Buscar

Starrett Manual do Estudante

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 84 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 84 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 84 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Agosto 2010Agosto 2010
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
"O homem é um animal que usa ferramentas.
Fraco por natureza e de pequena estatura,
ele fica em pé sobre uma base quadrilátera
de aproximadamente 15cm quadrados,
têm que se firmar sobre suas pernas afim de
que os ventos fortes não o derrubem.
Contudo, ele pode usar ferramentas, pode
criá-las; com elas a montanha de granito se
transforma em poeira diante dele; os mares
são sua rodovia lisa, os ventos e o fogo seus
infatigáveis corcéis.
Em parte alguma você o encontrará sem
ferramentas. Sem ferramentas ele é nada,
com ferramentas tudo."
Thomas Carlyle (1795 - 1881)
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
ÍNDICE
INTRODUÇÃO .............................................................. 5
Os Instrumentos e Regras para
Medição de Precisão ................................................. 5
Primitivos Instrumentos de medição .......................... 6
Instrumentos Modernos de Medição ......................... 7
A Jarda e o Metro ...................................................... 7
O Metro e a Polegada Internacionais ........................ 8
Conheça Seus Limites ............................................... 8
Vista e Tato ................................................................ 8
Aproximação .............................................................. 9
Cuidar dos Instrumentos ........................................... 9
MEDIÇÕES LINEARES ................................................ 10
Escalas de Aço e Similares ....................................... 11
Variações da Escala de Aço ...................................... 11
Trenas de Precisão .................................................... 12
Calibradores Corrediços ............................................ 13
Paquímetros de Profundidade ................................... 13
Esquadro Combinado ................................................ 14
Aplicações do Esquadro Combinado ......................... 15
Compassos ............................................................... 16
MICRÔMETROS ........................................................... 17
Como Ler um Micrômetro Starrett Graduado
em Milésimos de Polegada (0,001�) .......................... 18
Como Ler um Micrômetro STARRETT Graduado
em Décimo de Milésimo de Polegada (0,0001�) ........ 19
Como Ler um Micrômetro Graduado em
Centésimos de Milímetros (0,01mm) ......................... 19-20
Como Ler um Micrômetro Graduado em
Um Milésimo de Milímetro (0,001mm) ....................... 20
Como Usar, Ajustar e Cuidar de Micrômetros ........... 21
Como Usar um Micrômetro de Profundidade ............ 22
Como Usar um Micrômetro Interno ........................... 23
Medições Rápidas ..................................................... 24
Micrômetros Digitais .................................................. 24
Cabeças Micrométricas ............................................. 25
Micrômetro de Bancada ............................................ 25
Variedade de Micrômetros ......................................... 25
INSTRUMENTOS COM NÔNIO ................................... 26
Como Ler Paquímetros (em polegadas) .................... 26-27
Como Ler Paquímetros (em milímetros) .................... 27
Paquímetro, Medições Internas e Externas ............... 28
Ajuste Fino ................................................................ 28
Pontos de Referência para Compassos de
Pontas e Cintéis ........................................................ 28
Como Cuidar de Paquímetros ................................... 29
Traçadores Verticais .................................................. 29
Paquímetro de Profundidade ..................................... 30
Paquímetro para Engrenagens .................................. 30
Espessura da Corda do Dente de Engrenagem
Baseado em Módulo 1mm ......................................... 31
Transferidor de Grau com Nônio ................................ 32
Como Transferir Medidas ........................................... 33
Barras Planas Retificadas ......................................... 33
Escolha de Barra Plana Retificada Ideal ................... 34
Preparação da Superfície .......................................... 34
Traçagem ................................................................... 35
Fixação de Peças ...................................................... 35-36
Medição de Peças Torneadas .................................... 36
Centragem da Peça ................................................... 36
MEDIÇÕES DE COMPRIMENTOS E DIÂMETROS .... 37
Calibradores Telescópicos ......................................... 37
Medição de Roscas ................................................... 38-39
Medição de Ângulos .................................................. 39-40
INSTRUMENTOS DIVERSOS ...................................... 40-41
RELÓGIOS COMPARADORES ................................... 42-43
Paquímetro de Profundidade com Relógio ................ 43
Mesas de Medição .................................................... 44
Relógios Apalpadores ............................................... 44
Relógios Indicadores com Fixação por
Rabo de Andorinha .................................................... 44
Suportes com Base Magnética ................................. 45
Comparadores Internos com Relógio ........................ 45
Medidores com Relógio para Diâmetros ................... 46
Medidor com Relógio para Ranhuras Internas .......... 46
Calibradores de Boca com Relógio ........................... 46-47
Medidores para Chanfros, Furos e
Furos Escareados ..................................................... 47
INSTRUMENTOS ELETRÔNICOS .............................. 48-49
Calibrador Eletrônico de Altura .................................. 50
Indicadores Eletrônicos de Medição
(Amplificadores) ......................................................... 51
COLETA DE DADOS .................................................... 52
Coleta de Dados e Programas de CEP ..................... 53
Programas de CEP .................................................... 53
BLOCOS PADRÃO ...................................................... 54
Blocos Padrão Angulares .......................................... 55
Instrumentos de Medição Ótica ................................. 55
DESEMPENOS ............................................................. 56
PROJETORES DE PERFIL .......................................... 57
Sistema de Visão ....................................................... 57
SISTEMAS DE MEDIÇÃO ÓPTICO E
POR VÍDEO .................................................................. 58
Fatos a Respeito de Ajustagens ................................ 59
Limites ....................................................................... 59
CORTES ESQUEMÁTICOS ......................................... 61
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
INTRODUÇÃO
Este livreto é dedicado primeiramente aos estu-
dantes de escolas vocacionais e aos aprendizes
dos cursos de treinamento industrial. Nós espera-
mos com isto aliviar a carga daqueles que com pa-
ciência, dedicação e compreensão ensinaram a
muitos jovens estudantes e aprendizes a trabalhar
direito e com precisão.
Este livreto não pretende descrever todos os ins-
trumentos de medição existentes. Para esta fina-
lidade nós podemos dar uma sugestão melhor que
é o catálogo STARRETT nº B32, o qual ao longo
de muitos anos tem sido o guia de compras e li-
vro de consultas dos usuários de ferramentas.
Seu distribuidor STARRETT o fornecerá graciosa-
mente, e se você ainda não o fez, sugerimos que
não perca esta oportunidade de adquiri-lo. Você
encontrará nele uma inestimável fonte de informa-
ções, não apenas sobre ferramentas, mas sobre
mil e um outros itens que nós fornecemos.
Por mais de 130 anos de fabricação de ferramen-
tas de precisão, a STARRETT tem estimulado a
elevação dos padrões de mão de obra ajudando
aprendizes a conhecer as ferramentas e como
usá-laseficientemente.
A STARRETT ajuda os principiantes a aprenderem
seu ofício através de seus “jogos para aprendizes”
a preços acessíveis, que fornecem as ferramentas
indispensáveis para o seu começo. O programa
educacional da STARRETT foi criado para dar ao
instrutor um bom programa global de estudo, que
pode ser utilizado na sala de aulas, no trabalho ou
em casa. Concluindo, convidamos artesãos mecâ-
nicos, instrutores vocacionais, supervisores de
treinamento industrial e educadores particulares a
utilizarem estes valiosos meios de treinamento em
seus programas de aulas.
Procure seu distribuidor STARRETT para outras
informações a respeito do material educacional de
que dispomos, ou escreva-nos:
STARRETT INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.
Avenida LAROY S.STARRETT, 1880
CAIXA POSTAL 171
CEP 13306-900 - ITU - SP
Os Instrumentos e Regras para
Medição de Precisão
A produção em série requer medições precisas.
Todas as partes de um produto qualquer tem que
ser substituíveis. A uniformidade é assegurada e
controlada através de cada operação por equipa-
mento de medição preciso.
Do desenho ao conjunto acabado, a medição de
precisão é o guia da perfeição. Para medições de
precisão, o mecânico experiente, o ferramenteiro
e o inspetor devem ter instrumentos precisos, pro-
duzidos com materiais de qualidade, cuidadosa-
mente manufaturados e rigorosamente inspecio-
nados, para assegurar confiança duradoura.
Instrumentos de medição precisos nas mãos de
mecânicos experientes resultam num trabalho pró-
ximo da perfeição.
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Primitivos Instrumentos de
medição
Precisão nem sempre foi associada a medição.
Nos primórdios da civilização, o homem começou
a usar partes do seu corpo para estimar medidas,
e por volta de 6000 a.C. de tais medições evoluiu-
se finalmente para a polegada, mão, palmo, pé,
cubito, jarda e braça, os primeiros padrões de
medida.
Os instrumentos do passado não demandavam
grande precisão. Muitos produtos eram costumei-
ramente feitos a mão e uma fração de polegada
mais ou menos fazia pouca diferença para uma
operação satisfatória.
Foi Eli Whitney quem primeiro concebeu a idéia
básica de produção em série através de partes
substituíveis e que somente através de métodos
aperfeiçoados de medição e máquinas automáti-
cas de alta potência, essa produção seria possí-
vel. Em 1800 ele aplicou suas teorias com suces-
so na fabricação de mosquetes para o governo
dos Estados Unidos e é lembrado hoje como o pai
da produção em série através de peças de repo-
sição.
Graças à concepção de Eli Whitney, o século 19
testemunhou o tremendo crescimento da produ-
ção em série de todos os tipos de mercadorias.
Contudo este desenvolvimento só foi possível por
causa do emprego em alta escala de máquinas
operatrizes automáticas de alta potência no lugar
de ferramentas manuais, e de melhores dispositi-
vos de medição, máquinas e instrumentos de
medição aproximando a precisão dos modernos
padrões que não tinham sido desenvolvidos até o
final da guerra civil americana.
Mesmo antes deste tempo, em 1848 na cidade de
China, Estado do Maine um garoto de 12 anos,
desenvolveu seu interesse por ferramentas, que
anos mais tarde se transformou em uma grande
empresa que obteve o título de “Maiores Fabrican-
tes de Ferramentas do Mundo”. O nome desse
garoto era Laroy Starrett. O amor por ferramentas
e a queda para inventos fez desencadear uma lon-
ga carreira que deu continuidade à primitiva idéia
de Eli Whitney sobre a produção em série por meio
de ferramentas de precisão.
Laroy Starrett trazia “invenção na cabeça” e como
jovem rapaz de fazenda, no inverno e nos dias de
tempestade ele ocupava a maior parte do seu tem-
po trabalhando com ferramentas e desenvolvendo
idéias. Sua primeira invenção foi uma máquina de
picar carne que ele começou a fabricar e a ven-
der pelo pais afora. Em 1868 ele se mudou para
Athol, Massachusetts e recomeçou suas ativida-
des numa pequena oficina.
Por volta de 6000 A.C. partes
do corpo eram usadas como os
primeiros padrão de medida.
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Instrumentos Modernos de Medição
Quase todas as medições comuns a uma oficina
implicam em medições de comprimento. Medições
lineares são tão numerosas e de tal importância
que uma infinidade de instrumentos de medição
estão disponíveis com o propósito de obtê-las.
A Jarda e o Metro
Duas unidades de medição linear são comuns: a
Jarda Britânica e o Metro. Nos Estados Unidos, a
jarda, que foi uma vez vagamente definida como
“a distância entre a ponta do dedo polegar à pon-
ta do nariz do rei Henrique I da Inglaterra” é mais
familiar em suas subdivisões de pés, polegadas e
frações de polegada.
Essa grosseira porém prática medida evoluiu para
uma definição mais precisa de comprimento como
“a distância entre as linhas gravadas sobre dois
pinos de ouro numa barra de bronze, quando me-
dida numa sala com temperatura controlada”. Um
protótipo da jarda é mantida no Bureau of Standards
em Washington, porém, atualmente este padrão
não é suficientemente preciso e a evolução da
medição prática, está agora definindo a polegada
internacional em termos de onda de luz.
O metro é a base do sistema métrico aceito como
sistema padrão de medida na maioria dos países,
inclusive o Brasil.
O metro foi originariamente instituído como sen-
do “a décima milionésima parte de um meridiano,
com traçado norte-sul através de Paris, a partir do
Polo Norte até o Equador.” Em pouco tempo isto
se revelou falso pois o metro foi instituído simples-
mente baseado num comprimento arbitrário, e
hoje, da mesma forma como a polegada interna-
cional, é também definido em termos de ondas de
luz. O metro é subdividido em centímetros, milíme-
tros e decimais de um milímetro.
A maioria das oficina que lidam com instrumentos
e trabalhos científicos bem como as de produção
de componentes, são equipadas com instrumen-
tos calibrados no sistema métrico.
O principal interesse de Laroy Starrett, porém,
estava no desenvolvimento e aperfeiçoamento de
instrumentos de medição de precisão, e o esqua-
dro combinado foi o primeiro de uma longa série
de tais instrumentos.
A partir de 1887 até o fim de sua vida, ele dedi-
cou toda sua energia e habilidade na criação e
aperfeiçoamento de instrumentos. Entre estes se
encontram as escalas de aço temperadas e flexí-
veis, trenas, compassos, paquímetros, micrôme-
tros, traçadores verticais e muitos outros instru-
mentos, inclusive lâminas de serra para corte de
metais. Esta foi a contribuição de Laroy Starrett
para a moderna ciência de medição de precisão
e para o crescimento da indústria como nós a co-
nhecemos hoje.
O primeiro esquadro combinado foi inventado em 1887,
por L.S. STARRETT, fundador da STARRETT.
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
O Metro e a Polegada Internacionais
Ao longo dos anos o metro internacional tem
sido definido de diferentes modos. Atualmente
“o metro corresponde à distância percorrida
pela luz no vácuo durante o intervalo de tempo de
1/299.792.458 do segundo”.
Isto, naturalmente, não pode ser usado para me-
dições regulares, de modo que a relação física é
traduzida pelo Instituto Nacional de Padrões e Tec-
nologia usando lasers e relógios atômicos e trans-
feridos para blocos padrão. Os blocos padrão são
os instrumentos que trazem essa tecnologia para
o chão da fábrica aonde, diferentes tamanhos de
blocos podem ser combinados para oferecer qual-
quer dimensão necessária.
Quando transformar milímetro em polegada e
vice-versa lembre-se: 1� é igual a 25,4mm exatos.
Conheça Seus Limites
Esforçar-se por obter uma exatidão além dos limi-
tes prescritos pode resultar desnecessário desper-
dício de tempo e empenho, como total falta de
exatidão.
Nem mesmo o orgulho de um artesanato pode
justificar um profissional produzindo, componentes
lenta e esmeradamente dentro de uma exatidão de
milésimos enquanto seu companheiro de banca-
da libera outros componentes do mesmo conjun-
to que meramente atingirá a tolerância especifica-
da de mais ou menosalguns centésimos. O dese-
jável é a habilidade em produzir um trabalho rapi-
damente que esteja a altura dos padrões estabe-
lecidos. É propósito deste livreto rever os meios e
os métodos de alcançar uma exatidão uniforme de
acordo com os padrões comumente aceitos nas
indústrias de hoje.
Vista e Tato
Desenvolvimentos recentes no campo da medição
de precisão tem proporcionado instrumentos mo-
dernos mais precisos e mais fáceis de ler. Estes
incluem o acabamento cromo acetinado de leitu-
ra fácil e os nônios com 50 divisões, bem espaça-
das, novos instrumentos com toda espécie de
adaptação a relógios comparadores, instrumentos
eletrônicos, leituras digitais, para citar apenas al-
guns.
Entretanto, para desenvolver hábitos de precisão
consistente em medições, é bom lembrar que nós
ainda dependemos da sensibilidade da vista e do
tato.
A sensibilidade do tato se torna importante quan-
do se usa instrumentos de medição sem gradua-
ção. Um mecânico experiente com sensibilidade
de “tato” altamente desenvolvido pode prontamen-
te detectar uma diferença ínfima de 0,006mm
(0,00025�) num contato feito por comparação.
Enquanto a sensibilidade de tato varia de indiví-
duo para indivíduo, ela pode ser desenvolvida com
a prática e o manuseio apropriado de instrumen-
tos.
Na mão humana o senso de tato é mais notório
nas pontas dos dedos. Desta forma, um instru-
mento de medição sem graduação deve ser ade-
quadamente proporcional à mão e segurado leve
e delicadamente de forma a permitir aos dedos,
mobilidade para manusear ou movimentá-lo. Se o
instrumento for mal feito ou se for seguro de modo
grosseiro, a sensibilidade do toque ou tato fica
bastante prejudicada.
Os blocos padrões são usados em qualquer indústria
como padrão básico e têm exatidão de centésimos de
mícron ou milionésimos de polegadas.
Quando
instrumentos
de medição
sem graduação
são segurados
levemente
pelos dedos,
é possível
sentir
diferenças
ínfimas de
medidas.
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Aproximação
Vista e tato são frequentementes combinados,
pelo trabalhador experiente, para aproximar me-
dições mais estreitas do que os limites da gradua-
ção do instrumento. Por exemplo, na média dos
micrômetros graduados para leitura em centési-
mos de milímetro, o espaço entre as menores gra-
duações do tambor é de aproximadamente 1mm.
A variação da medida abaixo do centésimo de
milímetro que esse espaço representa, pode ser
percebida e julgada visualmente com razoável pre-
cisão. Evidentemente, é sempre mais prático tra-
balhar dentro dos limites para os quais o instru-
mento foi desenhado, mas quando circunstanciais
o tornam necessário, é possível ampliar os limites
estimando subdivisões da menor graduação em
frações como 1/2, 1/3, 1/4, etc.
Cuidar dos Instrumentos
É desnecessário dizer que os instrumentos de
medição devem ser manuseados com o máximo
cuidado. Bons instrumentos suportarão uma vida
inteira de uso, porém, a exatidão mesmo de um
instrumento mais fino pode ser facilmente preju-
dicada por um tratamento inadequado. Ao traba-
lhar com instrumentos de medição, evite riscos ou
cortes que poderão confundir as graduações e
deformar as superfícies de contato. A ferrugem é
a inimiga de todas as superfícies com acabamento
fino. Os instrumentos devem ser limpos das mar-
cas dos dedos após o uso e guardados em caixas
ou estojos separados. Um óleo especial para ins-
trumentos de elevado grau deve ser regularmen-
te aplicado para lubrificar suas partes.
Ainda que o “tato” seja importante na ajustagem de um micrômetro
antes de medir uma peça, a cota é obtida diretamente nas graduações
do cilindro e tambor.
Um óleo para instrumentos de elevado grau deve ser regularmente
aplicado sobre os instrumentos de precisão.
O óleo STARRETT para ferramentas e instrumen-
tos é um ultrafino lubrificante usado em nossa pró-
pria fábrica para lubrificar e proteger os instrumen-
tos STARRETT durante a produção. Outro produ-
to, o lubrificante STARRETT M1 evita ferrugem e
corrosão, deixando uma camada impermeável
super fina que proporciona proteção duradoura.
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
MEDIÇÕES LINEARES
Medições lineares sobre superfícies planas são
talvez as medições mais comuns feitas na prática.
Medições lineares podem ser divididas em duas
categorias:
1 - Medições grosseiras feitas com instrumentos
com precisão entre 0,5mm a 0,1mm (meio milíme-
tro a um décimo de milímetro), 1/64� (0,0156�) a
0,010� (um sessenta e quatro ávos a um centési-
mo de polegada).
2 - Medições de precisão com aproximação de
0,01mm a 0,001mm (um centésimo a um mícron),
0,001� a 0,0001� (um milésimo a um décimo de
milésimo de polegada) e com instrumentos apro-
priados, 0,00003mm (três centésimos de mícron),
e um milionésimo de polegada (0,000001�).
O instrumento usado varia de acordo com o tama-
nho ou dimensão, a natureza das peças e o grau
de exatidão necessário. Pode variar de uma trena,
escala, compasso, cintél a um micrômetro, paquí-
metro, relógio comparador ou instrumento eletrô-
nico.
A medição pode ser feita diretamente com um
micrômetro ou paquímetro nos quais a leitura é
feita diretamente numa escala graduada com o
instrumento em contato com a peça a ser medida,
ou pode ser feita indiretamente por comparação a
um padrão conhecido ou a blocos padrão usando
um graminho, traçador vertical ou relógio apalpa-
dor, dependendo da exatidão necessária, para
transferir a medida.
Muitos instrumentos de referência como as réguas
paralelas, esquadros de aço e transferidores de
grau são usados em conjunto com os instrumen-
tos de medição linear para determinar planeza,
paralelismo, esquadrejamento e angularidade.
Para Peças Cilíndricas, as medições são usual-
mente feitas por contato usando instrumentos com
pontas como os compassos, micrômetros, paquí-
metros, calibradores de boca com relógio, etc.
Medições por contato são feitas de duas maneiras:
1 - Pela pré ajustagem do instrumento (calibrador
de boca com relógio, por exemplo), à cota neces-
sária, usando um micrômetro, blocos padrão, ou
outro padrão conhecido, para então comparar a
cota determinada com a real dimensão da peça
medida.
2 - Pelo método contrário, ajustando as pontas de
contato às superfícies da peça a ser medida e len-
do diretamente a cota em um micrômetro, paquí-
metro ou calibrador com relógio. O primeiro méto-
do é freqüentemente usado onde repetidos testes
tem que ser feitos, como no caso da usinagem de
uma peça numa cota conhecida ou quando con-
ferir a mesma cota em um número de peças
iguais.
Uma larga variedade de instrumentos estão disponíveis
para medições lineares, conforme ilustrado acima.
Medindo peça cilíndrica, em um eixo de
virabrequim, com um micrômetro externo.
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Escalas de Aço e Similares
A Escala é o instrumento de medição baseado no
qual muitos outros instrumentos foram desenvol-
vidos. As escalas são de tal modo importantes e
tão frequentemente usadas em uma variedade de
aplicações que são oferecidas numa verdadeira-
mente surpreendente seleção para atender as
necessidades de um trabalho de precisão.
Elas variam de tamanho, a partir de uma peque-
na com um quarto de polegada de comprimento
para medir rebaixos, recessos e canais de chave-
ta, até as grandes com 12 pés de comprimento. O
acabamento cromo-acetinado proporciona atual-
mente às escalas uma vida mais longa e maior
facilidade na leitura.
As escalas de aço são graduadas no sistema in-
glês ou métrico e também em ambos os sistemas
numa mesma escala. Podem ser graduadas em
cada borda de ambos os lados e também nas ex-
tremidades. As graduações do sistema inglês mais
finas são comumente em um centésimo (0,010�)
quando em decimal de polegada, ou em 1/64�
quando fracionário. Graduações métricas mais fi-
nas são usualmente em meio milímetro (0,5mm).
As escalas STARRETT são graduadas em confor-
midade com padrões calibrados pelo Instituto Na-
cional de Padrões e Tecnologia.
Variações da Escala de Aço
Inspetores mecânicos optam pela escalade
150mm (6�) por ser o comprimento ideal para se
carregar consigo. Para tais finalidades, uma escala
temperada é recomendável por ser fina e flexível
além da ampla rigidez que proporciona garantia de
paralelismo na borda de contato.
Pequenas escalas de aço estão disponíveis com
extremidade afilada para medidas internas de pe-
quenos furos, fendas estreitas, partindo de um
ressalto, etc.
O detalhe do gancho que é fornecido em várias
escalas é decididamente prático. Não só possibi-
lita um ponto de apoio preciso na extremidade da
escala para ajustagem de compassos , etc., como
também pode ser usado para fazer medições onde
é impossível assegurar que a extremidade da es-
cala está no mesmo plano da borda da peça a ser
medida.
A escala de aço é uma ferramenta básica de medição.
Vários tipos em milímetros e polegadas são mostrados.
Comparação
 entre escalas
 de aço de bolso
em milímetro
e polegada.
Escala de aço STARRETT CH604R. Aço temperado com 6����� de comprimento.
Graduações em 8,16 e leitura rápida de 32 e 64 avos. O gancho fixo é
temperado e pode ser revertido ou completamente removido soltando o
parafuso excêntrico.
Escala de aço STARRETT C331 é flexível com 150mm de comprimento. É
numerada consecutivamente a cada 10 milímetros com traços de diferentes
alturas para leitura fácil. Graduações em milímetros e meio milímetro de um
lado, 32 e 64 avos de polegada no verso. Todas as quatro bordas são
graduadas no mesmo sentido.
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Trenas de Precisão
A trena de precisão proporciona uma lógica de
um instrumento de medição graduado além dos
práticos limites de uma escala de aço. Apesar de
ser fornecidas em comprimentos até 30 metros
(100 pés), são no entanto, precisas. Toda trena
STARRETT é feita de acordo com padrões cuja
precisão é assegurada pelo NIST do Governo dos
Estados Unidos em Washington.
O padrão de temperatura é 20°C; coeficiente de
dilatação é 0,0065mm por metro cada grau centí-
grado, ou 0,19mm por grau centígrado em 30
metros; o padrão de tensionamento para trenas de
aço até 30 metros de comprimento, apoiadas ho-
rizontalmente em toda extensão, é 4,5 quilos (10
libras).
Assim como as trenas de bolso, as trenas longas
de precisão estão disponíveis numa variedade de
graduações, normalmente em Milímetros, e sob
encomenda, em Milímetros e Polegadas, somen-
te em Polegadas, como também com graduações
especiais como Decimal e Centesimal de Pé como
também em Polegadas e Decimais consecutivos.
Fitas com acabamento Amarelo Esmaltado, com
graduações para leitura rápida, o número de iden-
tificação dos pés e de cada 16 polegadas em ver-
melho para colocação de parafusos em constru-
ção de casas de madeira, tornam a leitura fácil e
longa a vida da trena. As trenas com fita de aço
estão ainda disponíveis sob encomenda com gra-
duação normal em Polegadas de um lado, e gra-
duação de 1/64� e 1/100� para medição de diâme-
tros no verso. Isto possibilita a leitura direta de diâ-
metros na medição de circunferências.
A Starrett disponibiliza ainda uma série de trenas
em fibra de vidro, as quais, por não ser conduto-
ras de eletricidade e não corrosíveis pela ação da
umidade, são especialmente indicadas para a in-
dústria de eletricidade e para agrimensura. As fi-
tas têm 13mm de largura e são graduadas de 2 em
2mm. Caixa fechada em plástico ABS resistente a
impactos nos comprimentos de 10 a 30m e outra
série com arco aberto também em ABS nos com-
primentos de 20 a 100m.
Algarismos de leitura rápida das trenas de aço eliminam confusão e erros. Os algarismos
de centímetros e pés são destacados em vermelho e também aparecem antes de cada
algarismo da polegada. Emblema vermelho a cada 16 polegadas mostra o ponto de
parafusamento para construção de casas de madeira conforme norma americana.
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Instrumentos Corrediços
Os calibradores corrediços ou paquímetros
são um refinamento da escala de aço, e permitem
assegurar grande precisão ao se alinhar a escala
graduada com as bordas ou pontos a ser medidos.
Nesses instrumentos, um par de bicos é acrescen-
tado à escala, sendo um bico fixo no começo da
escala, e outro móvel ao longo dessa escala. Ob-
tém-se a medida fixando o bico móvel pelo para-
fuso do cursor. A parte corrediça é graduada para
se obter medidas internas e externas.
Estes calibradores tem dois botões recartilhados
na parte corrediça, o que torna fácil abrir ou fechar
os bicos, e uma porca de fixação recartilhada com
rosca à esquerda para fixar a parte corrediça em
qualquer ponto.
O botão para a mesma mão que segura o instru-
mento, pode ser usado para ambos os ajustes,
portanto, um dispositivo muito prático. A parte cor-
rediça possui também uma parada positiva que
impede que ela saia fora completamente.
Cuidados durante a medição:
Medição externa: Posicione a peça a ser medida
o mais próximo possível da escala e faça com que
as superfícies de medição dos bicos se ajustem
perfeitamente à peça a ser medida (Fig. A).
Medição interna: Posicione os bicos de medi-
ção o mais profundo possível no interior da peça
e faça com que as superfícies de medição dos bi-
cos se ajustem perfeitamente à peça a ser medi-
da (Fig. B).
- Para obter a leitura máxima em um diâmetro interno.
- Para obter a leitura mínima em um rasgo.
Medição de profundidade: Coloque a vareta para
medição de profundidade perpendicularmente ao
fundo da peça a ser medida (Fig. C).
Superfície de traçagem: Apoie a superfície de
referência para traçagem sobre a superfície de re-
ferência da peça a ser medida, desloque o cursor
para a medida desejada e faça a traçagem (Fig. D).
Fig. B
Fig. CFig. D
Fig. A
Paquímetros de Profundidade
Paquímetros de profundidade são uma adapta-
ção de um nônio a uma escala para medir a pro-
fundidade de furos, recessos, etc. São providos de
uma base corrediça assentada em ângulo reto à
régua e com um sistema de trava da parte corre-
diça que fixa a leitura. Um outro calibrador é uma
combinação para medir profundidade e ângulo.
Um gancho opcional para a régua pode medir a
partir de relevos ou recessos.
Paquímetros
Digitais de
Profundidade
Os paquímetros digitais de profundidade propor-
cionam medições precisas e fáceis para medir a
profundidade de furos, rasgos e recessos.
O 3753 tem faixa de medição de 0-150mm (6�),
0-200mm (8�) e 0-300mm (12�), exatidão linear de
±0,03mm (±0,001�) e resolução de 0,01mm
(0,0005�), sem saída de dados para periféricos.
Conferindo a profundidade
de um furo cego com um
paquímetro de profundidade.
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Esquadro Combinado
O esquadro combinado básico se constitui de
uma régua graduada temperada e um esquadro
combinado móvel com meia esquadria, bolha e
riscador. Por si próprio o mais versátil e útil instru-
mento de medição e traçagem, que pode ser usa-
do como esquadro normal, meia esquadria, cali-
brador de profundidade, calibrador de altura e ní-
vel. Acrescentando um esquadro de centrar con-
segue-se um meio fácil de se localizar o centro de
peças cilíndricas ou quadradas.
O transferidor de graus é um cabeçote giratório
com leitura direta e dupla graduação de 0 a 180
graus, em direções opostas. Isso permite leituras
diretas de ângulos acima ou abaixo da régua. Os
transferidores são fornecidos no tipo reversível
com apoios de ambos os lados (sob encomenda
o tipo não reversível com um apoio), e são equi-
pados com bolha muito prática.
Um prisioneiro reversível de fixação permite girar
a régua longitudinal ou transversalmente sem a
remoção do parafuso ou da porca e assegura um
preciso alinhamento da régua com os esquadros.
Os esquadros deslizam suavemente para qual-
quer ponto ao longo da régua e podem ser remo-
vidos de modo que o esquadro principal (que tem
uma bolha) possa ser usado como nível. A régua
pode então ser usada como uma escala avulsa.
O esquadro principal tem uma face precisa a 90°
retificada e outra a 45° com meia esquadria, traz
um riscador temperado e bolha. Os esquadros de
centrar tem as facescuidadosamente usinadas.
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Aplicações do Esquadro Combinado
O transferidor combinado
com a régua verificando
ângulo rápida e
precisamente.
O esquadro combinado
usado como calibrador de
profundidade, em aplicação
muito prática.
Traçando ângulos retos e
linhas paralelas com o
esquadro combinado.
O centro de peças
cilíndricas pode ser
precisamente determinado
usando o esquadro de
centrar combinado com a
régua.
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Compassos
da mola; o tipo de junções firmes no qual a tensão
de uma porca e prisioneiro proporciona suficiente
pressão para fixar as pernas em qualquer posição
ajustada, e o tipo de junções com trava que tem
uma porca recartilhada que pode ser solta para
uma movimentação livre das pernas, ou apertada
para fixar a medida.
Compassos com dispositivo de transferência
de medidas são uma variação dos compassos de
junções com trava, que possuem um batente ou
parada positiva numa perna com movimento livre,
encaixada numa ranhura existente numa lâmina
auxiliar. A perna livre pode ser introduzida em re-
baixos internos ou externos de anéis, flanges ou
outras obstruções e depois retornar à ajustagem
original através da parada positiva para então se
fazer a leitura.
Compassos de ponta são usados para tirar me-
didas entre linhas ou pontos; para transferir medi-
das tomadas de uma escala de aço, e para traçar
círculos ou arcos. As pontas são afiadas, e tem-
peradas e as pernas paralelas permitem que ínfi-
mas medições sejam feitas por comparação visual
em lugar do tato. Os compassos de ponta são li-
mitados em seu alcance por causa da abertura
de suas pernas, e se tornam menos eficientes em
traçagens e aplicações similares quando as pon-
tas estão decididamente inclinadas em relação à
superfície que está sendo traçada.
Compassos de centrar (hermafroditas) combi-
nam uma ponta reta com uma curva e são usados
para traçar linhas paralelas a partir de uma borda
ou para localizar o centro de uma peça cilíndrica.Vários tipos de compassos são fornecidos para
medições sem graduação. São particularmente
úteis para medir distâncias entre superfícies ou
sobre superfícies ou ainda para comparar medidas
baseadas num padrão, como por exemplo escalas
graduadas. Considerando seu uso eventual na ins-
peção de peças em tornos, os compassos “nun-
ca” devem ser usados enquanto a peça estiver
girando. No mínimo as leituras serão imprecisas e
ilusórias. E há sempre o perigo de se ter a ferra-
menta arrancada das mãos.
Compassos com pernas chatas tanto para me-
didas internas como externas, são feitos no tipo
com mola em arco, e trazem uma porca ajustável
e parafuso que se movimentam contra a pressão
Compasso
externo.
Compasso
interno.
Compasso de centrar
(hermafrodita).
Compasso
de ponta.
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
MICRÔMETROS
O micrômetro originário na França era um tanto
quanto grosseiro. Laroy S. Starrett (1836 - 1922
fundador da empresa STARRETT) é o responsá-
vel pela maioria dos aperfeiçoamentos que fizeram
do micrômetro o instrumento de medição moder-
no que nós conhecemos hoje.
De fato, um micrômetro combina o contato de duas
pontas de um paquímetro com o ajuste de um fuso
micrométrico que pode ser lido com alta precisão.
Seu funcionamento é baseado no princípio de um
fuso micrometricamente usinado com passo de
0,5mm (ou 40 fios por polegada) que avança
0,5mm (0,025�) a cada volta completada.
Conforme ilustração ao lado, os fios da rosca do
fuso micrométrico giram dentro de uma porca fixa
que está coberta por um cilindro graduado. Em um
micrômetro com capacidade de 25mm (1�), o ci-
lindro é graduado longitudinalmente com 50 traços
correspondentes ao número de fios do fuso micro-
métrico (ou 40 traços no micrômetro em polega-
das).
Nota: veja nas páginas seguintes Como ler.
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Como Ler um Micrômetro Starrett Graduado em Milésimos de
Polegada (0,001�����).
Para ler o micrômetro em milésimos de polegada,
multiplique o número de traços verticais visíveis do
cilindro por 0,025� e ao resultado adicione o núme-
ro de milésimos indicado pelo traço do tambor que
coincide com a linha longitudinal do cilindro.
Exemplo: conforme ilustração ao lado
- o traço “1” do cilindro está visível,
representando ......................................=0,100�
- há 3 traços adicionais
visíveis, cada um
representando 0,025� .............3x0,025�=0,075�
- o traço “3” do tambor coincide
com a linha longitudinal do cilindro,
cada um representando 0,001�
..............................................3 x 0,001�=0,003�
- a leitura do micrômetro é ......................=0,178�
Uma maneira fácil de memorizar este cálculo é
considerar essas unidades como pertencentes a
uma conta de 10 reais. Considere cada número
gravado no cilindro como um real, os traços verti-
cais como quartos (ou 0,25 reais) e as divisões do
tambor como centavos. Some tudo, não use vírgu-
la mas apenas o ponto do decimal em lugar do R$
diante do resultado.
que os outros, que significa a centena de milé-
simo (0,100�). Por exemplo: o traço marcado “1”
representa 0,100� - o traço marcado “2” represen-
ta 0,200� - o traço marcado “3” representa 0,300�
etc.
A face chanfrada do tambor é dividida em 25 par-
tes iguais sendo que cada traço representa 0,001�
e é numerado consecutivamente. Girando-se o
tambor, cada traço desses atingido significa que
o fuso micrométrico moveu 1/25� de 0,025� ou
seja, 0,001�; atingindo 2 traços representa 0,002�,
etc. Vinte e cinco traços indicam uma volta com-
pleta, ou seja, 0,025� ou 1/40�.
Considerando que o passo da rosca do fuso mi-
crométrico é 1/40� ou 40 fios por polegada nos
micrômetros, evidentemente graduados em pole-
gadas, um giro completo do tambor faz avançar ou
recuar a ponta de contato do fuso micrométrico em
relação à ponta de encosto, exatamente 1/40� ou
0,025�.
A linha longitudinal no cilindro é dividida em 40
partes iguais representadas por 40 traços verticais
que correspondem ao número de fios do fuso mi-
crométrico.
Desta forma, cada traço vertical significa 1/40� ou
0,025� e a cada 4 traços aparece um mais longo
Micrômetro Externo STARRETT 230RL.
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Como Ler um Micrômetro
STARRETT Graduado em
Décimo de Milésimo de Polegada
(0,0001�����)
Se você dominou o princípio do nônio conforme
explicado na página 18, você não terá nenhum
problema em ler um micrômetro com nônio em
décimo de milésimo de polegada.
A única diferença é que no nônio do micrômetro
existem dez divisões gravadas no cilindro ocupan-
do o mesmo espaço de nove divisões da face
chanfrada do tambor. Desta forma, a diferença
entre a largura de um dos dez espaços do cilindro
e um dos nove espaços do tambor é um décimo
de uma divisão do tambor.
Considerando que o tambor é graduado para lei-
turas em milésimos, um décimo de uma divisão
será fatalmente um décimo de milésimo. Para fa-
zer a leitura, primeiro leia os milésimos como num
micrômetro normal, depois veja qual das linhas
horizontais do cilindro coincide com uma linha do
tambor. Adicione à leitura anterior o número de
décimos de milésimos indicado pela linha do cilin-
dro que coincide exatamente com a linha do tam-
bor.
Na ilustração ao lado (“A” e “B”), o zero do tambor
coincide exatamente com a linha axial do cilindro
e o zero do nônio do cilindro é o que coincide com
a linha do tambor. A leitura é, portanto, igual a
0,2500�. Na ilustração “C”, a linha do zero do tam-
bor está abaixo da linha axial do cilindro, indican-
do uma leitura maior do que 0,2500�. Conferindo,
o nônio mostra que sua sétima linha é a que co-
incide exatamente com a linha do tambor, portan-
to, a leitura é 0,2507�.
Como Ler um Micrômetro
Graduado em Centésimos de
Milímetros (0,01mm)
Considerando que o passo do fuso micrométrico
é meio milímetro (0,5mm), uma volta do tambor faz
avançar ou recuar o fuso micrométrico em relação
à ponta de encostoos mesmos 0,5mm.
Micrômetro Externo
STARRETT 230MRL.
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
A linha de leitura do cilindro é graduada em milí-
metros (1mm) sendo cada 5 milímetros numera-
dos de 0 a 25. Cada milimetro é também dividido
ao meio (0,5mm) e são necessárias duas voltas do
tambor para avançar ou recuar o fuso micrométri-
co em 1mm.
A face chanfrada do tambor é graduada com 50
divisões, sendo cada 5 traços numerados de 0 a
50. Considerando que uma volta do tambor avan-
ça ou recua o fuso micrométrico em 0,5mm, cada
traço equivale a 1/50 de 0,5mm, ou seja, 0,01mm.
Da mesma forma, dois traços equivalem a
0,02mm, três traços equivalem a 0,03mm, etc.
Para ler o micrômetro some o número de milíme-
tros e meios milímetros visíveis no cilindro ao nú-
mero de centésimos indicado no tambor que co-
incide com a linha de leitura do cilindro.
Exemplo: verifique o desenho na página anterior:
- a graduação de 5mm do cilindro
está visível ........................................... 5,00mm
- um traço adicional de 0,5mm
do cilindro está visível .......................... 0,50mm
- o traço 28 do tambor coincide
com a linha de leitura
do cilindro, isto é, 28 x 0,01mm= ......... 0,28mm
- a leitura do micrômetro é ..................... 5,78mm
Como Ler um Micrômetro
Graduado em Um Milésimo
de Milímetro (0,001mm)
Exemplo (verifique os desenhos A e C):
- a graduação de 5mm no
cilindro está visível ............................. 5,000mm
- nenhum traço adicional está
visível no cilindro ............................... 0,000mm
- o traço (0) do tambor está abaixo da linha de
leitura do cilindro, indicando que a leitura do
nônio precisa ser acrescida.
- o traço 5 do nônio coincide
com o traço do tambor ....................... 0,005mm
- a leitura do micrômetro é ................... 5,005mm
Os micrômetros com nônio em milímetros são
usados como outros graduados em centésimo de
milímetro (0,01mm), exceto pela leitura adicional
de dois milésimos de milímetro (0,001mm) que é
obtida no nônio localizado no cilindro.
O nônio consiste de 10 divisões cada uma igual a
1/10 da divisão do tambor, portanto 1/10 de
0,01mm ou seja 0,001mm.
Para ler o micrômetro, obtenha a leitura de
0,01mm da mesma maneira como já foi explicado
anteriormente. Daí veja qual traço do nônio coin-
cide com o traço do tambor. Se for o traço marca-
do “1”, adicione 0,001mm, se for o traço marcado
“2”, adicione 0,002mm, etc.
Micrômetro Externo V230MFL.
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Como Usar, Ajustar e Cuidar de
Micrômetros
Para a maioria das medições o micrômetro é se-
guro conforme mostrado abaixo. A peça a ser me-
dida é colocada contra a ponta de encosto com a
mão esquerda enquanto você aproxima a ponta de
contato do fuso micrométrico girando o tambor
com os dedos polegar e indicador.
Cuidado: não force uma medida - um contato com
pressão leve assegura uma leitura correta. Depois
de alguma prática, você desenvolverá um certo
“tato” ao medir, que proporcionará leituras automa-
ticamente precisas.
ção, usando para isso a porca da trava, puxe o
micrômetro pelo arco fazendo-o deslizar levemen-
te.
A ajustagem de um micrômetro pode ser feita em
duas fáceis etapas. A fim de eliminar eventual fol-
ga no fuso micrométrico, tire o tambor, encaixe a
chave (fornecida com o micrômetro) e dê o aper-
to suficiente para eliminar a folga. Veja a ilustração.
Para ajustar o “zero” limpe toda a sujeira ou partí-
culas das pontas de contato, aproximando suave-
mente as pontas com um pedaço de papel limpo
no meio; puxe o papel com a pressão aplicada,
fechando a seguir as pontas usando a fricção ou
catraca. Introduza a chave na pequena fenda que
existe no cilindro, conforme mostrado abaixo a di-
reita, então gire o cilindro até que o traço do “zero
“coincida” com o traço do “zero” do tambor.
Cuidar do seu micrômetro requer pouco esforço,
e compensa por sua vida mais longa e precisa.
Não esqueça de revisar seu micrômetro periodica-
mente para uma garantia de precisão, fazendo os
ajustes necessários conforme recomendado. Uma
gota ocasional do Óleo STARRETT Para Instru-
mentos no corpo e na rosca do fuso micrométrico
também propicia movimento livre e rápido. (Não se
trata do M1).
Limpe sempre seu micrômetro antes de guarda-
lo, nunca use ar comprimido que pode forçar en-
trada de sujeira nos fios da rosca do fuso micro-
métrico. Para guardá-los convenientemente use
estojos para proteção.
Não remova a peça medida antes de efetuar a lei-
tura. Se a leitura não pode ser feita sem a remo-
ção do micrômetro, trave o fuso ao final da medi-
O tambor de fricção ou catraca dos micrômetros
proporcionam pressão uniforme de contato para leituras
sempre corretas, independente do “tato”.
Ajuste da folga do fuso micrométrico.
Ajuste do zero.
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Como Usar um Micrômetro de Profundidade
Um micrômetro de profundidade, como o próprio
nome indica, foi idealizado para medir a profun-
didade de furos, ranhuras, recessos, canais de
chaveta, etc. Disponíveis com leitura normal e di-
gital.
O instrumento se constitui de uma base tempera-
da, retificada e lapidada, combinada com uma
cabeça micrométrica. As hastes, são introduzidas
através de um furo existente no fuso micrométri-
co, e assentadas na posição correta por meio de
uma porca recartilhada. O fuso micrométrico é
retificado com alta precisão e tem o curso de
25mm (ou 1�). As haste são fornecidas com dife-
rença de 25mm (ou 1�) cada uma. Cada haste
emerge da base e avança de acordo com o giro
do tambor.
A leitura é obtida exatamente da mesma maneira
de um micrômetro externo, exceto pelo detalhe
que o cilindro tem a graduação em sentido opos-
to. Ao obter a leitura usando uma haste maior de
0-25mm (ou 0-1�), é necessário acrescentar a
medida do comprimento da haste. Por exemplo,
se a haste usada é de 25-50mm (ou 1-2�), 25mm
(ou 1�) devem ser acrescidos à leitura obtida no ci-
lindro e tambor. Se a haste usada é de 50-75mm
(ou 2-3�), 50mm (ou 2�) devem ser acrescidos, e
assim por diante.
Antes de usar o micrômetro de profundidade, cer-
tifique-se que a base, a ponta da haste e a peça
a ser medida estão limpas, e que a haste está
perfeitamente assentada na cabeça micrométrica.
Segure a base firmemente de encontro à peça a
ser medida, conforme mostrado abaixo, e gire o
tambor até que a haste toque o fundo da ranhura
ou recesso. Acione a porca da trava e remova o
micrômetro da peça medida para fazer a leitura.
Ajuste para compensar desgaste por causa de uso
é possível através de uma porca localizada no topo
de cada haste. Havendo necessidade de ajustar as
hastes, torça meia volta da porca antes de voltar
à nova posição, confira então com um padrão,
como blocos padrão Webber, por exemplo.
Micrômetro de Profundidade STARRETT
Série 440 e 445.
Micrômetro de Profundidade Digital
STARRETT Série 749.
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Como Usar um Micrômetro
Interno
Micrômetros internos são uma aplicação do prin-
cípio do fuso micrométrico em hastes ajustáveis
calibradas. A distância entre as extremidades ou
pontas de contato é modificada girando-se o tam-
bor da cabeça micrométrica até o limite de sua
capacidade, normalmente 13mm (ou 1/2�) ou
25mm (ou 1�). Grandes distâncias são obtidas por
meio das hastes de extensão e das buchas cali-
bradas apropriadas, as quais em suas várias com-
binações cobrem a faixa total do instrumento.
Os micrômetros internos são um pouco mais difí-
ceis de usar do que os micrômetros externos. Por
causa de suas pontas de contato esféricas, mais
prática e precaução são necessários para se “sen-
tir” o diâmetro efetivo a ser medido.
Considerando que uma ponta de contato é geral-
mente mantida em uma posição fixa, a outra pre-
cisa ser roçada em diferentes direções para se ter
certeza que o instrumento está atingindo o diâme-
tro real de um furo ou a correta largura de uma
ranhura. No lugar da trava, uma banda de fricção
aparece no tambor.
Ashastes calibradas podem ser individualmente
ajustadas para superar desgastes, e a cabeça
micrométrica também é ajustável por causa de
eventual desgaste em sua rosca. Um cabo recar-
tilhado também é fornecido para facilitar medições
internas em locais de difícil acesso.
Micrômetros Internos Fixos - Micrômetros inter-
nos fixos são fornecidos tanto com 25mm (ou 1�)
como 50mm (ou 2�) de faixa e tamanho até
300mm (ou 12�). Cabos isoladores minimizam
possibilidade de dilatação por causa do calor das
mãos.
Micrômetro Interno de 200-800mm Nº 124MC. Micrômetro Interno 824C de 5-6�����.
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Medições Rápidas
Os micrômetros são fornecidos tanto com tambor
de fricção como com catraca, isso para que o fuso
não gire mais depois que uma determinada pres-
são é aplicada. Este detalhe é de grande valia
quando um número de medidas é feito ou quan-
do as medidas são feitas por mais de uma pessoa
com o mesmo micrômetro.
Com o tipo de catraca, quando as pontas de con-
tato encostam na peça a ser medida, a catraca
desliza sobre o pino e nenhuma outra pressão é
aplicada. A catraca está incorporada por um pe-
queno botão auxiliar recartilhado na extremidade
do tambor. O tipo de fricção é um mecanismo
montado dentro do tambor formando um tambor
de fricção que reduz a abertura da palma da mão
e dos dedos, tornando mais fácil o uso do micrô-
metro com uma única mão. É fornecida uma por-
ca de trava.
Micrômetros Digitais
Ao longo das duas décadas passadas, instrumen-
tos de medição baseados em microprocessadores
começaram a surgir. Estes instrumentos apresen-
tam a vantagem de ter leitura direta tanto em mi-
límetros como em polegadas, normalmente com
um botão que faz a conversão imediata entre os
dois sistemas. Apresentam um mostrador para
leituras fáceis e rápidas, dispensam interpretações
e sobretudo, estão menos sujeitos a erros. Apre-
sentam ainda porta de saída de dados possibilitan-
do transmissão de dados para o Sistema de Co-
leta de Dados Wireless DataSure®, além do siste-
ma tradicional por meio de cabo para CEP, ou
outros similares onde a coleta de dados deve ser
registrada.
A catraca de um
micrômetro garante uma
pressão de medição
constante.
O tambor de fricção
permite o uso do
micrômetro com uma
única mão e uma pressão
uniforme no contato.
Micrômetros Digitais combinam tais benefícios
com uma resolução de um milésimo de milímetros
e cinco centésimos de milésimos de polegadas por
meio de conversão imediata, além de uma cons-
trução sólida, operação suave, “tato” e balancea-
mento dos micrômetros mecânicos Starrett. Nos-
sa linha de micrômetros digitais apresenta os ex-
ternos, função especial, internos e abeças micro-
métricas.
As séries 795/796 representam a última geração
de micrômetros digitais da Starrett. Apresentam
resolução de 0,001mm e 0,00005� e exatidão de
±0,002mm e ±0,0001� e uma faixa de medição de
0-25mm / 1�. A série 795 tem saída de dados, e a
série 796 não tem.
Tanto o 795 como o 796 apresentam proteção
IP67 contra a contaminação do chão-de-fábrica.
Proteção IP67
De acordo com a norma IEC529, IP67 significa a
proteção contra líquidos refrigerantes de usina-
gem, água, partículas, sujeira e outros contami-
nantes conforme segue:
O primeiro número “6” identifica proteção contra
penetração de pó.
O segundo número “7” identifica proteção contra
água por imersão completa em profundidade de
15cm a 1m na água durante 30 minutos.
Micrômetro Digital Nº 733MEXFL-25.
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Micrômetro de Bancada
O micrômetro de bancada é um instrumento de
precisão fina ideal para uso em bancadas tanto na
oficina como no laboratório de inspeção e pode ser
usado como um comparador com aproximação de
0,002mm (ou 50 milionésimos de polegada
0,000050�) por leitura direta no micrômetro. Peças
com comprimento de 0 a 50mm (ou 2�) podem ser
medidas. A base tem incorporada em uma das ex-
Micrômetro de Bancada STARRETT.
com arco tipo grampo e pontas intercambiáveis
para medir tubos, distância de um furo a uma bor-
da, espessura de cabeças de parafusos, micrôme-
tros com apoio em V para medir ovalização de
peças retificadas como também ferramentas com
número ímpar de corte, micrômetros de disco para
medir secções finas ou de espaço reduzido, micrô-
metros tipo lâmina para medir entalhes estreitos
e ranhuras, micrômetros para chapas de metal
com arco em U profundo que permitem a medição
sobre dobras ou bordas, ou em qualquer ponto de
uma superfície, inclusive perto do centro da cha-
pa, micrômetros para roscas com uma ponta cô-
nica outra em V para medir os filetes de rosca, mi-
crômetros com pontas esféricas e micrômetros
para tubos, para medir superfícies tubulares ou
curvadas e micrômetros para papel. Os micrôme-
tros são também fabricados com capacidade até
1500mm (ou 60�) ou mais.
Cabeças Micrométricas
Aplicações eletrônicas, máquinas operatrizes, dis-
positivos de medição e ferramentaria freqüente-
mente especificam cabeças micrométricas onde a
precisão micrométrica para ajustagem é necessá-
ria. Disponíveis com faixa de 13mm (ou 1/2�),
25mm (ou 1�) , e 50mm (ou 2�), com graduações
em centésimos de milímetros (ou milésimos de
polegadas) e em dois milésimos de milímetros (ou
décimos de milésimos de polegadas), acabamento
cromo-acetinado, ou feitos de aço inoxidável.
Cabeça Micrométricas STARRETT 263.
Cabeça Micrométrica Eletrônica Digital STARRETT Nº 762.
tremidades, uma ponta de contato móvel que
aciona o relógio comparador graduado em
0,002mm (ou 50 milionésimos de polegada
0,000050�). Essa ponta aciona o relógio atra-
vés de um mecanismo de transferência de
movimento que tem ajuste de pressão de con-
tato entre 220 a 1350 gramas e pode ser retra-
ída por meio de uma alavanca para medições
repetidas. Uma cabeça micrométrica tipo pesa-
do montada a direita da base tem leitura dire-
ta de 0,002mm (ou décimos de milésimos de
polegadas) e tem faixa de 50mm (ou 2�). Uma
mesinha de apoio ajustável está centrada abai-
xo das pontas de contato e pode ser posicio-
nada para alinhar precisamente a peça a ser
medida, através de parafuso de ajuste e trava.
O micrômetro pode ser adaptado para medições
eletrônicas usando os instrumentos e apalpa-
dores série 776, bem como para aplicações do
Controle Estatístico de Processo (SPC).
Variedade de Micrômetros
Micrômetros são fornecidos para aplicações
especiais tais como: micrômetros Mul-T-Anvil
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
INSTRUMENTOS COM NÔNIO
Os modernos calibradores com nônio master da
STARRETT se caracterizam por um nônio longo,
aperfeiçoado com 50 divisões em lugar das 25
divisões do tipo convencional. A placa do nônio
com as 50 divisões, com graduações mais espa-
çadas é de fácil leitura e em combinação com a
régua com a metade das graduações, torna pos-
sível leituras mais rápidas, mais exatas e bastan-
te simplificadas, sem necessidade de lupa.
O principio do nônio é aplicado a muitos instru-
mentos, tais como traçadores verticais, calibrado-
res de profundidade, transferidores universais pa-
químetros para engrenagens, etc.
Como Ler Paquímetros (em
polegadas)
A régua é graduada em 25 milésimos de polega-
das (0,025�). Cada quarta divisão representa um
décimo de polegada e é numerada.
O nônio foi inventado por um matemático Francês
Pierre Vernier (1580-1637). Outros atribuem seu
invento ao português Pedro Nunes (daí seu nome).
O paquímetro se constitui basicamente em uma
régua fixa e um conjunto de nônio corrediço. A
parte fixa é uma régua temperada e graduada com
uma ponta de medição fixa. O conjunto do nônio
corrediço combina ponta móvel, a placa do nônio,
parafuso de fixação e porca de ajuste fino.
A parte móvel com o nônio desliza sobre a régua
graduada até que as duas pontas de contato to-
quem a peça a ser medida. As leituras são feitas
em dois ou cinco centésimos em relação às gra-
duações da régua fixa.
A placa do nônio convencional está dividida em 25
partes numeradas 0, 5, 10, 15, 20, 25.
RÉGUA FIXA
→
→
25 DIVISÕES PLACA DE NÔNIO→ →
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Ao examinarmos a escala fixa em polegada no
exemplo acima, constatamos que sua graduação
é em decimais de polegada, estando os décimos
numerados e havendo quatro graduações dentro
de cada décimo, portanto:
0,100� : 4 = 0,025�. A escala móvel ou nônio tem
25 divisões, portanto, está dividindo 0,025� por 25
que dá a resolução do paquímetro que é 0,001�
(um milésimo de polegada).
O zero da escala móvel “passou” da primeira gra-
duação posterior ao número 5, portanto 0,525�. A
essa medida devemos acrescentar 0,015� (a gra-
duação 15 do nônio), que é a única que coincide
exatamente com uma graduação qualquer da es-
cala fixa, totalizando 0,540� que é a leitura do pa-
q u í m e t r o.
A - ............ 0,500� na régua
B - ............ 0,025� também na régua
C - ........... 0,015� na placa do nônio
0,540� é a sua medida
Como Ler Paquímetros (em
milímetros)
A régua é graduada em 1mm. Cada décima divi-
são representa, portanto 10mm e é numerada.
A placa do nônio está dividida em 50 partes de
0,02mm e cada quinta parte está numerada de 1
a 10, que significa os decimais.
Examinando o exemplo acima constatamos que o
zero da escala móvel “passou” da graduação
13mm. Percorrendo com os olhos a extensão da
escala móvel constatamos que a graduação que
coincide com uma graduação qualquer da escala
fixa é 72 (primeira graduação não numerada de-
pois do 7), portanto, devemos acrescentar aos
13mm, 0,72mm totalizando 13,72mm que é a lei-
tura do paquímetro. O princípio do nônio se apli-
ca também nas leituras em polegadas e tanto na
divisão de frações ordinárias como frações deci-
mais.
A - ............ 13,00 na régua
B - ............ 10,72 na placa do nônio
13,72mm é a sua medida
A
B
A
B C
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Paquímetro, Medições Internas e
Externas
Se você está usando um paquímetro tipo univer-
sal STARRETT série 125, mostrado nas páginas
anteriores, a medição interna é feita pelos bicos
superiores.
Pontos de Referência para
Compassos de Pontas e Cintéis
No lado de trás dos paquímetros STARRETT 123
você encontrará ainda dois pontos de centro, um
na régua graduada, outro na parte corrediça.
Abrindo-se o paquímetro na medida desejada,
estes dois pontos se tornam referência rápida, efi-
ciente e exata para ajustar seus compassos de
pontas ou cintéis.
Pontos de medição ou dimensões podem ser ob-
tidos por compassos e cintéis e transferidos, ajus-
tando-se o paquímetro até que as pontas de con-
tato dessas ferramentas se encaixem nos pontos
de referência do paquímetro. O usuário pode en-
tão fazer a leitura no paquímetro, mais precisa do
que se usasse uma escala de aço.
O paquímetro STARRETT série 1251 para servi-
ço pesado não possue os bicos superiores para
medições internas. Nesse caso, há necessidade
de se adicionar a medida obtida das pontas dos
bicos inferiores quando fechados, para se chegar
à medida correta e completa.
A medida mínima “A” é
10mm (0,394�) para a faixa
de 300mm (12�) e 20mm
(0,787�) para as faixas de
500mm (20�), 600mm (24�) e
1000mm (40�).
Ajuste Fino
Depois de colocar os bicos do paquímetro em con-
tato com a peça a ser medida, deslizando o bico
móvel ao longo da régua graduada, aperte o pa-
rafuso do dispositivo de ajuste fino. Gire a porca
do ajuste fino até que os bicos se ajustem perfei-
tamente a peça a ser medida. Aperte o parafuso
da trava para fixar o bico móvel com o nônio na
posição obtida.
Ao usar um paquímetro STARRETT 123 gradua-
do somente em milímetros ou somente em pole-
gadas, o procedimento é o mesmo para medições
internas ou externas, usando a escala superior
(medições internas) ou a inferior (medições exter-
nas).
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Como Cuidar de Paquímetros
Um paquímetro deve ser manuseado cuidadosa-
mente, porém firmemente e jamais deve ser for-
çado para se obter as medições. Empurre o bico
móvel manualmente para o contato com a peça a
ser medida, tão justo quanto for possível antes de
usar a porca de ajuste fino.
de são verificados apoiando-se a base sobre um
desempeno e descendo a régua até que toque a
superfície.
Devido ao ajuste de precisão das partes corredi-
ças, uma gota ocasional do Óleo STARRETT Para
Instrumentos (não se trata do M1) proporciona um
desempenho livre. Nunca use lixa para polir as
superfícies de contato ou para tentar reajustar um
paquímetro por motivo de desgaste.
Traçadores Verticais
Como um paquímetro, o traçador vertical se cons-
titui de uma régua fixa ou barra e de um nônio
corrediço. A régua graduada, temperada e retifica-
da está encaixada
em uma base tem-
perada, retificada
e lapidada. O con-
junto do nônio cor-
rediço pode ser er-
guido ou abaixado
para qualquer po-
sição ao longo da
régua e ajustado
em dois centési-
mos de milímetros
ou milésimos de
polegadas através
de um botão de
ajuste fino.
Mantenha as superfícies de contato livres de su-
jeira e partículas a fim de prevenir imprecisão e
danos à sua lapidação; limpe o instrumento cuida-
dosamente depois do uso e guarde-o em estojo
com os parafusos de fixação soltos.
Quando o paquímetro fica temporariamente sobre
a bancada, certifique-se de que esteja bem assen-
tado e afastado da borda.
Verifique seus paquímetros periodicamente che-
cando o ponto zero. No caso do paquímetro co-
mum e para engrenagens, junte os bicos e verifi-
que o alinhamento dos traços zero da régua gra-
duada e do nônio. Os paquímetros de profundida-
Montado com um riscador de aço temperado fixá-
vel conforme mostrado à esquerda, o traçador
vertical é usado sobre um desempeno ou mesa de
máquina para delimitar distâncias no sentido ver-
tical, localizar distâncias entre centros.
Outros acessórios para ampliar seu campo de
ação, incluem acessórios de profundidade, risca-
dores de metal duro, riscadores rebaixados, reló-
gios indicadores, apalpadores eletrônicos e o
acessório PT99441 que possibilita o uso de mui-
tos tipos de relógios.
As graduações da régua e do nônio são idênticas
às da escala externa do paquímetro e as leituras
estão descritas nas páginas 26, 27 e 29.
Indicador Universal Last Word montado num
traçador vertical para comparar medidas de um
bloco padrão com a peça a ser medida.
Traçador
Vertical
Master
STARRETT
254.
Botão de
ajuste fino
Alavanca
de ajuste
rápido
Riscador
circular
de metal
duro
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Paquímetro de Profundidade
O paquímetro de profundidade difere levemente do
paquímetro e do traçador vertical no ponto que o
conjunto do nônio permanece fixo enquanto a ré-
gua graduada se move para se obter a medida
desejada em dois centésimos de milímetros e mi-
lésimos de polegada. O conjunto do nônio forma
também a base que é apoiada sobre a peça a ser
medida com uma das mãos enquanto a régua é
manuseada com a outra.
parafuso de fixação do dispositivo de ajuste fino
deve ser girado para se obter a medida exata, a
qual é então fixada pelo aperto do parafuso loca-
lizado na base de apoio, abaixo da placa do nô-
nio.
Paquímetro para Engrenagens
de milímetro ou em um milésimo de polegada. Sua
construção combina em um único instrumento as
funções do paquímetro e do calibrador de profun-
didade.
A lâmina vertical é ajustada na profundidade por
meio da sua porca de ajuste fino de modo que
quando ela tocar o topo do dente da engrenagem,
os bicos do paquímetro estarão perfeitamente
posicionados, para medir o diâmetro primitivo do
dente da engrenagem. A lâmina horizontal é en-
tão usada para se obter a espessura da corda do
dente da engrenagem através da sua porca de
ajuste fino.
O procedimento para a leitura desses paquímetros
é exatamente igual a dos paquímetros comuns.
Os números para determinar o ajuste na profun-
didade da lâmina vertical e a leitura na lâmina
horizontal vem a seguir.
A obtenção da medida é feita da mesma maneira
que nos calibradores corrediços. Depois que a
régua toca o fundo de uma ranhura ou recesso, o
Calibrador de Profundidade
STARRETT 448.
Paquímetro para Engrenagens STARRETT 456.O paquímetro para engrenagens mede a espes-
sura da corda, ou a espessura do diâmetro primi-
tivo do dente da engrenagem em dois centésimos
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Espessura da Corda do Dente
de Engrenagem Baseado em
Módulo 1mm
Quando usar o paquímetro para medição de den-
tes de engrenagens comuns, a espessura da cor-
da (t) deve ser conhecida, visto que (t) é menor
que a espessura regular AB medida no diâmetro
primitivo. Com referência a tabela ao lado, note
que a altura do arco (H) foi adicionada ao (S), por-
tanto os números corrigidos a ser usados serão
encontrados na coluna (S).
Para qualquer outro passo, divida o número da
tabela pelo passo necessário.
S = módulo ou addendum, ou distância do topo ao
diâmetro primitivo do dente
S” = S corrigido = H + S
t” = espessura da corda do dente
H = altura do arco
Nº de
t” s”
Nº de
t” s”
Nº de
t” s”
Dentes Dentes Dentes
6 1.5529 1.1022 51 1,5706 1.0121 96 1.5707 1.0064
7 1.5568 1.0873 52 1,5706 1.0119 97 1,5707 1.0064
8 1.5607 1.0769 53 1.5706 1.0117 98 1,5707 1.0063
9 1.5628 1.0684 54 1.5706 1.0114 99 1,5707 1.0062
10 1.5643 1.0616 55 1.5706 1.0112 100 1.5707 1.0061
11 1.5654 1.0559 56 1.5706 1.0110 101 1,5707 1.0061
12 1.5663 1.0514 57 1.5706 1.0108 102 1.5707 1.0060
13 1.5670 1.0474 58 1..5706 1.0106 103 1.5707 1.0060
14 1.5675 1.0440 59 1.5706 1.0105 104 1.5707 1.0059
15 1.5679 1.0441 60 1.5706 1.0102 105 1.5707 1.0059
16 1.5683 1.0385 61 1.5706 1.0101 106 1.5707 1.0058
17 1.5686 1.0362 62 1.5706 1.0100 107 1.5707 1.0058
18 1.5688 1.0342 63 1.5706 1.0098 108 1.5707 1.0057
19 1.5690 1.0324 64 1.5706 1.0097 109 1.5707 1.0057
20 1.5692 1.0308 65 1.5706 1.0095 110 1.5707 1.0056
21 1.5694 1.0294 66 1.5706 1.0094 111 1.5707 1.0056
22 1.5695 1.0281 67 1.5706 1.0092 112 1.5707 1.0055
23 1.5696 1.0268 68 1.5706 1.0091 113 1.5707 1.0055
24 1.5697 1.0257 69 1.5707 1.0090 114 1.5707 1.0054
25 1.5698 1.0247 70 1.5707 1.0088 115 1.5707 1.0054
26 1.5698 1.0237 71 1.5707 1.0087 116 1.5707 1.0053
27 1.5699 1.0228 72 1.5707 1.0086 117 1.5707 1.0053
28 1.5700 1.0220 73 1.5708 1.0085 118 1,5707 1.0053
29 1.5700 1.0213 74 1.5707 1.0084 119 1.5707 1.0052
30 1,5701 1.0208 75 1.5707 1.0083 120 1.5707 1.0052
31 1.5701 1.0199 76 1.5707 1.0081 121 1.5707 1.0051
32 1.5702 1.0193 77 1.5707 1.0080 122 1.5707 1.0051
33 1.5702 1.0187 78 1.5707 1.0079 123 1.5707 1.0050
34 1.5702 1.0181 79 1.5707 1.0078 124 1.5707 1.0050
35 1.5702 1.0176 80 1.5707 1.0077 125 1.5707 1.0049
36 1.5703 1.0171 81 1.5707 1.0076 126 1.5707 1.0049
37 1.5703 1.0167 82 1.5707 1.0075 127 1.5707 1.0049
38 1.5703 1.0162 83 1.5707 1.0074 128 1.5707 1.0048
39 1.5704 1.0158 84 1.5707 1.0074 129 1.5707 1.0048
40 1.5704 1.0154 85 1.5707 1.0073 130 1.5707 1.0047
41 1.5704 1.0150 86 1.5707 1.0072 131 1.5708 1.0047
42 1.5704 1.0147 87 1.5707 1.0071 132 1.5708 1.0047
43 1.5705 1.0143 88 1.5707 1.0070 133 1.5708 1.0047
44 1.5705 1.0140 89 1.5707 1.0069 134 1.5708 1.0046
45 1.5705 1.0137 90 1.5707 1.0068 135 1.5708 1.0046
46 1.5705 1.0134 91 1.5707 1.0068 150 1.5708 1.0045
47 1.5705 1.0131 92 1.5707 1.0067 250 1.5708 1.0025
48 1.5705 1.0129 93 1.5707 1.0067 Rack 1.5708 1.0000
49 1.5705 1.0126 94 1.5707 1.0066
50 1.5705 1.0123 95 1.5707 1.0065
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Transferidor de Grau com Nônio
O transferidor de grau universal com nônio mede
qualquer ângulo em 1/12 graus ou 5 minutos. A
régua e o mostrador podem ser girados em con-
junto a uma posição desejada e fixados através de
uma porca de fixação localizada no mostrador, o
dispositivo de ajuste ultra fino permite ajustagens
muito precisas. A régua pode ser levada em am-
bas as direções e fixada contra o mostrador pelo
aperto de uma porca que tem funcionamento in-
dependente da porca de fixação do mostrador.
O mostrador é graduado em 360 graus, sendo
0-90°, 90-0°, 0-90°, 90-0°. Cada dez graus é nu-
merado, e cada cinco graus é indicado por um tra-
ço mais longo que os demais. A placa do nônio é
graduada de forma que seus 12 espaços ocupem
os 23 espaços do disco. A diferença entre a largura
de um desses 12 espaços do nônio e dois dos 23
espaços do disco é, portanto, 1/12 de um grau ou
5 minutos (5�). Cada espaço do nônio é igual a
1/12 de um grau ou 5 minutos (5�) menor do que
2 espaços do disco.
Transferidor Universal Nº 359 Leitura 50° 20’.
O nônio é numerado a cada três espaços. Esses
números representam minutos. Quando a linha do
zero do nônio coincide exatamente com uma linha
graduada do disco, a leitura é exatamente em
graus inteiros. Se isso não acontecer, procure qual
a linha do nônio que coincide exatamente com
umas das linhas do disco. Essa linha do nônio in-
dica o número de doze avos de grau, ou 5 minu-
tos (5�) que deverão ser adicionados à leitura dos
graus inteiros. Para se obter leituras do transferi-
dor, anote o número de graus inteiros entre o zero
do disco e o zero do nônio. Conte então, na mes-
ma direção, o número de espaços a partir do zero
do nônio, até a linha que coincide com uma qual-
quer do disco. Multiplique esse número por cinco
e o resultado será o número de minutos que deve
ser adicionado ao número de graus inteiros.
Exemplo: Na ilustração ao lado o zero do nônio
está a esquerda entre o “50” e o “51” no mostra-
dor, indicando 50° (graus) inteiros. Continuando a
leitura à esquerda, a quarta linha do nônio coinci-
de com a graduação “58” no mostrador conforme
indicado pelas estrelas, portanto, 4x5 minutos ou
20 minutos devem ser somados ao número de
graus. A leitura do transferidor é portanto, 50 graus
e 20 minutos (50° e 20�). O transferidor universal
pode também ser usado como acessório do traça-
dor vertical quando fixado por seu corpo.
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Pré-ajustagem de um compasso externo com uma
escala de aço para uma transferência de medida.
Depois de estabelecer o diâmetro do furo com um
calibrador telescópico, a medida é determinada pelas
pontas de contato com um micrômetro externo.
Como Transferir Medidas
Transferir medidas pode ser uma tarefa delicada
ou não, dependendo do grau de exatidão neces-
sária. Um dos mais comuns instrumentos para
transferir medidas é o compasso. Estes são feitos
com as pernas curvadas para dentro ou para fora,
de acordo com as medições externas ou internas.
Quando os compassos são ajustados à peça a ser
medida, deve-se tomar cuidado para não fazer
pressão excessiva com as pontas de contato, o
que poderia expandir as pernas e introduzir erros
na medição. A medida é então transferida para
uma escala de aço. Neste caso, é possível trans-
ferir comprimentos com um erro inferior a 0,05mm
(0,002�).
Leituras mais precisas podem ser obtidas quando
um micrômetro ou paquímetro é usado para me-
dir a distância entre as pontas de compasso. É
aqui que o sentido do tato se torna importante
para julgar as medições com precisão. Diferenças
tão pequena de cotas que não podem ser detec-
tadas pelos olhos, podem ser prontamente perce-
bidas pelo deslizar suave das pontas do compas-
so sobre a peça ou sobre os contatos de um pa-
drão. Ao ajustar compassos tanto pela peça a ser
medida como pelo padrão, um contato firme mas
não inflexível é desejável. A percepção de uma
leve resistência ao movimento das pontas de con-
tato deve permanecer na memória o tempo sufi-
ciente para uma comparação precisa entre a peça
a ser medida e o padrão.
Se bem que é possivel desta maneira transferir
pelo tato uma medida com diferença de apenas
0,006mm, há ocasiões em que não é prático agir
dessa maneira, sem o risco de erros. Por esta ra-
zão, mecânicos preferem usar instrumentos que
podem fazer leituras diretas em centésimos de
milímetro (ou milésimos de polegadas) e dois mi-
lésimos de milímetro (um décimo de milésimo de
polegada), tais como micrômetros ou paquímetros
para um trabalho de maior precisão. Aqui também
o sentido do tato é importante e desenvolver o
hábito de usar a mesma pressão ao ajustar as
pontas de contato em qualquer medição, contribue
grandemente para uma precisãouniforme.
Barras Planas Retificadas
Considerando que um trabalho de traçagem envol-
ve a preparação de modelos, gabaritos, ferramen-
tas de corte, peças de máquinas, peças e partes
de dispositivos, etc., é conveniente conhecer as
vantagens das barras planas retificadas. Trata-se
de aço ferramenta de alta qualidade disponíveis
em comprimento de 450, 600, e 900mm (18�, 24�
e 36�) e em variada combinação de larguras e es-
pessuras. São cuidadosamente retificadas com
precisão de 0,02mm (0,001�) nas espessuras e
temperadas para usinagem mais fácil.
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Tinta azul traçagem sendo aplicada com pincel. (p.35)
Tinta de traçagem
em aerossol.
As barras planas retificadas STARRETT estão
disponíveis em três tipos: para têmpera em óleo,
ao ar e de baixo carbono.
tém uma acurada precisão de medidas, eliminan-
do distorções e trincas, por isso o custo da retífi-
ca para as dimensões finais é substancialmente
reduzido. Disponíveis nos comprimentos de 450 e
900mm (18� e 36�).
Somente a barra plana retificada STARRETT 498
de baixo carbono oferece um aço verdadeiramente
fácil de trabalhar, com melhor usinabilidade do que
qualquer outra barra plana retificada. Tais carac-
terísticas proporcionam: vida útil mais longa para
suas ferramentas de corte, melhor acabamento,
produção mais rápida e custo de usinagem mais
baixo. Barras plana de baixo carbono são forneci-
das com 600mm (24�) de comprimento.
Preparação da Superfície
Preparar a superfície. Para superfícies em bruto
como nos casos dos fundidos ou para trabalhos
simples onde não é necessária grande precisão,
passar um giz na superfície de trabalho servirá
como camada para traçar linhas mais visíveis.
Para traçagens finas e exatas, em superfícies lisas
ou acabadas, uma solução especial deve ser usa-
da.
Existem disponíveis no comércio, produtos prepa-
rados tais como a tinta para traçagem STARRETT,
a qual pode ser aplicada sobre qualquer superfí-
cie metálica e que proporcionará traçagem de li-
nhas nítidas e limpas, sem farpas ou escamas. A
tinta azul para traçagem é fornecida em aerossol,
para aspergir diretamente
sobre o metal, e em forma
líquida para ser aplicada
com um pincel. Para me-
lhores resultados, a super-
fície deverá ser limpa de
toda graxa, óleo, óleo solú-
vel, etc., antes de aplicar a
tinta.
Escolha de Barra Plana
Retificada Ideal
A barra plana retificada STARRETT 496 para têm-
pera em óleo é feita de aço ferramenta com cro-
mo, tungstênio, vanádio, dimensionalmente está-
vel e sob rígida especificação da STARRETT. Com
450 e 900mm (18� e 36�) de comprimento. Ideal
para trabalhos intricados e trabalhos com secções
finas.
A barra plana retificada
STARRETT 497 é feita
sob análise especial para
têmpera a ar. Devido às
suas características de
não deformável, ela man-
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Para traçagem precisa de três círculos idênticos, este
mecânico usa um compasso de pontas de 6����� - 150mm.
Traçagem de linhas com um Riscador Auxiliar
STARRETT.
Localizador de arestas
com pontas duplas 827MB.
Traçagem
Traçagem é um termo usado em oficinas, que in-
clui o assentamento de linhas, círculos, centros,
etc., sobre uma superfície de qualquer material
para servir de guia para esquematizar a peça aca-
bada. Traçagens finas e precisas são um dos me-
lhores exemplos, da habilidade de um profissional.
Essas habilidades incluem a escolha e uso ade-
quados de riscadores, compassos, traçadores, cin-
téis, graminhos, réguas, esquadros e transferido-
res. É muito importante manter as pontas dessas
ferramentas afiadas e sem rebarbas para poder
fixar com precisão centros, raios, bordas e cruzar
pontos. Quando usar punções de centro, isso deve
ser feito com extremo cuidado.
Produzir cavidades profundas ou rasas usando um
punção de centro requer prática, contudo punções
automáticos que têm embutido um martelo ajus-
tável é um enorme recurso, por liberar mão e olho
para fixar a peça sem desviar o olhar do exato
ponto de contato.
Traçagens finas e precisas aumentam de valor na
proporção que cresce a necessidade de produzir
cada vez melhores gabaritos, dispositivos, ferra-
mentas e máquinas.
Fixação de Peças
Muitos tipos de instrumentos são usados para fi-
xar peças em operações de usinagem, traçagem,
verificação e inspeção, tanto em desempenos,
cantoneiras, ou em vários tipos de placas e dispo-
sitivos de fixação em máquinas operatrizes. Estes
incluem relógios apalpadores, localizadores de
centro, blocos em V, localizadores de arestas e
outros dispositivos.
Superfícies de peças podem ser fixadas fácil, rá-
pida e precisamente com o localizador de arestas.
Este é colocado na pinça da máquina ou mandril.
A mesa é então movimentada para provocar o
contato entre o localizador de arestas giratório e
a peça a ser medida. A ponta de contato vai se
deslocar para uma posição concêntrica relativa ao
corpo e através de uma ajustagem adicional mui-
to sutil da mesa, se moverá para fora do centro
com um tremor forte.
Nesta altura, o centro
do localizador está exa-
tamente à metade do di-
âmetro da ponta de con-
tato da borda da peça,
permitindo localização
precisa para outras ope-
rações de usinagem re-
lativas a borda.
Blocos em “V” com
grampos.
Instrumentos e Regras para Medições de Precisão
Ao lado o
escantilhão
C391.
Para situar pontos de centro e traçar linhas, a pon-
ta aguda de contato é usada com um lápis ou uma
escala de encontro ao ponto de centro e fazendo-
o correr concentricamente. Dai a ponta é trazida
para baixo em direção ao ponto de centro ou ao
cruzamento das linhas traçadas e a mesa é ajus-
tada de modo que quando a ferramenta é trazida
para tocar levemente a peça, o alinhamento com
a ponta em questão pode ser determinado.
Medição de Peças Torneadas
Peças feitas em tornos mecânicos são tão varia-
das que uma considerável lista de instrumentos de
medição pode ser necessário para atender a to-
dos os casos. Ordinariamente, porém, as princi-
pais medições se referem a centragem da peça no
torno, medir comprimentos e medir diâmetros.
Centragem da Peça
Para um torneamento eficiente com desperdício
mínimo, e sem vibração excessiva, é necessário
localizar o centro da peça a ser torneada com con-
siderável precisão. Quando a peça é torneada a
partir de uma barra cilíndrica comum, isto pode ser
feito prontamente usando o esquadro de centrar
com a régua de um esquadro combinado e traçar
linhas na extremidade da peça, girando o instru-
mento por volta de 90° graus de uma linha para
outra e obter um ponto de centro.
Um compasso de centrar (hermafrodita) pode tam-
bém ser usado com abertura das pernas aproxi-
madamente na metade do diâmetro da peça. Três
ou quatro arcos traçados a partir de diversos pon-
tos da circunferência limitarão a localização de
forma que o centro real pode ser estimado com
considerável precisão. Os centros determinados
por ambos os métodos devem ser reforçados com
um punção e depois testados em concentricidade,
rodando manualmente a peça entre os pontos de
centro do torno, antes de furar e escarear os fu-
ros de centro. Quando houver dúvidas sobre even-
tuais distorções ou variações no diâmetro das
peças como as fundidas ou forjadas, é convenien-
te usar um graminho ou traçador vertical e um
desempeno para determinar centros.
As linhas traçadas nas extremidades com pontos
de referência em vários pontos da circunferência
localizarão o centro com certa provisão contra
eventuais falhas de superfície, e garantem um
balanceamento razoável para tornear diâmetros
uniformes em fundidos e forjados. Peças irregula-
res a ponto de ficar balançando sobre o desem-
peno, devem ser assentadas sobre blocos parale-
los ou régua retificadas.
Furos de centros são escareados a 60° para com-
binar com o ângulo dos pontos de centro do tor-
no. É aconselhável verificar periodicamente esses
ângulos para se certificar de que não houve des-
gaste ou distorção.
Isto é feito com um escantilhão, que é também útil
em retifica e ajuste de ferramentas de abrir roscas.
Instrumentos

Continue navegando