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mraonsocçšxo A Fuosorm DA t;1iâi~4 om i INEs LACERDA 1-\R»\UJo Para ele, o mundo constava de todos os fatos que efetivamente ocorriam e que por isso podiam ser ditos por proposiçöes. Estas seriam consideradas verdadeiras ou falsas conforme retratassem (configurassem) ou não tais fatos. A linguagem era construida para falar acerca do mundo. Nesse sentido, as tautologias e as contradiçôes, que não dependem dos fatos, tem sua verdade li- gada unicamente à forma lógica das proposiçöes, enquanto que as verdades matemáticas são calcadas em regras linguisticas que exprimem simbolos. A filosofia, por sua vez, não consegue se re- duzir a proposiçöes acerca de fatos do mundo. Nenhum destes setores, lógica e filosofia, realiza a chamada representação; só quando a linguagem representa fatos do mundo e que se reveste de significação. O significado de uma proposição e seu conteúdo empírico, isto e, a possibilidade de verificar se aquilo que nela se afirma diz respeito a fatos que ocorreram ou não. O criterio empírico de significado e o não sentido da meta- física - expostos por Wittgenstein no Tractatus e mais tarde por ele mesmo abandonados - marcaram profundamente os adeptos do em- pirismo lógico. A exigencia empírica O empirismo atual se caracteriza por preconizar que todo co- nhecimento deve ter por base uma linguagem empirista relativa aos fatos observaveis e uma linguagem lógica e/ou matemática. As estru- turas do mundo não podem ser conhecidas atraves do puro uso a prio- ri da razão; a metafísica, ao inves de estar no ápice do conhecimento, como ocorre na perspectiva filosófica tradicional, quando indaga a respeito das causas e principios primeiros, passa a ser considerada como desprovida de sentido por faltar-lhe consistencia empírica. A filosofia não desaparece, porem deve limitar-se à ocupação com questöes lógicas e epistemológicas, isto e, ela esta na dependen- cia dos conhecimentos cientificos, não servindo mais aos propósitos 4-O l L 1 1 l Í Ã «I 'X`Wr4†u_ ÃL fi r ,r P .31 F + P B *_)\ i 1 3 I J ì 7 ã D P de esclarecer os fundamentos ou de ser um pensar acerca do mundo historico e real dos homens. Interessa sobretudo aos neopositivistas a analise lógica da linguagem artificial, já que a linguagem natural se presta a equívocos, e enganosa e arbitraria. E bem verdade que hoje não podemos deixar de reconlnecer que a ciencia se constrói em grande parte atraves de uma linguagem padrão. Por sua vez, os avanços na linguagem lógica percorrem o caminho do pensamento formal, sem que a reflexão e as posturas fi- losóficas diversas fiquem por isso desqualificadas e isoladas no limbo do irracional ou do místico. Para os empiristas contemporáneos, todo e qualquer conheci- mento que não tenha base empírica, que não seja de algum modo tes- tável pelo confronto com os fatos, como ocorre com o conhecimento das ciencias naturais, não e de forma alguma conhecímento Afirmam que a objetividade conseguida atraves de validação das aífirmaçöes por criterios universalmente válidos e por enunciados que possam ser submetidos a testes de verificação garante que se trata de conhe- cimento e não de simples especulação metafísica. A filosofia e a ciência As ciencias foram progredindo e se tornando independentes da Filosofia. Cada vez mais setores da realidade passaram a ser objeto de mvestigação científica e cada vez menos objeto de especulação fi- losofica. Tanto as matemáticas como as ciencias naturais progridem. Tambem as ciencias humanas e históricas aprofundam e ampliam seus conhecimentos, conforme constataram os neopositivistasl. ]á a metafísica e a filosofia dos valores não progridem, pois nelas o nu- mero de propostas conflitantes e grande - o desacordo e a rivalidade de posiçöes são frequentes. 1 Vide: STEGMÚLLER, W. Afilosofia contemporánea. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1977. P. 278-280. 41 l` | ii ` l 4 i
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