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RELATÓRIO​ ​ TÉCNICO​ ​ - ​ ​ LIMITE​ ​ DE​ ​ CONSISTÊNCIA

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Campus​ ​Fortaleza​ ​-​ ​Bloco​ ​da​ ​Construção​ ​Civil 
Avenida​ ​Treze​ ​de​ ​Maio,​ ​nº​ ​2081 
CEP:​ ​60040-215​ ​-​ ​Bairro​ ​Benfica 
Fortaleza/CE 
 
 
 
RELATÓRIO​ ​TÉCNICO​ ​-​ ​LIMITE​ ​DE​ ​CONSISTÊNCIA 
 
 
Curso:​ ​Tecnologia​ ​em​ ​Estradas 
Turma:​ ​Mecânica​ ​dos​ ​Solos 
 
1. Objetivos 
 
Os​ ​ensaios​ ​dos​ ​limites​ ​de​ ​consistência​ ​tem​ ​como​ ​objetivo: 
● Determinar​ ​o​ ​Limite​ ​de​ ​Liquidez; 
● Determinar​ ​o​ ​Limite​ ​de​ ​Plasticidade; 
● Determinar​ ​o​ ​Índice​ ​de​ ​Plasticidade. 
 
2. Material​ ​e​ ​Métodos 
 
Nesta seção serão apresentados os processos e as ferramentas utilizadas para 
a elaboração deste trabalho, assim como a metodologia aplicada para a sua 
elaboração. 
 
a. Equipamentos 
 
- Cinzel; 
- Estufa; 
- Balança; 
- Cápsula​ ​de​ ​aluminio. 
- Repartidor​ ​de​ ​amostra; 
- Almofariz​ ​e​ ​mão​ ​de​ ​grau; 
- Aparelho​ ​de​ ​Casagrande; 
- Peneira​ ​de​ ​nº​ ​40​ ​(≠ 
0,42mm); 
- Pipeta​ ​para​ ​humedecer​ ​a 
amostra; 
- Placa​ ​de​ ​vidro​ ​de 
superfície​ ​rugosa; 
- Espátula​ ​de​ ​aço​ ​para 
homogeneização​ ​da 
amostra; 
- Cilindro​ ​de​ ​comparação 
(Diâmetro​ ​=​ ​3mm​ ​e 
Comprimento​ ​=​ ​10cm). 
b. Procedimento 
 
● Limite​ ​de​ ​Liquidez​ ​(LL) 
 
A determinação do limite de liquidez é feita pelo aparelho de 
casagrande que é uma concha ligada a um eixo com manivela. 
Acionando-se essa manivela faz-se com que a altura de queda da 
concha seja de 1cm. A manivela deve ser acionada com uma 
velocidade de 2rps. A amostra deve ser homogeneizada, pela 
espátula, com teor de água convenientemente crescentes em cada 
determinação. Depois de homogeneizada a amostra é colocada na 
concha e separada em duas partes (com a utilização de um cinzel 
apropriado), abrindo-se uma canaleta em seu centro, normalmente 
à articulação da concha. Estando a amostra sobre a concha com a 
canaleta aberta, inicia -se a aplicação dos golpes, acionando-se a 
manivela, de forma que esses golpes sejam aplicados 
regularmente, até que os bordos inferiores da canaleta se unam 
em um comprimento de 1cm, anotando-se o número de golpes 
aplicados. Após essa união, retira-se uma amostra do material e 
determina-se o teor de umidade correspondente. O restante do 
material da concha é juntado com a amostra inicial, adicionando-se 
mais água, repetindo-se a operação até obter 4 valores de 
umidade. Dispondo dos valores, números de golpes x umidades, 
constrói-se a curva de liquidez, sendo o nº de golpes representado 
na abscissa em escala logarítmica e umidade correspondente na 
ordenada. Caso os pontos obtidos não se alinhem numa reta, 
admite-se uma razoável rota média. O limite de liquidez é expresso 
pela umidade correspondente a interseção da ordenada relativa a 
25​ ​golpes,​ ​na​ ​curva​ ​de​ ​liquidez. 
 
● Limite​ ​de​ ​Plasticidade​ ​(LP) 
 
No ensaio, o limite de plasticidade é expresso pelo teor de 
umidade com que um cilindro de solo de cerca de 10cm de 
comprimento é rolado, rompendo-se ao atingir 3mm de diâmetro. 
Fisicamente, o que ocorre é que a película de umidade que 
envolve os grãos começa a romper-se, provocando um atrito direto 
grão a grão. Para a execução do ensaio, coloca-se a amostra com 
conveniente umidade numa placa de vidro fosco, faz-se pressão 
com a palma da mão sobre a mesma, dando-lhe a forma cilíndrica. 
Continua-se a ralar, obtendo-se o comprimento de 10cm, até que o 
cilindro atinja o diâmetro de 3mm, o que se verifica com o auxílio 
de um cilindro comparador. Não se dando o rompimento nessas 
condições, repete-se a operação até que perda de umidade, o 
cilindro se fragmente em diversos pedaços com o diâmetro de 
3mm. Obtido esse rompimento na forma descrita, determina-se a 
umidade correspondente, que por definição é o LP. Esta operação 
deve ser feita 5 vezes, para obter um valor de umidade com melhor 
precisão,​ ​e​ ​o​ ​LP​ ​será​ ​o​ ​teor​ ​de​ ​umidade​ ​média. 
 
3. Resultados 
 
Nesta seção serão demonstrados os resultados obtidos para os dois 
procedimentos​ ​experimentais. 
 
Tabela​ ​1:​ ​Resultados​ ​do​ ​Ensaio​ ​de​ ​Limite​ ​de​ ​Liquidez. 
Limite​ ​de​ ​Liquidez* LL​ ​=​ ​28% 
N°​ ​de​ ​Golpes - 82 70 25 12 
1 N°​ ​da​ ​Cápsula - 10 46 12 35 
2 Massa​ ​da 
Cápsula​ ​(g) 
- 12,72 16,80 14,67 13,47 
3 Massa​ ​Bruta 
Úmida​ ​(g) 
- 22,77 24,20 18,73 16,02 
4 Massa​ ​Bruta 
Seca​ ​(g) 
- 20,68 22,66 17,22 15,44 
5 Massa​ ​da​ ​Água 
(g) 
(3)​ ​-​ ​(4) 2,09 1,54 1,51 0,58 
6 Massa​ ​do​ ​Solo 
Seco​ ​(g) 
(4)​ ​-​ ​(2) 7,96 5,86 2,35 1,97 
7 Umidade​ ​(%) (5)​​ ​x​ ​100 
(6) 
26,25 26,27 64,25 29,44 
 
 
Figura​ ​1:​ ​Gráfico​ ​do​ ​Limite​ ​de​ ​Liquidez. 
 
*Foi considerado apenas 3 amostras para determinação do LL, pois o resultado 
de​ ​uma​ ​amostra​ ​não​ ​estava​ ​coerente. 
 
Tabela​ ​2:​ ​Resultados​ ​do​ ​Ensaio​ ​de​ ​Limite​ ​de​ ​Plasticidade. 
Limite​ ​de​ ​Plasticidade LP​ ​=​ ​18% 
1 N°​ ​da​ ​Cápsula 07 11 14 80 
2 Massa​ ​da​ ​Cápsula​ ​(g) 8,93 4,77 8,60 8,47 
3 Massa​ ​Bruta​ ​Úmida​ ​(g) 10,01 6,35 9,93 9,80 
4 Massa​ ​Bruta​ ​Seca​ ​(g) 9,89 6,11 9,72 9,60 
5 Massa​ ​da​ ​Água​ ​(g) 0,12 0,24 0,21 0,20 
6 Massa​ ​do​ ​Solo​ ​Seco​ ​(g) 0,96 1,34 1,12 1,13 
7 Umidade​ ​(%) 12,5* 17,91 18,75 17,69 
Índice​ ​de​ ​Plasticidade ​ ​IP​ ​=​ ​LL​ ​-​ ​LP IP​ ​=​ ​10​ ​% 
 
*De acordo com a ​NBR 7280 Item ​5.1.1 Os valores de umidade não devem diferir da 
média​ ​em​ ​mais​ ​de​ ​5%,​ ​logo​ ​o​ ​valor​ ​de​ ​12,5%​ ​foi​ ​desconsiderado. 
 
Tabela​ ​3:​ ​Resultados​ ​dos​ ​Ensaios. 
Resultados​ ​Encontrados* 
Limite​ ​de​ ​Liquidez​ ​(%) 28 
Limite​ ​de​ ​Plasticidade​ ​(%) 18 
Índice​ ​de​ ​Plasticidade​ ​(%) 10 
 
 
*Seguindo as especificações das normas ​NBR 6459 e ​NBR 7180 os valores foram 
expressos​ ​em​ ​porcentagem​ ​(%)​ ​e​ ​arredondados​ ​para​ ​o​ ​número​ ​inteiro​ ​mais​ ​próximo. 
 
4. Conclusão 
 
Segundo a ​NORMA DNIT 098/2007 – ES A fração que passa na peneira N° 40 
deverá apresentar limite de liquidez inferior ou igual a 40% e índice de 
plasticidade inferior ou igual a 15%. Logo conclui-se que o solo analisado está 
dentro​ ​das​ ​especificações​ ​necessárias​ ​para​ ​utilização​ ​em​ ​rodovias. 
 
Também podemos interpretar com o resultado do Índice de Plasticidade (10%), 
que é possível classificar o solo como “Medianamente Plástico”, de acordo com 
a​ ​definição. 
 
racamente P lástico PF → 0 < I < 7 
edianamente P lástico P 5M → 7 < I < 1 
ltamente P lástico P 5A → I > 1 
 
5. Bibliografia 
 
1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 
Solo-Determinação​ ​do​ ​Limite​ ​de​ ​Plasticidade.​ ​NBR​ ​7180. 
 
2. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 
Solo-Determinação​ ​do​ ​Limite​ ​de​ ​Liquidez.​ ​NBR​ ​6459. 
 
3. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Amostras de 
solo-Preparação para ensaios de compactação e ensaios de 
caracterização.​ ​Ítem​ ​5.1.3.​ ​NBR​ ​7180. 
 
4. ORTIGÃO, J .A.R., Introdução à Mecânica dos Solos dos Estados 
Críticos.​ ​Terratek,​ ​2007. 
 
5. NORMA DNIT 098/2007 – ES Pavimentação – base estabilizada 
granulometricamente com utilização de solo laterítico – Especificação de 
serviço 
 
 
 
Responsáveis​ ​Técnicos 
 
 
 
 
___________________________​​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​_____________________________ 
Antonio​ ​Francisco​ ​Monteiro​ ​Lima​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​Gustavo​ ​Siebra​ ​Lopes 
 
 
 
________________________________________ 
​ ​​ ​Witalo​ ​Rocha​ ​Do​ ​Nascimentos

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