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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL CURSO: ENGENHARIA CIVIL MATHEUS ARAUJO BETONI Artigo de Ensaios de Materiais de Construção Civil Professor: Odilar Rondon CAMPO GRANDE 2016/2 INTRODUÇÃO . São de extrema importância saber as características de um dado material , pois elas vão apresentar a forma como o mesmo irá se comportar quando no estado de produto final. Assim os materiais não podem ser escolhidos ao acaso, e sim, com o maior cuidado, baseando-se em suas características, que podem ser descobertas através de ensaios laboratoriais específicos. Os materiais minerais usados na construção, são constituídos de agregados, podendo ser naturais ou artificiais. Tais agregados possuem uma divisão pautada em seus tamanhos:- Agregados Miúdos; Agregados Graúdos. Os agregados miúdos são aqueles que passam pela peneira com malha de 4,75mm e ficam retidos na malha de 150 µm. Já os graúdos sãos os que passam pela peneira de malha 72mm, e ficam retidos em uma malha de valor 4,75mm. Os agregados tem extrema importância para o ensaio de granulometria, este ensaio consegue definir a porcentagem das dimensões de partículas correspondentes. Através da granulometria é possível definir duas características de dados agregados: - Dimensão Máxima característica: Dimensão da peneira que retém 5% de porcentagem retida acumulada do material em ensaio, ou a peneira de dimensão imediatamente inferior à 5%. -Módulo de Finura: Soma das porcentagens retidas acumuladas das peneiras de série normal, tudo dividido por 100. Há outras características essenciais em um material, tais como: -Índice de Forma: O índice de forma determina as espessuras e comprimentos médios de um material retido em determinada malha e divide o comprimento pela espessura encontrada. O ensaio é feito com o auxilio de um paquímetro .* -Massa Específica: A massa específica é calculada da seguinte forma,* -Massa unitária: A massa unitária é calculada da seguinte forma,* -Porosidade: A porosidade é calculada da seguinte forma,* P - Índice de Vazios: O índice de vazios é calculado da seguinte forma,* I O concreto é um composto heterogêneo, contendo agregados, cimento, areia e água. A relação entre cimento e água, chamado de relação a/c, e, juntamente com o teor de argamassa, são as responsáveis por causar no concreto as seguintes características: - Abatimento; -Porosidade (quando a relação de água é maior que a de concreto); -Resistência à compressão. MATERIAIS E MÉTODOS Os materiais usados para todos os ensaios são apresentados, em ordem alfabética, na relação abaixo: Agitador Mecânico; Amostragem; Balança; Bandejas; Esclerômetro de Reflexão; Estufa; Fôrma tronco-cônica para abatimento; Frasco Erlenmeyer; Haste de ferro para socamento; Paquímetro; Placa de metal; Peneiras das séries normal e intermediária1*; Picnômetro; Prensa Hidráulica; Recipientes; Tanque com água; Trena. Os métodos utilizados são prescritos segundo normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que será apresentada em ordem alfabética: Avaliação de Concreto: Consistência, Resistência à Compressão. Avaliação da Dureza Superficial Definição da Composição Granulométrica consoante a NBR NM 248:2003. Definição de Impurezas Orgânicas Húmicas conforme a NBR NM 49:2001 Definição do Índice de Forma de acordo com a NBR 7809:2003 Definição da Massa Unitária consoante a NBR NM 45:2006. Definição da Massa Específica e Absorção fazendo uso da NBR NM 53:2009 Definição do Teor de Material Pulverulento de acordo com a NBR 46:2003 1*- A seguir, se encontra a tabela de peneiras das séries normais e das séries intermediarias, feita pelo próprio autor do artigo: Peneiras Série Normal Série Intermediária 76 mm 64 mm 38 mm 50 mm 19 mm 32 mm 9,5 mm 25 mm 4,75 mm 12,5 mm 2,4 mm 6,3 mm 1,2 mm 0,6 mm 0,3 mm 0,15 mm RESULTADOS E DISCUSSÕES A seguir serão apresentados os resultados e, posteriormente, suas análises. Tabela 1- Resultado de ensaios com agregados. Ensaios com Agregados Agregado Miúdo Agregado Graúdo Absorsão (%) 1,03 Dimensão Máxima Caracteristica (mm) 0,7 19 Módulo de finura 1,23 2,98 Massa Unitária (Kg/m³) 1579 1644 Índice de Forma 3 Massa Específica (g) 2,64 2,80 Teor de Material Pulverolento (%) 3 0,9 Fonte: Autor. Tabela 2 – Resultados da Avaliação da Dureza Superficial. Avaliação da Dureza Superficial Médio Efetivo Índice Esclerométrico 42 43,75 Fonte: Autor. Tabela 3 – Resultados de Ensaios realizados em concreto Ensaio com Concreto Concreto Abatimento (mm) 155 Flow (mm X mm) 474 X 735 Resistência à Compressão (MPa) 25,47 Fonte: Autor. Gráfico 1 - Curva de Distribuição Granulométrica de Agregado Graúdo: Fonte: Autor. Gráfico 2 – Curva de Distribuição Granulométrica de Agregado Miúdo Fonte: Autor. ANÁLISES: Como passível de observar no gráfico 1, a linha da distribuição se encontra entre 9,5/25 mm INF e 9,5/25mm SUP. De acordo com a literatura, podemos concluir que se trata de um agregado chamado de “Brita 1”, com dimensão máxima característica de 19mm. Do mesmo modo, no gráfico 2, observa-se que a linha de distribuição está abaixo dos limites inferiores da zona utilizável, Tendo como característica ser muito fina, abaixo dos padrões estabelecidos. Mas boa para o uso. CONCLUSÃO Após o término e a apresentação dos resultados, é notória a importância dos ensaios laboratoriais. É evidente a importância da escolha do material, conforme suas principais características como: granulometria, massa unitária, específica, etc. Para que se possa ter uma expectativa para o uso do material, e assim aumentar a qualidade da obra, diminuindo custos desnecessários. Quando o ensaio com concreto é feito, como o abatimento, é de fundamental importância para o teste de qualidade do produto, podendo até ser testado no momento em que o caminhão chega na obra, e, caso reprovado, devolve-lo à indústria de concreto. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7809: Agregado graúdo - Determinação do índice de forma pelo método do paquímetro - Método de ensaio. Rio de Janeiro, 2006. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 248: Agregados – Determinação da composição granulométrica. Rio de Janeiro, 2003. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 49: Agregado miúdo - Determinação de impurezas orgânicas. Rio de Janeiro, 2001. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 45: Agregados - Determinação da massa unitária e do volume de vazios. Rio de Janeiro, 2006. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 46: Agregados - Determinação do material fino que passa através da peneira 75 um, por lavagem. Rio de Janeiro, 2003. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 53: Agregado graúdo - Determinação da massa específica, massa específica aparente e absorção de água. Rio de Janeiro, 2009. FICHAS DE LABORATÓRIO, Fundação universidade Federal de Mato Grosso do Sul/2015 ANEXOS Tabela 4- Agregados Graúdos, Composição AMOSTRA 1 : 20000 g ABERTURA DAS PENEIRAS (mm) MASSA RETIDA (g) % RETIDA % RET. ACUMULADA 75 0 0 0 63 0 0 0 50 0 0 0 37,5 0 0 0 31,5 0 0 0 25 0 0 0 19 1193,3 12 12 12,5 6813,4 68 80 9,5 1782.7 18 98 6,3 83.3 1 99 4,75 12.6 0 99 2,36 0 0 99 FUNDO 88.9 1 - TOTAL 9980.2 100 100 DIMENSÃOMÁXIMA CARACTERÍSTICA = 19 mm MÓDULO DE FINURA = 7,04 Fonte: Autor 1 2 3 3 5 UMIDADE h (%) Água (ml) Mr + Ma (kg) Ma (kg) M δ (kg/dm³) Inch. I (%) 0 0 0 0 0,5 0 0 1 0 0 2 23 0 0 4 46 0 0 6 69 0 0 7 26 26 9 68 94 12 6 - Fonte: Autor. Tabela 9- Granulometria para o Índice de forma AMOSTRA: 10000g ABERTURA MASSA % NÚMEROS DAS PENEIRAS (mm) RETIDA (g) RETIDA DE GRÃOS 50 38 32 25 19 1199,3 12 24 12,5 6813,4 68 139 9,5 1782,7 18 37 TOTAL - - 200 Fonte: Autor. Tabela 10 – Cálculo de índice de forma, usando uma proporção de 7:3 Medidas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 IF Comprimento 29 20 23 27 Espessura 14 17 8 8 #12,5 #9,5 Fonte: Autor. Tabela 11 – Determinação da Massa Unitária para Agregado Miúdo AGREGADO MIÚDO: (I)VOLUME DO RECIPIENTE : 0,003004 m3 (II) MASSA DO RECIPIENTE :________3,041________Kg DISCRIMINAÇÃO 1a DETERMINAÇÃO 2a DETERMINAÇÃO 3a DETERMINAÇÃO MÉDIA (III) MASSA DO RECEP. 7,74 7,80 7,76 1573,13 Kg/m³ +AMOSTRA (KG) (IV) MASSA DA AMOSTRA (Kg) (III-II ) 4,699 4,759 4,719 MASSA UNITÁRIA 1564,25 1584,22 1570,91 Fonte: Autor. Tabela 12 – Determinação da Massa Específica para Agregado Miúdo Massa específica agregado miúdo (ABNT NBR NM 52) Determinação 1º 2º A Massa da amostra seca em estufa 500 B Frasco + agregado miúdo 671,7 C Frasco + agregado miúdo+ água 975,9 D Volume do frasco 500 E Massa especifica da água 1 F Volume de agua adicionada = [(C-B)/E] 306,7 Média G Massa especifica = [A/(D-F) 2,58 2,59 g/ml Fonte: Autor. Tabela 13 – Determinação da Massa Unitária para Agregado Graúdo AGREGADO GRAÚDO: (I)VOLUME DO RECIPIENTE : ______0,0149058 __m3 (II) MASSA DO RECIPIENTE :________8,08________Kg DISCRIMINAÇÃO 1a DETERMINAÇÃO 2a DETERMINAÇÃO 3a DETERMINAÇÃO MÉDIA (III) MASSA DO RECEP. 32,46 32,76 33,28 1660,65 Kg/m³ +AMOSTRA (KG) (IV) MASSA DA AMOSTRA (Kg) (III-II ) 24,38 24,68 25,2 MASSA UNITÁRIA 1635,6 1655,73 1690,62 Fonte: Autor. Tabela 14 – Determinação da Massa Específica e Absorção para Agregado Graúdo MASSA ESPECÍFICA E ABSORÇÃO Determinação 1º 2º A Massa agreg. seco estufa (g) 3000 B Massa agregado submerso (g) 1020 C Massa agregado (SSS) 3030,6 Média Massa específica do agregado seco = [A/(C-B)] 2,90 Absorção = [(C-A)/A] x100 (%) 1,02 Fonte: Autor Tabela 15 – Determinação do Teor de Material Pulverulento MASSA (g) AGREGADO MIÚDO AGREGADO GRAÚDO MASSA INICIAL SECA (Mi) 500 3000 MASSA FINAL SECA (Mf) 488,8 2980,3 TEOR DE MATERIAL PULVERULENTO (%) 2.24 0,7 Fonte: Autor.
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