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2016 DAVIANE

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Sistema de Ensino Presencial Conectado
Superior de Tecnologia em Gestão Pública
DAVIANE DE ARAÚJO LIZARDO
RONDINELE GOMES VILHENA 
Tutor de sala 
Prof.
° 
JOÃO CARLOS DE MELO SILVA
CONTABILIDADE NA GESTÃO PÚBLICA
.
.
Nova Iguaçu/RJ
 2016
 
DAVIANE DE ARAÚJO LIZARDO
JANEQUELE AZEVEDO 
RONDINELE GOMES VILHENA
 
DAVIANE DE ARAÚJO LIZARDO
JANEQUELE AZEVEDO 
RONDINELE GOMES VILHENA 
CONTABILIDADE NA GESTÃO PÚBLICA
.
Trabalho de Gestão Pública em Grupo apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de
 média
 nas disciplinas
 do 
3
º
 semestre.
 
Nova Iguaçu/RJ
2016
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................03
2 DESENVOLVIMENTO.....................................................................................04
2.1 Accountability...............................................................................................04
2.2 Auditoria de gestão.......................................................................................06
2.3 Custos no setor público.................................................................................07
2.4 Contabilidade aplicada ao setor público. Novas normas brasileiras de contabilidade...................................................................................................................07
3 CONCLUSÃO.................................................................................................09
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................10
03INTRODUÇÃO
 O presente trabalho com o título de CONTABILIDADE NA GESTÃO PÚBLICA foi baseado nas disciplinas estudadas no 3º semestre do curso de Graduação de Gestão pública e tem por objetivo proporcionar conhecimento sobre o tema. O trabalho compreende a leitura dos artigos indicados e a realização de um texto abordando os tópicos informados que envolvem o conteúdo das disciplinas do semestre. Para obtermos o levantamento do tema sobre o tema utilizamos a pesquisa bibliográfica onde se obteve toda a fundamentação teórica a partir de livros e redes eletrônicas de acesso ao público em geral.
As entidades públicas de modo geral são fundamentais para a vida e o bem-estar da sociedade. Elas são responsáveis por grande parte da segurança e da sensação de amparo que as pessoas necessitam para conduzir satisfatoriamente suas vidas, principalmente as camadas sociais menos abastadas que dependem dos serviços públicos.
Por isso a preocupação com a boa gestão, a continuidade e a prosperidade que proporcionam qualidade nos serviços públicos são fundamentais.
Nesse trabalho analisaremos de forma crítica os textos sugeridos bem como desenvolveremos os raciocínios propostos no sentido de compreendermos o papel que as disciplinas do semestre têm no processo de gestão pública, em especial, as finanças públicas, a auditoria e controle no setor público, a gestão de custos no setor público e a contabilidade pública. O desafio dessas áreas é tornar as entidades públicas mais eficazes e mais capacitadas para atender às demandas sociais.
04DESENVOLVIMENTO 
 “A contabilidade de custos produz informações gerenciais para que os diversos níveis hierárquicos da administração sejam capazes de planejar, controlar e decidir com maior eficiência e eficácia”. No mesmo sentido, Silva (1997, p. 56) afirma que a administração pública deve “estabelecer padrões de eficiência e verificar ao longo do tempo se esses padrões são mantidos por intermédio de uma vigilância constante sobre o detalhamento dos custos e despesas e sua apropriação aos serviços”. Assim a informação de custos é de extrema relevância para o aumento da eficiência alocativa do setor público. Além do ambiente corporativo, no setor público a Accountability está relacionada com a prestação de contas e a responsabilidade civil. Já na administração, é um aspecto de governança relacionada a controladoria e contabilidade de custos. Na esfera pessoal, Accountability é uma virtude moral que auxilia os indivíduos a melhorarem como pessoa e também em suas performances no trabalho com novas metas e atitude positiva e proativa para vencer cada vez mais desafios. Passaremos a análise dos artigos que desenvolveu esse estudo.
2.1 Accountability
 Pode-se resumir, segundo O’Donnell (1998) e Grau (2000), que a ideia implícita e simplificada de Accountability é a de transparência e de prestação de contas. Sendo que este termo prestação de contas é muito mais amplo do que simplesmente uma prestação de contas para a sociedade, seja contábil ou por meio de outras informações. Ele engloba tanto a parte externa da instituição como a interna, que envolve tanto o interesse da sociedade em fiscalizar as contas públicas, quanto o interesse dos gestores em tornar transparente a aplicação dos recursos. Claro que o mais importante nessa questão não é a tradução pura e simples do termo, mas a preocupação com a responsabilidade e a prestação de contas à sociedade.
Samuel Paul (2002) afirma que: Accountability significa manter indivíduos e organizações passíveis de serem responsabilizados pelo seu desempenho. Accountability pública se refere ao conjunto de abordagens, mecanismos e práticas usadas pelos atores interessados em garantir um nível e um tipo desejados de desempenho dos serviços públicos. 
05 As Regras estatais intertemporais são as limitações do poder do governante para que não altere os direitos dos cidadãos. Alguns instrumentos são exemplos:
Garantia de direitos básicos pela Constituição (cláusulas pétreas);
Segurança contratual individual e coletiva;
Limitação legal do poder dos administradores públicos;
Acesso prioritário aos cargos administrativos por concursos ou equivalentes;
Mecanismos de restrição orçamentária;
Defesa de direitos intergeracionais 
 A LRF, considerada a principal inovação institucional das finanças públicas e o principal instrumento regulador das contas públicas no Brasil, estabelece metas e limites para a gestão das receitas e despesas e obriga os gestores a assumirem compromissos com a arrecadação e com o controle dos gastos públicos. Estabelece, também, normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e está fundamentada nos princípios do planejamento, transparência, controle e responsabilidade. A criação de instrumentos de participação social na elaboração e fiscalização do orçamento público foi também mais um avanço que deve ser destacado. O orçamento participativo é o mais conhecido e importante mecanismo. Embora apresente algumas limitações, ele tem um potencial enorme de ativação da cidadania em busca do controle das contas públicas. 
 O que podemos concluir sobre o primeiro artigo é que Accountability é o poder da soberania popular a todo agente público (agente político e agente administrativo, com vínculo direto e permanente ou com vínculo indireto e não permanente), o qual deve prestar contas de seus atos à sociedade, mediante os controles constitucionais republicanos (eleição, plebiscito, referendo) e aqueles instituídos pelo Estado, inseridos no Sistema de Controle da Administração (Controle Externo, Controle Interno e Controle Social). Tudo isso só será possível se contarmos também com a participação permanente de cidadãos e organizações vigilantes e conscientes de seus direitos quanto a Accountability
062.2 Auditoria de gestão
 
 De acordo com esse artigo Podemos dizer que os indicadores possuem duas finalidades básicas: a primeira é descrever por meio da geração de informações o estado real dos acontecimentos e o seu comportamento; a segunda é de caráter valorativo que consiste em analisar as informações presentes com base nas anterioresde forma a realizar proposições valorativas. De forma geral, os indicadores não são simplesmente números, ou seja, são atribuições de valor a objetivos, acontecimentos ou situações, de acordo com regras, que possam ser aplicados critérios de avaliação, como, por exemplo, eficácia, efetividade e eficiência. Dessa forma os indicadores servem para: mensurar os resultados e gerir o desempenho; embasar a análise crítica dos resultados obtidos e do processo de tomada decisão; contribuir para a melhoria contínua dos processos organizacionais; facilitar o planejamento e o controle do desempenho; e viabilizar a análise comparativa de desempenho
Acrescentamos em nossa pesquisa a visão de dois autores que afirmam que a Auditoria de Gestão, com seus novos métodos e técnicas, tem se mostrado uma poderosa ferramenta de análise e avaliação da ação governamental, de tal forma que na experiência mundial os órgãos que já a adotaram “vêm se destacando como órgãos fundamentais para garantir a chamada Accountability democrática” (GOMES, 2002). Não é a toa, portanto, que, como bem salientam Abrúcio e Loureiro:
 “A utilização de mecanismos de controle de resultados da administração pública é uma das maiores novidades em termos de Accountability democrática. [...] O novo aqui nem tanto são os atores que fiscalizam, e sim o que se procura fiscalizar. Nessa nova modalidade, os governantes eleitos e os burocratas serão avaliados substancialmente pelo cumprimento das metas propostas.” (ABRUCIO, 2004, p. 84)
 Pode afirmar-se que o grande objetivo da auditoria de gestão é o de verificar em que medida é que os recursos (cada vez mais limitados) postos à disposição dos gestores estão a ser aplicados com a maior economicidade, eficiência e eficácia.
Concluímos que a auditoria de gestão pretende medir e dar opinião sobre o desempenho dos gestores e se os resultados por eles apresentados não poderiam ou deveriam ser diferentes (para melhor, obviamente). Por esta razão, há, pois muitos pontos de contato entre a auditoria de gestão e o sistema de controle interno.
072.3 Custos no setor público
  Custo é o valor gasto com bens e serviços para a produção de outros bens e serviços.
O governo e a sociedade não sabem quanto custam os serviços públicos. Como não há medida de custos, também não há medida de eficiência na administração pública, dado que a eficiência é a relação entre os resultados e o custo para obtê-los. Sem um sistema de avaliação de resultados e de custos, a administração pública abre margem para encobrir ineficiência. Como já foi ressaltada, a inexistência de medidas de desempenho é por si só, uma forte indicação de ineficiência nas organizações do governo. Sem dúvida é possível promover ações que melhorem o desempenho das organizações do governo sem indicadores de custos.
Ferramentas gerenciais como a contabilidade de custos são necessárias, pois, suas informações servem para medir o desempenho das atividades, produtos e serviços públicos. 
Correia, et al. (2010, p. 3) reforça que: “o sistema de custos surge como um instrumento necessário para atuar como coadjuvante das mudanças governamentais, viabilizando mecanismos que possibilitem à máquina administrativa atingir suas metas traçadas nas ações do governo, de forma eficiente, econômica e eficaz”
A Contabilidade de Custos operacionaliza suas atividades, registra e gera as informações de custos por meio de um método de custeio. Vários são os métodos existentes e utilizados para fins fiscais e gerenciais pelas empresas privadas, dentre os quais destacam-se: Custeio por Absorção, Custeio Direto ou Variável e Custeio Baseado em Atividades (ABC).
2.4 Contabilidade aplicada ao setor público. Novas normas brasileiras de contabilidade.
 Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. O objetivo da contabilidade pública é aplicar os conceitos, Princípios e Normas Contábeis na gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos Órgãos e Entidades da Administração Pública, e, como ramo da Contabilidade, oferecer à sociedade, de maneira transparente e acessível, o conhecimento amplo sobre a gestão da coisa pública”. LIMA (2003)
08Em 2008 o Ministério da Fazendo publicou a portaria nº 184 que tinha como finalidade modificar a Contabilidade Pública brasileira, através da adoção das Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público. Nessa portaria, determinou a Secretaria do Tesouro Nacional como o órgão responsável pelo desenvolvimento de ações que irão promover a convergência às Normas Internacionais de Contabilidade publicadas pela International Federation of Accountants (IFAC) e às Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Públicas (NBCASP) editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), respeitado os aspectos formais e conceituais estabelecidos na legislação vigente.
Para Mota (2009, p. 221) a Contabilidade Aplicada ao Setor Público, utilizando os princípios, critérios, métodos e técnicas da Ciência Contábil, é responsável pela tarefa de avaliação do patrimônio público e também do acompanhamento da execução orçamentária, registrando as arrecadações de receitas e realizações das despesas. A norma 16.1, que foi a primeira a ser editada pelo CFC, assegura que Normas e Técnicas Próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é um conjunto de conceitos e procedimentos de avaliação e mensuração, registro e divulgação de demonstrações contábeis, aplicação de técnicas que decorrem da evolução científica da Contabilidade, bem como quaisquer procedimentos técnicos de controle contábil e prestação de contas previstos, que propiciem o controle social, além da observância das normas aplicáveis.
As alterações foram realizados para o setor privado, inicialmente com a Lei 11.638/07 e a Medida Provisória nº 449, de 3 de dezembro de 2008, que posteriormente foi transformada na Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009. Em seguida, cerca de um ano depois, começaram os trabalhos para convergir às normas de Contabilidade aplicadas ao setor público.
O novo plano de contas aplicado ao setor público é também umas das principais mudanças oriundas das novas normas contábeis aplicáveis ao setor público.
093 CONCLUSÃO
 
 Concluindo, podemos afirmar que a finalidade da Contabilidade Pública é fornecer aos gestores informações atualizadas e exatas para subsidiar as tomadas de decisões, aos órgãos de controle interno e externo para o cumprimento da legislação e às instituições governamentais e particulares informações estatísticas e outras de interesse dessas instituições. Um dos aspectos mais importantes da Accountability é exatamente a obrigação que o governante tem de prestar contas dos seus atos com suficiente transparência para que os cidadãos possam avaliar a sua gestão e, em razão disso, ratificá-la ou refutá-la. No contexto da Lei de Responsabilidade Fiscal, essa obrigação ganha dimensões ainda mais relevantes, haja vista o conjunto de sanções que dela resultam para os governantes que sonegarem informações sobre suas práticas. As normas proporcionaram grandes vantagens ao setor público, destacando a melhoria dos registros contábeis, maior qualidade da informação contábil, contribuição para uma melhor gestão e possibilidade de melhoria do controle social. As NBCASP estabeleceram diversos atributos específicos de informações contábeis do setor público, caminhando para a correção da visão de Contabilidade Aplicada ao Setor Público estritamente ligado à execução do orçamento público. Pôde-se observar que um sistema de custos adequado pode, finalmente, garantir a qualidade do gasto público, no momento em que suas informações possibilitam cortes seletivos de verbas orçamentárias e a eliminação de gastos supérfluos e excessivos, de forma a não comprometer o desempenho da AdministraçãoPública e, consequentemente, a competitividade da economia nacional e das empresas. Concluímos que a auditoria de gestão pretende medir e dar opinião sobre o desempenho dos gestores e se os resultados por eles apresentados não poderiam ou deveriam ser diferentes (para melhor, obviamente). Finalizando, após a pesquisa dos artigos e contribuição da experiência de alguns estudiosos e pesquisadores citados, refletimos e podemos contribuir para os estudos futuros sobre a Contabilidade no setor público.
10REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRUCIO, Fernando Luiz, LOUREIRO, Maria Rita. FINANÇAS PÚBLICAS DEMOCRACIA E ACCOUNTABILITY: DEBATE TEÓRICO E O CASO BRASILEIRO. Disponível em: http://www.plataformademocratica.org/Publicacoes/Publicacao_10705_em_17_06_2011_10_24_34.pdf. Acesso em 18/02/2016.
CORREIA, Silvia L., et al. Gestão de custos públicos: uma experiência no Estado da Bahia, com base no sistema de apuração de custos públicos –ACP. . In: XVII Congresso Brasileiro de Custos. 2010, Anais... 03 a 05 de novembro. Belo Horizonte, MG.
DALL’OLIO, Leandro Luis dos S. Custos no setor público. Disponível em: http://www.jmleventos.com.br/arquivos/news/newsletter_adm_publica/arquivos/ANEXO_2_2_02.pdf. Acesso em: 18/02/2016.
DAROS, Leandro Luiz; PEREIRA, Adriano de Souza. ANÁLISE DAS NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO – NBCASP: MUDANÇAS E DESAFIOS PARA A CONTABILIDADE PÚBLICA. Disponível em: http://www.congressousp.fipecafi.org/web/artigos92009/467.pdf. Acesso em: 18/02/2016.
GOMES, Marcelo Barros. Auditoria de desempenho governamental e o papel de Entidades Fiscalizadoras Superiores. Revista do Serviço Público. Brasília, ENAP- Escola Nacional de Administração Pública. Ano 5, nº 2. abr/jun. 2002.
GRATERON, Ivan Ricardo Guevara. Auditoria de gestão: utilização de indicadores de gestão no setor público. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-92511999000200002&script=sci_arttext. Acesso em: 18/02/2016.
LIMA, Diana V. de; LIMA, Róbson Gonçalves de Castro. Contabilidade pública – Integrando União, Estados e Municípios (Siafi e Siafem), 2. ed. São Paulo : Atlas, 2003, p. 13
MOTA, F. G. Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Brasília: GP, 2009.
O’DONNELL, Guillermo (1998) Accountability horizontal e novas poliarquias. Revista Lua Nova, 44. Cedec. São Paulo.
PAUL, Samuel. Accountability in public services: exit, voice and control. World Development 29, 7 (julho) p. 1047 . 2002.
SILVA, Lino Martins da. Contribuição ao estudo para implantação de sistema de custos na Administração Pública. Brasília: ESAF, 1997. 76p.

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