Introdução à macroeconomia aula 05

Economia Empr esarial \u2013 Aula 05 Objetivos gerais \uf0b7 Entender as divisões o porquê do estudo econômico (micro e m acroecono mia) e as grandes ideias a ações no âmbito das duas áreas da economia e quais as suas consequências sobre a vida das p essoas; \uf0b7 Identificar os objetivos de políticas econô micas, isto é, por que os governos fazem intervenções que impactam profundamente a vida das pessoas; \uf0b7 Estabelecer a ligação entre os fundamentos da macroeconomia com as polític as econômicas; \uf0b7 Compreender as principais relações das variáveis macroeconômicas: PN, N ível Geral de Preços, Nível de Em prego, Salários Nominais, T axa de Juros, Estoque de Moeda, T axa de Câmbio, Estoque de Reservas Cambiais. 1. A abrangência da m acroeconomia Ramo da T eoria Econômica que estuda o funcionamento da econo mia como um todo, procurando identificar e medir as variáveis (agregadas¹) que determinam, por exe mplo: \uf06c O nível geral de preços (Inflação) do sistema econômico; \uf06c o nível de emprego; \uf06c o volume da produção total (crescimento econômico e desenvolvimento econômico), ¹ Atividades semelhantes, levadas a cabo por diferentes agentes. Para V asconcelos (2011) é o ramo da teoria econô mica que estuda a evolução da economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento dos grandes agregados. (conce itos ampliados). T rata os mercados de forma global. A macroeconomia analisa o coletivo, o todo, o agregado, dai surgem os seguintes conceitos/visões: Conceitos V isão m acr oeconômica Demanda agregada Demanda nacional por todos os bens e serviços. Oferta agregada Oferta nacional de todos os bens e serviços. Produto Nacional Produto (vendas de todas as empresas). Renda Nacional A remuneração de todos os fatores de produção. Quando comemos algum alimento, usamos roupas ou vamos a um cinema estamos consumindo uma parcela da produção da economia. 1.2 De que trata a macr oeconomia? T rata de (do): \uf0fc Questões estruturais (de curto e longo prazos), estudando modelos de desenvolvimento que elevem a melhoria da qualidade de vida (bem-estar) da coletividade; \uf0fc Desempenho global, ou seja, a econo mia como um todo. Podemos dizer que é a economia das cidades, nações, dos grandes sistemas econômicos. É ela que estuda e propõe soluções, por exemplo, para situações de desemprego em massa, ou grandes crises de um dado A macroeconomia estuda: Níveis de preços Níveis de emprego e desemprego Estoque de moeda de um País T axa de câmbio T axa de juros da economia Balança de pagamentos O enfoque macroeconômico pode omitir fatores importantes, mas estabele ce rel ações entre grandes agr egados e permite compreender algumas interações relevantes . 2. Difer enciais e inter -relações entr e microeconom ia e macroeconomia MICROECONOMIA ou teoria dos pr eços MACROECONOMIA A partir do estudo da microeconomia, as empresas conseguem aumentar seus lucr os de acordo co m os custos e as receitas que vão variando ao longo do tempo. A partir do estudo das variáveis macroeconômicas, estuda-se e analisa-se toda a estrutura e o funcionamento econô mico de um determinado M unicípio, Estado ou País. A partir do estudo dos modelos macroeconômicos, os governos consegue m, por exemplo, elev ar o padrão de vida (bem-estar da coletividade em um país). Comportamento do consu midor a partir de u ma perspectiva mais individual. Comportamento em grande escala a par tir das políticas econômicas adotadas, por exemplo, no país inteiro. Demanda individual e coletiva (ambiente localizado). Demanda agregada (o somatório de toda a sociedade) Comportamento das firmas e estruturas de mercado, atuando a partir de uma perspectiva mais individual. Comportamento do conjunto das firmas atuando simultaneamente. Oferta individual e coletiva (a mbiente localizado). Oferta agreg ada (o somatório de tod a a sociedade) O instrumental básico desenvolvido na micro e na macroeconomia permite analisar as grandes questões econômicas do nosso tempo. Cada área de estudo possui seu objetivo e sua composição, mas ambas precisam uma da outra para seguir em frente, em busca dos resultados. Cabe ressaltar que há s ituações que podem influenciar t anto a macroeconomia como a microeconomia, pois elas são interdependentes (uma depende da outra para que ha ja estabilidade na economia fique estável). 3. Objetivos e instrumentos da política macr oeconômica (o curto e o longo prazo) Constituem objetivos de política macroeconômica: \u25cf Alto nível de emprego; \u25cf distribuição de renda socialmente justa; \u25cf estabilidade de preços; \u25cf crescimento e desenvolvimento econômico. A macroeconomia preocupa-se com aspectos de curto prazo, por como por exemplo: des emprego e estabilidade de preços e com aspectos de longo prazo, como por exemplo: crescimento e desenvolvimento econômico. Partindo do ponto da racionalidade, possui algumas metas como aumentar o nível de empregos, estabilizar os preços, distribuir renda, crescer a economia, solucionar conflitos de objetivos, etc. A tota lidade de bens e serviços que, numa determinada economia os consumidores, as empresas e o Estado, estão dispostos a comprar , a um determinado nível de preço e e m determinado momento guarda relação direta com componentes de curto, m édio e longos prazos. 3 .1 Probl emas que precisa m ser analisados e r esolvidos no curto pra zo Metas Definição/objetivos/características Emprego Aprofundar a análise para fazer a economia recuperar o nível de emprego. Política conjuntural (de estabilização) de curto prazo. Estabilidade de preços Aumento generalizado e contínuo de preços. T ambém considerado por muitos autores \u201c um imposto sobre o pobr e\u201d , que não encontra meios para defender-se. Política conjuntural (de estabilização) de curto prazo. Exemplo: Empresários aumentam os preços e/ou as tarifas sobre os serviços prestados; Governos aumentam os impostos e/ou as tarifas sobre os serviços prestados; T raba lhador espera o dissídio e/ou a vontade do patrão. Efeito em cadeia: A redução no poder de compra dos trabalhadores Obriga as empresas a diminuem as margens de lucros; Desestimula o investimento em novos projetos/expansão. Impacta negativamente na arrecadação. Governo limita e/ou reduz os investimentos em infraestrutura e em gastos sociais. A redução dos gastos públicos gera mais desemprego. Portanto, a estabilidade dos preços é u ma condição necessária para u m crescimento econômico contínuo e estável, com melhor distribuição de renda. 3.2 Problem as que podem ser analisados e solucionados no longo prazo Distribuição da renda T ambé m chamada de \u201cteoria do bolo\u201d. Até 1973 a posição oficial era de que certo grau de aumento de concentração de renda seria inerent e ao próprio desenvolvimento capitalista . Opiniões da década de 70, período em que ocorreu maior concentração de renda no Brasil: O economista Carlos Geraldo Langomi (FGV), defendia a tese de que, o desenvolvimento capi talista, \u201cgera u ma cadeia por mão de obra qualificada, a qual, por ser escassa obtém ganhos extras\u201d. Assim, o f ator educacional seria a principal causa da piora distributiva... Já Mário Henrique Si monsen argumentava que, no processo de crescimento, há \u201cdesigualdade com mobilidade\u201d, isto é, o indivíduo permanece pouco na mesma faixa salarial e tem facilidade de ascensão \u2026 Cresci mento e desenvolvimento econômico Política estrutural de longo prazo. Há necessidade de medir e comparar . Crescimento O conceito de crescimento econômico capta apenas o cresci mento da renda nacional per capita. A renda per capita é considerada o melhor indicador , o mais operacional para aferir a melhoria do bem estar , do padrão de vida da população, embora possa apresentar falhas (os pa íses árabes, por exemplo, estão entr e os países com maiores rendas per capitas , mas não com o melhor padrão de vida do mundo). Será que o fato de o país está aumentando s ua renda per capita significa que está tendo uma melhora no padrão de vida das pessoas? Desenvolvime nto Um país estará melhorando seu desenvolvimento econômico e s ocial se, juntamente com o aumento da renda per capita , estiver também melhorando os indicadore s socia is (pobreza, desemprego, meio ambiente, moradia, educação, etc.). 3.3 As metas podem até ser conflitantes, nem sempr e atingir uma meta ajuda a alcançar outras O aumento do consumo, por exemplo de automóveis, ajudaria na redução do desemprego. O aumento do consumo pode a mpliar a inflação. As políticas de estabilização de inflação. Podem levar ao aumento da taxa de desemprego. É possível aumentar a renda dos pobres sem diminuir a dos ricos. Muitos economistas acreditam que o aumento do nível de poupança (necessário para sustentar o investi mento para aumento do crescimento) por meio da distribuição desigual da renda. Quando o governo dec ide aumentar o nível de emprego. Pode estar abrindo mão da estabilidade de preços. Há necessidade de fazer poupança. A poupança, muitas vezes, oriunda da concentração de renda, vira investimento. 4. Estrutur a de análise macroeconômica T radicionalmente, a e strutura básica do modelo macroeconômico compõe-se de cinco mercados, vide figur a 1 As vari áv eis ou agregados ma croeconômicos são determinados pelo enco ntr o da dem anda e da of erta em cada um desses mercados. Figura 1 \u2013 Estrutura de análise macroeconô mica 4.1 Mer cado de Bens e Serviços : Deter mina o nível de pr odução agr egada (demanda agregada), be m como o nível geral de preços. A demanda agregada é composta pela soma da demanda dos quatro grandes setores ou agentes macroeconômicos. A demanda agr egada (DA) Representa o gasto total co m a co mpra de bens e serviços que serão adquiridos, para cada nível de preço. Está relacionada com o total da produção, PIB (Produto Interno Bruto) de um país quando os seus níveis de estoque são estáveis. A demanda agregada depende de alguns fator es como: política monetária e fiscal, da renda em poder dos consumidores disponível para consumo, dos impostos a que estão sujeitos, dos gastos públicos efetuados pelo Estado, entre outros. A curva de demanda agregada revela a quantidade de bens que os consumidores desejam comprar a cada nível de preço. T em inclinação negativa devido aos efeitos da renda, da taxa de juros e da taxa de câmbio. Componentes da Demanda Agregada por bens e serviços de um país: DA = Demanda de bens de consumo pelas famílias (C) + Demanda de investimentos pela empresas (I) + Demanda do Governo (G) + Demanda líquida do setor externo (exportações X \u2013 Importações M) DA = C + I + G + X \u2013 M Referida curva é composta pela demanda dos quatro setores econômicos, sendo: a) C \u2192 Consumo (despesas das fa mílias) com bens e serviços; b) I \u2192 Investimentos (despesas das firmas) com bens de capital e variação de estoques; c) G \u2192 Gastos do Governo; d) X \u2192 Exportações e M \u2192 Importações. Observações: \u2714 a + b + c \u2192 Demanda interna; \u2714 a + b + c + d \u2192 Demanda total. A oferta agr egada (OA) Por outro lado, a oferta ou produção agregada depende de(a) \u25cf Evolução do nível de emprego; \u25cf Capacidade instalada da economia; \u25cf Nível de renda e produto nacional; \u25cf Nível de preços; \u25cf Consumo agregado; \u25cf Poupança agregada; \u25cf Investimentos agregados; \u25cf Exportações totais; \u25cf Importações totais. Oferta agr egada de bens e serviços = Demanda agr egada de bens e serviços 4.2 Mer cado de T rabalho : Admite a existência de um tipo de m ão de obra independente de características, determinando o nível de emprego e os salários nominais Nesse mercado não se distingue os diferen tes tipos de trabalho, admite-se a existência de um único tipo de m ão de obra, independentemente das características como grau de qualificação, escolaridade, sexo, etc. Esse mercado determina a taxa de salários e o nível geral de empregos. Demanda de mão de obra = oferta de mão de obra A oferta de mão de obra depende do(a): \u25cf Salário real (custo efetivo da cesta básica de consumo para trabalhadores); \u25cf Evolução da população economicamente ativa. 4.3 Mercado Monetário : Analisa a demanda da moeda e a oferta da mesma pelo Banco Central que determina a taxa de juro s Nesse mercado há uma demanda por moeda em função da necessidade de trans ações dos agentes econ ômicos, ou seja, da necessidade de liquidez, de uma oferta de moeda determinada pelas aut oridades monetárias e pela atuação dos bancos comerciais. Oferta de moeda = Demanda de moeda As variáveis que determinadas nesse mercado são: \u25cf T axa de juros; \u25cf estoque de moeda (meios de pagamento). 4.4 Mercado d e Títulos : Analisa o comportamento dos agentes econômicos Analisa como os agent es econômicos supera vitários e deficitários inter agem. \u25cf Agentes super avi tários \u2192 Possuem ní v e l de gast os inferior es ao seu volume de r enda; \u25cf Agentes deficitários \u2192 P ossuem ní vel de g astos superior es ao seu nív el de renda. Oferta de títulos = Demanda de títulos Esse merca do NÃ O considera a e xistência de di v ersos tipos de títulos. Usa-se o títulos público feder al como ex emplo. A variá v el determinada nesse mer cado é o preço dos títulos. 4.5 Mer cado de Divisas : Depende das e xportações e de entradas de capitais financeiros determinada pelo volume de importações, determ ina a taxa de câmbio e o estoque de reservas ca mbiais. Como a economia mantém transações com o r esto do mundo (compr a e v ende bens e serviços) há o merca do de divisas ou de moeda estr angeira. Es se mercado depende de(a): \u25cf Exportações (X) e de entr ada de capitais estrangeir os \u2192 Oferta de di v isas; \u25cf Importações (M) e saída de capital financeiro \u2192 D emanda de divisas. Oferta de divisas = Demanda de divisas 5. Modelos econômicos São versões simplificadas da realidade, que permitem estudar assuntos complexos isolando suas partes constituintes mais significativas. Assim como um arquiteto constrói uma maquete para avaliar a viabilidade de seu projeto de prédio, o economista usa ou constrói um modelo para avaliar o comportamento da economia no mundo real. Ao construir um modelo, são selecionados os aspectos essenciais do fenômeno a ser estudado e considera-se que todos os demais fatores permanecerão constantes ( coeteris paribus ). É claro que na realidade isto não acontece mas um modelo econômico não é uma descrição fiel da real idade mas um instrumento para auxiliar o estudo desta. A teoria econô mica utiliza-se de dois ar gumentos: na economia positiva* e na economia normativa**. \u25cf Há modelos importantes no estudo da microeconomia: Curva de Fronteira das po ssibilidades de produção ( trade off ); Modelo de demanda e oferta; Modelos de estrutura de mercado, etc. \u25cf Há m odelos importantes no es tudo da macroeconomia: Fluxo Circular de renda, MOdelo IS/LM, Keynesiano básico, etc. A própria ma croeconomia também pode ser considerada um modelo m acr oeconômico (uma ferramenta analítica para descrever o funcionamento da economia de um país ou regi ão). * É a parte da economia que tem por objetivo descrever como o seu funcionamento. ** Procura prescrever como uma economia deve funcionar . Baseia-se em juízos de valor para determinar o que é ou não desejável para o funcionamento econômico 1. Sintetize os objetivos de política econômica. 2. P olítica s de estabilização da inflação são compatív eis com melhoria no grau de distribuição de renda. V ocê concor da? Justifique. 3. O que o Brasil precisa fazer para evitar a inflação? 4. Resuma s instrumentos de política econômica. 5. Qual é a condição de equi líbrio e quais são as variáveis macroeconômicas determinadas no: mercado de bens e serviços; no mercado monetário; mercado de tít ulos; mercado de trabalho; mercado de divisas. 6. O que você faria para melhorar a distribuição de renda no País? Examine as respostas disponíveis em: https://br .answers . yahoo.com/question/index?qid=20070731 182922AApFUn8 no site abaixo e formule a sua resposta.

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