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PROCESSO CIVIL IV CASOS CONCRETOS 1 a 8 + ENADE

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0 - 0 - universidade estacio de sa/08 - 8º periodo estacio/direito processual civil 4/CASOS CONCRETOS_1 a 8 + ENADE/CASO CONCRETO_DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV_PlanoDeAula_Semana_1.docx
DIREITO DO PROCESSUAL IV - Plano de aula 1
PROCESSO DE EXECUÇÃO. DISPOSIÇÕES GERAIS PARA O CUMPRIMENTO DA SENTENÇA OU PARA A EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL.
CASO CONCRETO 
Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que seja penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de Reais), para pagamento de uma dívida de apenas R$ 10.000,00 (dez mil Reais). O devedor, por meio do seu patrono, peticiona ao juízo informando que possui um veículo automotor avaliado em R$ 30.000,00 (trinta mil Reais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício ao executado. 
Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado?
Resposta:
Sim, pelo PRINCÍPIO DO MENOR SACRIFÍCIO (ART, 805 § ú.), se o executado tiver dois BENS a Penhora se dará no BEM de menor valor. 
No caso em tela, o bem penhorado está avaliado em um milhão e o devedor ofereceu um outro bem no valor de 30 mil, e como tem um valor menor, esse bem já é suficiente para cobrir a dívida, pois tenho mais de uma forma de promover a execução e tem-se que observar o bem menos gravaso. Portanto, o credor tem razão, pois dará um impacto menor. A obrigação é DE PAGAR e o que importa é receber o dinheiro.
Art. 805.  Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.
Parágrafo único.  Ao EXECUTADO que alegar ser a medida executiva MAIS GRAVOSA incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção dos atos executivos já determinados.
Penhora: é só quando se tem obrigação de pagar.
QUESTÃO OBJETIVA: Letra D
(XVI Exame de Ordem Unificado – FGV)
Daniel possui uma pequena mercearia e costuma aceitar cheques de seus clientes, como forma de pagamento. Ocorre que, no último mês, três dos cheques apresentados no prazo foram devolvidos por insuficiência de fundos. Daniel não obteve êxito na cobrança amigável, não lhe restando, portanto, outra alternativa senão recorrer ao Poder Judiciário.
Com base nessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.
a) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o devedor, ainda que fundadas em títulos diferentes e diversa a forma do processo, desde que o juízo seja competente para todas.
b) É vedado ao juiz examinar de ofício os requisitos que autorizam a cumulação de execuções.
c) Daniel pode cumular várias execuções, fundadas em títulos diferentes, ainda que diversos os devedores, desde que para todas elas seja competente o juízo e idêntica a forma do processo.
d) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o mesmo devedor, ainda que fundadas em títulos diversos, de que seja competente o juízo e haja identidade na forma do processo. (Art. 780 CPC)
Universidade Estácio de Sá: Campus R9. 
Disciplina: DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. 
Professora: Liane Fernandes. 
Nome: Helio Caldas Maciel Filho • Turma: 3047• Matrícula: 20140305256-5. 
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DIREITO DO PROCESSUAL IV - Plano de aula 2
PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDE A CREDORES E
FRAUDE A EXECUÇÃO.
CASO CONCRETO 
No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1o grau, o réu vendeu seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00 (cem mil reais), os quais constituíam a totalidade de seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em julgado, o autor pretende receber o valor da indenização fixado pelo Juiz, ou seja, R$ 100.000,00 (cem mil reais). Considerando o enunciado acima, distinga os institutos da FRAUDE À EXECUÇÃO e da FRAUDE CONTRA CREDORES, e, num segundo momento, indique os caminhos processuais adequados para que o exequente, na prática, possa receber seu crédito.
Resposta:
NO CASO CONCRETO ESTÁ SENDO PRATICADA A FRAUDE À EXECUÇÃO .
FRAUDE CONTRA CREDORES é um institudo de direito material (art. 158,CPC), logo não interessa ao processo, pois ela acontece ANTES da propositura da ação (o judiciário não foi provocado). Diz respeito a cada credor, cada um propõe uma ação anulatória, no caso, AÇÃO PAULIANA(art. 178 cc) que é uma ação de conhecimento que tem por objetivo distituir os atos.
Já a FRAUDE À EXECUÇÃO é um instituto de direito processual considerada um ato tentatório a dignidade da justiça (art 792 §1º). Acontece a partir do MOMENTO EM QUE A AÇÃO É PROPOSTA, sendo que a intenção é frustrar o processo de execução que está por vir. 
Súmula 375 
O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente.
Art. 158. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas responderá pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras perícias no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, independentemente das demais sanções previstas em lei, devendo o juiz comunicar o fato ao respectivo órgão de classe para adoção das medidas que entender cabíveis.
Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada FRAUDE À EXECUÇÃO:
I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se houver;
II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução, na forma do art. 828;
III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato de constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude;
IV - quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor ação capaz de reduzi-lo à insolvência;
V - nos demais casos expressos em lei.
§ 1º: A alienação em fraude à execução é ineficaz em relação ao exequente.
Art. 178 CC. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;
QUESTÃO OBJETIVA: Letra D
Considerando o CPC, e, principalmente, as normas que tutelam a legitimidade passiva em execução, indique a alternativa incorreta, ou seja, de quem NÃO pode figurar como executado.
a) o devedor, reconhecido como tal no título executivo;
b) o responsável tributário, assim definido em lei;
c) o fiador do débito constante em título extrajudicial;
d) o Ministério Público, nos casos previstos em lei. (tá no rol do artigo 778 = legitimado ATIVO). 
Universidade Estácio de Sá: Campus R9. 
Disciplina: DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. 
Professora: Liane Fernandes. 
Nome: Helio Caldas Maciel Filho • Turma: 3047• Matrícula: 20140305256-5. 
JURISPRUDÊNCIAS
Processo: AI 236820420118260000 SP 0023682-04.2011.8.26.0000
Orgão Julgador: 15ª Câmara de Direito Público
Publicação: 22/06/2011
Julgamento: 16 de Junho de 2011
Relator: Eutálio Porto
Ementa
AGRAVO DE INSTRUMENTO EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - IPTU DO EXERCÍCIO DE 2008 ALEGAÇÃO DE ILEGITIMIDADE PASSIVA - DECLARAÇÃO JUDICIAL DE INEFICÁCIA DE COMPRA E VENDA DO IMÓVEL, POR FRAUDE CONTRA CREDORES ANULAÇÃO DOS REGISTROS DE TRANSMISSÃO DO IMÓVEL EM FEVEREIRO DE 2000 ILEGITIMIDADE PASSIVA RECONHECIDA - AGRAVO PROVIDO.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Registro: 2011.0000087290
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos de
Agravo de Instrumento nº 0023682-04.2011.8.26.0000, da Comarca
de Catanduva, em que é agravante IAB
EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S/A (ATUAL DENOMINAÇÃO) sendo agravado PREFEITURA MUNICIPAL DE CATANDUVA.
ACORDAM , em 15ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Deram provimento ao recurso. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão.
O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores EUTÁLIO PORTO (Presidente), ARTHUR DEL GUÉRCIO E ERBETTA FILHO.
São Paulo, 16 de junho de 2011.
EUTÁLIO PORTO
RELATOR
Assinatura Eletrônica
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
VOTO Nº: 15203
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0023682-04.2011.8.26.0000
COMARCA: CATANDUVA
AGRAVANTE: IAB EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S/A
AGRAVADO: PREFEITURA MUNICIPAL DE CATANDUVA
EMENTA
Agravo de Instrumento Exceção de pré-executividade -IPTU do exercício de 2008 Alegação de ilegitimidade passiva - Declaração judicial de ineficácia de compra e venda do imóvel, por fraude contra credores
Anulação dos registros de transmissão do imóvel em fevereiro de 2000 Ilegitimidade passiva reconhecida -Agravo provido.
RELATÓRIO
Trata-se de agravo interposto por IAB
EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S/A em face da PREFEITURA MUNICIPAL DE CATANDUVA, insurgindo-se contra a decisão de fls. 59/62, proferida pela MM. Juíza Maria Clara Schmidt de Freitas, que rejeitou a exceção de pré-executividade e manteve a agravante no pólo passivo da execução fiscal, não tendo reconhecido a alegação de ilegitimidade passiva.
Sustenta a agravante que não tem legitimidade para figurar no pólo passivo da execução fiscal, referente à cobrança do IPTU do exercício de 2008, em virtude da sentença proferida pelo juízo da 34ª Vara Cível da Capital, que declarou a ineficácia dos registros de compra e venda do imóvel, com a conseqüente perda do imóvel pela agravante antes do lançamento do tributo, anotando o caráter propter rem do IPTU.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
O agravo foi processado sem o deferimento da tutela recursal pretendida (fls. 77/78).
A Municipalidade apresentou contraminuta às fls. 81/84.
Este é, em síntese, o relatório.
VOTO
O agravo merece provimento.
A questão ora debatida diz respeito a
ilegitimidade da agravante para responder pelo débito de IPTU referente ao exercício de 2008, incidente sobre imóvel localizado na Rua Camboriú, quadra I, lote 25.
Conforme consta dos autos, a agravante teria adquirido o imóvel supra mencionado de Weber Marcelo Bottan e sua esposa Elizete Socorro Vieira Bottan em 16/06/1999 (fls. 49), entretanto, referida venda foi anulada por sentença proferida pela 34ª Vara Cível de São Paulo, em virtude do reconhecimento da fraude contra credores.
Aliás, o registro de transmissão do imóvel foi declarado ineficaz em 10 de fevereiro de 2000, consoante
Averbação 9/6.089 constante da certidão de matrícula do imóvel de fls. 48/50, que foi lavrada em 15 de outubro de 2002, portanto, antes do lançamento do tributo, que se refere ao exercício de 2008.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Diante disso, deve ser reconhecida a
ilegitimidade passiva da agravante, acolhendo-se a exceção de préexecutividade para extinguir a execução fiscal, condenando a Municipalidade ao pagamento de honorários advocatícios
arbitrados em R$ 500,00.
Face ao exposto, dá-se provimento ao agravo, nos termos do acórdão.
EUTÁLIO PORTO
Relator
Processo: AGVPET 1992005220025020 SP 01992005220025020061 A20 
Orgão Julgador: 2ª TURMA
Partes: AGRAVANTE(S): ROGERIO KARAM , AGRAVADO(S): LOBBY ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES LTDA
Publicação: 22/10/2013
Julgamento: 16 de Outubro de 2013
Relator: LUIZ CARLOS GOMES GODOI
Ementa
FRAUDE À EXECUÇÃO E CONTRA CREDORES.
Assegurado nos autos que a dissolução da sociedade conjugal e a partilha de bens foi levada a efeito quando nem sequer corria contra a empresa demanda capaz de reduzi-la à insolvência, não há falar em fraude à execução, consoante o art. 593, inciso II, do CPC. Mais ainda, é inviável o reconhecimento, na presente reclamatória trabalhista, da fraude contra credores, visto que o pronunciamento pretendido requer a propositura de ação própria, consoante arts. 158 e seguintes, do Código Civil.
Processo: AP 00000360720145010064 RJ
Orgão Julgador: Primeira Turma
Publicação: 16/03/2016
Julgamento: 29 de Fevereiro de 2016
Ementa
AGRAVO DE PETIÇÃO. EMBARGOS DE TERCEIRO. FRAUDE À EXECUÇÂO X FRAUDE CONTRA CREDORES.
De acordo com o atual entendimento do STJ, consagrado pela edição do enunciado nº 375 de sua Súmula de jurisprudência, o reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente. Assim, diante do conflito existente entre os interesses de satisfação do crédito certificado em título executivo judicial e de tutela do patrimônio do adquirente de boa-fé de imóvel penhorado em Juízo, a Corte Especial inclinou-se por conceder especial proteção ao patrimônio do adquirente de boa-fé. No caso particular destes autos, restou comprovado que, no momento da alienação do imóvel aos agravantes, não havia ainda prenotação de penhora nem constavam quaisquer outras restrições ou gravames incidentes sobre o indigitado imóvel à margem dos registros públicos constantes do cartório imobiliário, o que impede o reconhecimento da ocorrência de fraude à execução, em consonância com entendimento consagrado na Súmula nº 375 do STJ, porquanto os interesses de satisfação do crédito perseguido na execução de fundo deve ceder à tutela do patrimônio dos adquirentes de boa-fé.
Universidade Estácio de Sá: Campus R9. 
Disciplina: DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. 
Professora: Liane Fernandes. 
Nome: Helio Caldas Maciel Filho • Turma: 3047• Matrícula: 20140305256-5. 
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DIREITO DO PROCESSUAL IV - Plano de aula 4
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR
SOLVENTE FUNDADA EM TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL. IMPUGNAÇÃO.
CASO CONCRETO 
Juca Cipó ingressa em juízo com ação de cobrança em desfavor de Sinhozinho Malta, que, citado pelo correio, quedou-se inerte, vindo, em consequência, o pedido autoral a ser julgado procedente, com a condenação do réu ao pagamento de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Iniciado por Juca Cipó o cumprimento de sentença, após a segurança do juízo, Sinhozinho Malta oferece impugnação, na qual alega a nulidade de sua citação na fase cognitiva. O juiz, então, acata a impugnação de Sinhozinho Malta. 
Qual seria o recurso cabível contra esta decisão judicial? 
AGRAVO DE INSTRUMENTO, pois se trata de uma DECISÃO INTERLOCUTÓRIA (não acarreta a extinção do processo). 
O cumprimento voluntário supre a citação mesmo que todos os atos ocorridos no processo tenham que ser reptidos.
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação. 
§ 1o Na impugnação, o executado poderá alegar:
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia;
QUESTÃO OBJETIVA: Letra B
Considerando o CPC, indique a alternativa que não contempla matéria passível de ser alegada em sede de impugnação ao cumprimento de sentença:
a) incompetência relativa;
b) impossibilidade jurídica do pedido; (art. 525)
c) ilegitimidade da parte;
d) excesso de execução ou cumulação indevida de execuções.
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Disciplina: DIREITO PROCESSUAL CIVIL
IV. 
Professora: Liane Fernandes. 
Nome: Helio Caldas Maciel Filho • Turma: 3047• Matrícula: 20140305256-5. 
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DIREITO DO PROCESSUAL IV - Plano de aula 5
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE FUNDADA EM TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. EMBARGOS. OBJEÇÃO DE NÃO EXECUTIVIDADE.
CASO CONCRETO 
Repelidos Embargos de Devedor com fundamento em sua intempestividade, apresenta o Executado petição avulsa, intitulando-a como Objeção de Não Executividade (também conhecida como Exceção de Pré-Executividade), denunciando a nulidade do título. Deve tal pleito, inobstante a rejeição dos Embargos, ser admitido ao exame do órgão judicial? Se admissível a referida peça, teria a apresentação da mesma efeito suspensivo? 
Resposta:
Sim por ser uma ARGUIÇÃO DE NULIDADE, sendo que a EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE poderá ser proposta a qualquer momento (não está sujeita a prazo e a provas), tendo em vista que trás consigo matéria de ordem pública.
Se admissível a referida peça, teria a apresentação da mesma efeito suspensivo?
É feita através de simples petição juntada aos autos, não tendo previsão legal expressa e por ser uma simples petição não extingue e nem suspende a execução.
DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO 
Art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se opor à execução por meio de embargos.
§ 1º Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em apartado e instruídos com cópias das peças processuais relevantes, que poderão ser declaradas autênticas pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal. 
Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contado, conforme o caso, na forma do art. 231.
QUESTÃO OBJETIVA: Letra D
Os embargos do devedor serão oferecidos no prazo:
a) de 10 dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação;
b) de 10 dias, contados da efetivação da penhora, depósito ou caução;
c) de 15 dias, contados da efetivação da penhora, depósito ou caução;
d) de 15 dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação; (art. 915 e 231)
e) em dobro do previsto em lei, quando forem vários os executados e tiverem procuradores diferentes nos autos.
	
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Disciplina: DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. 
Professora: Liane Fernandes. 
Nome: Helio Caldas Maciel Filho • Turma: 3047• Matrícula: 20140305256-5. 
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DIREITO DO PROCESSUAL IV - Plano de aula 8
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA POR OBRIGAÇAO DE FAZER, NÃO FAZER OU
PARA ENTREGA DE COISA. MEIOS EXECUTIVOS. IMPUGNAÇÃO.
CASO CONCRETO 
Em determinado processo, o magistrado fixou astreintes diárias para compelir o devedor a cumprir obrigação de entrega de coisa, o que não ocorreu no prazo estabelecido. Levando em consideração que o valor acumulado das astreintes está próximo de R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais) e que o conteúdo econômico discutido no processo é de no máximo R$ 20.000,00 (Vinte Mil Reais), a parte ré peticiona requerendo a redução do valor retroativamente. Ocorre que a exequente, por seu turno, sustenta que este montante de R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais) já integra o seu patrimônio. Vindo os autos conclusos para decisão, o magistrado percebe, na ambiência de seu gabinete, que o CPC fornece um tratamento inconclusivo quanto ao tema astreintes. Em determinada norma, por exemplo, autoriza que o magistrado possa alterar ou mesmo excluir o valor das multas, mas apenas para aquelas vincendas (art. 537, par. 1º), o que contraria entendimento jurisprudencial. Por outro lado, em outro momento, deixa o tema um tanto vago (art. 806, par. 1º), nada dispondo se a revisão do valor pode ser realizada em caráter retroativo. Indaga-se: Como decidir? O valor das astreintes poderia ser reduzido ex tunc? E, para os casos de fixação desta multa, não seria melhor simplesmente o magistrado fixar multa de incidência única, em valor mais substancial, para que a mesma realmente possa funcionar como fator coercitivo?
Resposta:
Não há nenhum posicionamento a respeito no CPC de 2015, isto é, não há um artigo que resolva a pendência. Fica a critério do juiz. 
Há acordos nos tribunais reduzindo o valor da multa por esta perder a razão de ser, perdeu o poder coercitivo. Pois o objetivo da multa, se desprendeu da causa, já que o réu desiste, pois não terá como pagá-la e o autor fica inerte para que a multa cresça cada vez mais. 
O código não define com certeza o caminho a ser adotado nesses casos, nem a jurisprudência é pacífica sobre essas situações sem soluções no CPC. 
Há jurisprudências que tem solução para os dois lados.
Obs.: não há proibição de o valor da multa ser maior que o da obrigação.
Art. 499. A obrigação somente será convertida em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
Art. 500. A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa fixada periodicamente para compelir o réu ao cumprimento específico da obrigação.
Art. 537. A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de conhecimento, em tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja suficiente e compatível com a obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento do preceito.
 
§ 1º O juiz poderá, de ofício ou a requerimento, modificar o valor ou a periodicidade da multa vincenda ou excluí-la, caso verifique que:
I - se tornou insuficiente ou excessiva;
Art. 806. O devedor de obrigação de entrega de coisa certa, constante de título executivo extrajudicial, será citado para, em 15 (quinze) dias, satisfazer a obrigação. 
§ 1º Ao despachar a inicial, o juiz poderá fixar multa por dia de atraso no cumprimento da obrigação, ficando o respectivo valor sujeito a alteração, caso se revele insuficiente ou excessivo.
QUESTÃO OBJETIVA: Letra A
Considerando o CPC, indique a alternativa que represente o mecanismo de resposta que deve ser empregado pelo executado para apresentação das suas teses defensivas:
a) Impugnação;
b) Embargos a execução;
c) Exceção;
d) Contestação.
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Disciplina: DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. 
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DIREITO DO PROCESSUAL IV - Plano de aula 3
COMPETÊNCIA. TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL OU EXTRAJUDICIAL.
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA.
CASO CONCRETO 
Adalberto ajuizou uma ação em face da Seguradora Porto Bello pleiteando o recebimento do seguro de vida realizado pelo seu tio Marcondes. Alega na inicial que a seguradora, de forma injustificada, se negou a pagar a indenização sob o argumento de que o segurado agiu de má-fé ao não informar que realizara uma cirurgia de coração 10 anos antes da assinatura do contrato. Após a instrução o juiz julgou procedente o pedido para condenar a Seguradora a pagar a respectiva indenização em valor a ser apurado em fase de liquidação. Diante do caso concreto indaga-se:
a) Qual é a modalidade de liquidação de sentença mais adequada ao caso concreto? É possível modificar a sentença em fase de liquidação?
A modalidade de liquidação de sentença mais adequada é LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO
(art. 503, I, c/c e 510 CPC), pois não existem fatos novos a serem apresentados. Essa liquidação é para apurar somente os valores.
Não, quando já está na fase de liquidação de sentença, o único ponto a ser discutido é o valor, não se tem que pagar ou não. 
Para modificar a sentença ILÍQUIDA, que condenou a pagar, tem que interpor RECURSO DE APELAÇÃO (art. 512 CPC), mesmo a apelação sendo recebida, em regra, em duplo efeito, a liquidação pode ser iniciada na pendência do recurso (ainda em curso), já que é meramente para apurar valores, logo não será executada nesta fase.
Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor: 
I - por arbitramento, quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou exigido pela natureza do objeto da liquidação; 
Art. 510.  Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes para a apresentação de pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso não possa decidir de plano, nomeará perito, observando-se, no que couber, o procedimento da prova pericial.
Art. 512. Não havendo prazo estipulado para a declaração do comprador, o vendedor terá direito de intimá-lo, judicial ou extrajudicialmente, para que o faça em prazo improrrogável.
b) Como deverão proceder as partes caso discordem do valor apurado na liquidação?
Há uma discussão sobre o valor, pois a parte não concordou com o mesmo, sendo que contra a decisão interlocutória, cabe AGRAVO DE INSTRUMENTO (art. 1015, § ú. CPC), sendo que neste agravo SÓ PODE DISCUTIR O VALOR, não será discutido se a parte terá que fazer ou não o pagamento.
Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:
§ 2o Quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, o credor poderá promover, desde logo, o cumprimento da sentença.
§ 4º Na liquidação é vedado discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou.
QUESTÃO OBJETIVA: Letra A
Considerando o CPC, indique a alternativa que NÃO contempla título executivo extrajudicial:
a) o crédito de auxiliar de justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial; (art. 784- Título executivo extrajudicial e art 515, V - Título executivo JUDICIAL)
b) a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
c) a nota promissória;
d) o crédito decorrente de foro ou laudêmio.
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Disciplina: DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. 
Professora: Liane Fernandes. 
Nome: Helio Caldas Maciel Filho • Turma: 3047• Matrícula: 20140305256-5. 
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DIREITO DO PROCESSUAL IV - Plano de aula 6
ETAPA COMUM AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA/EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE I: PENHORA E EXPROPRIAÇÃO DOS BENS.
CASO CONCRETO 
Determinado credor instaurou processo de execução, lastreado em título executivo extrajudicial, em face de um incapaz, que se encontra regularmente representado nos autos. A penhora recaiu sobre um determinado bem e não foram oferecidos embargos à execução. Como o exequente não manifestou interesse na adjudicação, o magistrado determinou a expropriação por alienação em leilão judicial. No segundo leilão, o bem constricto recebeu um lance equivalente a 75% do valor da avaliação, o que gerou a assinatura no auto de arrematação. Imediatamente, o executado peticionou ao juízo, postulando o reconhecimento da ineficácia da arrematação, uma vez que o bem foi expropriado por preço vil. Já o credor, por sua vez, ponderou que, de acordo com o art. 891, parágrafo único, do CPC, a arrematação teria sido perfeitamente válida. Indaga-se: como deve decidir o magistrado? 
Resposta:
No caso deve se observar que há um incapaz e imóvel de incapaz em leilão tem que ser arrebatado por pelo menos 80% do valor da avaliação, não por pelo menos 75%. É o que estabelece o artigo 891 do CPC, mas com base no artigo 896 do cpc ( imóvel de incapaz)
ADJUDICAR é transferir a propriedade do bem sem ter que penhorar, “ transforma” o bem em dinheiro. (art. 825, CPC) 
Art. 896. Quando o imóvel de incapaz não alcançar em leilão pelo menos oitenta por cento do valor da avaliação, o juiz o confiará à guarda e à administração de depositário idôneo, adiando a alienação por prazo não superior a 1 (um) ano.
§ 1o Se, durante o adiamento, algum pretendente assegurar, mediante caução idônea, o preço da avaliação, o juiz ordenará a alienação em leilão.
§ 2o Se o pretendente à arrematação se arrepender, o juiz impor-lhe-á multa de vinte por cento sobre o valor da avaliação, em benefício do incapaz, valendo a decisão como título executivo. 
§ 3o Sem prejuízo do disposto nos §§ 1o e 2o, o juiz poderá autorizar a locação do imóvel no prazo do adiamento. 
§ 4o Findo o prazo do adiamento, o imóvel será submetido a novo leilão.
QUESTÃO OBJETIVA: Letra C
A respeito dos bens impenhoráveis, marque a alternativa incorreta:
a) o seguro de vida;
b) os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;
c) os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, inclusive os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;
d) os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor.
Universidade Estácio de Sá: Campus R9. 
Disciplina: DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. 
Professora: Liane Fernandes. 
Nome: Helio Caldas Maciel Filho • Turma: 3047• Matrícula: 20140305256-5. 
0 - 0 - universidade estacio de sa/08 - 8º periodo estacio/direito processual civil 4/CASOS CONCRETOS_1 a 8 + ENADE/CASO CONCRETO_DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV_PlanoDeAula_Semana_7.docx
DIREITO DO PROCESSUAL IV - Plano de aula 7
ETAPA COMUM AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA/EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE II: SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. RECURSOS NA EXECUÇÃO.
CASO CONCRETO 
Após a vigência do CPC, Rodolfo promove execução em face de Matheus e Lucas, objetivando o recebimento de determinada quantia. A citação de ambos foi realizada regularmente e não foram localizados bens passíveis de penhora. Diante desta situação, o magistrado suspendeu o processo pelo prazo de um ano. Findo este período e, também tendo sido ultrapassado o prazo prescricional da obrigação, os executados peticionam ao juízo requerendo o desarquivamento do processo e a pronúncia da prescrição intercorrente. Devidamente intimado, o exequente se posiciona em sentido contrário, ao argumento de que esta suspensão deveria permanecer sine die, ou seja, indefinidamente, até que sejam localizados bens passíveis de constrição judicial. Como deverá se posicionar o magistrado quanto ao tema? 
Resposta: 
Quando o executado não possuir bens penhoráveis, suspende-se a execução pelo prazo de 1 ano. Passado 1 ano e não for encontrado bens penhoráveis, o juiz ordenará o arquivamento dos autos, que serão desarquivados para prosseguimento da execução se a qualquer tempo for encontrado bens penhoráveis. Passado 1 ano sem a manifestação do exequente, começa a correr o prazo de PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE que é aquela que se opera mesmo na fluência do procedimento jurisdicional, nos casos de inércia do titular do direito. 
Trata -se de uma sentença com resolução de mérito.
DA SUSPENSÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO
Art. 921. Suspende-se a execução:
III - quando o executado não possuir bens penhoráveis;
§ 1o Na hipótese do inciso III, o juiz suspenderá a execução pelo prazo de 1 (um) ano, durante o qual se suspenderá a prescrição.
§ 2o Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano sem que seja localizado o executado ou que sejam encontrados bens penhoráveis, o juiz ordenará o arquivamento dos autos.
§ 3o Os autos serão desarquivados para prosseguimento da execução se a qualquer tempo forem encontrados bens penhoráveis.
§ 4o Decorrido o prazo de que trata o § 1o sem manifestação do exequente, começa a correr o prazo de prescrição intercorrente.
Art. 924. Extingue-se a execução quando:
V - ocorrer a prescrição intercorrente.
Art. 925. A extinção só produz efeito quando declarada por sentença.
QUESTÃO OBJETIVA: Letra B
A respeito das hipóteses de suspensão da execução, marque a alternativa incorreta:
a) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo os embargos à execução;
b) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando o exequente renunciar ao crédito;
c) ocorrerá a suspensão se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes e o exequente, em 15 (quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros bens penhoráveis;
d) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando o executado não possuir bens penhoráveis.
Universidade Estácio de Sá: Campus R9. 
Disciplina: DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. 
Professora: Liane Fernandes. 
Nome: Helio Caldas Maciel Filho • Turma: 3047• Matrícula: 20140305256-5.

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