Buscar

trabalho constitucional

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PATRIOTISMO
Segundo a definição do dicionário Aurélio patriotismo é sinônimo de amor a pátria.
Patriotismo, do grego patriótes (patrício), é o sentimento de orgulho, amor1 , e devoção à pátria, aos seus símbolos (bandeira, hino, brasão, vultos históricos,riquezas naturais, e patrimônio material e imaterial)2 . É razão do amor dos que querem servir o seu país e ser solidário com os seus compatriotas3 .
Ao longo da história, o amor à pátria vinha sendo considerado um simples apego ao solo. Tal noção mudou no século XVIII, que passou a assimilar noções decostumes e tradições, o orgulho da própria história e a devoção ao seu bem-estar4 .
Através de atitudes de devoção para com a sua pátria, pode-se identificar um patriota.
Muitas vezes, o nacionalismo é utilizado como seu sinônimo. Porém, podemos dizer que o nacionalismo é considerado uma ideologia ou um idealismo que leva as pessoas a serem patriotas.
Ser um nacionalista não implica algum ponto de vista político particular, à excepção de uma opinião da nação como um princípio organizado fundamentalmente na política. Agora, ser um patriota implica fazer algo de bom pelo seu país ou nação.
O historiador Lord Acton, afirmou que patriotismo prende-se com os deveres morais que temos para com a comunidade política5 6 .
Patriotismo é o espírito de solidariedade entre pessoas que tenham interesses comuns, constituindo um Estado, e que, ao viver sob mesmas leis, as respeitem com ânimo maior que o ânimo que empregam na defesa de interesses, ambições e avarezas particulares. Estas pessoas consideram que suas riquezas particulares e seu bem-estar também constituem um tesouro público, e, por outro lado, policiam para que o tesouro realmente público não se torne patrimônio de particulares. É um sentimento que, ao lado das leis, sustentam um Governo. Toda vez que tais pessoas deixam de cumprir as leis, elas enfraquecem o Estado e, conseqüente e contraditoriamente, sua própria liberdade.
No entanto há quem sugere que o verdadeiro patriotismo, ao traduzir-se no impulso para defender a pátria, pode e deve estar contra uma injusta opressão estatal7 principalmente quando esteja a tomar medidas que põem em risco a independência nacional e a sua autodeterminação.
Há diferentes tipos de patriotismo, e diferentes pessoas que são patriotas, diferentes maneiras de mostrar como são devotos ao seu lugar de origem:
É chamado de patriotismo a prática de lealdade, amor devotado, identificação, apoio ou defesa de um determinado país. Originalmente, o termo era utilizado para descrever alguém que apoiava os direitos do país ou da terra, em detrimento do rei e sua corte. O verdadeiro patriotismo se traduz no impulso para defender a pátria ou modo de vida contra uma injusta opressão estatal.
Em alguns casos, o indivíduo pode acreditar nos princípios sobre os quais um país foi fundado, mas pode ao mesmo tempo acreditar que seu atual governo se desviou desses ideais. Este tipo de pessoa pode acreditar que seria patriótico, portanto, de se opor ao atual governo e forçá-lo a retornar aos seus princípios fundadores.
Ao longo da história, o amor à pátria vinha sendo considerado um simples apego às características físicas do solo. Tal noção mudou no século XVIII, quando os ideais de democracia, as teorias do socialismo e do comunismo emergiram do pensamento político. O conceito de patriotismo ainda se traduzia em um amor a um país por meio de conexões com a terra e as pessoas, mas passou a assimilar noções de costumes e tradições, o orgulho da própria história e a devoção ao seu bem-estar.
Embora patriotas geralmente concordam com a definição básica de patriotismo, eles nem sempre concordam sobre como um patriota deve agir quando confrontado com uma decisão de apoiar ou resistir às decisões e políticas do governo. Noções pessoais, opiniões políticas, condição na sociedade, crenças religiosas ou ainda experiências de vida podem afetar a ideia sobre o que significa ser patriota. A devoção de uma pessoa para com o seu país, por exemplo, pode não ir longe o bastante ao ponto de apoiar a decisão da nação de participar de uma guerra. O cidadão pode reagir de maneiras diferentes, tais como participar de manifestações públicas contra a guerra, apoiando o país a rumar em uma direção diferente ou então recusando-se a se tornar um soldado para lutar pela nação. Já outros certamente entenderiam que a demonstração de verdadeiro patriotismo em tal situação seria a de aceitar a decisão da nação de ir à guerra, recusando-se a protestar publicamente, apoiando as forças armadas ou mesmo se alistar no exército.
A religião também pode afetar a definição pessoal de patriota. Os membros de uma religião que são cidadãos de países governados por outra religião, muitas vezes demonstram patriotismo só até um certo ponto, porque suas crença os orienta a seguir sua religião antes de seguir o governo. Pessoas que são tratadas como cidadãos de segunda classe também podem também adotar diferentes definições patriotismo.
NACIONALISMO
Segundo a definição do dicionário Aurélio nacionalismo refere-se a preferência determinada pelo o que é próprio à nação à qual se pertence
s.m. Preferência determinada pelo que é o próprio à nação à qual se pertence. / Doutrina que reivindica para a nação o direito de praticar uma política ditada unicamente pelos seus interesses, opondo-se a qualquer associação suscetível de limitar-lhe a liberdade de ação. / Movimento social de indivíduos que tomam consciência de formar uma comunidade em virtude dos elos étnicos, lingüísticos, culturais etc., que os unem.
Nacionalismo
Ideologia segundo a qual o indivíduo deve lealdade e devoção ao Estado nacional – compreendido como um conjunto de pessoas unidas num mesmo território por tradições, língua, cultura, religião ou interesses comuns, que constitui uma individualidade política com direito de se autodeterminar. O nacionalismo assume inúmeras formas e pode-se originar com base em diversas necessidades: de uma comunidade étnica, religiosa ou cultural, sob dominação, tornar-se independente; de um grupo ou comunidade impor sua nacionalidade e se transformar em soberano no Estado; ou de o próprio Estado-Nação impor seus ideais aos cidadãos como forma de sobreviver como unidade. 
O sentimento nacionalista tem suas raízes na Revolução Francesa. A burguesia volta-se contra a nobreza e o clero e proclama que o poder não emana de Deus nem do soberano, mas do povo e da nação. A lealdade ao rei é substituída pela lealdade à pátria. No final do século XVIII e no decorrer do XIX, a ascensão do sentimento nacionalista coincide com a Revolução Industrial, que promove o desenvolvimento da economia nacional, o crescimento da classe média, a exigência popular de um governo representativo e o desejo imperialista. 
Nacionalismo liberal – No início do século XIX, o nacionalismo firma-se como uma ideologia política que traduz as aspirações do liberalismo. Torna-se uma forma de protesto contra os Estados monárquicos, aristocráticos e religiosos e de afirmação da identidade nas regiões submetidas ao domínio estrangeiro, como na Itália dominada pela Áustria e na Irlanda subjugada pelo Reino Unido. Após a derrota de Napoleão, as potências vencedoras posicionam-se contra as pretensões nacionalistas, que, associadas ao liberalismo, significam uma ameaça à restauração monárquica. No contexto das Revoluções Liberais, no século XIX, o princípio da nacionalidade é um dos fatores decisivos para a mobilização da burguesia, que, em alguns países, é apoiada pelo proletariado industrial. Na Itália e na Alemanha, o sentimento nacionalista é um elemento fundamental para as unificações. 
Nacionalismo autoritário – A unificação alemã em 1871, liderada pelo antiliberal e pró-monárquico Otto von Bismarck (1815-1898), marca o início da fase na qual o nacionalismo é firmado no interior do Estado. Esse nacionalismo, caracterizado como imperialista, conservador e autoritário, generaliza-se em todo o continente europeu. Com o crescente interesse das nações européiasem alcançar a hegemonia na Europa e se defender, os Estados nacionais exigem a lealdade exclusiva dos cidadãos e incentivam o ódio e a hostilidade para com outras nações. Nessa fase, o Império Turco-Otomano, alvo das potências européias, sofre constantes desmembramentos, que dão origem a novos Estados, como Romênia e Bulgária. As atividades nacionalistas dos sérvios na Bósnia-Herzegóvina e a decisão da Áustria-Hungria de combatê-las, somadas ao crescente nacionalismo autoritário no resto da Europa, deflagram a I Guerra Mundial. O conflito leva à desagregação dos Impérios Austro-Húngaro, Alemão e Russo e à formação de Tchecoslováquia, Polônia, Iugoslávia, Hungria, Estônia, Letônia e Lituânia. O nacionalismo autoritário chega ao ápice no entreguerras e passa a ser um componente básico do fascismo, do nazismo e do stalinismo. Após a II Guerra Mundial, com a ruína dos Estados europeus e o nascimento dos sistemas de hegemonia mundial dos EUA e da URSS, o nacionalismo desaparece em muitas nações européias. Estas, para se reerguer, deixam suas barreiras protecionistas e partem para a interdependência em uniões como o Mercado Comum Europeu – o primeiro esboço da formação de organizações políticas de dimensões continentais e multinacionais. Conflitos contemporâneos – Depois de 1945, o nacionalismo cresce na África e na Ásia como reação ao colonialismo. Na África, porém, o nacionalismo nem sempre é um elemento importante no processo de descolonização. Isso acontece porque, na maioria dos casos, o estabelecimento das fronteiras imposto pelos colonizadores não seguiu os critérios lingüísticos e culturais de cada povo. A eclosão da Guerra da Biafra e das lutas atuais na República Democrática do Congo, na Somália, em Ruanda e em Burundi, expressa antigos conflitos tribais. O nacionalismo também encontra ressonância no populismo da América Latina, em especial no governo de Juan Domingo Perón, na Argentina; nos de Getúlio Vargas e João Goulart, no Brasil; e no de Lázaro Cárdenas, no México (1934-1940). Com o fim da Guerra Fria e o desmantelamento da URSS, projetos de autonomia nacional são despertados em diversas partes do mundo, como a recusa das repúblicas bálticas (Estônia, Letônia e Lituânia) em se integrar à Comunidade dos Estados Independentes (CEI) e as lutas separatistas no Timor Leste, no País Basco, na Irlanda do Norte e no Tibet, entre outros. Além disso, como forma de reafirmar distinções em Estados cada vez mais multiétnicos, explodem movimentos nacionalistas dentro de vários Estados e movimentos de grupos de identidade, como o da comunidade negra. Em muitos países ressurge o nacionalismo autoritário: é o neonazismo na Áustria, na França e na Itália e o movimento dos skinheads na Inglaterra, na Alemanha e no Brasil. 
Nacionalismo brasileiro
O nacionalismo brasileiro é um movimento que valoriza o Brasil, a sua cultura, a sua diversidade e o seu povo. Muitos consideram que a maioria do povo brasileiro não é nacionalista, ou só demonstra amor pela nação na altura de grandes competições esportivas como a Copa do Mundo.
Historicamente, o povo brasileiro nunca teve que se unir contra uma ameaça externa, como aconteceu em outros países. Mesmo quando o Brasil conquistou a independência, essa conquista foi alcançada para o benefício de um pequeno grupo que lutava pelos seus interesses. Muitos acreditam que por esse motivo o nacionalismo não foi fomentado no Brasil.
O processo revolucionário francês teve grande importância para que uma nova perspectiva se firmasse dentro da Europa. Durante esse evento, muitos revolucionários interpretavam a sua luta como a ação tomada em defesa dos interesses de seu próprio país. Nobres, conservadores, membros da Igreja e os exércitos estrangeiros eram vistos como os grandes inimigos da nação. A partir dessa perspectiva tínhamos delineado as primeiras manifestações do sentimento nacionalista.
No século XIX, vários intelectuais passaram a discutir quais seriam os elementos históricos e culturais que poderiam definir a identidade nacional. Muitas vezes, buscando a construção de um argumento forte, os pensadores do nacionalismo procuravam na língua, nos mais diversos comportamentos e na História a definição do perfil comum dos indivíduos pertencentes à nação. Não raro, argumentos de ordem mítica reforçavam um ideal de superioridade a ser compartilhado.
Comparativamente, a doutrina nacionalista colocava a defesa da nação acima de outras experiências e instituições tais como o Estado, a Igreja, o partido político ou o sindicato. Paralelamente, também devemos destacar que o sentimento nacional provocou transformações profundas na relação das nações entre si. O verdadeiro nacionalista deveria sempre acreditar e perceber que a soberania de sua nação estava acima dos interesses particulares e das ameaças estrangeiras.
Para os liberais, o nacionalismo acabava sendo interpretado como um grande desdobramento do próprio liberalismo. Afinal de contas, a busca pelo direito de escolher seu próprio governo, criar suas próprias leis e defender o território integravam o amplo conjunto de lutas que garantiriam a liberdade e a igualdade. Em contrapartida, podemos ver que este movimento ia de encontro às doutrinas socialistas que conclamavam a união dos trabalhadores de todo o mundo.
No campo das ações históricas, o nacionalismo serviu de inspiração para importantes eventos do século XIX. Em 1848, durante a chamada “Primavera dos Povos”, várias ações revolucionárias tomaram a Europa. Em muitas dessas ocasiões, a defesa dos “interesses nacionais” acabou servindo de mola propulsora contra as injustiças e os resquícios do regime absolutista. A partir de então, o Velho Mundo se modificara com a aparição de novos governos e nações como Alemanha, Itália e Hungria.
Não se restringindo a esse movimento específico, podemos ver que o pensamento nacionalista também influenciou no acirramento das rivalidades entre diferentes países. Durante a era imperialista, a disputa por zonas de exploração econômica acabou alimentando a rivalidade entre diferentes países. Chegando ao século XX, podemos ver as guerras mundiais e os movimentos totalitários como outras experiências ligadas à perspectiva nacionalista.
O nacionalismo é uma tese, ideológico, surgida após a Revolução Francesa1 . Em sentido estrito, seria um sentimento de valorização marcado pela aproximação e identificação com umanação.
Segundo o ex-presidente Lula, o nacionalismo é a ideologia fundamental da terceira fase da história da humanidade, a fase industrial,2 quando os estados nação se tornam a forma de organização político cultural que substitui o império2 .
Costuma diferenciar-se do patriotismo devido à sua definição mais estreita. O patriotismo é considerado mais uma manifestação de amor aos símbolos do Estado, como o Hino, a Bandeira, suas instituições ou representantes.
Já o nacionalismo apresenta uma definição política sobretudo da sua preservação enquanto entidade, por vezes na defesa de território delineado por fronteiras terrestres, mas, acima de tudo nos campos linguístico, cultural, etc., contra processos de destruição identitária ou transformação. O historiador Lord Acton, afirma que o patriotismo prende-se com os deveres morais que temos para com a comunidade política enquanto que o nacionalismo está mais ligado à raça, algo que é meramente natural e físico3 4 assim como genético.
São vários os movimentos dentro do espectro político-ideológico que se apropriam do nacionalismo, ora como elemento programático, ora como forma de propaganda. Nomeadamente, nos finais do século XIX, em Portugal contra o Iberismo. Já durante o século XX, o nacionalismo permeou movimentos radicais como o fascismo, o nacional-socialismo na Alemanha, o saudosismo e ointegralismo no Brasil e em Portugal, especialmente durante o (Estado Novo no Brasil e Estado Novo em Portugal).
O nacionalismo é uma ideologia que se pode dizer moderna com antecedentes antigos, com uma definição maior das fronteiras das nações em países: surgiu numa Europapré-moderna e pós-medieval, a partir da superação da produção e consumo feudais pelo mercado capitalista, com a submissão dos feudos aos estados modernos (ainda absolutistas ou já liberais), com asreformas religiosas protestantes e a contrarreforma católica – fatos históricos estes que permitiram, ou até mais, que produziram o surgimento de culturas diferenciadas por toda a Europa, culturas que, antes, eram conformadas, deformadas e formatadas pelo cristianismo católico, com o apoio da nobreza feudal.
Surgiu como uma ideologia popular revolucionária, pois foi contrária ao domínio imperialista político-cultural do cristianismo católico que se apoiava nos nobres feudais e ajudava a sustentar a superada, limitada e limitante economia feudal, mas também como uma ideologia burguesa, pois as massas camponesas e o pequeno proletariado que também surgia passavam do domínio da nobreza feudal para o da burguesia industrial – e a ideologia dominante em uma sociedade é a ideologia das classes dominantes.
Após a definitiva vitória político-cultural dos burgueses sobre a nobreza feudal – a qual foi submetida pela destruição ou pela absorção pela cultura e pela política burguesa – foi parcial e progressivamente deixado para trás, como uma ideologia que teria sido importante, mas que já não seria mais do que uma lembrança histórica.
O nacionalismo ressurge nas colônias européias do Novo Mundo, nas “américas”, de Sul a Norte, e principalmente na América Latina, antes mesmo do surgimento da ideologia comunistaeuropéia, como um renovado nacionalismo, um “nacionalismo revolucionário” com algo já de socializante; Simón Bolívar foi o líder maior desse “nacionalismo revolucionário” latino-americano, e este seu nome, apenas, já basta para avalizar essa ideologia, a qual formou-se ao comando de homens tais como Tupac Amaru, San Martín ou José Artigas.
Ressurge na Europa, pouco antes do surgimento da ideologia comunista, como um outro nacionalismo, como um “nacionalismo revolucionário” socializante, ou até mesmo socialista, e anti-imperialista, contrário ao imperialismo europeu, o qual, além de explorar as colônias americanas, asiáticas e africanas, explorava ainda as nações européias mais pobres; Giuseppe Mazzini foi o líder maior desse “nacionalismo revolucionário” na Europa.
O “nacionalismo revolucionário” europeu, como uma ideologia anti-imperialista original, também influenciou o pensamento dos latino-americanos que souberam apreender dos europeus aquilo que fosse interessante e útil, desenvolvendo, no Novo Mundo, uma prática e uma luta anticolonialista, a qual se desenvolveu na ação e no discurso de homens tais como “Tiradentes”, San Martín ouGiuseppe Garibaldi.
O “nacionalismo revolucionário” latino-americano, numa inversão do colonialismo cultural, influenciou mesmo a luta anti-imperialista na Europa: as colônias latino-americanas muito ensinaram às nações pobres europeias, com a luta e o comando de Giuseppe Garibaldi, e de sua mulher, Anita Garibaldi, revolucionários e considerados por alguns heróis tanto no Novo Mundo quanto noVelho Mundo – continuando (e vencendo) a luta antes comandada por Giuseppe Mazzini.
Brasil
No Brasil, o serviço militar com duração de 12 meses é obrigatório para os cidadãos do sexo masculino que completem 18 anos de idade. Porém, a grande maioria dos alistados é dispensada por excesso de contingência.
Foi tornado obrigatório através de lei, em janeiro de 1906, durante o governo de Afonso Pena, quando o marechal Hermes da Fonseca era ministro da Guerra. Porém, só foi efetivamente implementado com a entrada do Brasil na Primeira Guerra Mundial.
A obrigatoriedade do serviço militar hoje é disciplinada pela Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964, que dispõe, em seu artigo 5º, o seguinte:
Art 5º A obrigação para com o Serviço Militar, em tempo de paz, começa no 1º dia de janeiro do ano em que o cidadão completar 18 (dezoito) anos de idade e subsistirá até 31 de dezembro do ano em que completar 45 (quarenta e cinco) anos.
§ 1º Em tempo de guerra, esse período poderá ser ampliado, de acôrdo com os interesses da defesa nacional.
A falta de comprovação da quitação das obrigações militares implica numa série de restrição de direitos, previstos no artigo 74 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964:
Art 74 Nenhum brasileiro, entre 1º de janeiro do ano em que completar 19 (dezenove), e 31 de dezembro do ano em que completar 45 (quarenta e cinco) anos de idade, poderá, sem fazer prova de que está em dia com as suas obrigações militares:
a) obter passaporte ou prorrogação de sua validade;
b) ingressar como funcionário, empregado ou associado em instituição, empresa ou associação oficial ou oficializada ou subvencionada ou cuja existência ou funcionamento dependa de autorização ou reconhecimento do Governo Federal, Estadual, dos Territórios ou Municipal;
c) assinar contrato com o Governo Federal, Estadual, dos Territórios ou Municipal;
d) prestar exame ou matricular-se em qualquer estabelecimento de ensino;
e) obter carteira profissional, matrícula ou inscrição para o exercício de qualquer função e licença de indústria e profissão;
f) inscrever-se em concurso para provimento de cargo público;
g) exercer, a qualquer título, sem distinção de categoria, ou forma de pagamento, qualquer função ou cargo público:
I - estipendiado pelos cofres públicos federais, estaduais ou municipais;
II - de entidades paraestatais e das subvencionadas ou mantidas pelo poder público;
h) receber qualquer prêmio ou favor do Governo Federal, Estadual, dos Territórios ou Municipal;
Os documentos que comprovam a quitação da obrigação militar estão disciplinados no artigo 75 da mesma lei, a saber:
Art 75 Constituem prova de estar o brasileiro em dia com as suas obrigações militares:
a) o Certificado de Alistamento, nos limites da sua validade;
b) o Certificado de Reservista;
c) o Certificado de Isenção;
d) o Certificado de Dispensa de Incorporação.
§ 1º Outros documentos comprobatórios da situação militar do brasileiro, poderão ser estabelecidos na regulamentação desta lei.
Há uma disciplina específica no caso de o cidadão ser habilitado em algumas das profissões abaixo. Esse regramento foi disciplinado pela Lei nº 12.336, de 2010 que incluiu o parágrafo terceiro ao artigo 75 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964:
Lei nº 4.375/64: Art. 75, § 3o Para os concluintes de curso de ensino superior de Medicina, Farmácia, Odontologia e Veterinária, o Certificado de Dispensa de Incorporação de que trata a alínea ‘d’ do caput deste artigo deverá ser revalidado pela região militar respectiva, ratificando a dispensa, ou recolhido, no caso de incorporação, a depender da necessidade das Forças Armadas, nos termos da legislação em vigor. (Incluído pela Lei nº 12.336, de 2010)1
Portugal
O serviço militar obrigatório e, qualquer outra forma de conscrição terminaram a 19 de Novembro de 20042 . No entanto, não sendo considerada de conscrição, pela sua curta duração de apenas um dia, continua a existir uma obrigação militar para todos os jovens, de ambos os sexos. Tal se chama de Dia da Defesa Nacional e, consiste no acompanhamento, durante um dia, do trabalho das Forças Armadas, e, na realização de diversas atividades do foro militar, por esses mesmos jovens, para interiorizarem o papel do Exército na manutenção da Soberania Nacional e, da Defesa3 .
Israel
Em Israel há conscrição militar para homens e para mulheres.
Nos Estados Unidos da América, o serviço militar obrigatório foi abolido em 1973, pouco antes do fim da impopular Guerra do Vietnã. Em 2006, o governo de George W. Bush, de forma a suprir a falta de tropas na Guerra do Iraque, propôs reintroduzir a medida, mas o Congresso, nas mãos da oposição, rejeitou a proposta.
Mulheres
As mulheres devem prestar o serviço militar obrigatório em Israel. A exemplo do que ocorre com os homens, as mulheres aptas são recrutadas aos 18 anos de idade, e servem por um período inicial de dois anos. Após o cumprimento desse serviço, mulheres servem na reservauma vez por ano, até os 24 anos de idade (enquanto seus pares masculinos servirão até os 40 anos de idade).
Insubmissão
O crime de insubmissão, capitulado no art. 183 do Código Penal Militar, é um dos mais peculiares delitos previstos neste diploma repressivo penal. Isso porque, embora seja um crime militar, com previsão apenas no Código Penal Militar, somente pode ser cometido por civil. Trata-se de crime próprio, na medida em que o sujeito ativo é o civil, convocado à incorporação na Organização Militar, que deixa de se apresentar na data prevista ou ausenta-se antes do ato formal de incorporação. Mas para que o civil seja processado perante a Justiça Militar é necessário que ele seja incorporado às fileiras das Forças Armadas. Vale dizer que a condição de militar é indispensável para que seja instaurada a ação penal contra o insubmisso. Em suma: apenas o civil pode cometer o crime e apenas o militar pode ser processado pelo crime de insubmissão.
Art. 183. Deixar de apresentar-se o convocado à incorporação, dentro do prazo que lhe foi marcado, ou, apresentando-se, ausentar-se antes do ato oficial de incorporação:
Pena – impedimento, de três meses a um ano.
§ 1º. Na mesma pena incorre quem, dispensado temporariamente da incorporação, deixa de se apresentar, decorrido o prazo de licenciamento.”
§ 2º. A pena é diminuída de um terço:
a) pela ignorância ou a errada compreensão dos atos da convocação militar, quando escusáveis;
b) pela apresentação voluntária dentro do prazo de um ano, contado do último dia marcado para a apresentação.
LEI 4375/66 (Lei do Serviço Militar)
        Art 1º O Serviço Militar consiste no exercício de atividades específicas desempenhadas nas Fôrças Armadas - Exército, Marinha e Aeronáutica - e compreenderá, na mobilização, todos os encargos relacionados com a defesa nacional.
        Art 2º Todos os brasileiros são obrigados ao Serviço Militar, na forma da presente Lei e sua regulamentação.
        § 1º A obrigatoriedade do Serviço Militar dos brasileiros naturalizados ou por opção será definida na regulamentação da presente Lei.
        § 2º As mulheres ficam isentas do Serviço Militar em tempo de paz e, de acôrdo com suas aptidões, sujeitas aos encargos do interêsse da mobilização.
        Art 3º O Serviço Militar inicial será prestado por classes constituídas de brasileiros nascidos entre 1º de janeiro e 31 de dezembro, no ano em que completarem 19 (dezenove) anos de idade.
        § 1º A classe será designada pelo ano de nascimento dos cidadãos que a constituem.
        § 2º A prestação do Serviço Militar dos brasileiros compreendidos no § 1º dêste artigo será fixada na regulamentação da presente Lei.
        Art 4º Os brasileiros nas condições previstas nesta Lei prestarão o Serviço Militar incorporados em Organizações da Ativa das Fôrças Armadas ou matriculados em Órgãos de Formação de Reserva.
        Parágrafo único. O Serviço prestado nas Polícias Militares, Corpos de Bombeiros e outras corporações encarregadas da segurança pública será considerado de interêsse militar. O ingresso nessas corporações dependerá de autorização de autoridade militar competente e será fixado na regulamentação desta Lei.
Da Duração do Serviço Militar
        Art 5º A obrigação para com o Serviço Militar, em tempo de paz, começa no 1º dia de janeiro do ano em que o cidadão completar 18 (dezoito) anos de idade e subsistirá até 31 de dezembro do ano em que completar 45 (quarenta e cinco) anos.
        § 1º Em tempo de guerra, êsse período poderá ser ampliado, de acôrdo com os interêsses da defesa nacional.
        § 2º Será permitida a prestação do Serviço Militar como voluntário, a partir dos 17 (dezessete) anos de idade.
        Art 6º O Serviço Militar inicial dos incorporados terá a duração normal de 12 (doze) meses.
Art 25. O convocado selecionado e designado para incorporação ou matrícula, que não se apresentar à Organização Militar que lhe fôr designada, dentro do prazo marcado ou que, tendo-o feito, se ausentar antes do ato oficial de incorporação ou matrícula, será declarado insubmisso.
Art 29. Poderão ter a incorporação adiada:
        a) por 1 (um) ou 2 (dois) anos, os candidatos às Escolas de Formação de Oficiais da Ativa, ou Escola, Centro ou Curso de Formação de Oficiais da Reserva das Fôrças Armadas, desde que satisfaçam na época da seleção, ou possam vir a satisfazer, dentro dêsses prazos, as condições de escolaridade exigidas para o ingresso nos citados órgãos de formação de oficiais;
        b) pelo tempo correspondente à duração do curso, os que estiverem matriculados em Institutos de Ensino destinados à formação de sacerdotes e ministros de qualquer religião ou de membros de ordens religiosas regulares;
        c) os que se encontrarem no exterior e o comprovem, ao regressarem ao Brasil;
        d) os matriculados em Cursos de Formação de Oficiais das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros, até o término ou interrupção do curso;
        Parágrafo único. A expressão "convocado à incorporação", constante do Código Penal Militar (art. 159), aplica-se ao selecionado para convocação e designado para a incorporação ou matrícula em Organização Militar, o qual deverá apresentar-se no prazo que lhe fôr fixado.
        Art 26. Aos refratários e insubmissos serão aplicadas as sanções previstas nesta Lei, sem prejuízo do que, sôbre os últimos, estabelece o Código Penal Militar.
        § 1º Os insubmissos, quando apresentados, serão submetidos à seleção e, as considerados aptos, obrigatòriamente incorporados.
§ 2º Aquêles que tiverem a incorporação adiada, nos têrmos da letra b , se interromperem o curso eclesiástico, concorrerão à incorporação com a 1ª classe a ser convocada, e, se concluirem, serão dispensados do Serviço Militar obrigatório.
Da Dispensa de Incorporação
        Art 30. São dispensados de incorporação os brasileiros da classe convocada;
        a) residentes há mais de um ano, referido à data de início da época de seleção, em Município não-tributário ou em zona rural de Município sòmente tributário de órgão de Formação de Reserva;
        b) residentes em Municípios tributários, excedentes às necessidades das Fôrças Armadas;
        c) matriculados em Órgão de Formação de Reserva;
        d) matriculados em Estabelecimentos de Ensino Militares, na forma estabelecida pela regulamentação desta Lei;
Dos Direitos dos Convocados e Reservistas
        Art 60. Os funcionários públicos federais, estaduais ou municipais, bem como os empregados, operários ou trabalhadores, qualquer que seja a natureza da entidade em que exerçam as suas atividades, quando incorporados ou matriculados em Órgão de Formação de Reserva, por motivo de convocação para prestação do Serviço Militar inicial estabelecido pelo art. 16, desde que para isso forçados a abandonarem o cargo ou emprêgo, terão assegurado o retôrno ao cargo ou emprêgo respectivo, dentro dos 30 (trinta) dias que se seguirem ao licenciamento, ou término de curso, salvo se declararem, por ocasião da incorporação ou matrícula, não pretender a êle voltar.
        § 1º Êsses convocados, durante o tempo em que estiverem incorporados em Órgãos Militares da Ativa ou matriculados nos de Formação de Reserva, nenhum vencimento, salário ou remuneração perceberão da organização a que pertenciam.
        1º Êsses convocados, durante o tempo em que estiverem incorporados a organizações militares da Ativa ou matriculados em órgãos de formação de Reserva, nenhuma remuneração, vencimento ou salário perceberão das organizações a que pertenciam. (Redação dada pela Lei nº 4.754, de 1965)
        § 2º Perderá o direito de retôrno ao emprêgo, cargo ou função que exercia ao ser incorporado, o convocado que engajar.
Dos Deveres dos Reservistas
        Art 65. Constituem deveres do Reservista:
        a) apresentar-se, quando convocado, no local e prazo que lhe tiverem sido determinados;
        b) comunicar, dentro de 60 (sessenta) dias, pessoalmente ou por escrito, à Organização Militar mais próxima,as mudanças de residência;
        c) apresentar-se, anualmente, no local e data que forem fixados, para fins de exercício de apresentação das reservas ou cerimônia cívica do Dia do Reservista;
        d) comunicar à Organização Militar a que estiver vinculado, a conclusão de qualquer curso técnico ou cientifico, comprovada pela apresentação do respectivo instrumento legal, e bem assim, qualquer ocorrência que se relacione com o exercício de qualquer função de caráter técnico ou científico;
        e) apresentar ou entregar à autoridade militar competente o documento de quitação com o Serviço Militar de que fôr possuidor, para fins de anotações, substituições ou arquivamento, de acôrdo com o prescrito nesta lei e na sua regulamentação.

Continue navegando