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Resumo 4° TP GEOGRAFIA

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Resumo de Geografia
4ºTP
A População Brasileira: estrutura etária e por sexos
A importância de conhecer os dados populacionais, destacando-se o sexo e a idade, é grande, pois possibilita um planejamento socioeconômico de um país. 
Com o conhecimento da estrutura etária fica-se sabendo a necessidade de criação de empregos devido à entrada de mais jovens no mercado de trabalho, a quantidade de vagas escolares necessárias nos diversos níveis escolares, a quantidade de leitos hospitalares, habitações necessárias, redes de água, esgoto, lixo, transporte e diversos outros que se é possível saber ao conhecer a estrutura etária da população.
Por isso é necessário colher os dados populacionais para qualquer planejamento do espaço geográfico.
A Pirâmide etária brasileira tem sido transformada com o decorrer do tempo. Tais transformações são decorrentes de alterações nas dinâmicas geográficas brasileiras, dentre elas estão: a diminuição das taxas de mortalidade, natalidade e fecundidade, e o aumento da população idosa. 
Ver esquema da página 290 do livro. 
Segundo o senso 2010 do IBGE a pirâmide etária do Brasil encontra-se em estágio avançado de transição demográfica, podendo nos próximos anos atingir a configuração de um país desenvolvido, entrando no estágio de transição demográfica concluído.
A estrutura da população segundo as atividades econômicas e setores de produção
Os setores econômicos ou setores de produção são divididos em setor primário, secundário e terciário.
O setor primário inclui a agricultura, pecuária, a caça, a pesca e as explorações florestais.
O secundário inclui as atividades industriais e a extração mineral.
O terciário inclui atividades relacionadas à prestação de serviços, como bancos, hospitais, saúde, educação, comércio, etc.
Através da distribuição da população por atividades econômicas, pode-se estudar a distribuição da população economicamente ativa, que é importante por fornecer informações para avaliação da economia do país e suas transformações no decorrer do tempo, sendo este estudo necessário para planejamento econômico social.
As pessoas que trabalham em atividades remuneradas, tanto as que têm um trabalho efetivamente quanto as que não têm um trabalho, mas tomam alguma providência e se ocupam no setor informal ou procuram empregos, são consideradas população economicamente ativa (PEA), enquanto as pessoas que não trabalham e não estão empenhadas na busca de um emprego (aposentados, estudantes que não trabalham, crianças, donas de casa, pessoas impossibilitadas, etc.) são denominadas população não economicamente ativa.
Com as transformações econômicas há uma alteração da distribuição da PEA pelos setores primário, secundário e terciário. Dentre os fatores que causam alterações na distribuição da população pelos setores de produção destaca-se a industrialização, urbanização e modernização do setor primário, como a mecanização da agricultura e as mudanças nas relações de trabalho no campo.
Além disso, outro fator que estimula as migrações do campo para a cidade, provocando assim a saída de trabalhadores do setor primário e ingresso deste nos setores terciário e secundário, é a estrutura fundiária no Brasil que privilegia os grandes produtores, dificultando o acesso a terra e acentuando a concentração de terras. Este fator, em conjunto com a industrialização, desencadeou uma grande mudança na sociedade brasileira, trazendo diversos trabalhadores para os setores secundário e terciário, pois enquanto o trabalhador encontrava grandes dificuldades no setor primário, como o acesso a terra, a indústria abria muitas fontes de emprego estimulando assim o êxodo rural.
As sociedades desenvolvidas possuem pequena quantidade de trabalhadores no campo, devido ao emprego de tecnologias que diminuem a necessidade do serviço humano, enquanto os países subdesenvolvidos agrários possuem muitos trabalhadores no campo, devido à baixa produtividade por trabalhador que faz necessário grande quantidade de mão de obra no campo.
Nos países subdesenvolvidos industrializados, como o Brasil, vem ocorrendo um processo de terceirização da população que é o aumento de grande quantidade de pessoas no setor terciário. Isto ocorre devido à falta de empregos, gerando uma hipertrofia do setor terciário, com grande quantidade de trabalhadores informais como camelôs, flanelinhas, vendedor de bala no sinal, etc.
O comportamento da distribuição da PEA nos países subdesenvolvidos industrializados, como o Brasil, é diferenciado dos subdesenvolvidos agrários e dos desenvolvidos, pois, apesar de não concentrar a maior parte da população no setor primário, como os subdesenvolvidos agrários; também não apresenta as tecnologias agrícolas dos desenvolvidos, mantendo uma parcela da população maior do que os desenvolvidos no setor primário.
Além da saída da população do setor primário pelos motivos já vistos aqui (difícil aceso a terra, mecanização da agricultura, etc.), a partir de 1980 também houve uma queda no numero de pessoas empregadas na indústria, devido à automação do trabalho na indústria e a crise neste setor ocorrida na década de 1980 no Brasil. Por isto acredita-se que a agropecuária é uma saída para o problema de desemprego e subemprego, e para a crise social que vive o país.
A questão agrária
O sistema fundiário brasileiro apresenta uma grande concentração de terras na mão de poucos. Esta concentração desigual de terras ocorre devido às características da colonização de exploração portuguesa. Inicialmente, Portugal implantou sistemas que já havia dado certo em outras colônias portuguesas, os sistemas de sesmarias e capitanias hereditárias, que consistiam na doação de grandes lotes de terra a quem estivesse disposto a cultivar essas terras, independendo do produto que fosse ser cultivado, assim, Portugal terceirizava a ocupação e a produção na colônia, não precisando assumir o ônus financeiro da ocupação. Assim, iniciou-se a concentração de terras nas mãos de poucos donatários nas capitanias.
Em 1850 foi estabelecida a Lei de Terras, que regulamentava os critérios de acesso a terra, privilegiando a classe econômica dominante, os grandes latifundiários. Até então a terra era na colônia considerada patrimônio do rei e só podia ser obtida através de doação do mesmo, porém com a Lei de Terras, esta era considerada um bem público, cuja aquisição deveria ser feita através da compra em espécie.
 Além dessa mudança, a Lei de Terras:
Extinguia o regime de acesso a terra pela posse;
Estabelecia que a terra só pudesse ser adquirida pela compra em leilões oficiais e através de pagamento à vista;
Estabelecia que o dinheiro obtido com a venda das terras deveria custear a viagem de imigrantes para trabalhar nas grandes lavouras, devido à escassez da mão de obra escrava após a proibição do tráfico negreiro com a Lei Eusébio de Queirós, também de 1850; 
Estabelecia que toda área que não estivesse ocupada ou utilizada voltaria a ser considerado território público.
Esta lei aumentou a concentração de terras, privilegiando os grandes produtores que tinham condições financeiras de adquirir terras e, impedindo que diversos camponeses tivessem acesso a terra.
 A concentração de terras sempre desagradou aos camponeses que por não possuírem terras eram, muitas vezes, obrigados a trabalhar nos grandes latifúndios sem direitos trabalhistas. Por isso, muitos camponeses revoltaram-se e realizaram movimentos em favor do acesso a terra, formando o que ficou conhecido como ligas camponesas.
O crescimento das ligas camponesas passou a preocupar os grandes proprietários e a preocupar os EUA que temiam uma revolução como a que aconteceu em cuba. A partir de 1950 acentuaram-se as lutas pelo acesso a terra, pela reforma agrária e por uma legislação trabalhista no campo.
Em 1961, João Goulart assume a presidência e, propõe uma série de reformas de base, incluindo a reforma agrária, o que afetava o interesse dos grandes proprietários, dos banqueiros, dos industriais e dos comerciantes, que já haviamse transformado em donos de terras. Em 1963 é aprovado o Estatuto do Trabalhador Rural (ETR) que estabelecia principalmente jornada de trabalho de 8 horas, salário mínimo, férias remuneradas, repouso semanal remunerado, décimo terceiro salário e proteção ao trabalho da mulher e do menor.
O ETR não agradou os grandes produtores devido ao Sistema de Colonatário, no qual o trabalhador rural vivia com sua família em um pedaço da terra do seu patrão, podendo realizar o plantio de gêneros de subsistência e em troca disso ele trabalhava nas grandes plantações de seu patrão. O Estatuto não agradou os patrões, pois, com as leis trabalhistas no campo, estes patrões seriam obrigados a arcar com as consequências e passariam a pagar salário mínimo, 13º salario, férias, etc. Por isso os patrões acabaram demitindo seus empregados, que saíam das terras com suas famílias e acabaram migrando para o sul e sudeste, por não terem onde morar. 
Porém os patrões acabaram por tirar vantagens da situação contratando trabalhadores temporários (boia fria, trabalhador volante, trabalhador de fora ou peão, dependendo da região), o que desobrigava o patrão das exigências do ETR e distanciava o trabalhador do patrão. Com isso, em 1977, após 14 anos da criação do ETR, apenas 3,2% dos trabalhadores rurais possuíam carteira assinada, sendo os outros trabalhadores informais.
A partir de 1964, com o regime militar, as lutas por reforma agrária diminuíram, os sindicatos passaram a dar assistência aos trabalhadores, porém não tinham ações políticas e reivindicatórias, e as ligas camponesas passaram a ser considerada uma ameaça à ordem social.
Também em 1964, foi criado o Estatuto da Terra, criado para resolver a questão agrária, acreditando que seria uma alternativa para resolver tensões sociais no campo, a modernização da agricultura, e para possibilitar uma reforma agrária (conservadora).
O Estatuto estabeleceu, por base do cadastramento das terras (como latifúndios, minifúndios, etc.), o “módulo rural”, que consistia na menor área de terra necessária para que uma família de quatro pessoas adultas pudesse produzir, garantindo-lhes a subsistência e o progresso social e econômico. O módulo rural variava de região para região devido à diferença de produtividade da terra. Ele estabelecia:
Minifúndio: Imóvel rural com área explorável inferior a um módulo rural, sendo este incapaz de prover a subsistência a uma família de acordo com a definição de módulo rural;
Latifúndio:
Por dimensão ou extensão: Imóvel rural de área superior a 600 (seiscentos) módulos rurais, independente do uso desta terra;
Por exploração: Imóvel rural improdutivo com área inferior a 600 (seiscentos) módulos rurais;
Empresa Rural: Imóvel rural produtivo, que cumpre a legislação trabalhista, e tem preocupação com a preservação do meio ambiente, e que possui área entre 1(um) e 600 (seiscentos) módulos rurais.
Através desses conceitos o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), realizou o cadastramento dos imóveis rurais em 1972 facilitando a compreensão da questão agrária brasileira.
A partir de 1950 ocorreu a Revolução Verde, que consistiu num estímulo dos países do primeiro mundo, especialmente os EUA, a implantar e intensificar o processo de industrialização da agricultura no terceiro mundo, estimulando o uso de sementes híbridas, máquinas e tratores, fertilizantes e defensivos agrícolas. Tal estimulo ocorreu mascarado pela vontade do primeiro mundo resolver o problema de fome dos países pobres, porém a verdade foi que a modernização da agricultura nos países de terceiro mundo implicaria na utilização de técnicas e produtos desenvolvidos pelas transnacionais do primeiro mundo.
Assim os países subdesenvolvidos passaram a importar maquinário e, a mais importante inovação da revolução, as sementes híbridas, aumentando os lucros das transnacionais do primeiro mundo e aumentando a concentração de terra e renda, pois apenas os grandes produtores tinham capacidade financeira de adquirir as novidades da revolução, enquanto os pequenos produtores mantiveram a produção manual e com as sementes normais, sem poder competir com os grandes fazendeiros.
Após os governos militares, a partir de 1985, foram acirrados os conflitos no campo e com a constituição de 1988 ficou clara a necessidade de uma reforma agrária. 
Em 1985, José Sarney lança o Plano Nacional de Reforma Agrária (PNRA), que previa beneficiar os posseiros, parceiros, arrendatários, assalariados rurais e mini fundiários. Até o final do governo Sarney, em 1989, estava previsto o assentamento de 1,4 milhões de sem-terra, porém, ao término de seu mandato presidencial, tinham sido assentados menos de 6% do total estabelecido. O fracasso deu-se, principalmente, devido à criação da União Democrática Ruralista (UDR), que, com o intuito de impedir a reforma agrária, contou com representantes no Congresso Nacional em defesa de seus interesses.
Como resultado dos conflitos no campo destacam-se três grandes tragédias:
O assassinato de Chico Mendes, em 22/12/1988, na cidade de Xapuri no Acre: Chico Mendes foi um seringueiro sindicalista que lutava pela preservação ambiental da Amazônia e, devido a sua luta pela preservação ambiental, contrariando as tentativas de desmatamento da floresta para os latifúndios, já havia anunciado que iria ser assassinado e na referida data foi morto, com tiros de escopeta no estomago, nos fundos de sua casa, quando saía para tomar banho;
Massacre de Eldorado de Carajás, em 17/04/1996, no sul do Pará: Ocorreu quando cerca de 1500 sem-terra faziam um protesto contra a demora na desapropriação de terras improdutivas, principalmente as da Fazenda Macaxeira. Até que a polícia militar, encarregada de tirá-los do local recebeu a ordem do secretário de segurança do Pará de “usar a força necessária, inclusive atirar” para retirá-los de lá. Com isto 19 sem terras foram mortos, sendo pelo menos 10 a queima roupa.
Assassinato da Missionária Dorothy Stang, em 12/02/2005, na cidade de Anapú no Pará: A Missionária norte-americana lutava pela preservação da floresta amazônica e por uma sociedade que não agredisse a natureza e, aos 73 anos foi assassinada com um tiro na cabeça e cinco ao redor do corpo.
O Agrobusiness ou agronegócio
Conjunto de Negócios relacionados a agricultura e pecuária do ponto de vida econômico.
O ciclo do agronegócio divide-se em:
Insumos: Fatores de produção diretos (matéria prima) e indiretos (mão de obra, energia, impostos, etc). No agronegócio os principais insumos são sementes, adubo, maquinário, combustível, ração, etc.
Produção: Trabalho do agropecuarista através do cultivo do solo ou criação de animais, independentemente do tamanho da área, ou método utilizado.
Processamento: Transformação do produto agropecuário em subprodutos (leite, queijos, carnes, embutidos, ração, etc.).
Distribuição: Transporte dos bens agropecuários para o consumidor ou para intermediários no processo.
Cliente Final: Consumidor que recebe os produtos agropecuários naturais ou processados.
Agriclusters: Utilização da metodologia de cluster no agronegócio através de aglomerados locais a fim de obter maior produtividade e desenvolvimento local, ocorrendo cooperação entre os agentes de forma horizontal, ou seja, acordo entre os produtores, e de forma vertical, ou seja, cooperação entre o produtor e as diferentes empresas que realizam serviços de fornecimento, distribuição, etc.
Alguns Conceitos
Posseiros: Tem a posse da gleba (lote) de terra, porém não são donos efetivos da terra.
Gatos: Contratadores de trabalhadores braçais para fazendas e grandes projetos latifundiários.
Meeiros: Agricultores que trabalham em terras de outrem e ao final da colheita dividem a produção com o efetivo dono da terra.
Boias-frias: Trabalhadores que migram por diferentes regiões agrícolas a fim de acompanhar o ciclo produtivo, trabalhando em diversas lavouras diferentes, pois não possuem sua própria terra.
Arrendatários: Agricultores que, por não possuírem suas próprias terras tentamarrendar (alugar) terras, porém com a falta de incentivo do governo não conseguem se manter por muito tempo.
Classificação dos imóveis rurais após a lei 8629 de 1993:
Minifúndio: Imóvel rural com área inferior a um módulo fiscal.
Pequena propriedade: Imóvel rural com área entre 1 e 4 módulos fiscais.
Média propriedade: Imóvel rural com área entre 4 e 15 módulos fiscais.
Grande Propriedade: Imóvel rural com mais de 15 módulos fiscais.
Imóvel rural: Área que se destina a produção extrativa agrícola, pecuniária ou agroindustrial, sendo ela privada ou pública.
Latifúndio Por dimensão: Propriedade com área superior a 600 módulos fiscais.
Latifúndio por exploração: Propriedade inexplorada com menos de 600 módulos fiscais, que não pode ser considerada uma empresa agrária.
Empresa Rural: Imóvel Rural explorado econômica e racionalmente com área entre 1 e 600 módulos fiscais.
Índice de Gini: Mede a concentração de terras em cada país e a concentração de rendas do mesmo. Varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1 maior a concentração de terras.
Complexos rurais agroexportadores: 
Economia voltada para monocultura
Cadeia Produtiva: Plantio, beneficiamento e distribuição.
Efeitos: Aumento da produtividade da terra e êxodo rural.

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