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Resumo de aspectos relevantes da Organização de Separação dos Poderes 
Os poderes Legislativos, Executivo e Judiciário “harmônicos e independentes” como consagrado vastamente na Constituição vigente (art. 2º e art. 60, § 4º, inciso I da CF/88) é teoria consagrada por Montesquieu.
Assim preceitua o "Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário."
Nos tempos atuais, a divisão rígida das funções típicas de cada poder está sendo superada, pelo que cada um dos órgãos realiza atividades que tipicamente não seriam suas, mas, com a finalidade de melhor atingir a eficiência do Estado e dentro dos limites estabelecidos no próprio texto da CF/88.
A Independência dos poderes, consagrada na Constituição não exprime divisão estanque, separação rígida, isolamento, ponto há de ser cuidadosamente obedecido. (Teoria da Separação dos Poderes).
Isto porque, sendo o poder um só, o que prevê a Constituição Federal é a divisão funcional do poder através de órgãos e estruturas diferentes que, deverão atuar em harmonia para o equilíbrio e preservação do Estado democrático de Direito.
A relevância da separação do poderes na CF/88 consiste no controle do poder e o aumento da efetividade e eficiência do poder Estatal, as democracias em geral o adotam, embora com concretização às vezes de forma diversa que o outro.
O STF em reiteradas decisões vem evidenciando que as funções típicas de cada poder vem sofrendo reformulação no direito moderno mas, sem descurar da separação dos poderes consagrada no artigo 2°. Da CF/88
	Em regra, a função típica de cada um dos 03 Poderes
Poder Legislativo -	 função típica – legiferante
Poder Executivo – função típica – administrativa
Poder Judiciário - função típica- judicante, jurisdicional 
DO PODER LEGISLATIVO
Dentre as funções elementares do poder legislativo está a de fiscalizar o poder executivo, votar leis relativas aos orçamentos e, em situações específicas, julgar determinadas pessoas, como o Presidente da República ou os próprios membros da Assembleia.
	Em síntese, o Poder Legislativo é dotado fazer, emendar, alterar e revogar as leis, não esquecendo que também lhe compete, através do Congresso Nacional, a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Poder Executivo (artigo 49, inciso X, e 70 da CF), bem como investigar fato determinado, por meio de Comissões Parlamentares de Inquérito- CPI, como analisaremos ainda no capítulo destinado ao tema.
O sistema do BICAMERALISMO e o UNICAMERALISMO FEDERAL 
	A Constituição da Republica espelhou-se no modelo norte americano para criar um Legislativo Federal bicameral, tradicionalmente mantido, com a composição do Congresso Nacional em duas Casas: a Câmara dos Deputados representando o povo e com Deputados eleitos pelo sistema proporcional e o Senado Federal representando os Estados federados, com Senadores eleitos pelo sistema majoritário.
 O sistema bicameral é a regra comum, embora as duas câmaras tenham funções hierárquicas em pé de igualdade (a não ser as privativas de cada uma), uma das casas pode preservar maior controle e como contra peso, revisa o projeto de lei.
	Convém frisar que embora a Federação reconheça o sistema bicameral como mais apropriado, com as duas Casas atuando separadamente, exceto nos casos previstos no próprio texto da Lei Maior, o Brasil em sua trajetória histórica manteve o unicameralíssimo em duas Cartas Políticas, ou seja, as de 1934 e 1937, retomando o bicameralíssimo, na Constituição de 1946.
A Composição do Poder Legislativo na Constituição Federal: Congresso Nacional
 	1. - Câmara dos Deputados – art.45 Composição: CF/88 
			2. - Senado Federal- art. 46 CF/88		
Sistema regra: Bicameralíssimo- art. 44 CF/88
 Unicameralíssimo– Revisão Constitucional 
(Exceções 				Art. 3°. ADCT e derrubada do veto Presidencial –						66 da CF/88)
	Portanto, a regra comum é o bicameralíssimos, isto é, a existência de duas câmaras que, em pé de igualdade ou não, participam do desempenho das tarefas ordinariamente confiadas ao Legislativo, o unicameralíssimo somente nos casos previstos pela própria Constituição Federal.
	O Unicameralíssimo Estadual, Distrito Federal e Municipal: 	A composição do Poder Legislativo na esfera Estadual, Distrito Federal e Municipal é pelo sistema UNICAMERAL, somente uma Casa Legislativa
	Estados – O poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa 
Distrito Federal – O poder Legislativo é exercido pela Câmara Legislativa 
Municípios – O poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal 
UNICAMERALISMO - BICAMERALISMO -Tipo Federativo - Participação voluntária da vontade nacional, ambas as casas cuidam da elaboração da lei, ou seja, o Congresso Nacional compõem-se da Câmara dos Deputados e Senado Federal. O unicameralíssimo foge ao campo das democracias populares com exceção como em Luxemburgo.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - Onde estão os representantes do povo, em número proporcional a população e representação de cada Estado Membro da Federação.
A Constituição federal no art. 45 estipula que a Câmara dos Deputados terá representação proporcional ao número de cadeiras do partido político de cada unidade da Federação e á população de cada Estado e do Distrito Federal.
Assim, fixa o número de no mínimo oito ou no máximo setenta Deputados, excepcionalmente os Territórios Federais que elegerão quatro Deputados Federais.
CÂMARA DOS DEPUTADOS – COMPOSIÇÃO 	PELO 	SISTEMA PROPORCIONAL
	
Deputados Federais 
Deputados por Estado membro e Distrito Federal 
Deputados por Estado membro e Distrito Federal 
Deputados no Território Federal (quando existirem) 
	
Total de 513
No mínimo 08
No máximo 70
No total 04
As atribuições da Câmara dos Deputados encontram-se elencadas no artigo 51 da CF/88, de importante leitura na íntegra para os estudos, com destaque, dentre outras o contido no inciso Ido referido artigo.
SENADO FEDERAL – Senado representa as unidades federativas. Os Estados e o Distrito Federal elegem três Senadores conforme artigo 46 da CF/88, eleitos segundo o sistema majoritário para mandatos de oito anos, ressalvando que cada Senador será eleito com dois suplentes e que a renovação do Senado ocorre, alternadamente, por um e dois terços a cada quatro anos.
As atribuições do Senado Federal encontram-se elencadas no artigo 52 da Constituição Federal vigente, assunto de importante leitura para os estudos, com destaque, dentre outras, o contido nos incisos I e II do referido artigo
√ SISTEMA MAJORITÁRIO – Neste caso são eleitos os candidatos que obtiverem o maior numero de votos nas eleições 
√ SISTEMA PROPORCIONAL– Propicia assegurar uma representação proporcional ao numero de votos obtidos por cada uma das Legendas Políticas.
	
A CF/88 prevê eleição pelo sistema proporcional para os Deputados Federais- Art. 45) Deputados Estaduais e Distritais (art. 27, § 1) e Vereadores (art. 28, IV da CF/88)
SENADO FEDERAL – COMPOSIÇÃO-SISTEMA MAJORITÁRIO 
	
Senadores por Estado membro e Distrito Federal
Suplentes para cada Senador 
Renovação alternada a cada 04 anos (mandato 08 anos)
	
N. 03
n. 02
1/3 à 2/3
	Compete privativamente ao Senado Federal- processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade.
Do Procedimento Legislativo
O Congresso Nacional desenvolve suas atividades por legislaturas, sessões ordináriasou extraordinárias. 	Conforme dispõe o artigo 57 da CF/88, o Congresso Nacional reúne-se anualmente na Capital Federal de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 01 de agosto a 22 de dezembro, portanto, com dois períodos de recesso em cada sessão legislativa anual.
	A legislatura na Constituição da República é determinada de quatro anos, portanto dividida em 04 sessões legislativas Ordinárias anuais.
	O período destinado aos recessos não se computa como nova sessão legislativa sendo que, neste período as Comissões Representativas do Congresso Nacional poderá inclusive convocar sessão extraordinária nos moldes previstos na Constituição Federal
AS COMISSÕES NO CONGRESSO NACIONAL
As Comissões são constituídas pelo Regimento Interno das Casas do Congresso Nacional com a definição de suas atribuições e forma.
1.COMISSÕES PERMANENTES – Normalmente são formadas de acordo com os Ministérios existentes, são temáticas, assuntos tratados de forma contínua. Essas Comissões são formadas de acordo com o Regimento Interno das Casas e durante as sessões legislativas perduram.
	Exemplos: Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania - CCJC, Comissão de Defesa do Consumidor - CDC, Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio - CDEIC, Comissão de Direitos Humanos e Minorias - CDHM, dentre outras. 
2.COMISSÕES TEMPORÁRIAS – extinguem-se com o término da legislatura ou antes dela, quando constituídas apenas para opinarem sobre determinada matéria.
3. COMISSÕES MISTAS - Câmara e Senado em sessão conjunta para dar pareceres. 
4. COMISSÕES REPRESENTATIVAS – São formadas por membros da Câmara do Senado para representação do Congresso Nacional para atuar no período de recesso conforme artigo 57 da CF/88-” O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro”
5. COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO-CPI´s - São criadas com finalidade específica de investigação e coleta de provas por determinado fato ou assunto de relevante interesse do Congresso Nacional envolvendo parlamentares, com poderes de investigação das autoridades judiciais. (art. 58 §3 CF/88) – 
	Assim, a CPI , em razão dos poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, poderá dentre outras providências previstas no Regimento Interno da Casa, determinar ,inclusive, a quebra do sigilo fiscal, quebra do sigilo bancário, quebra do sigilo de dados.
Ao determinar a quebra do sigilo de dados telefônicos, importante frisar, que a CPI NÃO pode estender a ter conhecimento do teor das conversas entre as pessoas investigadas sem ordem judicial, diante do princípio constitucional da inviolabilidade das comunicações telefônicas. Portanto, limita-se a quebra do sigilo de dados e registros telefônicos independentemente de prévia autorização judicial, como exemplo, não tendo competência para determinar a interceptação telefônica. - 
A criação das CPI´s tem amparo no artigo 58 §3 da CF/88, na Lei 10.001/2000, na Lei Complementar 105/2001 e no Regimento Interno da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. 
São comissões temporárias e portanto, estabelece o Regimento Interno da Câmara dos Deputados que a CPI poderá atuar inclusive durante o recesso parlamentar e terá o prazo de 120 dias, prorrogável por até metade do prazo, mediante deliberação do Plenário, para conclusão de seus trabalhos (art. 35 §3° RICD)
IMUNIDADES DOS PARLAMENTARES
São as prerrogativas previstas na Constituição Federal ao s Membros do Congresso Nacional com o objetivo de garantir aos Parlamentares ampla liberdade no exercício do mandato.
As prerrogativas concedidas aos Deputados federais e senadores no Poder Legislativo Federal protegem a liberdade da função política que desempenham na representatividade popular, reforçando assim a própria democracia pois atuam sem pressão ou ameaças durante o seu mandato.
	
	A Constituição Federal vigente insere dentre as prerrogativas parlamentares duas espécies de Imunidade assim subdividida pela doutrina:
a) Imunidade Material 
b) Imunidade Formal
a) Imunidade Material Também denominada Imunidade Real, Imunidade Substantiva está prevista no artigo 53caputda CF/88, ressaltando que tais prerrogativas protegem os Deputados e Senadores de condenação em responsabilidade civil , penal ou administrativa desde que compatíveis com o exercício de suas funções no mandato parlamentar, com a inviolabilidade de suas opiniões, palavras e votos(“Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”).
A finalidade é propiciar liberdade aos parlamentares para apresentarem denúncias sem receio de imputação de crimes contra a honra como calúnia, difamação ou injuria ou eventual pedido de indenização na esfera cível, registrando ainda que essa espécie de imunidade constitucional é de caráter absoluto. 
ATENÇÃO!
	
O STF já decidiu que a inviolabilidade por opiniões, palavras e votos abrange também as entrevistas jornalísticas, imprensa e outras manifestações do parlamentar desde que vinculadas ao desempenho do mandato 
b) Imunidade Processual Também denominada Imunidade Processual, se refere às prerrogativas constitucionais relacionadas à prisão, foro privilegiado e trancamento de processo do Parlamentar, conforme inserido no artigo 53, §§ da CF/88:
b.1.) Foro Privilegiado ou por prerrogativa de função - Art. 53 § 1º - Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) -
Foro privilegiado- STF - Deputados Federais e Senadores 
Foro privilegiado- TJ- Deputados Estaduais e Distritais 
* Lembrete – o Foro privilegiado por prerrogativa de função se estende a qualquer tipo de crime do Parlamentar.
b.2) Restrição quanto à prisão do Parlamentar – art. 53 § 2º CF-A prerrogativa consiste em que o Parlamentar em regra não pode ser preso, exceto se presentes as seguintes condições: b.1) prisão em flagrante e b.2) crime inafiançável.
Ademais, a prisão do parlamentar será apreciada pela Casa respectiva que resolverá sobre a prisão mesmo que em flagrante, conforme inserido no§ 2º do artigo 53 da CF/88
“Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. (Redação da EC 35/2001)”
	
	Conforme expressa o texto constitucional, a aprovação da Casa consiste em condição necessária para a manutenção da prisão em flagrante delito. A votação não será secreta, mas sim em voto aberto (EC n. 35/01). 
b.3.) Sustação do Processo – Art. 53, § 3° e 5º CF/88
“Recebida à denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. (Redação da EC 35/2001) “
4.) Quanto ao sigilo da fonte – artigo 53 § 6º CF/88 -	Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. (Redação da EC35/2001
Essa imunidade garante ao Parlamente buscar por todos os meios legais indícios, informações, provas para denunciar em prol do interesse da sociedade, sem receio de ser pressionado a divulgar as fontes ou pessoas que lhe auxiliaram e confiaram.
e) Quanto à isenção do serviço militar – A prerrogativa consta do artigo 53§ 7 º CF/88-
“A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva. (Redação da EC 35/2001)”
b.5.) Preservação e Suspensãoda Imunidade parlamentar- 
A imunidade parlamentar é preservada mesmo durante o estado de sítio -Artigo 53 § 8° CF/88 
A suspensão da imunidade - Constata-se que no mesmo§ 8º do referido artigo 53 da CF/88, o texto inseriu a possibilidade de suspensão da imunidade parlamentar na votação determinada e por atos praticados fora do recinto onde cumpre suas funções e incompatíveis com a execução da medida
Artigo 53 § 8° “As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida. (EC nº 35/2001)
IMUNIDADESPARLAMENTARES ESTADUAIS, MUNICIPAIS E DISTRITAIS
	
Aos Deputados Estaduais – art. 27, § 1°eDeputados Distritais – art. 32, 3° da CF/88- mesmas regras previstas sobre imunidades parlamentares, inviolabilidade e imunidade processual.
Aos Vereadores – art. 29, VIII da CF/88 – Somente é garantida a imunidade material pela inviolabilidade de suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município e deve constar da Lei Orgânica Municipal tal previsão
	
Perda do Mandato - O artigo 55 da CF/88 prevê os casos de perda do mandato, nos incisos de I à IV, §§ 1° ao 4°
DO PROCESSO LEGISLATIVO
	Na definição clássica de JOSÉ AFONSO DA SILVA, “processo legislativo é o complexo de atos necessários à concretização da função legislativa do Estado. Nesse sentido, pode-se afirmar que, de fato, ele representa um dos mais importantes elementos de um regime democrático, na medida em que tem como finalidade a mensuração da vontade geral da sociedade, que se concretiza na lei.
O processo legislativo comum ordinário é aquele destinado à elaboração de leis ordinárias, mas tem regras que são aplicáveis de maneira geral aos demais processos legislativos sendo portanto o mais demorado dentre todos os procedimentos legislativos.
A Constituição Federal (artigo 61) elenca e legitima as pessoas ou órgãos que podem apresentar projeto de Lei “A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição”.
O não atendimento ao previsto no art. 61 da CF/88 pode provocar o vício formal subjetivo e consequente inconstitucionalidade formal da lei ou ato normativo sendo motivo de controle repressivo, por método difuso ou concentrado pelo Poder Judiciário.
O poder de iniciativa pode ser ainda classificado como: iniciativa concorrente quando atribuída a mais de um legitimado (pessoa ou órgão) para exercê-la em conjunto ou isoladamente, dependendo de sua competência (art. 61 CF/88) ou de iniciativa exclusiva (privativa ou reservada) nos casos previstos na Constituição Federal onde é atribuída a uma única pessoa ou órgão a legitimidade para a iniciativa (art. 61 § 1° CF/88, 84 III, etc) e a iniciativa popular.
	Iniciativa Popular - A iniciativa popular para a apresentação de projetos leis ordinárias e complementares está prevista no art. 61 § 2° da CF/88 como um dos instrumentos da democracia “- A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles”
1ª. Fase - Constitutiva: fase na qual se inicia pela apreciação da Comissão de Constituição e Justiça e demais Comissões temáticas ligadas ao assunto constante do projeto de lei que, após emitir parecer encaminhará para deliberação parlamentar e votação no sistema bicameral ( as duas Casas do Congresso Nacional atuam separadamente).- art. 64 §§ CF/88
2ª. Fase -	O projeto discutido, votado e aprovado em uma das Casas do Poder Legislativo e encaminhado para a outra Casa denominada como Revisora para o mesmo procedimento (deliberação parlamentar e, se aprovado o projeto, será esse encaminhado para o Chefe do Executivo para sanção ou promulgação (deliberação executiva).
	A deliberação parlamentar segue o contido no art. 47 da CF/88:” Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
	
Maioria simples ⇒ maioria dos membros presentes na sessão (lei ordinária) ordinária - art. 47 CF/88 
	
Maioria absoluta ⇒ contagem pela totalidade dos membros da Casa do Congresso Nacional (lei complementar) do art. 69 CF/88 
	
Maioria relativa ⇒ 3/5 dos membros das Casas do Congresso, para aprovação de Emendas Constitucionais (art. 60, § 2º CF/88).
3ª. FASE Deliberação Executiva 
 
Ao receber o Projeto de Lei, o Chefe do Executivo poderá deliberar com sanção ou veto (total ou parcial)
a) Sanção - é a aquiescência do Chefe do Executivo aos termos do projeto. Prazo: 15 dias úteis, podendo ser Expressa: quando o Presidente manifesta por escrito sua concordância e Tácita: Neste caso o Presidente não se manifestou no prazo de 1 dias uteis e automaticamente sancionou o projeto da lei (art. 66, caput e §§ 1º, § 2º § 3º).
 
b) Veto – O Chefe do Executivo discorda com os termos do projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional. O veto obrigatoriamente há que ser motivado, podendo ser total ou parcial e comunicado no prazo de 48 horas os motivos ao Presidente do Senado Federal (art. 66, § 1/ CF/88). 
O projeto rejeitado retorna ao Legislativo para nova apreciação em sessão conjunta, oportunidade em que o veto será aceito ou rejeitado (art. 66§§ 4º,5º e 6º).
IMPORTANTE REGRA - No caso de veto parcial o Presidente da Republica poderá vetar artigos, parágrafos, incisos ou alíneas, mas sem acréscimo de palavras ou trechos (art. 66, § 2º) e diante da possibilidade de derrubada do veto Presidencial, pode-se afirmar que no Brasil, o veto é RELATIVO e não ABSOLUTO.
 
4ª. Fase - Complementar: formada pela promulgação e publicação, O ato pelo qual se atesta a existência de uma lei, neste caso ocorreu a transformação do projeto em lei que após a publicação se torna obrigatória.
 
 Legitimados para a promulgação – Em regra cabe ao Presidente mas há uma Exceção pois, caso o Chefe do Executivo não promulgue nos casos de sanção tácita ou rejeição de veto, cabe, sucessivamente, ao Presidente do Senado e ao Vice (art. 66, § 7º CF/88) e será publicado pelo Congresso Nacional. 
5ª.fase- Publicação- é o ato de comunicação da lei que se torna obrigatória para todos e executável. 
 Em regra, os projetos legislativos segue os procedimentos mencionados mas algumas espécies normativas estão sujeitas a procedimentos legislativos especiais, sendo:
 
 √ A Medida provisória: (art. 62). Casos de urgência e relevância. Iniciativa exclusiva do Executivo. Tem, imediatamente, força de lei e deve ser apreciada pelo Congresso Nacional em 60 dias podendo ser prorrogável por mais 60 dias sob pena de perder a eficácia (EC 32/01).
 
√ Projetos de leis financeiras: (Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, de iniciativa exclusiva do Executivo.
 
√ Propostas de Emenda à Constituição (art. 60 CF/88) É discutida e votada em dois turnos e exige para sua aprovação 3/5 dos votos das duas Casas do Congresso Nacional, não tendo sanção ou veto presidencial será promulgação pela Mesa do Congresso respeitada a ordem.
	A elaboração das espécies normativas previstas no artigo 59 da CF/88
Emendas.
Leis complementares
Leis ordinárias
Leis delegadas
Medidas provisórias
Decretos legislativos
Resoluções
EMENDAS CONSTITUCIONAIS (Art. 60 CF/88):
	A Constituição Federal vigente consigna as espécies normativas que modificam o texto originário, sendo a emenda constitucional fruto do Poder Derivado e gozam de supremacia anteas demais normas do sistema.
	Ao analisarmos o poder originário e poder derivado nos referimos aos limites das emendas constitucionais, tendo em vista o artigo 60 da CF/88 que estampa um conjunto de normas que estabelecem as matérias que não podem ser objeto de reforma (as chamadas cláusulas pétreas – art. 60 § 4°) além das outras exigências quanto à votação, promulgação e matérias que lhe são competentes.
LIMITES FORMAIS 
1) Apresentação da proposta da PEC - um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal em conjunto ou separadamente, Presidente da República, ou de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. (art. 60, I, II, III CF/88)
2) Discussão e Aprovação do projeto – discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 3/5 dos votos dos respectivos membros no sistema bicameral (art. 60, § 2° CF/88)
3) Promulgação da PEC –Não há deliberação do Chefe do Executivo e será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem (art. 60, § 3° CF/88).
4) LIMITE CIRCUNSTANCIAL - A emenda a Constituição não poderá ocorrer na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. (Art. 60, § 1° CF/88)
5) LIMITE MATERIAL – Núcleo de cláusula pétrea não poderão ser objeto de emenda tendente a abolir o constante do artigo 60, § 4, incisos I, II, III e IV da CF/88
LEIS COMPLEMENTARES E LEIS ORDINÁRIAS 
Em regra ponto que diferencia a lei complementar da lei ordinária consiste no nos procedimentos adotados quanto ao da apresentação do projetos de lei.
√ Lei complementar – votação da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional (ar. 69 CF/88) - (aspecto formal) e trata de matérias reservadas pelo Constituinte (aspecto material)
 √ Lei Ordinária – votação da maioria simples, não exige quórum qualificado (artigo 47 da CF/88)- (aspecto formal )e trata das demais matérias não reservadas (aspecto material)
LEIS DELEGADAS 
São leis de iniciativa e elaboração do Presidente da República que deverá solicitar delegação ao Congresso Nacional (art. 68 CF/88) tendo o mesmo nível de lei ordinária.
A doutrina trata a lei delegada como de iniciativa solicitadora, pois o próprio texto constitucional consigna as matérias que não podem ser regulamentadas por essa espécie normativa, sendo formalizada por meio de resolução do Congresso Nacional(68§3° CF/88), não sendo procedimento comum no Brasil.(Ex: Lei Delegada n. 13/92“Institui Gratificações de Atividade para os servidores civis do Poder Executivo, revê vantagens e dá outras providências” 
MEDIDAS PROVISÓRIAS 
Embora conste do artigo 59 da CF/88 como espécie normativa, a disciplina para a edição de Medida Provisória pelo Presidente da República se encontra no artigo 62 e tem força de lei, embora com estas não se confundem.
As Medidas Provisórias e Alterações do artigo 62 da CF pela Emenda 32/2001
Anteriormente à Emenda 32/01, a Constituição Federal não determinava sobre a reedição da Provisória e a forma, merecendo na doutrina crítica, face ao grande número das Medidas Provisórias reeditadas pelo Poder Executivo. 
	A edição de medidas provisórias obedece a limites matérias consignados com a promulgação da EC nº 32/2001 que trouxe importantes inovações para essa espécie normativa, como segue: 
⃰⃰ São editadas exclusivamente pelo Presidente da República em caso de relevância e urgência. Veio substituir o Decreto-lei. 
⃰ Limitações à adoção de medida provisória- Atualmente é vedada a edição de medidas provisórias sobre matérias constantes do texto constitucional CF, art. 62, § 1º, alíneas de “a” a “d” ( assunto de importante leitura para os estudos ).
⃰⃰⃰ Medida provisória e instituição de imposto-a EC 32/2001 trouxe regra específica sobre a produção de efeitos de medida provisória que institua ou majore impostos, nos seguintes termos 
“Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada”.(art. 62, § 2° CF/88)
⃰ Eficácia e prazo -O §3º deste mesmo artigo, modifica o prazo de eficácia para 60 dias (e não mais 30 dias), prazo este prorrogável por uma única vez por igual período. Neste caso a doutrina trata como eficácia temporária, lembrando que esses prazos não correm durante os períodos de recesso do Congresso Nacional (art. 62 § 4° e § 7°)
⃰ Trancamento de Pauta no Congresso Nacional– (art. 62 § 6º) em comento determina “Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando”. 
⃰A fase iniciadora da Medida Provisória– (art. 62 § 8º) As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados. E caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional (art. 62 § 9 º).
⃰ Medidas Provisórias no período de recesso (art. 62 -§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. Embora não haja mais necessidade de convocação extraordinária do Congresso Nacional no caso de adoção de medida provisória durante o período de recesso (a parte final do caput do art. 62, que previa a convocação, foi suprimida pela referida Emenda Constitucional).
⃰Necessidade de Decreto legislativo (art. 62 -§ 11). Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas
DECRETOS LEGISLATIVOS
Espécies normativas por meio das quais se expressa o Congresso Nacional no desempenho de sua competência exclusiva prevista no Art. 49 da Constituição. Em regra os decretos legislativos são atos de efeitos externos e o procedimento para sua elaboração segue o que constar do Regimento Interno do Congresso Nacional.
A Título de memorização convém ressaltar a diferença entre Decreto Legislativo, Decreto e Decreto autônomo 
	DECRETO LEGISLATIVO: competência exclusiva do Congresso Nacional, não sujeitos à sanção Presidencial 
DECRETO – (art 84 IV CF/88) Ato de regulamentar privativo do Chefe do Executivo mas não inova, apenas regulamenta a fiel execução da lei existente. Caberá exclusivamente ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da delegação legislativa; (art. 49, V CF/88)
DECRETO AUTÔNOMO OU INDEPENDENTE:EXCEÇÃO(art.84 VI CF/88) Como exceção a regra de que somente a lei pode tratar de forma originária qualquer questão, o texto da CF/88 prevê esse tipo de decreto “Compete privativamente ao Presidente da República- VI – dispor, mediante decreto, sobre: a)organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b)extinção de funções ou cargos públicos, quando vago pela (inserido da EC nº 32/01)
RESOLUÇÕES-- São espécies normativas por meio das quais se manifestam as casas do Congresso Nacional no exercício de suas funções previstas nos Artigos 51 e 52 da Constituição e via de regra são atos de efeitos internos, como por exemplo na delegação de competência para o Presidente da República editar leis delegadas (artigo 68 CF), d) é facultado ao Senado fixar as alíquotas mínimas e máximasdo ICMS, nas condições estabelecidas no art. 155, §2º, V, etc.
O PODER EXECUTIVO
Os artigos de 76 a 91 da Constituição Federal dispõem sobre a organização do Poder Executivo, tendo como função principal a chefia e administração do Estado.
O Poder Executivo, é um órgão público que existe em todos os níveis, ou seja na esfera Estadual – Presidente da Republica auxiliado pelos Ministros, na Estadual e Distrital pelos Governadores auxiliados pelos Secretários de Estado e Distrito Federal e na Municipal pelos Prefeitos Municipais, auxiliados pelos Secretários Municipais.
14.1. A Composição do Poder Executivo e as eleições
	O Presidente da República tem a fusão monocrática pois exerce as funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo, traço típico do presidencialismo e sua eleição importará na do Vice Presidente da Republica com ele registrado para cumprir o mandato de 04 anos com direito a reeleição no mandato subsequente (art. 77 §§ 1° 2° e 3° CF/88)
	Lembrar que a eleição segue o sistema majoritário (maioria absoluta de votos não computados os em branco e os nulos, estando ele registrado por partido político). 
	O art. 77 §§ 4° e 5° CF/88 prevê que não obtida à votação da maioria absoluta por nenhum candidato ocorrerá o segundo turno e ainda, se antes de realizado esse turno ocorrer à morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se à, dentre os remanescentes o de maior votação.
	
ATENÇÃO! Caso no segundo turno, remanescer mais de um candidato em segundo lugar, ou seja com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso. (Art. 77 § 5° CF/88) , assunto de indagação nos exames da OAB e concursos públicos
	A posse do Presidente e Vice Presidente da República ocorrerá no dia primeiro de janeiro do ano seguinte ao da eleição em sessão do Congresso Nacional (art. 78 CF/88)
14.2. A substituição Presidencial por Impedimento ou Vacância Dupla no Cargo
SUBSTITUIÇÃO PRESIDENCIAL: Artigo de suma relevância para memorização consiste na substituição presidencial, que no caso de impedimento ou vacância, haverá ordem sucessiva de substituição.
Impedimento – poder ser temporário (licença, doença grave, férias, suspensão do cargo em razão de processo, sequestro, aprisionamento por inimigo ou desaparecimento)
Assim, consoante Constituição Federal, em caso de impedimento do Presidente e do Vice Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão SUCESSIVAMENTE chamados ao exercício da Presidência (art. 79 CF/88): 
⃰⃰ Vice Presidente da República ⃰
⃰ Presidente da Câmara dos Deputados
⃰ Presidente do Senado Federal
⃰ Presidente do Supremo Tribunal Federal
	No caso de vaga do cargo de Presidência da República, a Constituição prevê exceção ao direito de voto direto e secreto, através de eleição direta e determina a chamada “dupla vacância”, tomando-se por conta o tempo do mandato presidencial cumprido, restando nas duas hipóteses previstas no artigo 81 da CF/88, o cumprimento do mandato remanescente.
	Vacância- afastamento definitivo em caso de morte, incapacidade absoluta, renúncia, impeachment, não ter assumido o cargo por mais de 10 dias após a data da posse, condenação em crimes comuns ou de responsabilidade, ou viagem ao exterior por mais de 15 dias, sem autorização do Congresso Nacional e caso se verifique, qualquer hipótese de nulidade absoluta das eleições que elegeram o Presidente da República (art. 83 da CF/88)
A Vacância Dupla no cargo - Ocorre quando o cargo se torna vago pelo afastamento em definitivo do Presidente e do Vice Presidente da República. 
	
Vagando os cargos de Presidente e Vice Presidente da Republica, nos primeiros 02 anos de mandato far-se-á eleição 90 dias depois de aberta a última vaga (eleição direta)
Se a vacância ocorrer nos últimos 02 anos do mandato presidencial, eleição para ambos os cargos em 30 dias depois da ultima vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei (eleição indireta pelo Congresso Nacional)
LEMBRETE- Somente ao Vice Presidente da Republica é previsto na CF/88 a substituição (impedimento) ou sucessão (na vacância definitiva)
14.3. MATÉRIAS DE COMPETÊNCIA DO PRESIDENTE E VICE PRESIDENTE 
	O artigo 84 e incisos, declina as atribuições do Presidente da República, constando do parágrafo único que as atribuições constantes dos incisos VI, XII e XXV poderão ser delegadas aos Ministros de Estado, ao Procurador Geral da República, ou ao Advogado Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
	Portanto, o que não consta do parágrafo único como matérias que possibilitam a delegação, são de competência privativa do Presidente da República, tendo o Vice Presidente às atribuições que lhe foram conferidas pela lei complementar além de auxiliar o Presidente quando convocado para missões especiais. 
14.4. CRIMES DE RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPUBLICA 
	São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra a existência da União; o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;	o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; a segurança interna do País; a probidade na administração;	a lei orçamentária; o cumprimento das leis e das decisões judiciais.(art. 85 da CF/88)
	No caso de cometer crimes de responsabilidade estará sujeito o Presidente da Republica ao processo de impeachment, nos moldes dos artigos 51, I, 52, II e 52 § único da CF/88, podendo ainda ser imputado outros crimes penais comuns conforme artigo 86 do texto legal.
14.1.1. IMPEACHMENT (impedimento) é um instituto de origem inglesa que consiste na formação de um processo pelo qual o Poder Legislativo exerce a função de Tribunal, para apurar os crimes de responsabilidade do Presidente da Republica, destituindo-lhe do cargo e impondo-lhe pena de caráter político
PROCEDIMENTO -O ARTIGO 52, incisos I e II da C. Federal, determina que o impeachment pode ser promovido, no plano federal contra: Presidente, Vice Presidente da República e Ministros de Estado Ministros do Supremo Tribunal Federal, Procurador Geral da Republica e Advogado Geral da União
PENA - O processo e julgamento do impeachment fica a cargo do Senado Federal que presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal federal, poderá proferir sentença condenatória pelo voto de dois terços de seus membros. Poderá ser condenado pelo crime de responsabilidade, onde perderá o Presidente da República, o cargo e sofrerá a pena acessória de inabilitarão, por oito anos, para o exercício de qualquer função publica.
Em caso de crime comum - Caso seja também condenado por crime comum, responderá o Presidente da Republica por esse crime perante o Supremo Tribunal Federal, com aplicação de penas compatíveis ao ato cometido.
Em síntese: Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
ATENÇÃO!
	
CRIMES DE RESPONSABILIDADE - inerentes a cargo da Administração Publica, direta, indireta, política – são aqueles atos que não são crimes propriamente ditos, mas infrações político administrativas (competência do Senado Federal)
CRIMES COMUNS - Inerentes a qualquer cidadão, independentemente do cargo que ocupa, ou seja qualquer outro crime que não se enquadre no elenco de crimes de responsabilidade, com a acusação pelo Procurador Geral da Republica, autorização da Câmara dos Deputados e de competência do STF
	Lembrete: Na esfera Estadual, Distrital e Municipal o Impeachment é possível contra as autoridades ocupantes dos cargos nas respectivas esfera
12.4.	OUTRAS PRERROGATIVAS E PUNIÇÕES 
	Art. 86. § 1º - O Presidente ficará suspenso de suas funções: I - nasinfrações penais comuns, se recebida à denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal; II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal e § 2º - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
	Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito à prisão (irresponsabilidade penal relativa) - art. 86 § 3º CF/88
	O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções - § 4º  art. 86 CF/88.
12.5. MINISTROS DE ESTADO – Nomeação e atribuições – artigo 87 da CF/88
	 Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos e tem as atribuições estabelecidas na CF/88 e na lei como : exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República; expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos; apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério; praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da República.
12.6. CONSELHO DA REPUBLICA E CONSELHO DE DEFESA NACIONAL (arts. 89 a 91 CF/88)
	
Conselho da Republica - órgão superior de consulta do Presidente da República. 
	
 Conselho de Defesa Nacional - órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático. 
	
Integrantes: O Vice-Presidente da República; o Presidente da Câmara dos Deputados; o Presidente do Senado Federal; os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;
Os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal; o Ministro da Justiça; seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução
	
Integrantes (membros natos):  o Vice-Presidente da República; o Presidente da Câmara dos Deputados; o Presidente do Senado Federal; o Ministro da Justiça; os Ministros militares; o Ministro de Estado da Defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23 de 1999) o Ministro das Relações Exteriores; o Ministro do Planejamento. Os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. (Incluído pela Emenda Constitucional de n° 23 de 1999)
	
O Conselho da República deverá se pronunciar sobre intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio; as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
O Presidente da República poderá convocar Ministro de Estado para participar da reunião do Conselho, quando constar da pauta questão relacionada com o respectivo Ministério
	
O Conselho de Defesa Nacional deverá opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta Constituição ; opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal; propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo; estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a independência nacional e a defesa do Estado democrático.
 ESSE TEXTO É PARTE DO CONTIDO NA OBRA ONDE SOU COAUTORA E RESPONSÁVEL PELA AREA DE DIREITO CONSTITUCIONAL – EDITORA RIDEEL – PASSE AGORA OAB – DOUTRINA SIMPLIFICADA, ATÉ A 7ª. EDIÇÃO 2017, ONDE DECLINO NO REFERIDO LIVRO AS DOUTRINAS E JURISPRUDÊNCIAS QUE FUNDAMENTARAM MEU TRABALHO.
A INTEGRA DO DIREITO CONSTITUCIONAL (EMBORA DOUTRINA SIMPLIFICADA) CONSTAM DA REFERIDA OBRA E SENDO COAUTORA DO TEXTO, RESPEITO INTEGRALMENTE OS DIREITOS AUTORAIS E A DETERMINAÇÃO DA EDITORA RIDEEL, OFERECENDO PARTE DO CONTEUDO DO LIVRO.
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