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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA EAE 308 – Macroeconomia II – 2º Semestre de 2017 Professor: Gilberto Tadeu Lima Gabarito Sintético da Prova Parcial III [1] Considere uma economia cuja função de produção é dada por 1Y K L , em que Y é o produto, K é o estoque de capital físico, L é a força de trabalho e 0 1 é uma parâmetro. A taxa de crescimento da força de trabalho, 0n , a taxa de depreciação do capital físico, 0 1 , e a taxa de poupança, 0 1s , são todas variáveis exógenas. Quanto ao investimento agregado, por sua vez, essa economia se comporta de acordo com a suposição feita no modelo de crescimento econômico de Solow-Swan, a saber, a de que toda a poupança agregada se transforma em investimento agregado bruto. Por fim, suponha que as condições de Inada são satisfeitas. [a] Compute algebricamente os valores de equilíbrio de longo prazo estritamente positivos das relações capital- trabalho, *k , e produto-trabalho (esta última a medida de renda per capita), *y (ou seja, ignore o par de equilíbrio de longo prazo representado por * *( , ) (0,0)k y ). [6,0] Resolução: A equação diferencial que descreve a dinâmica da relação capital-trabalho é dada por / ( )dk dt k sk n k . Note-se que o par de equilíbrio de longo prazo representado por * *( , ) (0,0)k y satisfaz a condição de equilíbrio correspondente dada por 0k . Logo, os valores de equilíbrio de longo prazo estritamente positivos das relações capital-trabalho, *k , e produto-trabalho, são representados, respectivamente, por: 1 1 * sk n , 1 * sy n . [b] Se 0,5 , de que maneira, se alguma, o valor de equilíbrio de longo prazo da renda per capita responde a uma variação (marginal) permanente na taxa de depreciação do capital físico? Justifique sua resposta em termos algébricos, computando * /y , e econômicos, descrevendo a cadeia de causação correspondente. [4,0] Resolução: Se 0,5 , o valor de equilíbrio de longo prazo da renda per capita reage a uma variação (marginal) permanente na taxa de depreciação do capital físico da seguinte maneira: * 2 0 ( ) y s n . A justificativa econômica, cujo detalhamento pode ser encontrado no capítulo 13 de Carlin & Soskice, é que agora o investimento bruto por unidade de força de trabalho (e, portanto, a variação bruta do estoque de capital físico por unidade de força de trabalho), dado pelo termo sk da equação diferencial que descreve a dinâmica da relação capital-trabalho, deve fazer frente a uma taxa de depreciação do capital físico por unidade de força de trabalho permanentemente maior, com que que a variação líquida do estoque de capital físico por unidade de força de trabalho (e, logo, a variação líquida da renda per capita) será permanentemente menor.
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