Desafio - Milho e Soja

Prévia do material em texto

�PAGE \* MERGEFORMAT�4�
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
Centro de Educação a Distância
CURSO: ADMINISTRAÇÃO
DISCIPLINAS: Administração da produção e operações, Administração de Recursos Humanos, Administração Financeira e Orçamentária, Planejamento e Controle da Produção e Sistemas de Informações Gerenciais.
xxxxxxxxxxxxxx
ESTUDO DE VIABILIDADE NA PRODUÇÃO DE MILHO E SOJA DA EMPRESA BOM GESTOR AGROPECUÁRIA
Tutor a Distância: André Xavier
Tupã, 17 de Novembro de 2017.
xxxxxxxxxxxx
Desafio profissional apresentado ao Curso Superior em Administração da Universidade Anhanguera Uniderp, como exigência das disciplinas de Administração da produção e operações, Administração de Recursos Humanos, Administração Financeira e Orçamentária, Planejamento e Controle da Produção e Sistemas de Informações Gerenciais para a obtenção de nota.
Tupã, 17 de Novembro de 2017.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO 
LEVANTAMENTOS DE INSUMOS 
FUNÇÕES DESEMPENHADAS PELOS PRODUTORES NO CAMPO 
SISTEMA DE INFORMAÇÃO 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
BIBLIOGRAFIA
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como finalidade levar o acadêmico do curso de Administração para rotinas administrativas e de tomada de decisões ao agronegócio.
Tendo como base a empresa Bom Gestor Agropecuária que com sua estrutura pretende manter como foco principal a produção de soja e na safrinha produzindo milho, seremos levados ao estudo aprofundado sobre como administrar uma produtora de grãos, com suas respectivas adversidades e suas lucratividades.
Um bom planejamento é importante para nortear as decisões a serem tomadas em cada etapa do processo produtivo. Administrar propriedades rurais não é tarefa fácil, pois existem diversas fatores que podem afetar o planejamento, como por exemplo, o excesso ou ausência de chuvas, ocorrências de pragas e doenças, equipamentos que apresentam defeitos e prejudicam as operações. O planejamento em todo caso, estabelece a margem dos riscos que os proprietários poderão enfrentar durante o percurso.
Cada vez mais, se faz o uso de tecnologias no agronegócio, o que está alterando significativamente a demanda com relação à mão de obra. Neste contexto, os trabalhadores rurais, que antes exerciam atividades essencialmente manuais, agora utilizam equipamentos que requerem cada vez mais qualificação. Este fato está acarretando a necessidade desses trabalhadores estarem devidamente qualificados para o trabalho, o que torna a Gestão de Recursos Humanos cada vez mais importantes neste setor.
DESENVOLVIMENTO
A Bom Gestor Agropecuária irá disponibilizar 4.500 hectares para plantio, possui capacidade de produção usando infraestrutura própria e conta também com parceiros que executam serviços no período de plantio e colheita. Conforme dados coletados sobre itens a serem cultivados seus proprietários optaram pelo plantio de soja e milho onde terão dois períodos no ano de cultivo, de setembro a fevereiro que corresponde à soja e de março a junho (safrinha) que correspondente ao milho.
Tabela 1 – Relação dos Dados Coletados.
	
	PLANTIO
	COLHEITA
	COMERCIALIZAÇÃO
	SOJA
	Setembro
	Fevereiro e Março
	Saca: 60kg / R$65,00
	MILHO(Safrinha)
	Março
	Junho e Julho
	Saca: 60kg / R$26,00
 Fonte: Elaborado pelos autores segundo dados do trabalho.
A soja é uma cultura de grande importância econômica no Brasil, sendo a principal cultura do agronegócio brasileiro. Conforme dados da EMBRAPA: ”O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, atrás apenas dos EUA. Na safra 2015/2016, a cultura ocupou uma área de 33,17 milhões de hectares, o que totalizou uma produção de 95,63 milhões de toneladas. A produtividade média da soja brasileira foi de 2.882 kg por hectare.”.
Segundo dados da PROJEÇÃO DE AGRONEGÓCIO, Brasil 2016/2017 à 2026/2027: “A previsão de produção de milho no Brasil neste ano de 2016/17 está estimada em 92,8 milhões de toneladas. Desse total, 63,5 milhões correspondem ao milho de segunda safra e 30,3 milhões ao milho de primeira safra. Para manter o consumo interno projetado de 66,0 milhões de toneladas e garantir um volume razoável de estoques finais e o nível de exportações projetado, a produção projetada deverá situar-se entre 118,8 e 177,2 milhões de toneladas em 2026/27.”.
A empresa possui máquinas, veículos e implementos agrícolas capazes de realizar as atividades em 800 hectares por semana, ao custo de R$250,00 por hectare. O mês de janeiro contém quatro semanas, com isso a produção própria é capaz de suprir apenas 3.200 hectares, a diferença terá que ser com mão de obra terceirizada num total de 1.300 hectares, sendo que o custo desde equivale a R$500,00 por hectare. Calcularemos então, os valores de custo que cairão sobre o plantio tanto de milho quanto de soja.
Infraestrutura própria
3200 x 250,00 = 800.000,00
Infraestrutura terceirizada
1.300 x 500,00 = 650.000,00.
Chegamos ao custo total de infraestrutura por safra de R$ 1.450.000,00.
Tabela 2 – Calendário de Planejamento.
	Anual
	Grãos
	Ocorrência 
	Janeiro
	Soja
	Controle
	Fevereiro
	Soja
	Colheita
	Março
	Milho
	Plantio
	Abril
	Milho
	Controle
	Maio
	Milho
	Controle
	Junho
	Milho
	Colheita
	Julho
	-
	Erva Daninha
	Agosto
	-
	Erva Daninha
	Setembro
	Soja
	Plantio
	Outubro 
	Soja 
	Controle
	Novembro
	Soja 
	Controle
	Dezembro
	Soja
	Controle
Fonte: Elaborado pelos autores segundo dados do trabalho.
Segundo dados da EMBRAPA: “O manejo integrado de plantas daninhas consiste na adoção de um conjunto de medidas para prevenir e controlar essas espécies. O sistema traz benefícios para toda área de cultivo e não apenas àquela em que a cultura está se desenvolvendo. Em se tratando de controle químico é importante salientar a resistência de plantas daninhas aos herbicidas e o manejo de invasoras nas culturas geneticamente modificadas para resistência a herbicidas. A principal solução para evitar o aparecimento ou disseminação de plantas daninhas resistentes é planejar o controle químico com a utilização de herbicidas de diferentes mecanismos de ação.”.
LEVANTAMENTOS DE INSUMOS
Com levantamento de insumos nos períodos de plantio, existe um histórico traçado pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) referente aos custos de agrotóxicos e fertilizantes nos principais estados produtores de milho e soja revelando que os melhores momentos para adquirir insumos são os que antecedem a safra de cada região brasileira. 
Segundo publicação, denominada de “O comportamento dos Preços dos Insumos Agrícolas na Produção de Milho e Soja”, os agricultores normalmente não fazem estoques de insumos, deixando para adquirir somente no ciclo do plantio de cada cultura, acabando influenciando nos preços desses produtos.
A previsão conforme o IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), é que o custo com os insumos no cultivo de soja pode atingir o maior patamar da história na safra 2016/2017 com valor estimado em R$ 1.970,00 por hectare, com esse cálculo vai exigir que o produtor faça a gestão de custos e a leitura de mercado para garantir bons negócios. Com informações contundentes em mãos, nesse passo será estipulado o custo de insumo empregado em cada saca de milho ou soja produzido nas terras da Bom Gestor Agronegócio.
Conforme informações descritas nas tabelas abaixo para o milho e a soja, veremos o custa com a mecanização e o custo de mão de obra.
Tabela 3 – Demonstração Custo de Mão de Obra.
	DEMONSTRAÇÃO DO CÁLCULO DO CUSTO DE MÃO DE OBRA
	SOJA
	Estimativa de soja por ha
	55 sacas
	Custo de Mão de Obra por saca - Soja
	R$ 12,60
	TOTAL 
(Quant. Sacas * Custo por saca)
	R$ 693,00
	MILHO
	Estimativa de milho por ha
	110 sacas
	Custo de Mão de Obra por saca - Milho
	R$ 6,30
	TOTAL
(Quant. Sacas * Custo por saca)
	R$693,00Fonte: Elaborado pelos autores segundo dados do trabalho.
Tabela 4 – Demonstração Custo de Mecanização.
	DEMONSTRAÇÃO DO CÁLCULO DO CUSTO DE MECANIZAÇÃO 
	Descrição
	Valores
	Área disponível para plantio (ha)
	4.500
	Área de cultivada com maquinário próprio (ha)
(800 ha x 4semanas)
	3.200
	Custo por ha produção própria
	R$250,00
	Custo total de produção própria
	R$ 800.000,00
	Área de cultivação terceirizada
(4.500 ha – 3.200 ha)
	1.300 ha
	Custo por ha Produção Terceirizada
	R$500,00
	Custo Total Produção Terceirizada
	R$650.000,00
	Custo total por há
(custo total / total de ha)
	R$322,22
	CUSTO TOTAL
(custo produção própria + custo produção terceirizada)
	R$1.450.000,00
Fonte: Elaborado pelos autores segundo dados do trabalho.
Para o cultivo tanto de soja quanto milho utiliza-se de vários itens como insumos, maquinários, mão e obra, transporte entre outros, nesse momento iremos identificar qual é o peso dos insumos no valor de produção sendo que a expectativa de colheita por hectare seja de 55 sacas de soja e 110 sacas de milho no período por hectare.
Os principais insumos para o plantio são sementes, fertilizantes, adubos, herbicidas, inseticidas. Os mesmos são descritos sinteticamente nas tabelas anexas a seguir, com seus devidos valores para que sejam feitos os cálculos de impacto a cada hectare, assim como também gastos com maquinários, impostos, preparação da terra e outros.
Tabela 5 – Demonstração Custo Plantio da Soja – Região Centro Sul - IMEA.
	CUSTO DE PRODUÇÃO DE SOJA - SAFRA 2017/2018
	COMPONENTES DO CUSTO
	(R$/ha)
	(R$/60kg)
	I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
	DESPESAS COM INSUMOS
	R$ 1.448,39
	R$ 26,82
	Sementes
	R$ 247,12
	R$ 4,58
	Fertilizantes
	R$ 533,34
	R$ 9,88
	Defensivos
	R$ 667,93
	R$ 12,37
	OPERAÇÕES COM MAQUINAS
	R$ 75,39
	R$ 1,40
	MÃO DE OBRA
	R$ 86,18
	R$ 1,60
	TOTAL DE DESPESAS CUSTEIO DA LAVOURA (A)
	R$ 1.609,96
	R$ 29,81
	II – OUTRAS DESPESAS
	
	
	OUTRAS DESPESAS
	R$ 284,53
	R$ 5,27
	IMPOSTOS
	R$ 158,04
	R$ 2,93
	TOTAL DE OUTRAS DESPESAS (B)
	R$ 442,57
	R$ 8,20
	III – DESPESAS FINANCEIRAS
	
	
	Despesas Financeiras (Juros Financiamento)
	R$ 107,76
	R$ 2,00
	TOTAL DE DESPESAS FINANCEIRAS (C)
	R$ 107,76
	R$ 2,00
	CUSTO VARIAVEL ( A + B + C = D)
	R$ 2.160,29
	R$ 40,01
	IV – DEPRECIAÇÃO
	
	
	Depreciações (Maquinas e Implementos)
	R$ 51,25
	R$ 0,95
	TOTAL DE DEPRECIAÇÕES (E)
	R$ 51,25
	R$ 0,95
	V – OUTROS CUSTOS FIXOS
	
	
	Outros Custos Fixos
	R$ 1,31
	R$ 0,02
	TOTAL DE OUTROS CUSTOS FIXOS (F)
	R$ 1,31
	R$ 0,02
	CUSTOS FIXOS (E +F = G)
	R$ 52,56
	R$ 0,97
	CUSTO OPERACIONAL (D + G = H)
	R$ 2.212,85
	R$ 40,98
	VI – RENDA DE FATORES
	
	
	Custo da terra
	R$ 391,00
	R$ 7,24
	TOTAL DE RENDA DE FATORES (I)
	R$ 391,00
	R$ 7,24
	CUSTO TOTAL (H + I = J)
	R$ 2.603,85
	R$ 48,22
FONTE : Elaborado segundo dados coletos no IMEA
Produtividade Estimada: 54 sacas/ha
Tabela 6 – Demonstração Custo Plantio do Milho – Região Centro Sul - IMEA.
	CUSTO DE PRODUÇÃO DO MILHO - SAFRINHA 2017/2018
	COMPONENTES DO CUSTO
	(R$/ha)
	(R$/60kg)
	I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
	DESPESAS COM INSUMOS
	R$ 1.032,14
	R$ 10,32
	Sementes
	R$ 298,67
	R$ 2,99
	Fertilizantes
	R$ 436,72
	R$ 4,37
	Defensivos
	R$ 296,75
	R$ 2,97
	OPERAÇÕES COM MAQUINAS
	R$ 68,78
	R$ 0,69
	MÃO DE OBRA
	R$ 80,35
	R$ 0,80
	TOTAL DE DESPESAS CUSTEIO DA LAVOURA (A)
	R$ 1.181,26
	R$ 11,81
	II – OUTRAS DESPESAS
	
	
	OUTRAS DESPESAS
	R$ 469,44
	R$ 4,69
	IMPOSTOS
	R$ 37,89
	R$ 0,38
	TOTAL DE OUTRAS DESPESAS (B)
	R$ 507,33
	R$ 5,07
	III – DESPESAS FINANCEIRAS
	
	
	Despesas Financeiras (Juros Financiamento)
	R$ 126,11
	R$ 1,26
	TOTAL DE DESPESAS FINANCEIRAS (C)
	R$ 126,11
	R$ 1,26
	CUSTO VARIAVEL ( A + B + C = D)
	R$ 1.814,70
	R$ 18,15
	IV – DEPRECIAÇÃO
	
	
	Depreciações (Maquinas e Implementos)
	R$ 112,03
	R$ 1,12
	TOTAL DE DEPRECIAÇÕES (E)
	R$ 112,03
	R$ 1,12
	V – OUTROS CUSTOS FIXOS
	
	
	Outros Custos Fixos
	R$ 24,58
	R$ 0,25
	TOTAL DE OUTROS CUSTOS FIXOS (F)
	R$ 24,58
	R$ 0,25
	CUSTOS FIXOS (E +F = G)
	R$ 136,61
	R$ 1,37
	CUSTO OPERACIONAL (D + G = H)
	R$ 1.195,31
	R$ 19,51
	VI – RENDA DE FATORES
	
	
	Custo da terra
	R$ 211,42
	R$ 2,11
	TOTAL DE RENDA DE FATORES (I)
	R$ 211,42
	R$ 2,11
	CUSTO TOTAL (H + I = J)
	R$ 2.162,73
	R$ 21,63
FONTE : Elaborado segundo dados coletos no IMEA
Produtividade Média para a Média Tecnologia: 100 sacas/ha
Os proprietários estimam produzir 55 sacas de soja e 110 sacas de milho por hectare cultivado, conforme cálculos a baixo descobriremos o fator produtivo total do terreno disponível ao plantio.
Total de sacas de soja produzida:
4.500 (ha) * 55 (estima.) = 247.500 sacas.
Valor estimado por saca de soja em insumos é de R$ 26,82.
Valor estimado por saca de soja de mão de obra é de R$ 12,60.
Total de sacas de milho produzida:
4.500 (ha) * 110 (estima.) = 495.000 sacas.
Valor estimado por saca de milho em insumos de R$ 10,32.
Valor estimado por saca de milho em mão de obra é de R$ 6,30.
Quanto à segunda safra de milho, a projeção de colheita foi reduzida para 13,621 milhões de toneladas. No mês passado, o Deral (Departamento de Economia Rural), da Secretaria de Agricultura do Paraná, previa 13,714 milhões de toneladas. Apesar da redução, a nova previsão significa aumento de 34% ante a temporada 2015/16. A colheita atingiu 86% da área no Estado, avanço de cinco pontos porcentuais ante a semana anterior. A estimativa de área plantada com o cereal foi reduzida de 2.416.021 para 2.410.325 hectares. Já a previsão de rendimento diminuiu para 5.651 quilos por hectare, contra 5.677 quilos por hectare no mês passado. Conforme o Deral, 31% da safrinha de milho está comercializada.
Tabela 7 – Demonstração Resultado da Produção de Soja 
	PRODUÇÃO SOJA
(Área disp. * estima. Por ha)
	247.500 Sacas
	Área Total para plantio (ha)
	4.500
	Estimativa de soja por ha
	55 sacas
	VENDA ESTIMADO DA SOJA
(Quant. Total Sacas * Valor estima. de venda)
	R$ 16.087.500,00
	Preço estimado por saca
	R$ 65,00
	(-) TOTAL DE CUSTOS
	R$ 4.689.180,00
	Custo total com Maquinário
	R$1.449.990,00
	Custo de Mão de Obra (ha)
	R$ 3.118.500,00
	Custo com Insumos (ha)
	R$ 120.690,00
	(=) LUCRO PROJETADO TOTAL
	R$11.398.320,00
Fonte: Elaborado pelos autores segundo dados do trabalho.
Tabela 8 – Demonstração Resultado da Produção de Milho.
	PRODUÇÃO MILHO
(Área disp. * estima. Por ha)
	495.000 Sacas
	Área disponível para plantio (ha)
	4.500
	Estimativa de milho por ha
	110 sacas
	VENDA ESTIMADO DO MILHO
(Quant. Total Sacas * Valor estima. de venda)
	R$ 12.870.000,00
	Preço estimado por saca
	R$ 26,00
	(-) TOTAL DE CUSTOS
	R$ 4.614.930,00
	Custo total com Maquinário 
	R$1.449.990,00
	Custo de Mão de Obra 
	 R$ 3.118.500,00
	Custo com Insumos 
	R$ 46.440,00
	(=) LUCRO PROJETADO TOTAL
	R$8.255.070,00
Fonte: Elaborado pelos autores segundo dados do trabalho.
 FUNÇÕES DESEMPENHADAS PELOS PRODUTORES NO CAMPO
A mecanização no campo está modificando as relações de trabalho no agronegócio brasileiro. O trabalhador rural, antes contratado para fazer o plantio e colheita manual de culturas como soja e milho, agora está controlando máquinas. 
Para especialistas, o crescimento econômico que amplia a produção tem compensado os impactos da tecnologia no emprego, em que uma única máquina pode substituir 100 ou mais trabalhadores. 
As vendas de máquinas agrícolas no país são um termômetro da transformação no campo. O número mais que dobrou nos últimos sete anos, seja no cultivo para exportação ou para consumo nacional (NOVAES, 2010). 
Diante da evolução dos maquinários usados no setor rural, o plantio de soja e milho vem crescendomuito, pois faz com que agilize a produção em vários sentidos, porém mesmo com a tecnologia não se pode dispensar a mão de obra do trabalhador rural, que é de muita importância para o sucesso do processo entre plantio e colheita. Sendo elas operador de colheitadeira, mecânico de trator, técnico agrícola, motorista de caminhão, supervisor de expedição, administrador rural, piloto de avião agrícola entre outras.   
Tabela 9 – Funções Desempenhadas pelos produtores.
	FUNÇÃO
	FUNÇÕES DESEMPENHADAS
	Operador de colheitadeira 
	Operam, ajustam e preparam máquinas e implementos agrícolas. Realizam manutenção em primeiro nível de máquinas e implementos. Empregam medidas de segurança e auxiliam no planejamento de plantio.
	Mecânico de trator
	Elaboram planos de manutenção. Realizam manutenções de motores, sistemas e partes de veículos automotores. Substituem peças, reparam e testam desempenho de componentes e sistemas de veículos. Trabalham em conformidade com normas e procedimentos técnicos, de qualidade, de segurança e de preservação do meio ambiente.
	Técnico agrícola
	Auxilia os produtores rurais oferecendo ajuda técnica para desenvolverem sua produção. Prepara o solo, plantio, combate a pragas e colheita. Faz análise para verificar possíveis pontos que devem ser melhorados na produção e aplica soluções.
	Motorista de caminhão
	Transporta materiais e produtos para diversos itinerários. Elabora relatórios de viagem e rota. Efetua a prestação de contas das despesas efetuadas com o veículo. Zela pela conservação e segurança dos veículos, providenciando limpeza, ajustes e pequenos reparos.
	Supervisor de expedição
	Acompanha todo o processo de expedição e logística de mercadorias além de treinar colaboradores e fazer relatórios à diretoria da empresa.
	Administrador rural 
	Administra fazendas ou uma unidade de produção rural.
	Piloto de avião agrícola 
	Um piloto de aeronave agrícola contratos normalmente é feitos por temporada. Além de experiência pede-se até três safras ou 800 horas, é cada vez mais necessário entender de agricultura. A direção do vento, a umidade, a temperatura, a posição do sol determinam o melhor momento da aplicação de um defensivo, por exemplo.
Todas as funções no setor rural são fundamentais para que obtenha sucesso na hora da colheita.
Quem nunca ouviu que a cada dia torna-se mais difícil encontrar trabalhadores qualificados e que queiram trabalhar no meio rural. Muitos dos pecuaristas de gerações anteriores relatam o quanto era mais fácil, no passado, encontrar mão de obra disponível. 
É fato que muitas coisas mudaram com o decorrer dos anos, com a evolução da tecnologia, maquinários cada dia mais moderno e mão de obra mais qualificada. Desta forma devido ao avanço da tecnologia, cada vez mais diminuiu a necessidade do trabalho manual. Mesmo com toda essa evolução o trabalhador rural é de muita importância e necessário para todo o trabalho deste o plantio até a colheita.
BIBLIOGRAFIA
ASSAF NETO, Alexandre. Finanças corporativas e valor. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2005
BUENO, Wellington. Desafio Profissional de Administração: administração financeira e orçamentária; administração da produção e operações; administração de recursos humanos; sistemas de informações gerenciais; planejamento e controle de produção. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2017. 10p. Disponível em <www.anhanguera.edu.br/cead>. Acesso em: agosto de 2017
CANAL RURAL. Matéria: Soja: custos com insumos na safra 2016/2017. Disponível em <http://www.canalrural.com.br/noticias/soja/soja-custos-com-insumos-safra-2016-2017-podem-chegar-1970-por-hectare-diz-imea-60590>. Acesso em: agosto de 2017.
CANAL RURAL. Matéria: Paraná reduz previsões de produção de trigo e milho safrinha. Disponível em: < http://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/
Milho/noticia/2017/08/parana-reduz-previsoes-de-producao-de-trigo-e-milho-safrinha.html> Acesso em outubro de 2017
CASTRO, Marinella. Mecanização no campo muda as relações de trabalho. Disponível em: <https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2013/01/14/internas_economia,343131/mecanizacao-no-campo-muda-as-relacoes-de-trabalho.shtml> . Acesso em setembro de 2017.
CRISTIANO, Motivação da mão-de-obra no meio rural. Disponível em: <http://rehagro.com.br/motivacao-da-mao-de-obra-no-meio-rural/> . Acesso em setembro de 2017.
EMBRAPA. Artigos de milho, soja e tecnologia no agronegócio. Disponível em: <http://www.embrapa.com.br>. Acesso em: agosto de 2017
EMBRAPA. Soja. Disponível em: <https://www.embrapa.br/soja/cultivos/soja1> Acesso em outubro de 2017
EMBRAPA. Portfólio Embrapa de Cultivares de Soja. Disponível em: <https://www.embrapa.br/soja/intacta/plantas-daninhas>. Acesso em: outubro de 2017
MAIS SOJA. Matéria: Estudo acompanha preços dos insumos de milho e soja. Disponível em < http://maissoja.com.br/estudo-acompanha-precos-dos-insumos-de-milho-e-soja/>. Acesso em: agosto de 2017.
MARTINS, Petrônio Garcia; ALT, Paulo Renato Campos. Administração de materiais e recursos patrimoniais. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2009. 
MARTINS, Petrônio Garcia; LAUGENI, Fernando P.. Administração da produção. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2006. 
MARTINS, E. Contabilidade de Custos. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
MEGLIORINI, Evandir. Administração financeira: uma abordagem brasileira. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. 
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. PROJEÇÃO DE AGRONEGOCIOS BRASIL 2016/2017 à 2026/2027. Disponível em: < http://www.agricultura.gov.br/assuntos/politica-agricola/todas-publicacoes-de-politica-agricola/projecoes-do-agronegocio/projecoes-do-agronegocio-2017-a-2027-versao-preliminar-25-07-17.pdf/> Acesso em: outubro de 2017
O´BRIEN, J. A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da Internet. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2004.