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GEOGRAFIA II

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GEOGRAFIA II
* Território → Extensão de terra sem a presença humana. Ex.: Antártica.
 Base natural ou física que sobre ela, o Estado, exerce soberania, definida
 por suas fronteiras.
 → No Brasil, foi usado pra designar uma divisão político-administrativa que, 
 não sendo Estado, era administrado pela União ou Governo Federal.
* Espaço Geográfico → Surge após o território ser trabalhado, usado ou modificado pelas 
 sociedades humanas.
 → Possui além de uma dinâmica natural (ação de ventos, água), 
 uma dinâmica exercida pelas sociedades humanas.
OBS: São considerados espaços naturais, aqueles que não sofreram a intervenção humana. Hoje são quase inexistentes.
* Meio técnico científico e informacional → Atual período histórico que estamos vivendo. Milton Santos destaca o papel crescente da ciência, da tecnologia e informação para a construção do Estado e seu Espaço Geográfico.
 Primeira Natureza → Espaço natural inicial em que o ser humano se apropria e vai transformando-o em espaço secundário e assim por diante.
 → Hoje em dia com o desenvolvimento das cidades pode-se perceber a divisão das classes sociais dentro do espaço dessas cidades. Ex.: Diferença dos locais de pessoas ricas para pobres. Sendo assim pode-se ver a existência de uma cidade formal e de outra cidade 
informal. Esse fenômeno ocorre em todo mundo, principalmente em paises subdesenvolvidos.
 → A sociedade possui na maioria das vezes a segregação espacial – Trata-se de um processo social no qual ao espaço de maior valorização ou menor é dado pelo poder aquisitivo das pessoas.
 → Especulação Imobiliária – Controle do acesso à terra por indivíduos e empresas que fazem dela uma fonte de lucro.
OBS: Espaço Geográfico é, portanto, a expressão visível de como a sociedade está organizada. 
 ECONOMIA COLONIAL X ECONOMIA EXPORTADORA CAPITALISTA
 → A economia colonial era caracterizada pelas relações escravagistas de produção que se mantiveram no Brasil até 1888, mesmo já com a independência do Brasil.
 → O nascimento da economia exportadora de produção se deu quando começaram a surgir as primeiras relações assalariadas de produção. 
OBS.: A diferença destas duas economias estava na relação de produção. Ambas porém apoiavam-se na produção de bens primários e voltados à exportação. 
 → Com o nascimento do capitalismo industrial surgiu a necessidade de que as relações de trabalho começassem a ser assalariadas, principalmente pelo fato de que só o trabalho assalariado seria capaz de comprar os produtos das industrias.
* Economia de Escala → Produção de bens em grande quantidade para reduzir os custos da 
 produção e obter bons lucros.
 PRODUTOS PRINCIPAIS E ACESSÓRIOS DA PRODUÇÃO ESPACIAL
* Produtos Principais – foram os que lideraram as exportações e constituíram a base da economia colonial e da economia exportadora capitalista. Ex.: Cana de açúcar, metais e pedras preciosas.
 → Havia a produção também de artigos como: madeira; drogas do sertão; tabaco; gado. Podendo ser chamados de produtos secundários ou acessórios.
OBS.: Quando um desses produtos principais ou acessórios se desenvolvia em determinados lugares, estes se transformavam em área de atração populacional, um “pólo” ou “ilha” econômico, pois as pessoas para lá migravam buscando trabalho e riquezas.
* INSERÇÃO DO BRASIL NO CAPITALISMO 
 → No século XVI introduziu-se no Brasil a colonização de exploração cujo objetivo era explorar tudo o que a colônia pudesse oferecer para que assim os produtos pudessem ser vendidos na Europa.
* DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO 
 → Estabelecida pela metrópole ou pelo próprio capitalismo comercial, ou seja, a colônia vendia a matéria prima por um preço baixo e comprava da metrópole o produto pronto, isto é, industrializado bem valorizado.
 → O Brasil-Colônia foi moldado da dinâmica econômica, política e social portuguesa. Organizou-se assim uma economia colonial. 
OBS.: A partir daí no Brasil começou a ser implantado o capitalismo português. Isso estabeleceu uma situação de dependência do Brasil em relação aos centros de decisão do capitalismo mundial. 
 → Todo esse contexto traz hoje o sistema de “países centrais” e “países periféricos”.
OBS.: A economia da colônia servia de complemento para com a metrópole. O lucro obtido nas colônias era apropriado em sua potencialidade pela burguesia metropolitana.
 → Os territórios indígenas foram perdendo espaço dentro do território brasileiro para a produção de um espaço geográfico colonial. 
 → Implicou a criação de espaços geográficos pouco ou nada articulados entre si, produzidos ou organizados entre si como “ilhas” ou “arquipélagos econômicos”.
OBS.: Dessa forma, demonstra que o território estava pouco ou quase nada articulado entre
si, porém muito articulado com a metrópole.
 → Formaram-se assim as economias regionais, muito articuladas com o exterior, outras ligavam-se entre si e algumas ficaram fechadas em si mesmas. Produziu-se assim um espaço organizado em “coálogos”, “ilhas” ou “arquipélagos econômicos”.
 → Quando ocorria o declínio ou decadência econômica de uma área de atração populacional esses lugares se transformaram em espaços geográficos de repulsão. Acabando que esses espaços ficavam somente com a economia de subsistência, pois a articulação com o exterior decrescia.
Concluímos então que a produção dos espaços geográficos no Brasil teve a formação de áreas de atração e repulsão populacional que foi obedecida devido a lógica comercial, sendo comandada pelo exterior e não somente pelas necessidades internas das regiões brasileiras.
 TIPOLOGIA DOS ESPAÇOS 
Existiram 3 tipos de espaços geográficos no Brasil durante o período colonial, a saber:
Espaços voltados para o exterior;
Espaços voltados para seu próprio espaço e articulados com os voltados para o exterior;
Espaços voltados para si próprios. 
ESPAÇOS VOLTADOS PARA O EXTERIOR 
→ Espaços geográficos produzidos em função do mercado externo e dele dependente.
 Ex.: Agroindústria da cana-de-acúcar: produzido pela cultura do tabaco, construída pela indústria do algodão, atividade mineradora e cafeicultura.
OBS.: Os espaços de produção canavieira e tabageira se complementavam em virtude da própria necessidade de projeto colonial português pois eles trocavam o tabaco pelos escravos que seriam usados nas lavouras.
→ A produção açucareira necessitava da criação de portos de escoamento da produção para também o desembarque de escravos.
OBS.: A indústria açucareira não estimulou a fundação de povoamentos, pois os engenhos eram auto-suficientes.
 A mineração teve um amplo papel urbanizador e de articulação espacial, com a criação de vilas e povoações próximas as zonas de extração.
 ESPAÇOS VOLTADOS PARA FORA DO SEU PRÓPRIO ESPAÇO E 
 ARTICULADOS COM OS DO EXTERIOR
→ Podemos incluir os produzidos pela pecuária e agricultura de subsistência.
* Agricultura de auto-subsistência – É aquela em que a produção destina-se somente a subsistência do produtor.
* Agricultura de subsistência – É aquela voltada para atender às necessidades de quem a pratica e de um pequeno mercado consumidor.
→ No período do século XIX ao XX, a agricultura de subsistência desenvolveu-se dentro da fazenda de café e com mais intensidade após a abolição da escravidão e sua prática pelos colonos que trabalhavam na cafeicultura.
→ Hoje são as pequenas propriedades que as praticam e a maioria está no Sul do Brasil.
* Pecuáriabovina - Foi muito utilizada no nordeste brasileiro. Na medida que a monocultura crescia, ela e a agricultura de subsistência foram sendo empurrada para o interior. Todavia, esses espaços continuaram articulados entre si, enquanto que a lavoura era voltada para o mercado externo. Por isso os espaços da agropecuária e da agricultura de subsistência eram voltados pra fora do seu próprio espaço e articuladas com os voltados para o mercado externo.
→ No sul do Brasil havia campos favoráveis à pecuária e que foram aproveitados pelas missões jesuíticas.
* Formaram-se as invernadas – Criação de gado bovino em grandes áreas cercadas de pastos naturais.
* Estâncias – Unidades criatórias constituídas como empresas comerciais, com a finalidade de abastecer a área de mineração das gerais.
OBS.: Essa é a raiz das grandes propriedades de criação de gado. As fazendas de gado e as missões jesuíticas foram um papel urbanizador na Região Sul.
 
 
 ESPAÇOS VOLTADOS PARA SI PRÓPRIOS 
→ Economia de auto-subsistência onde não existe excedente para ser comercializado. Levou o povoamento a diversas regiões mas de forma tênue e criou espaços voltados para si próprios

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