Buscar

Atos adm 2

Prévia do material em texto

Os atos administrativos são atos praticados pela Administração Pública, tem como objetivo o conteúdo do ato, uma vez que será através dele que poderá exercer seu poder, conceder um benefício, aplicar uma sanção, declarar sua vontade ou um direito ao administrador etc. Esses atos repercutem diretamente na vida dos cidadãos, de modo que iram produz efeitos a uma determinada sociedade. Desta forma trata-se de atos que precisam ser regularizados pelo direito público.
 Características 
 Baseando-se no princípio da Supremacia do Interesse Público os atos praticados pelo Estado possui algumas peculiaridades que caracterizam suas atitudes e a diferem de um simples ato jurídico. Definido pela doutrina majoritária destacam-se as seguintes características que evidenciam suas peculiaridades;
Presunção de legitimidade e veracidade: trata-se da inversão do ônus da prova. Até que se prove o contrário o ato administrativo é considerado uma situação de fato real, em pratica todos os seus fatos presumem-se verdadeiros. Por exemplo, na aplicação de multa de trânsito, se a pessoa que levou a multa não teve culpa, deverá ele comprovar que não cometeu nenhuma infração.
Imperatividade: trata-se da obrigação criada e estabelecida pelo ato, direcionada aos particulares, imposição essa que independe da vontade do particular. Tem-se como exemplo dessa característica a proibição de estacionar em determinada via pública, onde terá que ser cumprida pelo particular independente do seu desejo. 
Executoriedade: trata-se do poder que o Estado possui para executar o ato administrativo em determinadas situações, sem ser necessário outro recurso que lhe de permissão, podendo ser executado imediatamente. Por exemplo, um carro que é guinchado por estar estacionado em uma calçada dificultando a circulação de pedestres. 
 Classificação
 Os atos administrativos podem ser diferenciados entre si através de sua classificação, a doutrina estabelece várias formas de acontecer a classificação dessas condutas realizadas pelo Estado, segue abaixo as consideradas mais relevantes;
Quanto ao grau de liberdade, os atos se dividem em vinculados e discricionários 
Atos vinculados: são aqueles definidos em lei onde determina como a Administração deve agir, não existindo assim margem de escola para agir, devendo o agente se sujeitar às determinações da Lei. 
Atos discricionários: admitem que haja uma análise subjetiva do agente para a aplicar a norma, dando a ele uma margem de escolha.
Quanto a formação, os atos administrativos podem ser divididos em simples, composto ou complexos
Simples: são os atos formados apenas pela manifestação da vontade de um único órgão, pode ser ele singular ou de colegiado.
Composto: são os atos formados por mais uma manifestação de vontade, trata-se de uma vontade principal e uma vontade acessória, é o caso de atos que são necessários homologações de outras autoridades. 
Complexo: são os atos formados pela soma das vontades de órgãos públicos independentes. 
Quanto ao destinatário, os atos podem ser gerais ou individuais 
Gerais: são os atos praticados pela administração que não possuem destinatário específico. Acontecerá da seguinte forma, será descrito um fato de forma geral, e as pessoas que se enquadram na situação narrada irão se sujeitas a ele. Um o exemplo desse tipo de ato é a publicação de editais. 
Individuais: são atos praticados para um destinatário especifico, é o caso por exemplo de nomeação, onde terá a pessoa certa para assumir determinado cargo.
Quanto ao alcance, os atos administrativos podem ser internos ou externos 
Internos: quando os atos possuem efeito apenas dentro da Administração, de modo que ele só vai atingir os órgãos e os agentes públicos. 
Externos: quando os atos possuem efeitos também fora da administração, vinculando também terceiros.
Quanto ao objeto, os atos administrativos podem ser atos de império, de expediente ou atos de gestão
Atos de império: a administração ira impor, estabelecer algo para você, de modo que baseando no princípio da supremacia
Expediente: são as atividades meio, não caracterizam-se como o a finalidades que se deseja ser atingida, serão as ações que ocorrem dentro da administração para que seja alcançado seu objetivo fim.
Gestão: atos que são executados pelo poder público sem as prerrogativas do Estado, onde a Administração encontra-se em situação de igualdade com o particular.
 Espécies
Atos normativos: Em regra são atos gerais e abstratos, trazem comandos que geram obrigações a uma quantidade indeterminada de pessoas. Tratam-se de atos decorrentes do poder normativo que o Estado possui. Poderá ocorrer, por exemplo, por meio de;
Regulamento: ato normativo exercido de forma privativa pelo chefe do executivo, por meio de um Decreto. Pode-se dizer que Decreto é a forma do regulamento.
Regimento: ato com força normativa para definir normas internas, de modo que estabelece a serem cumpridas para o funcionamento dos órgãos colegiados.
Deliberações: são os atos normativos expedidos pelos órgãos colegiados, como representação da vontade da maioria dos agentes que o representam.
Resolução: são atos normativos dos órgãos do colegiado, usado pelos Poderes Legislativo e Judiciário, e pelas Agências Reguladoras para disciplinar matéria de sua competência específica.
Atos ordinários: São os atos que trazem manifestações internas da administração, tem como objetivo determinar todo o funcionamento e competência dos agentes públicos. Tratam-se de atos decorrentes do poder hierárquico. Ocorrem das seguintes formas;
Portaria: ato administrativo que estipula determinações internas e estabelece normas, assim gerando direitos ou obrigações internas a indivíduos específicos.
Circular: ato administrativo que define regras gerais dentro da estrutura administrativa.
Ordem de serviço: ato administrativo que tem a finalidade de distribuir e ordenar o serviço interno do órgão.
Despacho: tratam-se das decisões proferidas pelas autoridades públicas acerca de situações especificas, de sua responsabilidade.
Memorando: trata-se da comunicação interna entre os servidores de um mesmo órgão, a fim de melhor executar sua atividade.
Oficio: trata-se do meio utilizado pela administração para realizar a comunicação externa, entre a administração e terceiros.
Atos negociais: Esses atos referem-se aos negócios jurídicos público, onde a vontade da Administração coincidente com interesses de um particular. São espécies desse ato;
Autorização: ato discricionário e precário em que a Administração concede ao administrado a faculdade de exercer uma atividade.
Permissão: também trata-se de um ato discricionário e precário e é para conceder a um particular o direito para usar de determinado bem público.
Licença: trata-se de um ato vinculado, pelo qual o Poder Público permite a realização de determinada atividade sujeita a fiscalização do Estado
Admissão: trata-se de um ato unilateral e vinculado onde o Poder Público irá permitir que um particular usufrua de determinado serviço fornecido pelo Estado. 
Aprovação: trata-se de um ato discricionário, meio pelo qual o Poder Público faz o controle de legalidade e mérito de conduta anterior expedida pelo órgão estatal.
Homologação: trata-se de um ato vinculado para o controle da legalidade de anterior expedido pela própria Administração. 
Atos enunciativos: Atos que se limitam a atestar ou certificar um fato já existente na Administração, sem se vincular ao conteúdo. Não se trata de uma manifestação da vontade do ente público, e sim de uma execução da atividade estatal.
Atestado: utilizado quando o Poder Público tem que comprovar determinado fato ou uma situação de que tenha conhecimento por seus órgãos competentes.
Certidão: meio pelo qual a Administração certifica determinado fato previamente escrito em documento público.
Averbação: trata-se da inclusão de informações ao algum registro público já existente, que faltavam e deixava o registro incompleto.
Parecer: trata-se de um ato administrativopelo qual se emite opinião consultivo do Poder Público, sobre assunto de sua competência.
Atos punitivos: São os atos que objetivam a aplicação de sanções aos particulares e servidores públicos caso pratiquem condutas irregulares.

Continue navegando