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Assimetria informacional no mercado segurador

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1 
EAC0324 
Teoria Geral das 
Operações de Seguros 
 
7. Assimetria informacional 
e o mercado segurador 
Varian (2006, cap. 37), Castro (2002), Maia, Andrade e 
Oliveira (2004, seções 1 a 4), Andrade e Maia (2009), Maia, 
Andrade e Feres (2012). 
 
Prof. Dr. Luís Eduardo Afonso 
lafonso@usp.br 
 
Monitor: João Vinícius de França Carvalho 
jvfcarvalho@gmail.com 
2 
Objetivos do tópico 
• Abordar os principais tópicos referentes ao 
 tema de assimetria informacional 
• Apresentar a importância da assimetria 
 informacional para o mercado segurador e 
 para o gerenciamento de risco 
• Enfatizar aplicações na área de saúde 
 suplementar 
3 
– Inexistência de externalidades 
– Informação perfeita 
– Racionalidade 
 
• O que acontece se essas hipóteses não valem? 
Introdução 
 Em mercados plenamente competitivos: 
– Grande número de compradores e vendedores 
– Agentes price-takers 
– Inexistência de externalidades 
– Informação perfeita 
– Racionalidade plena 
2 
4 
Introdução 
• Contrato: qualquer tipo de relação econômica 
 entre dois agentes econômicas 
• Agente econômico: aquele que toma decisões 
 econômicas 
• Assimetria de informação: situação em que as 
 partes envolvidas em um contrato não têm o 
 mesmo nível de informação 
• A assimetria de informação dá origem a 
 quatro pontos relevantes. E ainda pode haver 
 outras falhas de mercado importantes 
5 
Falhas de mercado - Informação 
a) Risco moral (moral hazard) (Risco pós-contratual) 
 Situação em que a própria existência do contrato faz com 
 que um dos agentes mude seu comportamento, influenciando 
 a probabilidade de um determinado evento 
 
Qual a relevância do risco moral no mercado segurador? 
b) Seleção adversa (Risco pré-contratual) 
 Situação em que a assimetria de informação faz com que os 
 agentes com características menos desejáveis sejam aqueles 
 mais propensos a realizar um determinado contrato 
 
 Qual a relevância da seleção adversa no mercado segurador? 
6 
c) Relação agente-principal 
 Situação em que o bem-estar do principal depende das ações 
 do agente 
 Principal – parte afetada pelas ações do agente 
 Agente – executor das ações que afetam o principal 
 
 Há assimetria de informação e custo de monitoramento 
 
d) Sinalização (& reputação) 
 Processo por meio do qual os agentes econômicos enviam 
 algum tipo de sinal ao mercado, visando reduzir a assimetria 
 de informação. 
 O caso mais comum é o efeito diploma 
Falhas de mercado - Informação 
3 
7 
Uma evidência não-conclusiva do efeito-diploma 
no mercado de trabalho no Brasil (I) 
Renda média mensal por nível de educação 
(zonas urbanas e ocupações não-agrícolas) - Brasil (2006) 
Anos de estudo Renda média mensal (R$) Var % Índice 
0 360,60 - 100,00 
1 453,29 25,70 125,70 
2 429,96 -5,15 119,23 
3 459,21 6,80 127,35 
4 539,50 17,48 149,61 
5 516,58 -4,25 143,26 
6 513,91 -0,52 142,52 
7 545,23 6,09 151,20 
8 637,49 16,92 176,79 
9 511,85 -19,71 141,94 
10 543,02 6,09 150,59 
11 845,97 55,79 234,60 
12 1090,55 28,91 302,43 
13 1231,06 12,88 341,39 
14 1412,37 14,73 391,67 
15 2593,29 83,61 719,16 
Fonte: PNAD (2006). Tabulações próprias 
8 
Uma evidência não-conclusiva do efeito-diploma 
no mercado de trabalho no Brasil (II) 
Renda média mensal por nível de educação 
(zonas urbanas e ocupações não-agrícolas) - Brasil (2008) 
Anos de estudo Renda média mensal (R$) Var % Índice 
0 430,21 - 100,00 
1 490,64 14,05 114,05 
2 508,14 3,57 118,11 
3 542,25 6,71 126,04 
4 645,92 19,12 150,14 
5 645,61 -0,05 150,07 
6 628,32 -2,68 146,05 
7 645,67 2,76 150,08 
8 765,76 18,60 178,00 
9 634,25 -17,17 147,43 
10 690,07 8,80 160,40 
11 979,48 41,94 227,67 
12 1170,84 19,54 272,16 
13 1420,19 21,30 330,12 
14 1523,04 7,24 354,02 
15 2822,05 85,29 655,97 
Fonte: PNAD (2008). Tabulações próprias 
9 
Uma evidência não-conclusiva do efeito-diploma 
no mercado de trabalho no Brasil (III) 
Renda média mensal por nível de educação 
(zonas urbanas e ocupações não-agrícolas) - Brasil (2009) 
Fonte: PNAD (2009). Tabulações próprias 
Anos de estudo Renda média mensal (R$) Var % Índice 
0 532,92 - 100,00 
1 547,10 2,66 102,66 
2 566,05 3,46 106,22 
3 616,59 8,93 115,70 
4 706,37 14,56 132,55 
5 674,47 -4,52 126,56 
6 665,91 -1,27 124,95 
7 676,08 1,53 126,86 
8 822,48 21,65 154,33 
9 681,62 -17,13 127,90 
10 732,49 7,46 137,45 
11 1.044,39 42,58 195,98 
12 1.167,46 11,78 219,07 
13 1.423,07 21,89 267,03 
14 1.639,93 15,24 307,73 
15 2.957,54 80,35 554,97 
4 
10 
Uma evidência não-conclusiva do efeito-diploma 
no mercado de trabalho no Brasil (IV) 
Renda média mensal por nível de educação 
(zonas urbanas e ocupações não-agrícolas) - Brasil (2011) 
Fonte: PNAD (2011). Tabulações próprias 
Anos de estudo Renda média mensal (R$) Var % Índice 
0 774,67 - 100,00 
1 700,18 -9,62 90,38 
2 713,27 1,87 92,07 
3 750,82 5,26 96,92 
4 889,09 18,42 114,77 
5 845,11 -4,95 109,09 
6 816,19 -3,42 105,36 
7 872,67 6,92 112,65 
8 991,50 13,62 127,99 
9 819,53 -17,34 105,79 
10 902,62 10,14 116,52 
11 1.223,05 35,50 157,88 
12 1.368,89 11,92 176,71 
13 1.695,01 23,82 218,80 
14 1.851,38 9,22 238,99 
15 3.440,46 85,83 444,12 
11 
Um breve olhar sobre a situação das domésticas no Brasil 
Contribuintes à Previdência Social por posição na ocupação 
Brasil (2011) 
Fonte: PNAD (2011). Tabulações próprias 
Posição na ocupação Contribuintes Não contribuintes Total 
Empregado com cart. Trabalho 36.232.559 0 36.232.559 
Militar 0 220.399 220.399 
Funcionário público estatutário 6.470.257 0 6.470.257 
Outro empregado sem carteira 2.717.017 11.298.787 14.015.804 
Doméstico com carteira 2.038.644 0 2.038.644 
Doméstico sem carteira 367.228 4.247.066 4.614.294 
Conta própria 4.318.403 15.346.484 19.664.887 
Empregador 2.083.324 1.092.433 3.175.757 
Trabalh. na prod. para próprio consumo 131.761 3.620.824 3.752.585 
Trabalh. na const. para próprio. Uso 2.738 105.248 107.986 
Não remunerado 152.745 3.047.150 3.199.895 
Total 54.514.676 38.978.391 93.493.067 
12 
e) Externalidades 
Situação em que a ação de um agente econômico tem influência 
sobre outros agentes. Os efeitos das atividades de consumo e 
produção não são retratados adequadamente pelo sistema de 
preços. As externalidades podem ser positivas ou negativas 
 
Em vários casos a existência de externalidades negativas (e 
positivas) não pode ser corrigida pelo mercado. Isso justifica a 
atuação do governo. 
 
Saúde Pública, poluição e educação são casos importantes 
Falhas de mercado – Outros tipos 
5 
13 
f) Barreiras à entrada 
Situação em que há algum empecilho que impeça, dificulte, e/ou 
seja custoso para a entrada de ofertantes no mercado. 
Isso pode ser resultado de uma ação deliberada por parte do 
governo. Em geral isso é feito para tentar solucionar um 
problema de assimetria de informação 
 
Esta intervenção pode ter diversos efeitos sobre preços e 
quantidades de equilíbrio. 
 
Como isso afeta o mercado de seguros e o setor de saúde? 
Falhas de mercado – Outros tipos 
14 
Risco moral – uma aplicação ao mercado de saúde 
a) Risco moral 
 O seguro-saúde torna menos rigorosa a restrição 
 orçamentária do indivíduo 
 No seguro-saúde há vários tipos de risco moral 
a1) Risco moral ex-ante 
 Ocorre antes do paciente demandar cuidados médicos 
a2.1) Risco moral ex-post estático 
 Ocorre após o paciente precisar de cuidados médicos:• aumento da demanda por saúde além do nível eficiente 
• desinteresse em buscar preços e provedores de custo mais 
 baixo 
• não há interesse (do paciente) em monitorar o comportamento 
 do médico quanto a exames ou tratamentos desnecessários 
15 
Risco moral – uma aplicação ao mercado de saúde 
a2.2) Risco moral ex-post dinâmico 
 Gerado pela adoção de tecnologias de baixo benefício e alto 
 custo 
Risco moral pode ser oriundo do: 
• paciente: demanda mais serviços médicos 
• médico: profissional de saúde requisita mais exames, 
 consultas e retornos 
b) Relação agente-principal 
 Sem seguro-saúde: agente: médico 
 principal: paciente 
 
 Com seguro-saúde: agente: médico 
 principal: seguradora/plano de saúde 
6 
16 
O risco moral no sistema de saúde suplementar brasileiro 
MAIA, A. C.; ANDRADE, M. V.; OLIVEIRA, A. M. H. C. de. 
Trabalho apresentado no XXXII Encontro Nacional de Economia 
da Anpec. João Pessoa, 2004. 
 
Diferenciais de utilização do cuidado de saúde no sistema 
suplementar brasileiro 
ANDRADE, M. V.; MAIA, A. C. 
Estudos Econômicos, v. 39, n 1, p. 7-38, 2009. 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
17 
Objetivos: 
• Compreender a relação entre os setores público e 
 privado no setor de saúde 
• Analisar as consequências da assimetria informacional, 
 particularmente do risco moral 
Metodologia: 
• Análise contrafactual: qual seria a utilização dos 
 serviços de saúde dos indivíduos que têm planos 
 de saúde se estes não tivessem planos de saúde? 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
18 
Resultados: 
• Diferença estimada pode ser resultado de risco 
 moral e de diferenças de acesso entre os dois setores 
Hipóteses: 
• Igualdade nas condições de acesso aos serviços de saúde 
• Sobreutilização refletiria o risco moral existente 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
7 
20 
2. Caracterização do mercado de bens e 
serviços de saúde: três aspectos importantes 
a) Consumo de bens e serviços de saúde é feito em 
ambiente de incerteza 
i. Incerteza quanto à necessidade de uso dos serviços médicos 
(choques estocásticos) 
ii. Incerteza quanto ao diagnóstico clínico e à eficácia do 
tratamento 
iii. Distribuição das despesas médicas não é normal. Poucos 
episódios têm valores muito elevados 
 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
21 
b) Assimetria de informação entre o 
consumidor, a seguradora e o provedor de bens 
e serviços  problemas de agência 
Consumidor Provedor 
Seguradora /Plano de Saúde 
Risco moral Risco moral 
Seleção 
adversa 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
Seleção 
adversa 
Seleção 
adversa 
Risco moral 
22 
c) Ambiente de mercado tem 5 características peculiares 
i. Diversos bens e serviços são credenciais: é necessária 
certificação do poder público 
ii. Dissociação entre consumidor final e agente responsável pela 
indicação terapêutica (demanda induzida pela oferta) 
iii. Produtos e equipamentos apresentam elevados gastos (P & D) 
iv. Presença de externalidades difusas 
v. Alguns bens e serviços de saúde são meritórios 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
8 
23 
3. Caracterização do sistema de saúde 
 suplementar brasileiro 
• Constituição de 1988 garante direitos universais e 
igualitários aos serviços de saúde 
• Sistema misto: setores público e privado atuam no 
provimento e financiamento dos serviços de saúde 
• Setor privado tem parcela expressiva dos leitos e da 
oferta de serviços 
• Cerca de 40 milhões de pessoas tinham planos privados 
de saúde (em 2012 chegou a quase 49 milhões) 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
24 
Informações adicionais 
Beneficiários de planos privados em atividade por cobertura Brasil 
(2000-2012) 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
Data 
Assistência médica com ou 
sem odontologia 
Taxa de 
crescimento 
(% a.a) 
Exclusivamente 
odontológico 
Taxa de 
crescimento 
(% a.a) 
dez/00 30.966.522 - 2.603.001 - 
dez/01 31.420.006 1,46 3.062.681 17,66 
dez/02 31.513.309 0,30 3.677.782 20,08 
dez/03 32.074.667 1,78 4.325.568 17,61 
dez/04 33.840.716 5,51 5.312.915 22,83 
dez/05 35.441.349 4,73 6.204.404 16,78 
dez/06 37.248.388 5,10 7.349.643 18,46 
dez/07 39.282.791 5,46 9.138.227 24,34 
dez/08 41.298.505 5,13 10.694.382 17,03 
dez/09 42.563.098 3,06 12.886.833 20,50 
dez/10 45.801.579 7,61 14.589.634 13,21 
dez/11 47.590.080 3,90 16.955.603 16,22 
set/12 48.660.705 2,25 18.440.037 8,75 
25 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
Data 
Médico-
hospitalares 
Taxa de 
crescimento 
(% a.a) 
Exclusivamente 
odontológico 
Taxa de 
crescimento 
(% a.a) 
dez/00 1.458 - 490 - 
dez/01 1.456 -0,14 505 3,06 
dez/02 1.381 -5,15 481 -4,75 
dez/03 1.345 -2,61 469 -2,49 
dez/04 1.302 -3,20 449 -4,26 
dez/05 1.242 -4,61 415 -7,57 
dez/06 1.197 -3,62 413 -0,48 
dez/07 1.168 -2,42 407 -1,45 
dez/08 1.119 -4,20 403 -0,98 
dez/09 1.088 -2,77 391 -2,98 
dez/10 1.044 -4,04 367 -6,14 
dez/11 1.005 -3,74 364 -0,82 
Set/12 973 -3,18 365 0,27 
Informações adicionais 
Planos privados em atividade por cobertura Brasil (2000-2012) 
9 
26 
Informações adicionais 
Receita do setor (Brasil: 2003-2011) 
(Valores em R$ nominais) 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
Data Médico-hospitalares 
Taxa de 
crescimento 
(% a.a) 
Exclusivamente 
odontológico 
Taxa de 
crescimento 
(% a.a) 
dez/03 28.242.917.411 - 500.518.512 - 
dez/04 32.026.254.326 13,40 599.206.746 19,72 
dez/05 36.522.817.921 14,04 743.756.673 24,12 
dez/06 41.714.363.262 14,21 910.857.131 22,47 
dez/07 51.121.556.961 22,55 1.082.824.028 18,88 
dez/08 59.507.063.653 16,40 1.176.390.767 8,64 
dez/09 64.468.880.292 8,34 1.340.901.449 13,98 
dez/10 72.911.999.104 13,10 1.671.930.882 24,69 
dez/11 82.449.011.042 13,08 ... 
27 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
Fonte: ANS 
Taxa de cobertura: Planos de assistência médica 
(Brasil - setembro/2012) 
28 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
10 
29 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
Taxa de cobertura: Planos odontológicos 
(Brasil - dezembro/2012) 
30 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
31 
Quatro modalidades de atuação da assistência 
médica suplementar 
• Medicina de grupo: empresas administram planos 
médicos para empresas 
• Cooperativas: médicos são simultaneamente sócios e 
prestadores dos serviços 
• Planos próprios de empresas: planos fechados restritos 
aos funcionários das empresas 
• Seguradoras: ofertam planos e têm rede credenciada 
Evidências empíricas: elasticidade-preço da 
demanda varia entre -0,14 e -1,5 
No setor público há poucas evidências. Há 
mecanismos não-monetários de racionalização 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
11 
33 
4. Revisão da literatura 
• Estimação do risco moral é problemática por causa do 
problema da endogeneidade 
• Poucas evidências empíricas sobre a demanda por serviços 
de saúde. Aparentemente a demanda é inelástica 
• Risco moral pode existir devido ao custo marginal da 
sobreutilização ser baixo ou nulo 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
34 
Bancos de dados 
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNADs 1998 e 
2003) 
Pesquisa amostral feita pelo IBGE que investiga características 
sócio-econômicas da população e dos domicílios brasileiros 
Em 1998 e 2003 (e 2008) foram feitos suplementos com 
características de saúde 
Dados referentes apenas aos chefes de família 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
** Em 2013 o governo deve iniciar a Pesquisa Nacionalde Saúde (PNS) com 
 coleta de material biológico (sangue) 
43 
Análise descritiva (1998) 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
12 
44 
Análise descritiva (1998) 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
45 
Análise descritiva (1998) 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
46 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
Análise descritiva (1998) 
13 
47 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
Análise descritiva (1998) 
59 
Análise descritiva 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
65 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
14 
66 
Risco moral & sistema de saúde suplementar 
75 
Risco moral no contexto de perda da cobertura de seguro 
MAIA, A. C.; ANDRADE, M. V.; FERES, F. L. C. Risco 
moral no contexto de perda da cobertura de seguro. In: 
12º Congresso USP de Controladoria e Contabilidade, 
2012. São Paulo. Anais.... São Paulo: EAC/FEA/USP, 
2012. 
76 
Objetivos: 
• Verificar evidências de risco moral ex-ante em planos de 
 saúde 
• Antecipação da perda do seguro saúde => incentivos a 
 aumento no uso do plano da Sabesprev 
Metodologia: 
• Análise longitudinal dos beneficiários do plano 
Resultados: 
• Aumento de 17% nas consultas médicas nos 6 
 meses anteriores à perda de cobertura do plano 
• Aumento de 22% nos exames de diagnose nos 6 
 meses anteriores à perda de cobertura do plano 
Risco moral no contexto de perda da cobertura de seguro 
15 
77 
Introdução 
Risco moral (ex-ante, ex-post e dinâmico) é fato inerente ao 
mercado de saúde 
O contexto 
• Legislação brasileira permite que trabalhadores 
 exonerados, demitidos e aposentados continuem no 
 plano, se passarem a custeá-lo integralmente 
Risco moral gera externalidade negativa 
Antecipação da perda do seguro saúde altera preços relativos 
Mudança no comportamento do consumidor 
Mensuração do risco moral não é simples 
78 
Metodologia e base de dados 
Microdados: registros administrativos da Sabesprev (2005-
2008). Dados mensais 
Cobertura de plano de saúde => autogestão 
Empregados com vínculo ativo: 
• Subsídio parcial pela empresa 
• Adesão compulsória para empregados 
• Adesão voluntária para dependentes, sem custo adicional 
• Possibilidade de agregar familiares. Prêmio calculado com base 
 em faixa etária 
Empregados inativos (aposentados e ex-empregados) 
• Adesão de dependentes e familiares é facultativa 
• Prêmio calculado com base em faixa etária 
79 
Metodologia e base de dados 
Registros administrativos 
Banco 1 – Despesa: 
• Registro desagregado dos procedimentos realizados (beneficiários, 
 procedimento, data, provedor, valor, quantidade) 
Banco 2 – Internações: 
• Registro desagregado das internações realizadas (beneficiários, 
 provedor principal, datas de entrada e saída, motivo de saída) 
Banco 3 – Cadastro: 
• Atributos do beneficiário (data de nascimento, sexo, tipo de vínculo, 
 data de entrada no plano, data de saída, motivo do desligamento) 
16 
80 
Metodologia e base de dados 
Procedimento metodológico 
• Classificar procedimento: ambulatorial ou hospitalar 
• Classificar e contabilizar número de consultas e exames 
• Associar dados dos beneficiários ao uso do plano 
Banco de dados 
• Entrantes na carteira até 01/2004 (mínimo de 13 meses de utilização) 
• Carteira: 57 mil vidas, divididas em dois grupos 
• 46.953 ativos durante os 4 anos (2005-2008) 
• 10.211 deixam a carteira por algum motivo 
Número de demissões reduzido 
81 
Metodologia e base de dados 
Hipóteses 
• Desligamento da carteira é antecipado e exógeno ao estado de saúde 
O modelo para medir o risco moral 
yit utilização do indivíduo i no instante t 
bt vetor de dummies de tempo 
xit vetor de variáveis explicativas do indivíduo i no instante t 
it vetor de características não observáveis do indivíduo i no instante t 
it termo de erro 
82 
Metodologia e base de dados 
17 
83 
Resultados 
84 
Resultados 
Consultas (12 meses 
para saída da carteira) 
Consultas (36 meses 
para saída da carteira) 
85 
Resultados 
Exames de diagnóstico 
(12 meses para saída da carteira) 
Exames de diagnóstico 
 (36 meses para saída da carteira) 
18 
86 
Resultados (Regressões - CONSULTAS – Parte 1) 
87 
Resultados (Regressões - CONSULTAS – Parte 2) 
88 
Resultados (Regressões - CONSULTAS – Parte 3) 
19 
89 
Resultados (Regressões - EXAMES – Parte 1) 
Lag temporal em relação às consultas 
90 
Resultados (Regressões - EXAMES – Parte 2) 
91 
Resultados (Regressões - EXAMES – Parte 3)

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