6.ed. Porto Alegre : Bookman, 2013
FERNANDES, N. F.; AMARAL, C. P. Movimentos de massa: uma abordagem geológico geomorfológica. In: Guerra, A. J. T.; Cunha, S. B. da (UFRS). Geomorfologia e Meio Ambiente. Rio de Janeiro, 2000.
Este experimento propõe modelar matematicamente avalanches provocadas por materiais simples, como milho de pipoca, feijão e um recipiente qualquer. Inicialmente, os alunos produzirão avalanches, verificando suas intensidades pela quantidade de grãos que desmoronam. A partir daí, construirão gráficos com os dados coletados, obtendo uma curva. Aplicando logaritmo torna-se possível analisar a função que modela o fenômeno e até fazer algumas previsões.
Simulação de desmoronamento
A colocação sistemática dos grãos simula o aumento do peso ou a diminuição da resistência em morros e encostas até chegar a um ponto de equilíbrio crítico em que uma nova configuração é favorecida por razões de energia interna, resultando em desmoronamento. O desmoronamento pode ser grande ou pequeno em termos de quantidade de material.
Da mesma forma, as tensões geológicas das placas tectônicas, vão aumentando gradativamente até que um abalo sísmico acontece. O movimento da crosta, isto é, o terremoto pode ser muito intenso ou não.
O experimento mostra como fazer previsões estatísticas, não determinísticas.
Modelagem matemática[editar | editar código-fonte]
Tentativas de modelar o comportante de avalanches datam do começo do século XX, notavelmente o trabalho do Professor Lagotala em preparação às Olimpíadas de Inverno de 1924 em Chamonix.[12] Seu método foi desenvolvido por A. Voellmy e tornou-se popular após sua publicação em 1955 de seu Ueber die Zerstoerungskraft von Lawinen (Sobre a Força Destrutiva das Avalanches).[13]
Voellmy usou uma fórmula empírica simples, tratando uma avalanche como um bloco deslizante de neve movendo-se com uma força de arrasto proporcional ao quadrado da velocidade de seu fluxo:[14]
{\displaystyle {\textrm {Pref}}={\frac {1}{2}}\,{\rho }\,{v^{2}}\,\!}
Ele e outros posteriormente desenvolveram outras fórmulas que levam em conta também outros fatores[12]
Desde a década de 1990 muitos modelos mais sofisticados foram desenvolvidos.[15]
Tipos de avalanches
Tipos de avalanches
Embora as avalanches possam ser de diversos tipos segundo as suas características, para simplificar, podem-se agrupar em três tipos:
. Avalanches de neve recente
. Avalanche de placa
. Avalanche de neve húmida ou de fusão
Avalanche de neve recente
É de neve fria, seca e leve, produz-se normalmente durante ou pouco depois dos grandes nevões com ambiente frio (menos de -5ºC). Desloca-se a grande velocidade e possui um enorme poder destrutivo.
Avalanche de placa
Este tipo de avalanche é a causadora da maioria dos acidentes. Costuma-se apresentar em vertentes abertas e convexas. Acontece quando um estrato de neve com determinada coesão interna se desprende e desliza sobre as camadas inferiores ao não ter boa ligação com estas. Estas placas duras, sem coesão com as camadas inferiores, podem-se desprender a qualquer momento, ao romper-se o débil equilíbrio existente por sobrecarga, como um novo nevão, ou na maioria das ocasiões pela passagem de caminheiros ou esquiadores.
Costumam apresentar uma saída linear bem definida, ainda que a neve se desagregue no decorrer do percurso da avalanche, apresentando uma acumulação amorfa.
No caso das placas de vento, formam-se pelo efeito deste sobre as ladeiras a sotavento, onde o vento arrasta a neve, pulveriza-a e a compacta formando camadas rígidas de forma lenticular (de cor branco mate). A zona de acumulação após a avalanche caracteriza-se por montes de blocos angulares ou pedaços de placa. As cornijas formadas pelo vento nas arestas são um indicativo da existência destas placas.
Avalanche de neve húmida ou de fusão
Origina-se ao humedecerem as camadas superficiais motivadas pelo efeito de altas temperaturas ou chuva, e perdem a coesão com as camadas inferiores. É mais frequente nas vertentes
Sul e típicas da Primavera, ainda que possam ocorrer no Inverno. A sua velocidade é lenta e a neve, devido à sua grande densidade, tem um grande poder destrutivo e compacta-se imediatamente ao deter-se. Deixa um significativo rasto de blocos arredondados.
Um caso particular deste tipo de avalanches é a avalanche de fundo, das mesmas característica, mas neste caso, desliza todo o manto ao perder a aderência com o solo.
Outros tipos de avalanche:
Avalanche de cornija
As vertentes formam no alto das aristas umas grandes abas de neve que crescem em direcção do vento, por vezes até vários metros. Estas formações de neve podem colapsar sobre a ladeira de sotavento por diversas causas, uma delas pode ser a passagem de caminheiros.
Para evitar ser arrastado quando se caminha sobre arestas, deve-se caminhar bem afastados da linha do cume, pois a linha de uma possível fractura pode encontrar-se muito mais abaixo do que o esperado.
Avalanche de Seracs
Os glaciares que terminam bruscamente num corte, formam uma barreira de gelo da qual, pouco a pouco se vão desprendendo blocos à medida que o glaciar avança. A sua queda é imprevisivel, pelo que se deve evitar cruzar ou permanecer na sua linha de queda.
Proteção 
A alta periculosidade das avalanchas faz com que em zonas de risco criem-se específicas unidades de prevenção, que observam e analisam as condições meteorológicas e da neve para avaliar o risco. Nos locais mais expostos, é necessário provocar o deslizamento controlado das massas de neve instáveis por meio de cargas explosivas. O sistema mais vulgar para diminuir os efeitos da avalanches é a colocação de barras metálicas dispostas verticalmente ou os muros de desvio, para reduzir as massas de neve 
Para permitir a circulação do transito ferroviário e/ou automóvel, nas zonas de montanha utiliza-se as chamadas protecções para-avalanche se bem que a finalidade não seja a de as parar, mas sim as proteger da avalanche. São como que um "telhado", uma galeria aberta, que cobre a via e permite que a neve possa passar por cima sem portanto provocar a paragem do tráfego. Nas zonas onde as avalanches são frequentes fala-se de corredores de avalanche 
Medidas de prevenção 
Segundo informações dos Bombeiros da Catalunha, para aproveitar uma saída à neve com segurança é necessário prepará-la com antecipação, conhecer o percurso (buscando o caminho que seja mais seguro), conhecer a previsão meteorológica e o risco de avalanches, e levar o equipamento adequado. Segundo as recomendações da Proteção Civil da Catalunha, há que se ter em conta que as vibrações produzidas por um berro, queda ou movimento no chão podem iniciar uma avalanche. 
Tabela europeia de risco de avalanchas 
Na Europa, o risco de avalanchas é aferido utilizando-se a seguinte escala, adotada desde abril de 1993, substituindo esquemas anteriores não padronizados. Em maio de 2003 a tabela foi atualizada para aumentar sua uniformidade e precisão [11].
	Nível de risco
	Estabilidade da massa de neve
	Risco de avalancha
	1 - Baixo
	A neve é muito estável.
	A ocorrência de avalanchas é muito improvável, exceto quando grandes massas caem em encostas extremas. Avalanchas espontâneas têm consequências menores, normalmente em segurança.
	2 - Limitado
	Algumas encostas têm alguma instabilidade, enquanto que na maioria delas há estabilidade da massa de neve.
	Avalanchas podem ocorrer quando há uma forte precipitação ou abalo mecânico em uma zona específica. Grandes avalanchas espontâneas são muito raras.
	3 - Médio
	Em algumas encostas a neve pode estar moderadamente instável.
	Avalanchas podem ocorrer em algumas encostas mesmo com leves precipitações de neve ou abalos mecânicos. Avalanchas de tamanho médio o ligeiramente grande podem ocorrer espontaneamente.
	4 - Alto
	Na maioria das encostas a neve é instável.
	Avalanchas devem ocorrer mesmo com pequenas precipitações de neve ou abalos mecânicos. Em alguns lugares, avalanchas de tamanho médio e grande são esperadas.
	5 - Altíssimo
	A neve é em sua generalidade instável.
	Até mesmo em encostas de pouca inclinação podem ocorrer avalanchas espontâneas.

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