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EAC0111 Slides Temas 10 a 12 Análise das Demonstrações Contábeis

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Capítulo 12
Tema 10: Análise das demonstrações 
contábeis/financeiras: 
noções iniciais
1
Noções de Contabilidade para Administradores – EAC 0111
Prof: Márcio Luiz Borinelli
Monitor: Wilson Tarantin Junior
Introdução às Análises
O que é análise financeira das empresas?
É um processo de análise da situação econômica, financeira, 
operacional e patrimonial de uma organização, por meio das 
informações contidas nas demonstrações 
contábeis/financeiras.
• Operacional: ligada à atividade fim
• Patrimonial: ligada às decisões de financiamento
• Econômica: capacidade de geração de lucro
• Financeira: capacidade de pagamento
2
Introdução às Análises
Para que serve?
– Avaliar a situação econômica, financeira, operacional e
patrimonial da organização;
– Identificar as causas que levaram a organização à situação
atual;
– Obter elementos para o processo de avaliação da
continuidade da organização (tendências futuras);
– Extrair informações das demonstrações
contábeis/financeiras para a tomada de decisão.
3
Introdução às Análises
Análise financeira das empresas
– Elemento fundamental no processo decisório;
– Interessados: investidores, credores, analistas, gestores...
– Informações para:
• Comparação com medidas de performance esperada
• Comparação com medidas setoriais
• Avaliação de desempenho passado e projeção de resultados futuros
4
Introdução às Análises
Como se faz?
– Análises evolutivas (internas):
• Comparação em séries históricas;
• Comparação com o planejado (quando houver).
– Análises comparativas (externas):
• Comparações com outras empresas semelhantes (peer groups) e/ou 
concorrentes;
• Comparações com padrão setorial;
• Comparações com padrões internacionais.
5
Qual período 
analisar?
Introdução às Análises
Pré-requisitos
– Estabelecimento do propósito da análise;
– Compreensão das demonstrações contábeis/financeiras e 
dos procedimentos utilizados na sua elaboração;
– Conhecimento do setor de atividade e sua situação;
– Leitura do Parecer dos Auditores Independentes e das Notas 
Explicativas;
– Padronização das demonstrações contábeis/financeiras.
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Introdução às Análises
7
Escolha de indicadores
Comparação com padrões
Diagnóstico / Conclusões
Evento econômico
Processo contábil
Demonstrações contábeis
Decisões
Processo Contábil Metodologia de Análise
Interpretações
Cálculos
Capítulo 13
Tema 11: Análise Vertical e Análise Horizontal 
8
Noções de Contabilidade para Administradores – EAC 0111
Prof: Márcio Luiz Borinelli
Monitor: Wilson Tarantin Junior
Análises Vertical e Horizontal
Finalidade das análises
– São dois instrumentos utilizados para fins de comparação
• Comparação com a mesma empresa ou com outras empresas
– De forma isolada, os itens tem pouca interpretação
• Qual a relevância de cada item na estrutura da empresa?
• Como evoluíram as contas ao longo do tempo?
• Como a empresa está em relação aos concorrentes? 
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Análise Vertical
– Utilizada para verificar a estrutura de composição dos itens
nas demonstrações contábeis/financeiras.
– Aponta a representatividade de cada item em relação a um
referencial e também a evolução ao longo do tempo.
– Referenciais:
BP: Ativo Total (Passivo + PL)
DRE: Receita Líquida
10
Análise Vertical
– Operacionalização:
• Podem ser considerados outros grupos, dependendo da finalidade das análises 
(exemplo: ativo circulante) 
11
Elemento do Resultado 
Receita Líquida
100x
Elemento do Ativo (ou Passivo) 
Ativo Total (ou Passivo + PL)
100x
Análise Horizontal
– Utilizada para avaliar a evolução dos itens ao longo do
tempo.
– Tem a finalidade de detectar tendências, por meio da análise
do comportamento histórico.
– Compara-se os valores dos itens em determinados exercícios
sociais, com os valores dos mesmos itens em outros exercícios.
– Deve-se estar atento às questões inflacionárias. Caso
contrário, podem ocorrer análises incorretas.
12
Análise Horizontal 
– Pode ser feita em relação:
• Ao período anterior: variação em relação ao período anterior
• A um período base: variação em relação ao período base
• Ao período todo de análise: variação em todo o período de análise
– Valor anterior pode ser do período anterior, período base ou período inicial
13
(Valor Atual – Valor Anterior)
Valor Anterior
100x
Análises Vertical e Horizontal
Considerações sobre as Análises Vertical e Horizontal
– São complementares
– Exemplo: a análise horizontal pode indicar grande variação
em um item de um ano para o outro, mas pela análise vertical
observa-se que tal item não é representativo na estrutura da
empresa.
– Elementos para análises iniciais
– Permitem identificar as contas que merecem uma análise mais
detalhada busca de outras fontes de informação.
14
Capítulo 14
Tema 12: Análise por meio de índices 
15
Noções de Contabilidade para Administradores – EAC 0111
Prof: Márcio Luiz Borinelli
Monitor: Wilson Tarantin Junior
Índices
O que são os índices?
– Expressam uma relação entre contas (ou grupo de contas).
– São importantes para fins de comparação:
• Reduzem o problema de escala entre empresas;
• Reduzem o problema dos valores ao longo do tempo.
– Índices que representam:
• Situação financeira: liquidez;
• Situação patrimonial: estrutura de capital;
• Situação econômica: lucratividade e rentabilidade;
• Situação operacional: gestão de ativos e passivos operacionais.
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Índices
Características
– Oferecem uma medida relativa de desempenho.
– Permitem rapidez e padronização de procedimentos.
– Devem sempre ser utilizados em contexto temporal ou
comparativo.
– Servem como avaliação:
• Pelo significado intrínseco;
• Pela comparação ao longo dos anos;
• Pela comparação com outras empresas do setor.
17
Análise de Liquidez
– É uma forma de verificar a capacidade de pagamento da
entidade.
– Envolve o estudo dos ativos e passivos circulantes (embora
não exclusivamente, por exemplo: Realizável a Longo Prazo e
Exigível a Longo Prazo).
• Ativo Circulantes: Aqueles que serão transformados em dinheiro no curto
prazo (em geral, 1 ano)
• Passivo Circulante: Aquelas obrigações que precisarão ser satisfeitas no
curto prazo (em geral, 1 ano)
– Em última instância, o dinheiro para saldar os compromissos da
entidade está representado pelo Ativo Circulante .
18
Análise de Liquidez
1. Liquidez Geral
– Indica o quanto a entidade tem a realizar no curto e longo
prazos em relação às suas exigibilidades totais.
– Mostra a saúde financeira de longo prazo da entidade.
– De forma geral, é importante que este índice seja maior que 1.
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Ativo Circulante + Realizável LP 
Passivo Circulante + Exigível LP
Liquidez Geral =
Análise de Liquidez
2. Liquidez Corrente
– Indica quanto a entidade tem de ativos realizáveis no curto
prazo em relação às exigibilidades no mesmo período.
– É um dos índices de liquidez mais utilizados.
– De forma geral, é importante que este índice seja maior que 1.
20
Ativo Circulante 
Passivo Circulante
Liquidez Corrente =
Análise de Liquidez
3. Liquidez Seca
– Indica a capacidade de a entidade saldar seus compromissos
por meio de seus ativos mais líquidos.
– O estoque é excluído, pois reduz-se um fator de incerteza.
– Despesas antecipadas são excluídas, pois são direitos que não
se convertem em caixa.
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Ativo Circulante – Estoques – Despesas Antecipadas 
Passivo Circulante
Liquidez Seca =
Análise de Liquidez
4. Liquidez Imediata
– Indica a capacidade de a entidade liquidar seus passivos de
curto prazo imediatamente.
– Disponibilidades:Caixa e equivalentes a caixa.
– Este índice costuma ser baixo, uma vez que dinheiro “parado”
em caixa não é rentável para a entidade.
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Disponibilidades
Passivo Circulante
Liquidez Imediata =
Estrutura de Capital e Endividamento 
– É a análise das fontes de financiamento da entidade.
• De onde vieram os recursos (origem de recursos) para a aplicação nos
ativos (aplicação de recursos)?
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ATIVOS
PL
PASSIVOS
Investe
Terceiros
Capital Próprio
Recursos derivados das operações da companhia
Estrutura de Capital e Endividamento
1. Participação de Capitais de Terceiros
– Indica o percentual de capitais de terceiros em relação ao
patrimônio líquido da entidade.
– Indica o quanto a entidade deve a terceiros para cada $ 1 de
capital próprio que possui.
– Índice conhecido como alavancagem.
24
Capital de Terceiros
Patrimônio Líquido
Participação 
de Capitais de 
Terceiros
=
Estrutura de Capital e Endividamento
2. Composição do Endividamento 
– Indica o percentual dos recursos de terceiros que deverão ser
pagos no curto prazo.
– Mostra o quanto das exigibilidades da entidade deverão ser
satisfeitas em 1 ano.
– Pode-se conhecer o Endividamento de Longo Prazo .
25
Passivo Circulante
Capital de Terceiros
Endividamento 
de Curto Prazo =
Estrutura de Capital e Endividamento
3. Endividamento Geral
– Indica o percentual dos ativos totais que são financiados por
recursos de terceiros.
– Pode ser interpretado o percentual como dos recursos totais
que são providos por terceiros.
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Capital de Terceiros
Total do Ativo
Endividamento 
Geral =
Estrutura de Capital e Endividamento
4. Imobilização do PL
– Indica o percentual dos recursos próprios que está investido
em ativos de longo prazo.
– Capital de Giro Próprio: PL – Ativo Não Circulante
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Ativo Não Circulante
Patrimônio Líquido
Imobilização 
do PL =
Estrutura de Capital e Endividamento
5. Imobilização de Recursos Não Correntes
– Indica o percentual dos recursos próprios e os passivos de
longo prazo que está investido em ativos de longo prazo.
– É uma forma de analisar se a entidade mantém uma relação
coerente entre seus ativos de longo prazo e as fontes de
financiamento de longo prazo.
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Ativo Não Circulante
PL + Passivo Não Circ.
Imobilização 
dos Recursos 
Não Correntes
=
Lucratividade e Rentabilidade 
– A análise da lucratividade tem o intuito de relacionar o lucro
da entidade com o seu montante de vendas.
– A análise da rentabilidade tem o intuito de relacionar o lucro
da entidade com o montante do investimento feito na
mesma.
– Objetiva avaliar se a entidade se “saiu bem” em um período e
verificar se conseguiu remunerar adequadamente:
• Seus Ativos (Investimentos)
• Seus Acionistas
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Lucratividade e Rentabilidade
1. Giro do Ativo
– Demonstra quantas vezes o ativo se transformou em vendas
em dado período.
– Mostra o quanto a entidade vendeu para cada $1 de ativo.
– Ativo Total Médio = (Ativo Total Inicial + Ativo Total Final)/2
30
Giro do Ativo =
Receita Líquida de Vendas
Ativo Total Médio
Lucratividade
2. Margem Líquida
– Indica a parcela das vendas que se transformou em lucro
para os acionistas.
– Outras: Margem Bruta e Margem Operacional
31
Resultado Líquido
Margem Líquida =
Receita Líquida de Vendas
Rentabilidade
3. Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE)
– Apresenta o retorno sobre o capital investido pelos sócios, isto
é, o retorno aos proprietários da empresa.
– Mostra a taxa de retorno do capital próprio permite verificar
se a entidade está criando valor para seu acionistas.
• Patrimônio Líquido Médio = (Patrimônio Líquido Inicial + Patrimônio Líquido Final)/2
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Resultado Líquido
ROE =
Patrimônio Líquido Médio
Rentabilidade
4a. Retorno sobre o Ativo (ROA)
– Indica o desempenho econômico geral da entidade.
– Pode ser entendido como um potencial de lucro da entidade.
– Ativo Total Médio = (Ativo Total Inicial + Ativo Total Final)/2
33
Resultado Líquido
ROA =
Ativo Total Médio
Rentabilidade
4b. Retorno sobre o Ativo (ROA)
– O retorno sobre o ativo pode ser calculado como resultado de
sua margem e de seu giro.
– 1º Termo: Margem Líquida; 2º Termo: Giro do Ativo
– Permite maior detalhamento da informação + informações
34
ROA =
Lucro Líquido
Ativo Total MédioReceita Líquida de Vendas
Receita Líquida de Vendas
X
Rentabilidade
5. Retorno Operacional 
– O retorno operacional pode ser calculado como resultado de
sua margem e de seu giro.
– 1º Termo: Margem Operacional; 2º Termo: Giro do Ativo Operacional
– Ativos operacionais: aqueles destinados à atividade-fim da empresa
35
Retorno 
Operacional =
Resultado Operacional
Ativo Operacional MédioReceita Líquida de Vendas
Receita Líquida de Vendas
X
Índices de Gestão 
Índices de gestão e prazos médios
– São os índices operacionais
• Eficiência na gestão de ativos e passivos de curto prazo
– Conceitos relacionados:
• Ciclo Operacional 
• Ciclo Financeiro (Ciclo de Caixa)
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Ciclos Operacional e Financeiro
37
Compra de 
Mercadoria ou 
Material
Venda da 
Mercadoria ou 
Produto
Recebimento da
Venda
Prazo de 
Renovação dos 
Estoques
Prazo de 
Recebimento 
das Vendas
Pagamento da 
Compra
Prazo de 
Pagamento das 
Compras
Ciclo Operacional
Ciclo Financeiro
Ciclo Operacional
– A soma de todos os prazos indicados representa o tempo que
uma entidade leva da compra do estoque até o recebimento
da venda.
– Uma forma de a entidade financiar a estocagem de MP ou
seus estoques é por meio dos fornecedores.
• Os fornecedores concedem prazo para a empresa pagar suas compras.
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Ciclo Financeiro
– Quando é incluído o pagamento aos fornecedores no ciclo
operacional, outra informação surge:
– O Ciclo de Caixa ou Ciclo Financeiro da entidade:
• Representa o tempo entre o pagamento aos fornecedores até o
recebimento das vendas
Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional - PMPC
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Prazos Médios
– Cada um dos prazos apresentados anteriormente pode ser
calculado como um prazo médio
• PMRE: Prazo Médio de Renovação dos Estoques
• PMRV: Prazo Médio de Recebimento das Vendas
• PMPC: Prazo Médio de Pagamento das Compras
40
Prazos Médios
1. Prazo Médio de Renovação dos Estoques
– Indica quanto tempo, em média, a entidade leva para renovar seus estoques
– Indica quanto tempo, em média, os estoques demoram para serem vendidos 
41
Custo das Vendas
Estoques
PMRE = x 360
Prazos Médios
2. Prazo Médio de Recebimento das Vendas
– Indica quanto tempo, em média, a entidade leva para receber suas vendas a 
prazo
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Vendas Realizadas
Clientes
PMRV = x 360
Vendas Brutas ou Vendas Líquidas?
Prazos Médios
3. Prazo Médio de Pagamento das Compras
– Indica quanto tempo, em média, a entidade leva para pagar suas compras a 
prazo
Compras = Custo da Mercadoria Vendida – Estoque Inicial + Estoque Final
43
Compras
Fornecedores
PMPC = x 360

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