Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
24/03/2011 1 Instalações Elétricas Marco Antonio Dantas de Souza Engenheiro de Telecomunicações Engenheiro de Segurança do Trabalho Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Aulas baseadas no material do Prof. Idalmir Definições Básicas Energia Os físicos definem a palavra energia como a quantidade de trabalho que um sistema é capaz de fornecer. A energia, de acordo com os físicos, não pode ser criada, consumida ou destruída. No entanto, ela pode ser transformada. 2 Costuma-se medir a capacidade de produção de energia em quilowatt hora [kW.h] (ou megawatt hora) durante um certo período de tempo. Unidade de Energia 1 J [Joule] 1 [W.s] = 4,1868[cal] 1 kWh [quilowatt hora] 3.600.000 [Joules] 24/03/2011 2 Definições Básicas 3 Potência A potência elétrica é medida normalmente em watt [W], quilowatt [kW], megawatt [MW], etc. Ou seja, potência é a quantidade de energia transferida por unidade de tempo. A potência pode ser medida em qualquer instante de tempo, enquanto a energia precisa ser medida em um intervalo de tempo, como um segundo, uma hora, uma ano, etc. 1 kW = 1.359 CV [cavalo-vapor] Definições Básicas • Um sistema elétrico na sua concepção mais geral, é constituído pelos equipamentos e materiais necessários para transportar a energia elétrica desde a usina geradora (fonte) até os pontos onde ela será utilizada ou consumida (carga). 4 As etapas básicas são: • Geração • Transmissão • Distribuição • Utilização (ou Consumo). 24/03/2011 3 É desenvolvida nas usinas geradoras que produzem energia elétrica por transformação, a partir das fontes primárias. As usinas podem ser classificadas em: • Hidroelétrica: Utilizam a energia mecânica das quedas d’água. • Termoelétricas: Utilizam a energia térmica da queima de algum combustível (carvão, óleo, diesel, gasolina, gás natural, etc). • Nucleares: Utilizam a energia térmica provenientes da fissão nuclear de alguma substância radioativa (urânio, plutônio, tório, etc). 5 Geração de Energia Elétrica 1. Utilizam a energia mecânica das quedas d’água; 2. A fonte da energia é a energia potencial de um volume de água, em função da diferença de altitude entre o montante e a juzante; 3. A turbina hidráulica utiliza a energia cinética de rotação de seu rotor para girar o gerador ao qual está conectado; 4. Transformadores compatibilizam o nível da tensão de saída com a tensão do sistema; 5. Equipamentos de controle, comando e proteção regulam a tensão e a frequência de saída do sistema elétrico. 6 Geração de Energia Elétrica Usinas Hidrelétricas 24/03/2011 4 7 Geração de Energia Elétrica Usinas Hidrelétricas Turbina Kaplan Turbina Pelton 8 Usinas Termoelétricas Geração de Energia Elétrica O combustível é armazenado em depósitos adjacentes, de onde são enviados para a usina onde será queimado na caldeira. Esta gera vapor a partir da água que circula por uma extensa rede de tubos que revestem suas paredes. A função do vapor é movimentar as pás de uma turbina, cujo rotor gira juntamente com o eixo de um gerador que produz a energia elétrica. Está energia é transportada por linhas de alta tensão. O vapor é resfriado em um condensador e convertido outra vez em água, que volta aos tubos da caldeira, dando início a um novo ciclo. 24/03/2011 5 9 http://termoeletricalpc3amat.blogspot.com/ Usinas Termoelétricas Geração de Energia Elétrica 10 Usinas Termoelétricas Geração de Energia Elétrica 24/03/2011 6 11 Geração de Energia Elétrica Usinas Nucleares Uma central nuclear também pode ser considerada uma central termoelétrica, onde o combustível é um material radioativo que, em fissão, gera a energia necessária para seu funcionamento. A maioria dos reatores conhecidos utiliza como combustível o Urânio enriquecido (U-235). Regula- se a taxa com que se dá a reação em cadeia por meio de hastes de controle. 12 Geração de Energia Elétrica Usinas Nucleares 24/03/2011 7 13 Geração de Energia Elétrica Usinas Nucleares 14 Transmissão de Energia Elétrica • Devido as altas correntes elétricas envolvidas, usam- se subestações elevadoras e abaixadoras para reduzir as correntes e transmiti-las. • As tensões geradas são, em geral, de 6.9kV ou 13.8kV. As tensões são elevadas para 230kV, 345kV, 440kV, 500kV, 750kV. • Muitas vezes existe uma etapa intermediária denominada sub-transmissão, com tensão um pouco mais baixa, normalmente de 34.5kV, 69kV, 88kV, 138kV. 24/03/2011 8 15 Transmissão de Energia Elétrica As linhas de distribuição primária de 13.8kV alimentam industrias e prédios de grande porte. As linhas de distribuição secundária de 220 V (127 V) entre fase e neutro, ou 380 V (220 V) entre fase e fase, alimentam pequenos consumidores (residências, pequenos prédios, oficinas, pequenas indústrias, etc). 16 Distribuição e utilização de Energia Elétrica As linhas de transmissão alimentam subestações abaixadoras, geralmente situadas em centros urbanos, delas partem as linhas de distribuição primária. Podem ser aéreas, com cabos nus, ou subterrâneas, com cabos isolados. 24/03/2011 9 17 A Utilização é o local onde a energia elétrica é transformada pelos equipamentos elétricos em energia mecânica, térmica ou luminosa para ser utilizada. Distribuição e utilização de Energia Elétrica 18 Distribuição e utilização de Energia Elétrica 24/03/2011 10 19 O Operador Nacional do Sistema Elétrico é uma pessoa jurídica de direito privado, sob a forma de associação civil, sem fins lucrativos, criado em 26 de agosto de 1998, pela Lei nº 9.648/98, com as alterações introduzidas pela Lei nº 10.848/04 e regulamentado pelo Decreto nº 5.081/04. O ONS é responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN), sob a fiscalização e regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Operador Nacional do Sistema Elétrico 20 Site da ONS http://www.ons.org.br/home/index.aspx 24/03/2011 11 21 Agência Nacional de Energia Elétrica A Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, autarquia em regime especial, vinculada ao Ministério de Minas e Energia - MME , foi criada pela Lei 9.427 de 26 de Dezembro de 1996. Tem como atribuições: regular e fiscalizar a geração, a transmissão, a distribuição e a comercialização da energia elétrica, atendendo reclamações de agentes e consumidores com equilíbrio entre as partes e em beneficio da sociedade; mediar os conflitos de interesses entre os agentes do setor elétrico e entre estes e os consumidores; conceder, permitir e autorizar instalações e serviços de energia; garantir tarifas justas; zelar pela qualidade do serviço; exigir investimentos; estimular a competição entre os operadores e assegurar a universalização dos serviços. 22 Site da ANEEL http://www.aneel.gov.br/ 24/03/2011 12 23 Marco Antonio Dantas de Souza marcosouza275@gmail.com Obrigado Definições Básicas • O Fornecimento de Energia Elétrica pode ocorrer em: – Ligação provisória: parques de diversões, circos, feiras, exposições, festas, obras públicas, com cargas instaladas de até 50kW e prazos estabelecidos. – Ligação de obras: efetuada com medição, sem prazo definido, para atendimento de obra de construção civil ou reforma de edificação. – Ligação definitiva: são as ligações das unidades consumidoras com medição e em caráter definitivo, de acordo com padrões indicados nas Normas das Concessionárias. • Energia de Fornecimento – Energia elétrica ativa: é aquela que pode ser convertida em outra forma de energia, expressa em quilo-Watts-hora (kWh) – Energia elétrica reativa: é aquela que circulacontinuamente entre os diversos campos elétricos e magnéticos de um sistema CA, sem produzir trabalho, expressa em quilo-Volt-Ampère-reativo-hora (kVArh) 24 24/03/2011 13 Definições Básicas � Unidade consumidora: qualquer residência, apartamento, escritório, loja, sala, dependência comercial, depósito, indústria, galpão, etc., individualizado pela respectiva medição. � Ponto de entrega de energia: É o ponto de conexão do sistema elétrico público com as instalações de utilização de energia elétrica do consumidor. � Entrada de serviço de energia elétrica: Conjunto de equipamentos, condutores e acessórios instalados desde o ponto de derivação da rede de energia elétrica pública até a medição. � Potência ou carga instalada: É a soma das potências nominais dos aparelhos, equipamentos e dispositivos a serem utilizados na instalação consumidora. Inclui tomadas, lâmpadas, chuveiros elétricos, aparelhos de ar-condicionado, motores, etc. � Aterramento: Ligação à terra, por intermédio de condutor elétrico, de todas as partes metálicas não energizadas, do neutro da rede de distribuição da concessionária e do neutro da instalação elétrica da unidade consumidora. 25 Definições Básicas • Carga ou Potência Instalada: É a soma de todas as potências nominais de todos os aparelhos elétricos pertencentes a uma instalação ou sistema. • Demanda: É a potência elétrica realmente absorvida em um determinado instante por um aparelho ou por um sistema. • Demanda Média de um Consumidor ou Sistema: É a potência elétrica média absorvida durante um intervalo de tempo determinado (15min, 30min). • Demanda Máxima de um Consumidor ou Sistema: É a maior de todas as demandas ocorridas em um período de tempo determinado; representa a maior média de todas as demandas verificadas em um dado período (1 dia, 1 semana, 1 mês, 1 ano). • Potência de Alimentação, Potência de Demanda ou Provável Demanda: É a demanda máxima da instalação. Este é o valor que será utilizado para o dimensionamento dos condutores alimentadores e dos respectivos dispositivos de proteção; será utilizado também para classificar o tipo de consumidor e seu padrão de atendimento pela concessionária local. 26 24/03/2011 14 Definições Básicas • Curva diária de demanda: As diversas demandas de uma instalação variam conforme a utilização instantânea de energia elétrica, de onde se pode traçar uma curva diária de demanda. • Circuito elétrico: equipamentos e condutores ligados a um mesmo dispositivo de proteção. • Dispositivo de proteção: dispositivo elétrico que atua automaticamente quando o circuito elétrico ao qual está conectado é submetido a condições anormais (alta temperatura ou curto-circuito). • Quadro de distribuição: quadro que recebe o ramal de alimentação que vem do centro de medição, contém os dispositivos de proteção e distribui os circuitos terminais para as cargas. • Circuitos terminais: alimentam diretamente os equipamentos de utilização (lâmpadas, motores, aparelhos elétricos) e ou TUGs e TUEs, os circuitos terminais partem dos quadros terminais ou dos quadros de distribuição. • Circuitos alimentadores (circuito de distribuição principal, divisionário, circuito subalimentador): alimentam os quadros terminais e/ou de distribuição, partindo da rede pública. 27 Classificação dos tipos de fornecimento • Limites de fornecimento: Unidades consumidoras com potência instalada < 75kW • Tensão padronizada: Tensões padronizadas são de 380/220V urbana (440/220 rural). • Classificação dos tipos de fornecimento em função da potência instalada: – Tipo A (monofásico): fornecimento a 2 fios (fase e neutro) 220V, potência instalada máxima de 15kW, não pode incluir motor monofásico > 3CV, nem máquina de solda a transformador. – Tipo B (bifásico): fornecimento a 3 fios (2 fases e neutro) 380/220V urbana e 440/220V rural, potência instalada entre 15 e 22kW, (urbana) e até 25kW (rural) não pode incluir motor monofásico >3CV à 220V, ou > 7.5 CV à 440V nem máquina de solda a transformador – Tipo C (trifásico): fornecimento a 4 fios (3 fases e neutro) 380/220V, potência instalada entre 22 e 75kW, não pode incluir motor monofásico >3CV à 220V ou motor trifásico > 25CV à 380V nem máquina de solda a transformador 28 24/03/2011 15 Representação e Diagramas • Diagrama Funcional: – Representa o esquema elétrico e permite interpretar o funcionamento ou seqüência funcional dos circuitos de forma clara e rápida. Os equipamentos são mostrados exatamente como eles são. • Diagrama Multifilar: – Representa o esquema elétrico em detalhes com condutores e símbolos dos componentes e equipamentos. • Diagrama Unifilar: – Representa o sistema elétrico simplificado, indica os condutores por um único traço, representa a posição física e as conexões dos equipamentos, mas não representa com clareza o funcionamento e seqüência funcional dos circuitos. 29 Alguns Símbolos – Diagrama Funcional 30 24/03/2011 16 Exemplo de Diagrama Funcional 31 Alguns Símbolos - Diagrama Multifilar Condutor fase Condutor neutro Condutor terra (ou PE) Interruptor de 1 seção Lâmpada incand. no teto Interruptor three-way Interruptor four-way Fusível Disjuntor Lâmpada fluoresc. no teto F N PE Tomada Interruptor de 2 seções Interruptor de 3 seções 32 24/03/2011 17 Exemplo de Diagrama Multifilar F N PE Não é obrigatório 33 Alguns Símbolos - Diagrama Unifilar (Hélio Creder) Eletroduto embutido no teto Eletroduto embutido no piso Condutor fase Condutor neutro Condutor terra (ou PE) Condutor de retorno Interruptor (1, 2 ou 3 seções) Quadro de energia (ou de luz) Lâmp. incand. no teto a -1- 2x100W Interruptor three-way Interruptor four-way Fusível Disjuntor à seco Lâmpada fluor. no teto Tomada baixa de uso geral a a Tomada média de uso geral Tomada alta de uso geral a -1- 2x100W -1- 300W -1- 300W -1- 300W b a c b aa Disjuntor à óleo 10A 10A 10A 34 24/03/2011 18 Exemplo de Diagrama Unifilar a -1- 2x100W -1- 300W a -1- 3#1,5 -1- 3#1,5 35 Exercícios • Faça um diagrama funcional, multifilar e unifilar que represente um circuito contendo duas lâmpadas, cada uma conectada a um interruptor, e duas tomadas. • Repita o problema anterior para representar um circuito contendo duas lâmpadas controladas por um único interruptor. 36
Compartilhar