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TCC SERVIÇO SOCIAL

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
Serviço Social
ROSANA VALERIA CERQUEIRA
A Inclusão do AUTISTA na Sociedade, NA FAMÍLIA E NA EDUCAÇÃO
Petrópolis/RJ
2016
ROSANA VALERIA CERQUEIRA
A Inclusão do AUTISTA na Sociedade, NA FAMÍLIA E NA EDUCAÇÃO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Norte do Paraná como requisito para obtenção para a obtenção do título de Bacharel em Assistente Social.
Orientador: Alexandre Vicente do Nascimento
Petrópolis/RJ
2016
Dedico a Deus pela chance de concretizar mais uma se da minha vida, e em especial à minha família sempre me apoiou e me incentivou, principalmente nos momentos mais difíceis, me dando força e coragem para nunca desistir.
"...E se nas horas que de ti eu exijo demais Mesmo nas dúvidas constantes 
Aquelas que tu às vezes tens vontade de desistir 
Por favor, não desistas, mas Ama-me…."
(Liê Ribeiro Paz Luz - mãe de um menino autista)
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus primeiramente, por ter me dado saúde suficiente e conhecimentos necessários para a realização final deste trabalho.
Agradeço também, em especial à minha família pelo apoio constante para que eu conseguisse chegar vitoriosa ao final deste meu caminhar.
 
Agradeço a todos os meus amigos, que de alguma forma, direta ou indiretamente, estiveram sempre ao meu lado dando apoio e incentivo, principalmente nos momentos mais difíceis, para que eu pudesse seguir em frente e chegar ao resultado esperado.
Agradeço a todos os meus professores pelo carinho e orientações a mim dispensados necessários para a realização deste trabalho.
Agradeço, em especial ao meu orientador Alexandre Vicente do Nascimento pela orientação precisa sempre com o objetivo de me ajudar a realizar um trabalho satisfatório para finalizar o meu curso com sucesso.
Agradeço, em especial ao meu orientador Alexandre Vicente do Nascimento, pela orientação precisa sempre com o objetivo de me ajudar a realizar um trabalho satisfatório para finalizar o meu curso com sucesso.
VALERIA DE CEQUEIRA, Rosana. A Inclusão do Autista na Sociedade, na Família e na Educação. 2016. 55p. Sistema de Ensino Conectado. Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, Petrópolis, 2016.
RESUMO
Este trabalho procurou analisar a educação de alunos com necessidades educacionais especiais, que outrora era pautado em um modelo de atendimento segregado e especializado que não levava o indivíduo especial a inclusão nem na sociedade nem nas suas necessidades básicas. Porém, atualmente com a surgimento da Educação Inclusiva os caminhos a serem percorridos levarão esses sujeitos a uma vida familiar, escolar e social muito mais significativa, ativa como a de qualquer outro indivíduo considerado "normal" pela maioria da sociedade. O presente trabalho apresenta um breve estudo sobre a inclusão de crianças autistas na sociedade, na educação e no próprio convívio familiar. Para que a educação inclusiva obtenha sucesso com os indivíduos autistas e a socialização ocorra verdadeiramente, é preciso o engajamento de todos os envolvidos nesse processo. 
Palavras-chave: Autismo; Sociedade; Inclusão.
VALERIA DE CEQUEIRA, Rosana. Inclusion in Autistic Society , the Family and Education. 2016. 55p. Sistema de Ensino Conectado. Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, Petrópolis, 2016.
ABSTRACT
This study sought to analyze the education of students with special educational needs, which was once ruled by a model of segregated and specialized care that did not take the particular individual or the inclusion in society or in their basic needs. But now with the emergence of Inclusive Education the routes to be followed will lead these individuals to family, school and social life much more meaningful, active as any other individual considered " normal" by most of society. This paper presents a brief study on the inclusion of autistic children in society, in education and in their own family life. For inclusive education get hit with autistic individuals and socialization truly occurs, we need the commitment of all involved in this process.
Key-word: Autism; Society; Inclusion.
 
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SUMÁRIO
9INTRODUÇÃO	�
121 UM BREVE HISTÓRICO SOBRE O AUTISMO	�
171.1 Políticas Públicas direcionadas ao autista	�
181.1.1 Outras Instituições que desenvolvem trabalho com pessoas autistas	�
202 O AUTISTA E SUA INCLUSÃO NA SOCIEDADE	�
222.1 Algumas Curiosidades sobre o Autismo	�
253 O AUTISMO E SUA RELAÇÃO COM A FAMÍLIA	�
314 A RELAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL COM O AUTISTA	�
365 A INCLUSÃO DO AUTISTA NA ESCOLA	�
44CONSIDERAÇÕES FINAIS	�
48REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	�
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INTRODUÇÃO
Entre todas as diferenças sociais e culturais presentes na sociedade, existe o autista, um sujeito com necessidades especiais, que exige dentro da sociedade um respeito maior e dentro da educação, professores qualificados e preparados para enfrentar esse grande desafio, que é o de incluir o autista dentro da sociedade em que vivemos. Dessa forma, diante de tantos desafios, ainda vemos no sistema regular de ensino escolas com alunosque apresentam variadas necessidades. Mais do que compreender isso, é necessário respeitar e reconhecer as adversidades de cada um.
Com base na CONSTITUIÇÃO FEDERAL (1988) e no processo de inclusão da forma como vem sendo feito nas escolas públicas brasileiras: sem pessoal especializado, sem apoio comunitário, com diversas crianças com necessidades variadas em uma mesma sala de aula, decidimos realizar esse trabalho com o objetivo geral de adquirir conhecimentos sobre o assunto e realizar um artigo sobre autismo e inclusão em todos os setores da sociedade, englobando escola e família.
Especificamente, tem os objetivos de indicar os principais sintomas e características do autismo e identificar os aspectos que podem contribuir para que o autista tenha uma melhor qualidade de vida dentro da sociedade em que vive.
Para justificar esta pesquisa este trabalho tem o intuito de levantar hipótese de um entrosamento entre a família, os meios educacionais e a sociedade para uma melhor relação tanto cultutal, social, como informativa.
Colocar o autista em uma sociedade onde a grande maioria desconhece tal transtorno torna-se ainda mais difícil a missão. Portanto, o importante é que se tenha bastante união, um maior engajamento por parte de todos os envolvidos na procura de melhores resultados, que esclareçam satisfatoriamente a sociedade para que esta tenha um convívio adequado com o autista, aceitando-o e respeitando-o da forma devida.
Esta pesquisa é uma forma de ajudar a sociedade no convívio com aqueles que possuem essa patologia denominada autismo. E que estejamos muito atentos de que conviver com um autista podeaté ser difícil, mas jamais impossível. apenas temos que entender que nem todos somos iguais e é importante sabermos respeitar as diferenças, e acima de tudo, conviver com elas. A metodologia utilizada será a partir de pesquisas bibliográficas, estudo de variados autores e internet, com a intenção de proporcionar o entendimento da promoção a integração das famílias, da escola e em âmbito social dos autistas.
O autismo é manifestado através da mudança na captação e organização sensorial dos sentidos humanos, o que altera o seu desenvolvimento em todas as áreas do desenvolvimento infantil e humano, na medida em que começa a ocorrer mudanças do comportamento, do relacionamento e da comunicação (BAPTISTA, 2002).
A função social da escola quando recebe um autista, portador de necessidades especiais, se consolida no momento em que esta o agregue com os demais alunos buscando um ensino significativo. As necessidades especiais estão explícitas nas duas partes envolvidas: aluno e professor. Ambas as partes necessitam completar-se, para um justo convívio social. Para que o profissional possa mediar a aprendizagem torna-se necessário o conhecimento das necessidades específicas de cada um. 
A educação precisa ajudar o aluno com necessidades especiais, mais precisamente o autista, a descobrir-se como sujeito integrante de um meio social e auxiliá-lo também em sua identificação como ser humano, desenvolvendo sua capacidade intelectual, para que este possa aplicá-la em sua vida de maneira contínua, modificando sua realidade e sendo modificado por ela, processo que ocorre através da escola, da sociedade e da família.
Sabemos que a inclusão é um tema bastante atual e que vem sendo debatido em diversos segmentos da sociedade. É como se fosse uma palavra de ordem. Os debates sobre o tema são constantes. Discute-se muito, fala-se muito, escreve-se muito, teorias existem aos montes, no entanto na prática ainda há muitas barreiras a serem transpostas. Barreiras estas que se mostram através de preconceitos, paradigmas incorretos, anseios, temores, discriminações, dúvidas, incertezas, ignorância por falta de informações, etc. Outra modo de manifestação destas barreiras são as políticas públicas ineficazes. No papel, as leis são cheias de belas intenções, mas na verdade acabam não definindo mecanismos operacionais efetivos, que garantam de fato a sua aplicação. Como podemos observar, existe uma enorme dicotomia entre teoria e prática.
Este trabalho terá como foco principal a discussão da inclusão do indivíduo autista na sociedade em todos os segmentos. Os elementos pré textuais deste está exposto da seguinte forma: Introdução; Desenvolvimento e Considerações Finais. Sendo que a parte do Desenvolvimento (ou Referencial Teórico) está composta de 5 capítulos, assim descritos: 1. Um Breve Histórico sobre o Autismo (subtítulo: Políticas Públicas direcionadas ao autista); 2. A Autista e sua Inclusão na Sociedade (subtítulo: Algumas Curiosidades sobre o Autismo); 3. O autismo e sua relação com a família; 4. A Relação do Assistente Social com o Autista; 5. A Inclusão do Autista na Escola.�
1 UM BREVE HISTÓRICO SOBRE O AUTISMO
Se o seu bebê não olha para você quando você fala com ele…
Se ele não tenta brincar com jogos que outros bebês da sua idade estão jogando…
Se ele raramente sorri…
Se ele aponta para as coisas que quer em vez de falar com você…
Se ele pega os brinquedos de vez em quando mas faz a mesma coisa com eles repetidas vezes…
Se ele tem ataques de fúria extrema… (RUGGLES, 2016).
Estes são alguns dos sintomas que podem caracterizar o autismo. Somente uma ou outra dessas características não significam que a criança é autista, porém todas juntas provocam dúvidas e, neste caso, é necessário de uma avaliação profissional feita por um médico especialista (RUGGLES, 2016).
Para os pais, sem dúvida, autismo é uma palavra assustadora. O autismo pode acometer tanto crianças quanto adultos. Muitos adultos tem autismo e não sabem, por não ter sido corretamente diagnosticado quando criança. Várias perguntas são feitas: Mas o que é autismo? Por que ocorre? Como cuidar de uma criança autista? E de um adulto? Como incluí-lo na sociedade? (RUGGLES, 2016).
Pra começo de conversa, o autismo não é somente um único distúrbio. Na realidade é apenas mais um entre cinco diferentes distúrbios neurológicos que se classificam nas seguintes categorias de Distúrbios Comportamentais Invasivos: Autismo, Distúrbio de Asperger, Distúrbio Infantil Desintegrante, Distúrbio de Rett e Distúrbio Não-Identificado. Na verdade, todos são distúrbios autistas, que variam de leve e moderado a grave (RUGGLES, 2016).
O autismo, na verdade, é caracterizado por atrasos e desvios no desenvolvimento, que afetam a interação social e comunicação com o mundo. De acordo com MARQUES E CASTANHEIRA (2000), as suas características do autismo estão ligadas a outras patologias que colocam à prova as capacidades de resistência, enfrentamento e adaptação das famílias.
A palavra “autista” deriva do grego “autos” que significa “o próprio”, acrescido do sufixo “ismo” e está intimamente relacionado com a ideia de orientação ou estado. Este substantivo é usado para designar uma condição ou estado em que alguém apresenta tendência para o alheamento da realidade exterior, a par de uma atitude de permanente concentração em si próprio. A este fenômeno chamamos “latu sensu” (PEREIRA & SOUZA, 2005).
No início o termo autismo era usado para caracterizar experiências amplas em emoções e pensamentos. Em 1943, KANNER (2012) descreveu, em sua publicação intitulada Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo, um grupo de onze casos clínicos de crianças. Tais crianças apresentavam grau de extremo isolamento e não demonstravam habilidades de relacionamento com outras pessoas e situações, possuíam falhas na linguística e na comunicação e desejo obsessivo ansioso para a repetição.
Para o psiquiatra KANNER (2012), o autismo é causado pelos próprios pais das crianças, demasiadamente intelectualizados, frios emocionalmente e com total desinteresse nas relações com a criança. Com o tempo, foi visto que essas especulações, como a frieza emocional dos familiares, nem sempre se mostraram corretas. 
Segundo o psiquiatra CAMARGO (2013):
O que se pensa hoje é que o autismo infantil, em geral, não tem a riqueza do pensar, do fantasiar e do imaginar como o adulto com esquizofrenia em estado autista - isolado, dominado por suas vivências delirantes e alucinatórias -, embora ambos tenham em comum o isolamento do mundo exterior.
O autismo às vezes, tende a se confundir com outras doenças de sintomas semelhantes, como retardo mental e até mesmo paralisia cerebral (CAMARGO, 2013). 
Doenças como retardo mental, epilepsia, paralisia cerebral, transtornos de linguagem, hiperatividade, transtornos obsessivos compulsivos, entre outras, são frequentemente associadas ao autismo (CAMARGO, 2013). 
Segundo CAMARGO (2013), as características do autismo aparecem até os três anos de idade. Ele destaca como principais consequências do autismo: relacionamento com as pessoas comprometido; atraso considerável ou falta da linguagem oral, gestual e mímica; comportamentos de repetição e rotulados; e interesses restringidos.
De acordo com CAMARGO (2013), o autismo não desencadeia outras doenças, outras doenças sim, podem favorecer seu aparecimento. 
Ainda segundo CAMARGO (2013), alguns fatores externos podem desencadear o autismo: as doenças infecciosas do período gestacional (rubéola, sífilis, toxoplasmose); as doenças infecciosas cerebrais (meningite); lesões traumáticas; o uso de drogas pelos pais; além de doenças genéticas com retardo mental. No entanto, as causas genéticas do autismo ainda não foram bem esclarecidas. 
De acordo com CAMARGO (2013), as estatísticas sobre a doença prevalecem de 1:150 a 250 da população. A incidência do autismo é maior em homens do que em mulheres, mas quando se dá no sexo feminino a doença é mais grave. De acordo com o psiquiatra, acura do autista pode acontecer funcionalmente, mas dificilmente tecnicamente. 
Segundo CAMARGO (2013):
“Aos olhos de um profissional da área o autista não pode ficar completamente reabilitado, mas do ponto de vista da população, sim, da mesma forma que há inúmeras pessoas que possuem transtornos como o autismo e que nunca foram diagnosticadas nem tratadas”.
Para auxiliar no tratamento dos autistas, é essencial que a família e amigos os tratem de forma natural e normal, tentando compreendê-los em sua forma de ser e assim tentar ajudá-los, dando-lhes o devido tratamento em todas as áreas que precisem.
A reabilitação e o tratamento dos autistas estão intimamente ligados nas áreas de psicologia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, escola, fisioterapia, musicoterapia, entre outras.
CAMARGO (2013) dia que muitas pessoas resistem em levar a criança autista ao psiquiatra com medo de associação à loucura. Só com informações mais precisas essa ideia inadequada pode ser modificada. Ele afirma ainda que o autismo é uma doença semelhante a epilepsia, a hipertensão e ao diabetes.
Segundo CAMARGO (2013) ainda acrescenta que uma criança autista diagnosticada e tratada aos 12 meses de idade tem maiores chances do que se diagnosticada e tratada a partir dos 7 anos, por exemplo.
Dessa forma, quem só enxerga o autismo na fase adulta costuma ter um grau menor da doença e provavelmente foi diagnosticado de forma errada.
Os autistas possuem diversidades variadas de inteligência, no entanto nem todos estão aptos à inclusão escolar, uma vez que tal inclusão depende de uma série de fatores, incluindo situações condicionais da escola, de sua equipe profissional e da própria capacidade da criança (ORTEGA, 2009).
ORTEGA (2009), afirma que alguns são inteligentes em demasia e podem, pedagogicamente, se dar bem em escolas regulares, apesar da dificuldade de socialização, mesmo não entendendo bem o mundo humano e social. Outros, cuja inteligência é mais comprometida, precisam de escolas especiais.
A maioria das pessoas rotula o comportamento dos autistas como estranho. No entanto, é fundamental a integração deles na sociedade, pois eles tem dificuldades nesse sentido. Existem técnicas variadas para a socialização dos autistas e cada uma tem um padrão de eficiência próprio. Os autistas necessitam de estímulos para desempenhar suas atividades, sem sofrer discriminação.
Nenhuma doença do gênero causa tanta confusão quanto o autismo. Isso talvez mostre o fato da dificuldade de exames capazes de determinar o diagnóstico correto de autismo, que só pode realmente ser reconhecido baseado na avaliação médica e comportamental do paciente (RODRÍGUEZ-BARRIONUEVO, 2002).
Além disso, vários rótulos, ainda existentes nos dias de hoje, auxiliam na identificação de indivíduos autistas como o da criança totalmente isolada do universo, com olhar parado e se mexendo constantemente (RODRÍGUEZ-BARRIONUEVO, 2002). 
O filme “Meu filho, meu mundo”, passado nos anos 70 e até hoje reprisado, foi um dos filmes mais comentados da época e um dos primeiros relatos do autismo através do cinema.
Atualmente autistas ainda recebem os mais variados diagnósticos médicos, que incluem desde Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), distúrbios de personalidade, esquizofrenia, bipolaridade, entre outras (MOREIRA, 2005).
Mesmo assim, o quadro clínico do autismo durante todos esses anos, já foi bem caracterizado, pelo seu comprometimento do relacionamento social, do quadro de repetições e do modelo de comportamentos, por dificuldades linguísticas e por algumas rotinas não funcionais. As manifestações do autismo são bastante variáveis, indo da falta de desenvolvimento linguística, retração social relevante e dependência nas atividades cotidianas até aqueles que chegam nas universidades e atingem funcionamento social, possuindo problemas de comunicação e de interação social (MOREIRA, 2005). 
Por incrível que pareça, a deficiência mental não é uma das características que fazem parte do diagnóstico do autismo. Do mesmo modo, os savants, autistas com habilidades especiais, são raríssimos. As manifestações autistas aparecem sempre na infância, Na maioria das vezes antes dos dois anos e meio. Essa condição é persistente durante toda a vida do sujeito, geralmente transformando-se ao longo dos anos (RAPIN, 1997; DSM-V, 2005).
Antes de finalizar é importante comparar algumas definições e conceitos de variados autores sobre o autismo e o ponto de vista de cada um.
Segundo FERREIRA (2007), autismo é um fenômeno patológico caracterizado pelo desligamento da realidade exterior e criação mental de um mundo autônomo.
Autismo é uma doença grave, crônica, incapacitante que compromete o desenvolvimento normal de uma criança... que relacionam-se com objetos, eventos e pessoas de maneira não usual, tudo levando a crer que haja um comprometimento orgânico do sistema nervoso central em níveis mais diversos. ... Não se sabe explicar exatamente o porquê da associação entre autismo e a deficiência mental. (GAUDERER, 1993).
... curiosamente, a maioria das pessoas fala apenas de crianças autistas e nunca de adultos, como se alguma maneira as crianças simplesmente sumissem da face do planeta. Mas embora possa haver de fato um quadro devastador aos três anos de idade, alguns jovens autistas, ao contrário das expectativas, podem conseguir desenvolver uma linguagem satisfatória, alcançar habilidades sociais e mesmo conquistas altamente intelectuais... mesmo se encobrindo de uma singularidade autista... até profunda. (SACKS, 1999).
AMY (2001), diz que:
O Autismo foi objeto de hipóteses formuladas por psicanalistas, educadores, biólogos, geneticistas e cognitivistas. Permanece, no entanto, como um mistério quanto a sua origem e evolução. É sem dúvida difícil determinar se a oposição ao mundo que essas crianças manifestam é ativa e voluntária, se lhes é imposta por deficiências biogenéticas cujas origens ignoramos ou se ‘o inato e o adquirido’ se articulam entre si para criar desordem e anarquia no universo interno dessas crianças.
A inclusão do autista na sociedade exige que nosso entendimento em relação aos seus principais anseios e obstáculos, deixando que ela participe da sociedade.
1.1 Políticas Públicas direcionadas ao autista
De acordo com OLIVEIRA (2010), Política Pública é uma expressão que tem por finalidade definir uma situação específica da política. A forma mais adequada para entendermos essa definição é partirmos do que cada palavra significa. Política é uma palavra de origem grega, politikó. Políticas Públicas são conjuntos de programas, desenvolvidos pelo Estado diretamente ou indiretamente, com a participação de setoress públicos ou privados, que tem por objetivo assegurar determinado direito de cidadania.
A inclusão de autistas é um direito adquirido agora transformado em lei. O autismo vem sendo um tema que atualmente, com maior frequência vem fazendo parte de manchetes de jornais e revistas. Algumas polêmicas giram em torno da Lei nº 12.764 (Lei Berenice Piana), que institui a "Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista". A lei foi sancionada em dezembro de 2012 pela atual presidente Dilma Rousseff. Tal medida consideram os autistas oficialmente pessoas com deficiência, com direito a todas as políticas de inclusão do país - entre elas, as de Educação (MAZZOTTA, 2013).
De acordo com MAZZOTTA (2013), pode parecer até meio estranho criar uma lei voltada especificamente para o autismo, sabendo que já existem no Brasil diretrizes gerais para a inclusão. No entanto, a medida, faz sentido, uma vez que o autismo é um problema específico que vem aumentando cada vez mais e merece atenção especial. 
No entanto, para que aconteça uma inclusão real, é preciso muito mais do que a aprovação de uma lei. Deve-se rever as políticas públicas atuais de modo a garantir aos educadores os conhecimentos, o tempo e a formação necessária para que os alunos não só sejam matriculados,mas também tenham garantido seu direito de aprender. Leis são necessárias, porém leis não resolverão nada sozinhas se não existirem ações voltadas à capacitação do professor e à mudança da escola. É necessário que haja uma revisão da formação forma a auxiliar os docentes a lidar com as limitações e as dificuldades de cada aluno, com ou sem necessidades especiais. A nossa consciência é o que nos leva a incluir, e só se chega a ela através do conhecimento específico.
Após sancionada a Lei nº 12.764, que institui a "Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista", podemos nos referir aos autistas, como simples portadores de deficiências, mesmo se tratando de uma deficiência de difícil intervenção de acordo com o grau do autismo (MAZZOTTA, 2013).
Em outras situações, poderemos esperar muito mais dos alunos com portadores de deficiências como o autismo. É necessário ter claro em mente que para a conquistar uma inclusão de qualidade, o sistema educacional presisa oassar por algumas reformulações educacionais desde o âmbito arquitetônico ao comportamental.
Algumas delas seriam: adaptações curriculares e metodológicas; adaptações tecnológicas; a racionalização da objetividade do ensino; e, principalmente investir numa formação de qualidade para os professores e mediadores.
1.1.1 Outras Instituições que desenvolvem trabalho com pessoas autistas
- AMA15 - Associação de Amigos Autista: É uma instituição beneficente e sem fins lucrativos fundada em 1983 por pais de crianças autistas, localizada na cidade de São Paulo. Atualmente é reconhecida como uma instituição de Utilidade Pública Municipal (Decreto n° 23.103/86), Estadual (Decreto n° 26189/86) e Federal (D.O.U/91).
A missão da AMA é:
Proporcionar à pessoa com autismo uma vida digna: trabalho, saúde, lazer e integração à sociedade. Oferecer à família da pessoa com autismo instrumentos para a convivência no lar e em sociedade. Promover e incentivar pesquisas sobre o autismo, difundindo o conhecimento acumulado (AMA).
LIRA (2004) retrata essa instituição como a primeira a fornecer atendimento especializado a crianças autistas, e que hoje ela representa um “grande pólo gerador de pesquisas e informações na área de autismo” (LIRA, 2004).
- FADA - Fundação de Apoio e Desenvolvimento do Autista: É uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos fundada em 1988 também por pais de crianças autistas, localizada no estado de São Paulo. Atualmente é reconhecida como Instituição de Utilidade Pública Municipal (Decreto nº 1.936/93) e Federal (Processo n.º 0800. 19.298/00).
A principal meta da FADA é:
estimular crianças, jovens e adultos autistas no desenvolvimento de suas habilidades físicas e emocionais, além de incentivar sua socialização e potencial cognitivo, buscando promover o crescimento do ser humano como um todo (FADA).
E sua missão é:
Atender com excelência pessoas com Síndrome do Autismo, educar seus familiares e também profissionais da esfera pública e privada, visando transmitir para sociedade conhecimento para compreender e interagir adequadamente com portadores do utismo (FADA).
- ABRA - Associação Brasileira de Autismo: É uma entidade civil sem fins lucrativos, fundada em 1988 e com sede em Brasília, DF.
Em seu Estatuto, no artigo 2° é fornecido a função da ABRA:
A ABRA, destinada a congregar Associação de Pais e Amigos de Autistas, existentes no País, ou que venham a existir, tem por finalidade a integração, coordenação e representação, a nível nacional e internacional, das entidades filiadas voltadas para a assistência do autista. (ESTATUTO, ABRA, 2004).
AUMA - Associação dos Amigos da Criança Autista: É uma entidade assistencial, sem fins lucrativos fundada em 1990, localizada na cidade de São Paulo e que tem “como objetivo maior criar programas educacionais de adaptação social de crianças autistas” (AUMA). 
Algumas das principais atividades da AUMA são: atendimento, orientação e treinamento a pais, familiares, profissionais e estudantes. 
- APAE - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais: É uma associação civil, filantrópica, de caráter assistencial, educacional, cultural, de saúde, de estudo e pesquisa, desportivo e outros, sem fins lucrativos, de abrangência nacional, fundada em 1968, por um grupo de pais de crianças portadoras de deficiência, com a finalidade de dar tratamento de habilitação e reabilitação aos seus filhos (APAE).
Todas estas instiutições trabalham com crianças autistas e oferecem apoio para o autista e seus familiares e são extremamente importantes na socialização e inclusão desses sujeitos na sociedade.
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2 O AUTISTA E SUA INCLUSÃO NA SOCIEDADE
A inclusão social é um tema tem causado muitos debates na sociedade. Fala-se, escreve-se e discute-se muito sobre o assunto, porém na prática, que se vê são muitos obstáculos a serem transpassados. A inclusão se faz necessária porque em nossa sociedade elas se manifestam através de diversos preconceitos e paradigmas incorretos. Outra maneira de mostrar essas inclusões são as políticas públicas incapazes e ineficazes. Tais políticas se mostram através de leis que, geralmente, são cheias de lindas e favoráveis intenções, porém não definem sua efetivação e muito menos não garantem sua aplicação. Nesse sentido, há uma imensa separação entre teoria e prática. Na realidade, não tem como falar de inclusão, sem se falar daqueles considerados excluídos (CASTAÑON, 2009).
A defesa de uma sociedade mais justa e sem discriminação, tem sido cada vez mais buscada, centralizada em discursos feitos pelos dirigentes e chefes dos mais diversos segmentos da sociedade. Porém, nem todos da sociedade estão preparados para lidar com pessoas consideradas fora do padrão da normalidade, o que acaba configurando dificuldades para assimilar o conceito de sociedade inclusiva (CASTAÑON, 2009).
A constituição de uma teoria sobre a justiça social no mundo, refletindo-se no Brasil, também tem sido motivo de debates e reflexões, com grande destaque na qualidade de vida, objetivando um futuro melhor para esta sociedade, historicamente elaborada com base na dominação de pequenos grupos e nas desigualdades demonstradas. Desde tempos antigos até os dias de as sociedades sempre tiveram dificuldades em confrontar com as diversidades entre os indivíduos, em especial aos portadores de algum tipo de deficiência, independente das culturas, raças ou etnias, classes sociais e econômicas. A discriminação ocorre no mundo todo, não apenas no Brasil (MEC – SEESP, 2005).
Segundo CARVALHO (2008), avançando pela evolução histórica, encontramos a fase de extermínio os portadores de deficiências não tinham direito sequer à vida e eram banidos da sociedade através de castigos inconcebíveis e até mesmo punidos com a morte.  
Com o surgimento do Cristianismo, os indivíduos deficientes foram reconhecidos como portadores de alma, passando, então, a condição de filhos de Deus. O caráter cristão deu a sociedade, valores éticos, com a imposição do dever de amar ao seu próximo. Sob a ótica cristã, os sujeitos considerados deficientes, de alguma forma são amparados ou apoiados por instituições religiosas, vistos como doentes, incapazes ou até mesmo inválidos. Essa é a chamada fase do assistencialismo (CARVALHO, 2008).
Segundo AQUINO (2002), o século XX, então, acabou trazendo para o mundo diversos tipos de crenças, preconceitos, mitos, mas ainda enxergando o indivíduo deficiente como sendo um peso para a sociedade, mesmo com todo o progresso alcançado.
Posturas discriminatórias persistem até hoje e ainda são observadas como motivo de piedade, como algo não produtivo, não consumida, não cidadãos. Contudo, alguns avanços significativos foram registrados ao longo do século XX. Hoje, no começo do século XXI, surge a fase da conquista do direito de ser diferente, de viver e conviver em comunidade. Essa etapa pode ser chamada de etapa da conquista da cidadania (AQUINO, 2002).
 A partir das Sociedades Pestalozzi, noinício da década de 30, aparece no Brasil o movimento das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionares (APAES), na cidade do Rio de Janeiro. A consequência desses movimentos foi o surgimento de outras instituições especializadas no atendimento ao portador de vários tipos de deficiência mental, autônomas e de caráter filantrópico. As APAES tornaram-se a maior prestadora de serviço na educação e habilitação das pessoas portadoras de deficiência mental em todo o país. Essa Associação encorajou e proporcionou conquistas legais, que garante os direitos de cidadania das pessoas portadoras de deficiência (AQUINO, 2002). 
Lamentavelmente, atualmente as APAES sofrem com o descaso do governo brasileiro e vem passando por grandes dificuldades para continuar de pé. A educação dos portadores de deficiência foi desenvolvida em dois diferentes sentidos, como instituições privadas e programa da rede pública de ensino. As escolas especiais, que são um marco histórico do atendimento educacional aos portadores de deficiência, cresceram espantosamente e são mantidas atualmente pelo movimento das – APAES. Foram as APAES que introduziram e divulgaram e inseriram as metodologias específicas tanto no campo da reabilitação, como no campo da educação escolar.
Essas escolas foram desenvolvidas dentro dos valores de caridade, merecimento, protecionismo e assistencialismo.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB (1996), foi muito importante também para os portadores de necessidades educativas especiais, pois inclui este aluno na rede regular de ensino. Essa legislação preconiza a inclusão educativa, ordenando que a maioria das crianças venha a ser atendida na escola regular e só em casos especiais alguma delas devem permanecer e prosseguir a escolarização em escolas ou classes especiais (LDB, 1996).
Entrando mais especificamente na inclusão do autista na sociedade, começamos por explicar a característica básica do autismo: o isolamento. A criança autista prefere a solidão à companhia da mãe ou de outro membro da família. A criança autista não gosta de colo, não olha para as pessoas frequentemente, tem atraso na fala até os dois anos de idade. (ORTEGA, 2009).
2.1 Algumas Curiosidades sobre o Autismo
Hoje em dia, onde o assunto "Autismo" vem sendo bem badalado. Talvez porque, é comum escutar que mentes brilhantes da humanidade são apontadas como portadores de autismo. A lista é bem extensa e inclui ninguém menos que os físicos Isaac Newton e Albert Einstein, o pintor holandês Vincent Van Gogh e o gênio da Microsoft, Bill Gates. Seriam esses gênios portadores de autismo? (CARREIRO, 2016).
E ainda tem o caso mais famos nos últimos tempos, divulgado pela imprensa, que envolve o argentio Messi, considerado hoje o maior jogador de futebol do mundo. Colecionando prêmios anuais de melhor jogador do mundo, Lionel Messi é con​siderado “gênio da bola”, e, recentemente foi manchete dos jornais que o apntavam como autista. Na verdade, o caso não foi levado muito adiante, porém parece ter havido um um parecer médico que constatou que o jogador Messi, foi de que ele seria no mínimo portador da Síndrome de Asperger, transtorno conhecido como uma forma leve de autismo. Dessa forma, passou-se a ligar a Síndrome de Asperger, ou seja, o autismo, a uma fábrica de gênios. No entanto, não devemos generalizar. 
No caso do argentino Lionel Messi, seu diagnóstico de autismo teria sido constatado aos 8 anos de idade, ainda criança. Mas atualmente, o ideal é que este diagnóstico seja feito muito antes ainda dos 8 anos de idade. Segundo a psiquiatria infantil a tendência mundial é que o diagnóstico seja realizado antes dos 2 anos e meio de idade, pois quanto mais cedo o diagnóstico for realizado, mais benefícios essa criança terá (CARREIRO, 2016).
O fato é que Messi, após a divulgação da notícia de um suposto autismo, teve ainda mais seu comportamento dentro e fora de campo analisado por diversas pessoas do mundo todo. É certo que é característica dos autistas sempre procurar adotar um padrão e repeti-lo incessantemente. Dessa forma, de acordo com algumas análises em relação ao jogador Messi, foi concluído: ele realiza sempre os mesmos movimentos: se joga pela direita, mantém a bola quase colada no pé para driblar o adversário e não raramente está sempre fazendo gols de "cavadinhas", considerado pelos entendidos do futebol, gosl só atribuídos aos gênios da bola (CARREIRO, 2016).
Além disso, a facilidade que Messi tem de fazer gols é, segundo especialistas, atribuída à memória fora de série dos autistas. Ou seja, o argentino através da memória, teria condições de adivinhar como seus adversários iriam se locomover, principalmente os goleiros (CARREIRO, 2016).
Já fora de campo, a análise realizada é a seguinte: calado, Messi demonstra algumas dificuldades de socialização e comunicação, fatos constatados em entrevistas coletivas, e até mesmo em comerciais realizados por ele. O fato é que Messi tem o poder de transformar algo que para todos é grandioso e fenomenal em algo que para ele parece simples e comum (CARREIRO, 2016).
Na verdade, não se tem condições precisas para afirmar que todos os gênios, seja no futebol, nas artes, na Física ou em outras áreas, teriam características parecidas que nos levassem a crer que suas habilidades são originadas do Autismo. Essa já é discussão para outro âmbito (CARREIRO, 2016).
O autismo tem ocorrência maior mais em meninos do que em meninas, e pode afetar qualquer pessoa, independentemente de raça, classe social, educação ou estilo de vida. É observado como um distúrbio misterioso de origens desconhecidas. Apesar de não se saber a causa real do autismo, acredita-se que o autismo provocado por um tipo de disfunção cerebral. Estudos já mostraram que existe uma diferença entre a estrutura cerebral de crianças autistas e não-autistas. Os estudos para se descobri as verdadeiras causas do autismo vem sendo realizados constamentemente onde se tem uma maior preocupação com teorias relacionadas à genética, hereditariedade, ambientais. Existe, inclusive uma teoria nova e controversa que sugere que o autismo esteja ligado às vacinações infantis tendo em vista o número crescente de casos de autismo (RUGGLES, 2016).
De acordo com RUGGLES (2016), alguns mitos ligados ao autismo:
1. Crianças autistas não fazem contato visual. Fazem sim, não tanto como as cirnaças com padrões normais ou quanto os pais gostariam que fizessem, mas existe sim o contato visual.
2. Crianças autistas não sorriem. Já é comprovado que muitas crianças autistas sorriem.
3. Crianças autistas não demonstram sentimentos de afetividade ou emoção. Não é verdade. Muitas mostram uma variedade de emoções a outros e ao ambiente, sejam emoções negativas ou positivas.
4. Crianças autistas não se comunicamApresentam dificuldades de comunicação sim, mas se comunicam em diferentes níveis. Algumas se expressam muito bem através da fala, outras através de desenhos ou sinais.�
3 O AUTISMO E SUA RELAÇÃO COM A FAMÍLIA	
Toda família, ao saber da chegada de um bebê, começa a se preparar desde o início para a chegada dele. Espera-se sempre que este bebê chegue com muita saúde e ninguém pensa em distúrbios de qualquer natureza. Aos poucos o bebê e seus pais vão se comunicando, e logo no começo  os pais percebem os tipos de choros, as alterações de na voz, presença ou ausência de lágrimas. Logo depois vem os sorrisos, os olhares e gestos que vão ajudando a família a compreender o seu bebê (MINUCHIN; CUNHA, 2002).
Os indivíduos autistas tem dificuldades de interagir com as pessoas. A família, de alguma forma se sente responsável pelo que acontece com eles. As dificuldades de se realizar a inclusão escolar de crianças autistas são inúmeras. No início, para a família conviver com um autista, significa enfrentar uma realidade desconhecida, se deparando com seus próprios preconceitos que causam receios e temores. Cabe à família, então, ir à cata de informações sobre a síndrome, pois são estas informações que permitirão à famíliacriar instrumentos e mecanismos que irão contribuir de fato para um melhor contato com o autismo (NUNES, 2012).
Por isso pode-se afirmar com objetividade que a inclusão social do autista começa em casa, através da família. Somente sendo acolhido e aceito pela família, o autista conseguirá integrar-se na sociedade como um todo. Todo autista merece ser acolhido pela família que precisa se fortalecer, se auto intruir para ter condições reais defender os direitos humanos do seu autista, permitindo a ele seu desenvolvimento completo bem como sua inclusão nas sociedade (MINUCHIN; CUNHA, 2002).
De acordo com BUSCAGLIA (2009), os direitos dos autistas são assegurados. O autista não perde seus direitos pelo fato de ser autista. Os autistas possuem os mesmos direitos das demais pessoas e tem que ser tratados com dignidade e respeito.
Nas famílias que existem crianças autistas nem sempre ocorre o que os pais esperam ou que sonhavam acontecer. Alguns pais percebem seus bebês quietos demais ou muito agitados e nem sempre conseguem compreender seu filho. As mães percebem mais ainda, talvez por estarem mais tempo com o bebê que logo ele apresenta alguns sinais como, por exemplo: não sorrir socialmente, não gostar de colo, fundamentalmente, uma dificuldade em fixar co contato olho no olho (MELLO, 2007).
Geralmente quando o bebê apresenta alguma deficiência, a tendência é que mãe ache que é a única pessoa capaz de cuidar e compreender seu filho autista. Por isso, muitas mães param até mesmo de trabalhar para somente cuidar de seus bebês.
Muitas vezes percebe-se um grude excessivo entre mãe e bebê, parecendo que o resto da família fica de lado. Sendo assim estas famílias acabam por viver em um sistema mais duro e fechado, se afastando, inclusive do restante da família de origem, como: avós, tios e primos, pois estes olham a criança autista como algo incompreensível e acabam se afastando dela por não saberem se relacionar (ASSUMPÇÃO, 2000).
WING (1996) ressalta que, devido ao tratamento diferencial oferecido ao filho com autismo por um dos pais, pode acontecer uma determinada tensão que venha a atingir outros elementos da família e estes acabam pro se sentirem ressentidos e precisando de maiores atenção e cuidados.
NEBÓ & JAMBOR, Myrza (1999) em seu livro nos fala: “Contudo sua relação era de indiferença. Inconformada em ver-se dividida pela atenção excessiva a irmã, fingia não notar a presença de Marcela ao seu lado...”. Daí podemos notar a confusão que o autismo causa na família se não for bem administrado pelos familiares.
Na maioria das vezes, os pais observam que os outros filhos estão sendo meio esquecidos e, mesmo que tentem fazer de tudo para que isso não ocorra, acabam não conseguindo dividir o seu tempo adequadamente com os outros filhos, o que acaba trazendo para os pais um grande sentimento de culpa e remorso (MELLO, 2007).
Todos os pais passam por momentos difíceis em relação aos filhos, mas especialmente para os pais de crianças autistas estes momentos dolorosos são em quantidade bem maior, se é que é possível medir o tamanho da dor. Na realidade todo casal, ao planejar ter um filho, sonha com este perfeito, com saúde abundante e total independência.  Neste momento os pais necessitam de fazer uma reavaliação de seus planos e expectativas, refletindo o futuro de seu filho e consequentemente o da família. Quando um familiar apresenta uma doença, é natural que aconteça desgaste entre todos os membros da família (BUSCAGLIA, 2009).
O autismo expõe a família a muitas emoções. A perda de uma criança saudável é quase a morte para a família. Algumas pesquisas indicam que a fase mais crítica para os pais de autistas é a adolescência e a transição para fase adulta. Ao chegar na vida adulta, o autista gera preocupações por parte dos pais, pois estes começam a ter ainda mais medos e angústias em relação ao futuro do filho. E este medo só tende a crescer à medida que os pais vão envelhecendo junto com o filho autista.
De acordo com NEBÓ & JAMBOR (1999):
Ter um filho diferente requer mudanças radicais sobre a visão de mundo. Nos vemos obrigados a reavaliar os valores. Ao encontrarmos uma realidade tão amarga, batemos de frente com o medo do desconhecido. Idealizamos um filho perfeito, e nisto não há mal algum... 
Com o diagnóstico admitido, a família começa a viver um inferno astral, com momentos angustiantes e de desespero. Algumas, inclusive, ainda passam por um período de negação da doença, evitando enxergar a realidade e procurando a ocorrência de milagres. Até recuperar o equilíbrio de volta, existe o período de isolamento. Depois que o desequilíbrio passa, vem a etapa de aceitação, quando há uma maior tranquilidade. O processo de tratamento traz uma compreensão mais abrangente da situação e acaba ajudando na busca de novos caminhos construtivos para a família (BUSCAGLIA, 2009).
De acordo com RIBEIRO (2011), as famílias costumam encarar o autismo de duas maneiras: como castigo ou como desafio. Se for como castigo, a depressão será sua companheira principal. Se aceitar como desafio a motivação por busca de soluções será seu ingrediente para prosseguir. Observa-se, assim, que o trabalho com as famílias, no sentido de organizarem seus sentimentos em relação à criança autista, pode ajudar muito para a adaptação dessa criança ao meio social ao qual se projeta. Geralmente, nos tipos de autismo mais severos, a família subestima as atividades cotidianas. A família quer dar banho na criança, alimentá-la, entre outras atividades. Não percebe que ela pode fazer isso sozinha e que praticando essas pequenas atividades cotidianas, só a ajuda.
A criança autista tem suas limitações e isso, para a família, é considerado uma perda. A estabilidade familiar acaba sendo ameaçada por tantas incertezas e despreparo familiar. A dificuldade de um diagnóstico coeso acaba gerando uma imensa ansiedade familiar, no entanto, com o tratamento acontece também um investimento familiar (RIBEIRO, 2011).
Algumas mães relatam que já percebiam que algo estranho estava acontecendo com seu filho, porém estas percepções acabam gerando dúvidas por todos os lados, seja pelas pessoas ao redor ou até mesmo pelos médicos. A incerteza, a dúvida, todo o sofrimento vivido pela família acaba prejudicando a autoestima e a autoconfiança tão buscada. É fundamental que a família aprenda a conviver com seu filho autista e suas limitações. O medo é sem dúvida, uma reação comum, e com ele, seguem-se as dúvidas referentes à criança (RIBEIRO, 2011).
SCHIMIDT; BOSA (2003) afirmam também que outras mães perdem a confiança e ficam frágeis, pois a dor de ter um filho autista, no início é muito grande. Somente o tempo para fazê-las compreender a dimensão do problema e passar a aceitar o filho como um ser que pode viver dentro da sociedade, mas que precisa de um apoio constante da família, além de muito amor.
No Brasil os serviços especializados são bem escassos, havendo limitações de idade, as possibilidades de trabalho são pouquíssimas, e muitas vezes, jovens autistas não conseguem um tratamento eficaz e acabam ficando em casa, o que realmente atrasa o seu desenvolvimento. Porém, com a aceitação dos pais, o primeiro grande passo é dado. Depois, com um diagnóstico e assistência adequados, os pais conseguem buscar forças para prosseguir (BUNN, 2006).
O atendimento psicológico especializado é essencial e deve, obrigatoriamente, envolver não somente a criança autista, como também a sua família. O tratamento psicológico irá contribuir muito para o resgate da autoestima e a confiança da família, além de ajudar criança com autismo a ir se desenvolvendo e encontrando meios para se tornar cada vez mais independente e autônoma (ORTEGA, 2009).
WILLIAMS (2008), afirma que as dificuldades de comunicação entre a família e a criança autista, aos poucos vão transformando em formas de conhecimento, pois com a convivência contínua e constante, eles acabam encontrando meios de comunicação entre si e vão se descobrindo reciprocamente. Um fatorfundamental que devemos ressaltar é que a família deve estar sempre atenta ao desenvolvimento do autista, prestar bastante atenção em novos olhares e gestos que porventura venham a aparecer, pois às vezes a rotina faz com que se deixe de perceber estes detalhes tão importantes que facilita a comunicação e a convivência.
A cura para o autismo ainda é um assunto bastante complexo. Na verdade, ainda não se tem a cura. O que se tem é um tratamento capaz de tornar a pessoa autista o mais perto da realidade e fazê-la aprender a conviver cada vez melhor na sociedade. O papel da família é fundamental, pois o autista requer muita atenção, e, evidentemente, muito amor. Com amor, dedicação e carinho, as famílias conseguem diminuir o estresse e a angústia, pois acabam encontrando meios de relacionamentos satisfatórios, tendo capacidade de usufruir de momentos de lazer e de uma agradável convivência. Toda família precisará aprender a lidar com seu filho autista. Cabe aos profissionais da saúde, assistentes sociais, psicólogos, ajudar nesta relação oferecendo o suporte necessário para que haja a maior harmonia possível entre a família e o autista, evitando danos em seus relacionamentos com os demais familiares e com a própria sociedade (WILLIAMS, 2008).
De acordo com o Guia Prático de Autismo da AMA - Associação Amigos do Autista (2007), podemos citar algumas dicas:
- É importante que a família se conscientize da seriedade do problema a enfrentar e tire todas as dúvidas referentes ao diagnóstico do seu filho, sem medo ou vergonha;
- A família, principalmente os pais, devem permitir-se sofrer, pois sabe-se que este é um momento doloroso. Sabe-se também, como já foi dito antes que todos desejam ter um filho "normal", sem problema algum de saúde, porém é importante seguir em frente e entender o tempo é o remédio para tudo e a família vai acabar criando novos sonhos e novos objetivos surgirão. Mas é importante viver sua dor, sem medo e sem vergonha;
- Aprender a administrar seu tempo. aos poucos a família terá que se reorganizar para que possa investir no seu filho;
- Procurar analisar a eficiência do tratamento. Para isso, você deve descobrir quais os objetivos do momento o seu filho;
- Evitar curas milagrosas. É importante atendimento especializado, com profissionais competentes, atualizados e informados sobre o assunto. O autismo é um problema sério e deve ser tratado com seriedade.
Como podemos observar, ultimamente, no Brasil, o autismo vem sendo um assunto de maior importância por meio de diversas mobilizações realizadas por ativistas, os próprios autistas autistas, seus familiares através da mídia e redes sociais, em suas comunidades. Como consequência, o autismo vem sendo também mais visível na Legislação e nas Políticas Públicas de Saúde, Educação, Assistência Social, Direitos Humanos, dentre outras (RIBEIRO, 2011).
Exemplo disso foi a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD)  confirmada em 2008, no Brasil. Já em 2012, os autistas foram reconhecidos legalmente como pessoas deficientes devido à sanção da Lei 12.764/2012 – a Lei dos Autistas, que garantia aos autistas várias vantagens como a qualificação e o acesso aos serviços públicos de saúde do SUS, à Educação e à Proteção Social, assim como a proteção contra toda forma de discriminação e preconceito (RIBEIRO, 2011).
O função principal da família  para o desenvolvimento dos autistas é reconhecido pela própria Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência - CDPD. Esse papel é parte decisiva no confronto direto com os obstáculos impostos pela sociedade (CPPD, 2007).
Apesar disso tudo, é comum que falte apoio e orientação a família. É também comum que as famílias incorporem concepções e preconceitos errôneos em relação ao autismo dentro do meio social que o rodeia, o que pode acabar por reforçando rótulos e estimulando barreiras que caminhem para a exclusão. 
Para que as famílias, então, possam desempenhar a função de defender seus autistas de forma inclusiva e garantir os direitos de seus autistas, vemos então que apoio e orientação aos familiares é fundamental. 
Quando as famílias são conscientes do papel que vão exercer frente à situação em que se encontram, certamente apoiam a inclusão e aprovam as pessoas com autismo em todos os segmentos da vida para que com isso possam participar cada vez mais dentro da sociedade.
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4 A RELAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL COM O AUTISTA
Para AQUINO (2002), o Assistente Social tem atuação importantíssima em relação ao indivíduo autista:
O Serviço Social tem sua atuação voltada para as necessidades emergentes do ser humano, buscando uma análise crítica da realidade e a elaboração de propostas de alternativas de atendimento a essas necessidades. Nesse sentido, trata-se de um campo profissional que pode contribuir significativamente na melhoria das condições de vida dessa parcela da população.
A atuação dos assistentes sociais em relação ao autismo se consolida através da elaboração e implementação de programas de intervenção, visando contribuir para a socialização dos direitos dos autistas assim como auxiliar a família dos autista em relação ao máximo de recursos possíveis, pois:
A família configura-se como o espaço primordial e privilegiado para a socialização do ser humano, além de permanecer como instância fundamental na busca de estratégias de sobrevivência, desenvolvimento e proteção integral de seus membros, apesar de vir sendo alvo de uma série de discussões e avaliações acerca de seu possível enfraquecimento e desagregação (AQUINO, 2002). 
O assistente social está expandindo cada vez mais sua área de trabalho e está tendo uma função relevante dentro das principais transformações da sociedade. Segundo, a autora IAMAMOTO (2008):
A radicalização liberal em tempos de mundialização do capital reafirma o mercado como órgão regulador supremo das relações sociais e a prevalência do indivíduo produtor, impulsionando a competição e o individualismo e desarticulando formas de luta e negociação coletiva.
De acordo com IAMAMOTO (2008), é dever do Assistente Social entender as transformações constantes da sociedade e buscar soluções comunitárias e estratégias que intuito de criar um novo modelo societário, mais paarticipativo, tendo a liberdade como valor ético central, em busca da consolidação da cidadania, da igualdade e justiça social.
Nos diferentes espaços ocupacionais do assistente social, é de suma importância impulsionar pesquisas e projetos que favoreçam o conhecimento do modo de vida e de trabalho – e correspondentes expressões culturais – dos segmentos populacionais atendidos, criando um acervo de dados sobre os sujeitos e as expressões da questão social que as vivenciam. O conhecimento criterioso dos processos sociais e de sua vivência pelos indivíduos sociais poderá alimentar ações inovadoras, capazes de propiciar o atendimento às efetivas necessidades sociais dos segmentos subalternizados, alvos das ações institucionais. (IAMAMOTO, 2008).
O Serviço de Assistência Social poderá trabalhar com o autista, tanto na Educação Especial, como na Assistência através do Benefício de Prestação Continuada ou até mesmo em escolas regulares. É imprescindível que o Assistente Social procure compreender a questão social relacionada aos indivíduos autistas para que a sua intervenção profissional seja de fato qualificada e eficaz (IAMAMOTO, 2008). 
De acordo com AQUINO (2002), programas que tem como objetivo oferecer apoio social às famílias que possuem pessoas com algum tipo de deficiência vem obtendo sucesso e bons resultados relacionados ao bem estar pessoal, atitudes positivas por parte dos familiares e melhoria no desenvolvimento e comportamento do indivíduo portador da deficiência. Com as pessoas autistas não é diferente. A Assistência Social é imprescindível nessa abordagem ao oferecer apoio emocional e psicológico, como também assistência física, disponibilizando recursos variados e informações necessárias relacionadas ao assunto.Segundo AQUINO (2002) existe maneiras diversas de intervenção relacionadas aos autistas e seus familiares.
A primeira intervenção seria aquela fundamentada no modelo médico, bastante usada pela psicologia nos anos 70, segundo AIELLO e WILLIANS (2001), no qual “as alterações comportamentais desejadas são instituídas, no contexto clínico, a partir da interação de duas pessoas apenas: o cliente e o terapeuta” 
A segunda intervenção seria a intervenção terapêutica, cujo o segmento de atuação dos assistentes junto às famílias dos autistas é principalmente apoio, objetivando amenizar ou transformar sentimentos como culpa e rejeição, além de procurar auxiliá-los a reestruturar-se no âmbito psicológico e emocional quanto no desempenho de seus papéis sociais.
Entre as diversas questões tratadas no decorrer do acompanhamento, busca-se reduzir os sentimentos como a culpa e a responsabilidade, que podem ocasionar apatia no que diz respeito à participação efetiva dos pais na aprendizagem da criança portadora de autismo e que devem ser revertidos. Essa reversão pode ser alcançada por meio da valorização tanto do papel de pais, quanto das suas ações, quando voltadas para o desenvolvimento de seus filhos e o envolvimento de toda a família, em atividades de seu grupo social (AQUINO, 2002).
Ainda de acordo com AQUINO (2002), o terceiro modelo de intervenção direcionado ao atendimento dos familiares procura envolver a família no tratamento, fazendo-os buscar de recursos próprios, com o intuito de atender as suas necessidades. Fatores como da dinâmica familiar, fatores comportamentais e emocionais das famílias são analisados o tempo todo. 
AQUINO (2002) cita ainda uma última intervenção que seria a proposta de um treinamento de familiares, na figura dos pais, como agentes de transformação do comportamento de seus filhos, colocando os pais, na verdade, como uma espécie de co-terapeutas no tratamento.
Esta proposta se baseia no modelo triádico, onde existe a participação de um mediador, que atua diretamente com o cliente, sob orientação do profissional. Ele se contrapõe ao modelo diádico ou clínico (interação entre profissional e cliente apenas). O pressuposto básico sobre o autismo, nesse caso, é o de que a superação desse problema envolve necessariamente a aprendizagem ou a reaprendizagem de condutas mais adaptativas. O papel educativo dos pais é fundamental para isso, uma vez que o objetivo maior deste tipo de programa consiste em que os pais modifiquem sua própria conduta e a de seus filhos, em todos os ambientes de suas vidas (AQUINO, 2002).
Segundo AQUINO (2002), a proposta acima reverencia ética epreventivamente, uma divisão de responsabilidades pela educação e desenvolvimento do deficiente, que engloba familiares e profissionais. 
AQUINO (2002) alerta ainda para o fato de que a proposta de apresentar os pais de deficiente, especificamente os autistas, como participantes ativos na educação de seus filhos, significa assumir a existência de uma relação entre seus atos e os da criança autista e que seu comportamento correto pode significar mudanças e melhorias de comportamento, bem como maiores perspectivas na busca de seus direito e na busca da inclusão social.
De acordo com a Lei 8662, de 07 de junho de 1993, são competências do Assistente Social, entre outras: “XI - realizar estudos sócio econômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades.”
É imprescindível que o Assitente Social conheça a realidade que irá trabalhar. No caso de trabalhar com autistas, compreender o significado do autismo em sua plenitude, sua etiologia, suas causa e consequências, incidências, problematizações. Ou seja, conhecer o seu objeto de estudo, para que se consiga se situar e fornecer um atendimento adequado, compromissado e honesto (COUTO, 2008).
Um dos grandes desafios hoje colocados aos assistentes sociais consiste em formular projetos que materializarão o trabalho a ser desenvolvido. Cada vez mais, é imperativo ao assistente social identificar aquilo que requer a intervenção profissional, bem como reconhecer de que forma essa intervenção irá responder às necessidades sociais que, transformadas em demandas, serão privilegiadas nos processos de trabalho nos quais a profissão é requerida (COUTO, 2008).
A pessoa deficiente, seja qual for o tipo de deficiência, incluindo os autistas, enfrenta uma diversidade de obstáculos e barreiras sociais. Por isso, os Assistentes sociais que atendem esse público necessitam de estar preparados e equipados de alternativas diversas para confrontar com cada singularidade destes sujeitos, objetivando à autonomia dos mesmos. O assistente social atuará no sentido de buscar a efetivação dos direitos de seus pacientes, principalmente a autonomia e a independência.
De acordo com a Lei 8662, de 07 de junho de 1993, podemos citar como importantes competências do Assistente Social: [...] 
V - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus direitos; 
VI - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais.
Segundo SASSAKI (2011): 
O grau de autonomia resulta da relação entre o nível de prontidão físico-social da pessoa com deficiência e a realidade de um determinado ambiente físico-social. Por exemplo, uma pessoa com deficiência pode ser autônoma para descer de um ônibus, atravessar uma avenida e circular dentro de um edifício para cuidar de seus negócios, sem ajuda de ninguém nesse trajeto. Uma outra pessoa com deficiência pode não ser autônomo e, por isso, necessitar uma ajuda para transpor algum obstáculo do ambiente físico. Tanto a prontidão físico-social como o ambiente físico-social podem ser modificados e desenvolvidos.
Deve-se levar em conta a garantia dos direitos do autista significa a ampliação das possibilidades de autonomia e independência, objetivando o aumento da liberdade do indivíduo. Vale destacar a questão do acesso aos direitos, serviços, que visem a melhoria da qualidade de vida e não apenas de uma simples inclusão. A palavra inclusão nos leva a pensar que a pessoa é simplesmente excluída da sociedade devido a motivos diversos como classe social, origem geográfica, idade, raça, ou deficiência (no caso do nosso objeto de estudo - uma pessoa com autismo).
Sendo assim, é possível perceber a importância de um atendimento especializado como o trabalho do Assistente Social em casos de indivíduos deficientes, especificamente os autistas, antes, inclusive, de colocá-lo na escola regular, para que ele consiga desenvolver a consciência de si próprio. Além de acompanhamento médico, é aconselhável que a familia busque outras formas de intervenção. A trabalho do Assitente Social está incluido nestas formas. O Assistente Social age em busca da conquista de algum benefício, direito ou assistência material que permita ao seu paciente um atendimento mais adequado e um e uma vida social.�
5 A INCLUSÃO DO AUTISTA NA ESCOLA
A Educação tem um papel de relevante importância no desenvolvimento de qualquer criança (FELÍCIO, 2007). 
É importante ressaltar que, para se educar um autista é necessário promover sua integração social e, neste aspecto, a escola é, com certeza, o primeiro passo para a ocorrência desta integração. É a escola que terá como missão o desenvolvimento intelectual e afetivo das crianças autistas através de uma interação entre os ambientes que ela faz atua, fazendo-as conhecer a realidade existente na sociedade e proporcionando um saber da humanidade e das relações que a cercam (COOL, 1995)..
A atividade educacional tem como finalidades gerais proporcionalizar o desenvolvimento de habilidades e competências; garantir um equilíbrio pessoal; estabelecer relações significativas e até mesmo proporcionar um bem estar emocional. Esses objetivos são direcionados para a educação de todas ascrianças, sejam elas "normais" ou autistas (COOL,1995).
Para educar um autista é preciso promover sua integração social e, neste ponto, a escola é, sem dúvidas, o primeiro passo para que aconteça esta integração, sendo possível por meio dela a aquisição de conceitos importantes para o curso da vida (FELÍCIO, 2007). 
Ultimamente o papel da escola na exclusão dos diferentes no Brasil tem sido alvo de muitas discussões, o que tem gerado propostas de importantes reformas nas instituições educacionais. “A educação regular é, atualmente, uma máquina de excluir os diferentes” (KUPFER, 2013).
Segundo a CONSTITUIÇÃO FEDERAL (1988), capítulo II, seção I, art. 205, “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade...” Além disso, o artigo 208, inciso III reassegura o “(...) atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”.
A inclusão social surgiu como oposição à prática da exclusão, em seu sentido total, os “diferentes” eram considerados incapazes, levando assim uma vida sem grandes perspectivas. Ainda hoje, na educação existem muitas discussões referentes à inclusão das pessoas com deficiência na escola regular, pois implica numa mudança de paradigmas, causando alterações na prática educativa e desacomodando toda a comunidade escolar.
O sistema educacional brasileiro vem passando por variadas mudanças no que se refere aos alunos portadores de necessidades educativas especiais. A palavra integração cedeu espaço inclusão, pois esta parece ter um sentido mais abrangente, já que inclui de total e incondicionalmente todas as crianças independente de suas competências (COCULICCHIO, 2012).
Ainda segundo COCULICCHIO (2012), a Declaração Mundial sobre educação para todos trás como principio fundamental da inclusão escolar que todas as escolas devem reconhecer as dificuldades de seus alunos para lhes proporcionar uma educação de qualidade, tendo como plano de fundo a utilização das estratégias pedagógicas adequadas aos alunos.
Diante do exposto, a inclusão escolar terá que abranger o aluno em sua totalidade, e para isso precisa dominar o assunto, referente aos autistas, que é conceituada uma síndrome comportamental, com etiologia multifatorial que apresenta inúmeras dificuldades no desenvolvimento integral infantil (BAPTISTA, 2002).
Vale salientar que segundo a Associação Brasileira de Autismo apenas no Brasil afirma que há por volta de 600 mil portadores de autismo, sendo quatro vezes mais meninos do que meninas e independente da classe social, raça ou cultura, uma importante informação para contribuir na luta contra o preconceito (BOSA E CALLIAS, 2000).
Sendo assim, uma das formas de ajudar para o controle desses preconceitos é propiciar para a criança autista oportunidades de conviver com crianças da mesma idade, consideradas normais, em escolas regulares, ambientes favoráveis, favorecendo a sua interação social (BOSA E CALLIAS, 2000).
As características do sujeito autista acabam dificultando sobremaneira sua inclusão no contexto escolar, uma vez que o autista dificuldade para seguir normas e regras pré estabelecidas e manter a atenção concentrada. Como existe um dano da interação social da criança autista, ela se sente incomodada quando vê seu espaço sendo invadido, o que a faz ter uma postura de isolamento e também de irritação no ambiente escolar. Dessa forma, a postura de todos os envolvidos no contexto escolar (professores, diretores, funcionários, colegas de classe, entre outros) deve ser bem compreensiva e com cautela, respeitando o cotidiano e os hábitos e costumes do autista. O contato deve acontecer de maneira gradual e não pode nunca ser forçado (BOSA E CALLIAS, 2000).
Qualquer criança com dificuldade de aprendizagem, seja ela portadora de deficiência ou não, necessita se adaptar a escola, porém é necessário também que a escola se adapte a ela. Independente de deficiência ou não, sempre existirá diferenças individuais (CAMARGO, 2001)
Por isso, o ingresso da criança autista na escola vem a ser uma ferramenta fundamental de interação social, pois a partir da inclusão no ensino comum a criança autista é favorecida com o contato social, desenvolve sua parte cognitiva e comportamental. A família, como já vimos, agindo e participando juntamente com a escola fará com que a criança atusita apresentemelhores condições de sociabilidade. A partir daí, veremos que a inclusão foi positiva (BAPTISTA, 2002).
BAPTISTA (2002) descreve: “é básico que a programação pscopedagógica a ser traçado para estas crianças,esteja centrada em suas necessidades.”
No entanto, existem muitos fatores que podem ajudar para que uma inclusão não venha a ser bem sucedida, sendo mportante frisar a necessidade de uma reestruturação e adaptação da escola. Muitas vezes, a falta de de uma preparação adequada por parte dos professores, da gestão escolar, da equipe pedagógica, em fim, de todos os envolvidos no processo de inclusão, pode levar todo o trabalho a perder. Devido à falta de maiores informações referentes aos transtornos autistas, para poder entender as suas limitações e buscar as estratégias pedagógicas mais adequadas, muitas vezes a escola se perde dentro do seu prórpio caminho. Por isso é necessário que a escola conheça bem sobre o assunto e tenha todas as informações necessárias para realizar um bom trabalho de inclusão, pois ideias distorcidas podem pioraar ainda mais a situação do autista (BAPTISTA, 2002).
BAPTISTA (2002) afirma ainda que dessa forma o sistema educacional e social perecisa adaptar-se para receber a criança autista, e lhe oferecer um trabalho pedagógico inclusivo, fazer exposições, propor discussões, montar cartilhas que apresentem conhecimento referentes ao tema para que se possa auxiliar no sentido de dissolver os inúmeros equívocos existentes ao redor da educabilidade da criança com autismo.
LABOYER, 1995 afirma que :
Educar uma criança autista é uma experiência que leva o professor a rever e questionar suas idéias sobre desenvolvimento, educação normalidade e competência profissional. Torna-se um desafio descrever um impacto dos primeiros contatos entre este professor e estas crianças tão desconhecidas e na maioria das vezes imprevisíveis.
Ainda LABOYER (1995) afirma que a memória do autista é voltada para o visual, por isso se faz necessário que o educador através de suas técnicas, valorize este lado, realizando trabalhos, por exemplo, onde o autista observe cores, tamanhos, espessuras, animais, pessoas, etc. A partir do momento em que nossas dificuldades, passam a ser reconhecidas e descobertas abre-se um novo caminho onde o educador começa a aprender e compreender que ser portador de necessidades especiais como o autismo não impossibilita ninguém de viver por mais limites que tal indivíduo pareça ter.
Na verdade, a escolarização de crianças autistas é bastante recente na história da Educação Especial no Brasil. Foi somente a partir de 1994 que as crianças portadoras de distúrbios globais do desenvolvimento (categoria onde se enquadra o autismo) foram incluídas no programa de educação para todos. A Secretaria de Educação Especial, através da Política Nacional de Educação Especial, determinou que fossem criadas classes especiais para crianças portadoras de síndromes que atrasam o desenvolvimento e traz prejuízos no relacionamento social. A implantação dessas classes possibilitaria a integração social da criança dentro do contexto escolar, e utilizaria métodos de ensino especializados respeitando as diferenças individuais (CAPELLINI, 2001).
Embora exista uma legislação vigente que ampare os direitos dos portadores de deficiência, isto não garante que os direitos estejam sendo assegurados nas práticas cotidianas. Isso faz com que o processo de inclusão escolar se torne mais restrito, em especial para a criança autista, onde uma de suas maiores dificuldades é justamente a interação social (CAPELLINI, 2001).Hoje, a inclusão destas crianças pode acontecer também em turmas regulares, onde a criança conta com o apoio de professores que percorrem várias escolas e trabalham individualmente com elas, além de contarem com salas onde se realizam atividades voltadas para a dificuldade de cada uma. A inclusão escolar da criança autista no ensino regular vem sendo discutida no Brasil já há algum tempo, inclusive compõe a Constituição Federal, mas ainda sem muita efetividade. O tema da inclusão necessita de preparo específico dos professores e de reflexão sobre a relação estabelecida pela escola com o “diferente”. Incluir seria desfazer, romper o compromisso com um determinado padrão de alunos e dedicar-se a compreender as diversas categorias de alunos que chegam ao ambiente escolar. A questão é o problema atual das escolas de não saberem como incluir uma criança que tem uma série de características que não podem ser acolhidas, por manterem um modelo de ensino padrão para atender uma criança ideal (RODRIGUES, 2001).
De acordo com NUNES (2012), na proposta de educação inclusiva, é fator essencial possuir um sistema de apoio para lidar com as necessidades não apenas do aluno, mas também do professor e, para isso, é preciso que a escola promova um espaço para os professores possam discutir ações, promover leituras, sanar suas dúvidas e ajudar a construir novas atividades com seus alunos. O fato de compartilhar informações melhora o entrosamento entre escola e aluno, promovendo uma educação variada e inclusiva. Porém, sabe-se que este é um trabalho que necessita de tempo, pois é preciso a construção de novos valores e visões dentro da escola. Além disso, um dos recursos que também pode ajudar a complementar o processo de inclusão é a incorporação de um professor de apoio que atua como o grupo e constitui um recurso de auxílio para o professor regente, no sentido de participar do planejamento e avaliação das atividades. Vale ressaltar novamente que ter um bom conhecimento sobre o autismo ajuda a compreender a situação e a destacar as habilidades que a criança tem, a fim de promover um maior aprendizado e uma maior inclusão.
De acordo com PEREIRA (2000), no momento de escolher uma escola para seu filhos autista, algumas famílias enfrentam dificuldades, pois na verdade não conhecem que tipo de ensino esta escola poderá irá oferecer ao seu filho. Isso é reflexo não só dos mdeos que os familiares tem do sofrimento que a criança poderá vir a passar dentro deste novo contexto devido aas suas diferenças, mas também devido à falta de orientações precisas que devem ser, na verdade, oferecidas pelos profissionais que acompanham esta criança e sua família.
Para a escola, a dificuldade pode ser realizar todas as mudanças exigidas pela inclusão. Neste caso, existe a necessidade de transformações na identidade institucional que vai gerar mudanças também no perfil pedagógico dos professores fazendo com que se dê outro significado ao ser aluno, o aluno que foge aos padrões considerados de normalidade e passa a ser um ente especial dentro das suas limitações e muitas vezes das sas superações (RODRIGUES, 2011).
Hoje, todos os envolvidos no processo de inclusão do autista na sociedade necessitam ter um preparo específico e de qualidade para lidar com o assunto. Os pais precisam se conscientizar de que o fato de ter um filho com autismo que lhes traz certo grau de ansiedade e preocupação, não significa que tenham que ver apenas as deficiências do filho, esquecendo-se das habilidades e gostos que a criança tem, pois a partir daí é que será possível iniciar ao seu desenvolvimento em prol de enfatizar suas eficiências para que estas venham a suprir suas deficiências. É importantíssimo que a família,a escola e as demais pessoas envolvidas no processo de inclusão do autista tratem a criança com autismo da melhor maneira possível incentivando seu aprendizado e a interação com as outras pessoas. É, sem dúvida, um processo trabalhoso, porém que pode ajudar e muito no desenvolvimento da criança. Portanto, a inclusão não é um fato, mas um processo, com etapas que deve ser avaliadas com responsabilidade e segurança (NUNES, 2012).
A inclusão envolve um processo de reforma e de reestruturação das escolas como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos possam ter acesso a todas as gamas de oportunidades educacionais e sociais oferecidas pela escola (MITTLER, 2003).
MITTLER, 2003 afirma ainda que a escola inclusiva tem um papel relevante na educação de crianças autistas que podem alcançar o desenvolvimento de suas capacidades e habilidades de interação com as outras crianças da sala de aula. Isso depende do preparo e da elaboração de estratégias pedagógicas adotadas pela escola. Deve-se considerar a idade global, o desenvolvimento e o nível de comportamento da criança autista para recebê-lo e ensiná-lo da melhor maneira possível.
A escola que recebe alunos autistas deve contar com educadores capacitados e interessados em desenvolver estas crianças. O material pedagógico nem sempre faz juz às necessidades em sala de aula, mas os professores precisam demonstrar bastante empenho no quesito educação e é imprescindível que tenham certa sensibilidade ao lidar com o autista, pois durante as atividades na sala, os autistas podem não demonstrar qualquer interesse, porém, isso não significa que não o tenham, é nessa hora em que o professor usa de suas ferramentas para chamar a atenção da criança e introduzi-la na atividade proposta. Para isso, obviamente, o professor precisa entender o autismo, saber das suas dificuldades, pois somente assim, através de estratégias pedagógicas e educacionais, conseguirá auxiliar este aluno no seu desenvolvimento de aprendizagem, interação e inclusão (RODRIGUES, 2011).
Quando a escola se organiza no sentido de conseguir receber a criança, não apenas como uma obrigação, mas principalmente pelo amor ao indivíduo que tem maiores dificuldades em se desenvolver, quando a escola busca enquanto instituição se mobilizar para fornecer um atendimento especializado e suporte técnico para seus professores e equipe, e principalmente quando os professores se engajam na tarefa de descobrir estratégias e caminhos para desenvolver as potencialidades daquele indivíduo se propondo a esforços maiores, estes indivíduos, por mais dificuldades que apresentem, tem seu desenvolvimento e sua transformação interna. Uma transformação que pode parecer pequena aos olhos de pessoas de desenvolvimento regular, em um mundo acelerado e de grandes transformações em curto prazo, mas que para seres que diariamente convivem com uma luta constante consigo mesmo, para controlarem aspectos básicos da vida, é uma transformação interna grandiosa, que apoia sua autoestima e o torna pertencente ao mundo e reconhecidamente mais humano. Um programa de trabalho centrado nas necessidades individuais da criança autista, bem como uma rotina que possibilita momentos de interação social e de trabalhos individuais específicos, pode trazer esta segurança interior possibilitando seu desenvolvimento global (NUNES, 2012).
Não podemos afirmar com precisão o quanto a crainça autisra é capaz de aprender e assimilar conhecimentos. O importante é que os professores compreendam as diferenças individuais existentes entre quaisquer crianças, sejam elas deficientes ou não. Todas as crianças, aliás, todos os seres humanos tem suas próprias preferências e ritmos de aprendizagem, e tudo isto deve ser levado em consideração e ser respeitado no momento da organização de ações educativas. Estas necessitam estar acordadas às necessidades educacionais dos alunos, sem que os conteúdos educacionais sofram prejuízos (MANTOAN, 2001). 
A inclusão do autista na escola não deve ficar apenas sob a do professor, e sim deve ser um desafio de toda a escola e toda a rede de ensino. Os autistas possuem gestos e atitudes específicas e incluí-los dá trabalho. Os educadores tem a necessidade de compreender o autismo, entender como aquele aluno processa as informações de forma diferente,

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