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Aula 01 Conhecimentos Específicos p/ CLDF (Lei de Acesso à Informação - Vários Cargos) - Pós-Edital Professor: Herbert Almeida 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 49 $8/$��� /(,�',675,7$/�1������������±� /(,�',675,7$/�'(�$&(662�¬� ,1)250$d2 SUMÁRIO Sumário .......................................................................................... 1 1 ± Introdução ................................................................................. 4 2 ± Abrangência ............................................................................... 5 3 ± Diretrizes ................................................................................... 7 4 ± Do acesso a informações e da sua divulgação ................................. 9 5 ± Procedimento de Acesso à Informação ......................................... 15 6 ± Restrições de acesso à informação .............................................. 20 7 ± Responsabilidade dos agentes públicos ........................................ 28 8 ± Fiscalização Legislativa .............................................................. 29 9 ± Disposições Finais e Transitórios ................................................. 30 10 ± Questões de assuntos variados ................................................. 31 11 - Lista das Questões de Aula ........................................................ 43 12 ± Gabarito ................................................................................. 49 13 - Considerações Finais ................................................................ 49 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 49 ���������.!��������� ������������� LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO Olá concurseiros e concurseiras. É com muita satisfação que estamos lançando o curso sobre a Lei de Acesso à Informação (vários cargos) no concurso da Câmara Legislativa do Distrito Federal - CLDF. De imediato, vejamos as características deste material: 9 será feita uma abordagem completa e objetiva da norma; 9 grande quantidade de questões comentadas; 9 referências atualizadas, com ampla pesquisa na doutrina e jurisprudência recente; 9 contato direto com o professor através do fórum de dúvidas. Caso ainda não me conheçam, meu nome é Herbert Almeida, sou Auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo aprovado em 1º lugar no concurso para o cargo. Além disso, obtive o 1º lugar no concurso de Analista Administrativo do TRT/23º Região/2011. Meu primeiro contato com a Administração Pública ocorreu através das Forças Armadas. Durante sete anos, fui militar do Exército Brasileiro, exercendo atividades de administração como Gestor Financeiro, Pregoeiro, Responsável pela Conformidade de Registros de Gestão e Chefe de Seção. Sou professor de Direito Administrativo e Administração Pública aqui no Estratégia Concursos e palestrante da Turma Estratégica. Além disso, no Tribunal de Contas, participo de atividades relacionadas com o Direito Administrativo. Ademais, os concursos públicos em que fui aprovado exigiram diversos conhecimentos, inclusive sobre Direito Administrativo. Ao longo de meus estudos, resolvi diversas questões, aprendendo a forma como cada organizadora aborda os temas previstos no edital. Assim, pretendo passar esses conhecimentos para encurtar o seu caminho em busca de seu objetivo. Então, de agora em diante, vamos firmar uma parceria que levará você à aprovação no concurso público da CLDF Observo ainda que o nosso curso contará com o apoio da Profª. Leticia Cabral, que nos auxiliará com as respostas no fórum de dúvidas. A Prof. Leticia é advogada e trabalha também como assessora de Procurador do Estado em Vitória- ES. Atualmente também é aluna do mestrado em Direito Processual na UFES (Universidade Federal do Espírito Santo). Com isso, daremos uma atenção mais completa e pontual ao nosso fórum. Para maximizar o seu aprendizado, nosso curso estará estruturado em duas aulas, sendo esta aula inicial e mais uma, vejamos o cronograma: 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 49 AULA CONTEÚDO DATA Aula 1 Lei federal nº 12.527/2011, que regula o acesso a informações em âmbito nacional. Lei distrital nº 4.990/2012, que regula o acesso a informações no Distrito Federal. Disponível Aula 2 Questões FCC e adaptadas 07/10 Atenção! Este curso é completo em pdf. Não teremos videoaulas. Outro ponto fundamental é que nosso curso será elaborado com base na FCC. Entretanto, sabemos que não temos muitas questões da FCC sobre a lei distrital. Por isso, adotaremos a seguinte linha de ação: ao longo da aula, intercalando com o conteúdo, teremos questões do Cespe, que devem ser resolvidas para fins de fixação do tema. Em nossa próxima aula, teremos apenas questões da FCC adaptadas. Isso mesmo, pegaremos as questões e as adaptaremos, de tal forma que você possa treinar o assunto com base na legislação da prova. Por fim, se você quiser receber dicas diárias de preparação para concursos e de Direito Administrativo, siga-me nas redes sociais (não esqueça de habilitar as notificações no Instagram, assim você será informado sempre que eu postar uma novidade por lá): @profherbertalmeida /profherbertalmeida/ ? profherbertalmeida Sem mais delongas, espero que gostem do material e vamos ao nosso curso. Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 49 ����������������� ?Ǥ ? ? ?ǡ���� ? ?���� ������������ ? ? ? ?�Ȃ����������������� �� ����.!� Em relação à nossa aula, temos algumas observações. O edital exigiu simultaneamente a Lei Federal 12.527/2011 e a Lei Distrital 4.990/2012. Optamos por fazer a análise das duas normas em uma única aula, dando prioridade aos tópicos da legislação distrital, que possuem maior probabilidade de serem exigidos na prova. No entanto, é imprescindível TXH��DOpP�GD�OHLWXUD�GHVWD�DXOD��YRFr�OHLD�DV�GXDV�OHLV�³VHFDV´��Mi�TXH�YiULDV� questões podem simplesmente reproduzir o conteúdo das citadas leis. Além disso, estou elaborando um arquivo extra, com questões comentadas e adaptadas da FCC, para que você possa praticar para a prova. Por isso, hoje, teremos um número menor de questões, mas vamos incrementar isso no dia 7 de outubro, com o nosso arquivo extra. Vamos lá! Bons estudos! 1 Ȃ INTRODUÇÃO Segundo a Controladoria-Geral da União1 (CGU), a informação sob a guarda do Estado é sempre pública, devendo o acesso a ela ser restringido apenas em casos específicos. Isto significa que a informação produzida, guardada, organizada e gerenciada pelo Estado em nome da sociedade é um bem público. O acesso a esses dados ± que compõem documentos, arquivos, estatísticas ± constitui-se em um dos fundamentos para a consolidação da democracia, ao fortalecer a capacidade dos indivíduos de participar de modo efetivo da tomada de decisões que os afeta.Nesse contexto, foi elaborada a Lei 12.527/2011, conhecida como Lei de Acesso à Informação ± LAI, representa uma mudança de paradigma em matéria de transparência pública, pois estabelece que o acesso é a regra e o sigilo, a exceção. Qualquer cidadão poderá solicitar acesso às informações públicas, ou seja, àquelas não classificadas como sigilosas, conforme procedimento que observará as regras, prazos, instrumentos de controle e recursos previstos. A Lei de Acesso à Informação surgiu para regulamentar o artigo 5º, XXXIII2, além do inciso II3, § 3º, artigo 37, e o § 1 BRASIL/CGU, 2011, p. 9. 2 Art. 5º [...] XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 3 Art. 37. [...], §3º [...] II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 49 2º4 do art. 216, tudo da Constituição Federal, com o objetivo de garantir ao cidadão o exercício do seu direito de acesso à informação. Tal Lei foi elaborada pela União, constituindo-se em lei nacional, pois apresenta normas gerais sobre o acesso à informação, tendo aplicação, portanto, para a administração direta e indireta de todos os Poderes de todos os entes da Federação (União, estados, Distrito Federal e municípios). Portanto, a Lei de Acesso à Informação aplica-se, por exemplo, a órgãos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, como às suas secretarias ou a entidades da administração indireta (autarquias, empresas públicas, etc.). Por outro lado, os entes da Federação podem elaborar normas próprias, constituindo-se em regras específicas, limitadas aos respectivos âmbitos. É aí que entra a Lei Distrital 4.990/2012, que institui os procedimentos a serem observados pelo Distrito Federal, visando a garantir o acesso a informações. Anota-se que tal Lei foi elaborada com fundamento nas regras constitucionais de acesso à informação e também com fundamento na própria Lei 12.527/2011. Portanto, no que se refere ao acesso à informação no âmbito do DF temos a aplicação da Lei 12.527/2011 como lei de normas gerais, aplicando-se em conjunto com a Lei 4.990/2012, como lei de normas específicas para o DF. A partir de agora, para fins didáticos, quando utilizarmos a expressão ³/HL� GH�$FHVVR�j�,QIRUPDomR´�HVWDUHPRV�WUDWDQGR�GD�/HL�'LVWULWDO������������5 Eventualmente, quando precisarmos nos referir à legislação federal, adotarHPRV�j�H[SUHVVmR�³/HL������������´��(QWmR��YDPRV�QHVWD� 2 Ȃ ABRANGÊNCIA Conforme vimos, a LDAI é uma lei de normas específica, restrita ao âmbito do Distrito Federal. Nesse contexto, subordinam-se ao regime da Lei 4.990/2012: a) os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo e Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas do Distrito Federal; b) as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pelo Distrito Federal. A Lei Distrital de Acesso à Informação aplica-se à administração DIRETA e INDIRETA do Distrito Federal. 4 Art. 216. [...] § 2º - Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem. 5 7DPEpP�DGRWDUHPRV�DV�H[SUHVV}HV�³/HL������´��³/HL�'LVWULWDO�GH�$FHVVR�j�,QIRUPDomR´�RX�DLQGD� ³/'$,´��WXGR�SDUD�VH�UHIHULU�j�/HL�'LVWULWDO�����������´� 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 49 Além disso, as disposições da LDAI aplicam-se às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres. Nesse caso, essas entidades deverão atentar para as disposições da Lei, naquilo que for referente à parcela dos recursos públicos recebidos, à sua destinação e à contrapartida, sem prejuízo das prestações de contas a que estejam legalmente obrigadas. Explicando melhor, as entidades privadas sem fins lucrativos (como as organizações sociais) que recebam recursos públicos deverão cumprir as determinações da Lei de Acesso à Informação, mas somente no limite dos recursos transferidos. Dessa forma, se a organização social recebesse recursos de outras origens, somente seria obrigada a seguir a LDAI nas atividades realizadas com os recursos públicos, desobrigando-se de seguir as normas de acesso à informação em atividades realizadas exclusivamente com recursos de outras origens. Subordinam-se ao regime da LDAI: a) os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo e Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas do Distrito Federal; b) as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pelo Distrito Federal; c) entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres, naquilo que for referente à parcela dos recursos públicos. Vamos resolver algumas assertivas que nos ajudarão a fixar melhor o conteúdo. 1. (Procurador da Fazenda Nacional/2015) A respeito da Lei n. 12.527/2011, conhecida como Lei de Acesso à Informação, analise a afirmativa abaixo, classificando-a em verdadeira (V) ou falsa (F). ( ) Trata-se de uma lei que contém normas gerais e, sob este aspecto, de caráter nacional. Comentário: observe que, no enunciado, estamos tratando da Lei 12.527/2011, que reflete normas gerais sobre o acesso à informação, 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 49 aplicando-se, dessa forma, a todos os entes da Federação, motivo pelo qual é uma lei nacional. Gabarito: correta. 2. (TEFC/TCU/2012) As entidades privadas sem fins lucrativos que recebam recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres estão obrigadas a divulgar o montante e a destinação de todos os recursos que movimentam, uma vez que estão sujeitas às disposições da referida lei. Comentário: o item está errado, pois as entidades privadas sem fins lucrativos que recebam recursos públicos estão obrigadas a divulgar o montante, a destinação e a contrapartida somente dos recursos que receberam do poder público. Assim, se essas entidades receberem recursos de doações de terceiros, não precisarão divulgar a destinação desses montantes. Gabarito: errado. 3 Ȃ DIRETRIZES A Lei de Acesso à Informação apresentou uma série de diretrizes que fundamentam as suas regras básicas e auxiliam na sua interpretação. Nesse contexto, os procedimentos constantes da LAI destinam-se a assegurar o direito fundamental de acesso à informação e devem ser executados em conformidadecom os princípios básicos da administração pública e com as seguintes diretrizes (art. 3º) ± comentários em preto, quando necessário: a) observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção; b) divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações ± essa é a base da denominada transparência ativa, segundo a qual a administração deverá divulgar na internet e em outros meios informações de interesse geral, independentemente de qualquer solicitação; c) utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação ± como, por exemplo, a utilização dos portais de transparência; d) fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública; e) desenvolvimento do controle social da administração pública ± à medida que as informações são disponibilizadas, a sociedade terá melhores condições de exercer o controle sobre a administração pública. Além disso, o art. 5º da LDAI dispõe que é dever do Estado garantir o direito de acesso à informação. Tal acesso será franqueada, mediante 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 49 procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão. 3. (Assessor Jurídico/CM-Caieira/2015) A Lei de Acesso à Informação tem como diretrizes, entre outras, a observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção, bem como a divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações. Comentário: sem maiores dificuldades, podemos identificar o item como correto, uma vez que são diretrizes da Lei de Acesso à Informações: a) observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção; b) divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações; c) utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação; d) fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública; e) desenvolvimento do controle social da administração pública. Gabarito: correto. 3.1 Ȃ DEFINIÇÕES O art. 4º da Lei de Acesso à Informação apresenta algumas definições que costumam ser cobradas em concursos. Não são difíceis de compreender e, normalmente, são cobradas de forma literal. Assim, vamos apenas reproduzir o conteúdo da Lei. Para os efeitos da LDAI, considera-se (art. 4º): a) informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para a produção e a transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato; b) documento: unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou o formato; c) informação sigilosa: aquela submetida temporariamente à restrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado; d) informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural identificada ou identificável; e) tratamento da informação: conjunto de ações referentes à produção, à recepção, à classificação, à utilização, ao acesso, à reprodução, ao transporte, à transmissão, à distribuição, ao arquivamento, ao 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 49 armazenamento, à eliminação, à avaliação, à destinação ou ao controle da informação; f) disponibilidade: qualidade da informação que pode ser conhecida e utilizada por indivíduos, equipamentos ou sistemas autorizados; g) autenticidade: qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema; h) integridade: qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à origem, ao trânsito e ao destino; i) primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de detalhamento possível, sem modificações. 4 Ȃ DO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA DIVULGAÇÃO A legislação de acesso à informação trouxe um conjunto de procedimentos e regras a serem observadas na disponibilização de informações. Nesse contexto, o acesso à informação passa a ser garantido por vários meios, como a disponibilização de ofício de informações na internet (transparência ativa), a proteção e o zelo com as informações, os procedimentos para que as pessoas tenham acesso às informações não disponibilizadas de ofício (transparência passiva), os ritos para classificação de informações protegidas por sigilo, as sanções aplicáveis aos agentes públicos que desobservarem as normas de transparência, entre outros tópicos. No que se trata da transparência, os órgãos e entidades do Poder Público Distrital, observadas as normas e procedimentos específicos aplicáveis, devem assegurar a gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação. Além disso, os órgãos e entidades devem proteger as informações, garantindo-se sua disponibilidade, autenticidade e integridade. No que se refere às informações sigilosas e pessoais, os órgãos e entidades públicos devem protegê-las, observando, além da disponibilidade, autenticidade e integridade, a eventual restrição de acesso (art. 6º). Conforme já anotado, o direito ao acesso à informação é bem amplo, já que a regra é a transparência, ressalvando-se o sigilo apenas para casos específicos. Com efeito, além da própria divulgação da informação, há relevante preocupação na Lei de Acesso à Informação de efetivamente concretizar o direito ao acesso, assegurando-se não só a própria informação, como também os meios de a alcançar, como o direito de receber orientações, por exemplo. Nesse contexto, o acesso à informação compreende, entre outros, o direito de obter (art. 7º): a) orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso ± incluindo ainda as orientações sobre o local onde poderá ser encontrada ou obtida a informação almejada; 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 49 b) informação contida em registros ou documentos produzidos ou acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos; c) informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado; d) informação primária, íntegra, autêntica e atualizada;6 e) informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas à sua política, organização e serviços; f) informação pertinente a administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitações, contratos administrativos, convênios e instrumentos congêneres; e g) informação relativa: (i) à implementação, ao acompanhamento e aos resultados de programas, projetos e ações dos órgãos e das entidades públicas, bem como às metas e aos indicadores propostos; (ii) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a exercícios anteriores. Ademais, o direito de acesso à informação compreende também o direito de acesso aos documentos, ou às informações neles contidas, utilizados como fundamento da tomada de decisão e do ato administrativo, que deverá ser assegurado com a edição do ato decisório respectivo (art. 7º, § 3º). Por exemplo: se uma autoridade negar um benefício a um servidor, no momento que adotar a decisão, deverá assegurar o acesso ao servidor de toda a documentação que fundamentou essa decisão. Esse é um meio legítimo de controlesobre os atos administrativos, já que as autoridades terão que disponibilizar os documentos que fundamentam suas decisões. Veremos adiante, entretanto, que o direito de acesso à informação não é irrestrito, pois algumas informações podem ser classificadas em algum grau de sigilo. Dessa forma, o acesso à informação ora disciplinado não compreende as informações referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade, do Estado ou do Distrito Federal (art. 7º, § 1º). Portanto, nem sempre as pessoas terão acesso às informações, uma vez que estas, em alguns casos, poderão ser protegidas por algum grau de sigilo. Porém, se a informação for apenas parcialmente sigilosa, o cidadão terá direito de acessar a parte não sigilosa desta informação. Vale dizer, quando não for autorizado acesso integral à informação parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por 6 Relembrando as definições constantes no art. 4º: (i) autenticidade: qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema; (ii) integridade: qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à origem, ao trânsito e ao destino; (iii) primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de detalhamento possível, sem modificações. 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 49 meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo (art. 7º, § 2º). Além disso, a autoridade não pode simplesmente negar o acesso à informação, sem motivá-lo, uma vez que a LDAI dispõe que a negativa de acesso às informações objeto de pedido formulado aos órgãos e às entidades públicos, quando não fundamentada, sujeita o responsável a medidas disciplinares (art. 7º, § 4º). Da mesma forma, a Lei de Acesso à Informação possui mecanismos para evitar que as informações sejam deliberadamente destruídas. Assim, se for informado o extravio da informação solicitada, pode o interessado requerer à autoridade competente a imediata abertura de sindicância para apurar o desaparecimento da respectiva documentação (art. 7º, § 5º). Com efeito, ocorrendo o extravio, o responsável pela guarda da informação extraviada deve, no prazo de dez dias, justificar o fato e indicar testemunhas que comprovem sua alegação (art. 7º, § 6º). 4.1 Ȃ TRANSPARÊNCIA ATIVA E PASSIVA O cidadão poderá ter acesso a informações disponibilizadas diretamente pelos órgãos, independentemente de qualquer solicitação, ou por meio de requerimentos formulados aos órgãos e entidades do Poder Público. Essas duas formas de se obter o acesso à informação podem ser classificadas como transparência ativa e transparência passiva. A transparência ativa, disciplinada basicamente nos arts. 8º e 9º, trata das informações que devem ser disponibilizadas independentemente de requerimentos, por todos os meios legítimos de divulgação, sendo obrigatória a disponibilização na internet, como ocorre nos portais de transparência. Por outro lado, a transparência passiva, disciplinada nos arts. 10 a 18, é aquela que depende de algum requerimento para ser disponibilizada. Nesse caso, o interessado formula um pedido, que deverá ser atendido pela autoridade responsável. Vamos estudar a transparência passiva em capítulo próprio, ao abordarmos o procedimento de acesso à informação. Tratando-se, então, da transparência ativa, o art. 8º da Lei de Acesso à Informação dispõe que é dever dos órgãos e entidades públicas promover, Transparência Ativa Disponibilizada independentemente de requerimento, por todos os meios legítimos, inclusive pela internet Passiva Informação disponibilizada em decorrência de requerimento formulado por interessado 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 49 independentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas. Seguindo a transparência ativa, os órgãos e entidades públicos devem divulgar, independentemente de requerimento, no mínimo o seguinte (art. 8º, parágrafo único): a) registro das competências e da estrutura organizacional, endereços, telefones e correio eletrônico institucional das respectivas unidades e horários de atendimento ao público; b) registro de quaisquer repasses ou transferências de recursos financeiros; c) registro das despesas; d) resultados de inspeções e auditorias, prestações de contas e tomadas de contas especiais realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo prestação de contas relativas a exercícios anteriores; e) informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive aos respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos celebrados; f) dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras, com informações sobre sua execução, metas e indicadores, em linguagem de fácil compreensão; g) respostas a perguntas mais frequentes feitas pela sociedade; h) dados e execução de programas de desenvolvimento social e habitacional; i) critérios de alocação e de uso dos recursos decorrentes de fundos públicos; j) contratos de gestão firmados com entidades qualificadas como organizações sociais; k) informações sobre controle e fiscalização de recursos públicos destinados a organizações não governamentais; l) valores e critérios de transferência de recursos financeiros às unidades escolares e às diretorias regionais de ensino, por meio de suas respectivas unidades executoras; m) relação de reclamações contra fornecedores de produtos e de serviços; n) relatórios com avaliações e dados da execução e da utilização das gratuidades concedidas pelo Sistema de Transporte Público Coletivo do Distrito Federal às pessoas com deficiência e a seus acompanhantes; o) relatórios com avaliação e dados da execução do Passe Livre Estudantil. p) relação dos cargos em comissão e de provimento efetivo ocupados e vagos em cada órgão ou entidade. 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 49 Para o cumprimento dessa obrigação de transparência ativa, os órgãos e entidades públicas devem utilizar a divulgação em sítios oficiais na Rede Mundial de Computadores ± internet7, sendo que a estrutura e o conjunto de informações públicas a serem disponibilizadas no sítio dos órgãos e das entidades devem observar o modelo padronizado definido pelos órgãos competentes do Distrito Federal (art. 9º, caput e § 2º). Com efeito, O Poder Executivo disponibilizará aos cidadãos certidões referentes à administração pública, em seu sítio oficial, sem qualquer custo (art. 13). Contudo, a Lei não define exatamente a finalidade e o conteúdo dessas certidões. Além disso, a LDAI determina que os órgãos e entidades da administração pública devem realizar, dentro de suas áreas de competência, audiências ou consultas públicas, incentivando a participação popular. As audiências e as consultas são meios de trazer a sociedade para se informar, discutir e ajudar a decidir sobre temas relevantes, como ocorre por exemplo na realização de licitações de imenso vulto (conforme previsto no art. 39 da Lei de Licitações e Contratos ± Lei 8.666/1993). 4.2 Ȃ SERVIÇO DE INFORMAÇÕES AO CIDADÃO Ȃ SIC Como forma de assegurar o acesso a informações,os órgãos e entidades do poder público devem criar serviço de informações ao cidadão ± SIC, em local com condições apropriadas para (art. 10): a) atender e orientar o público quanto ao acesso a informações; b) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a informações; c) informar sobre a tramitação de documentos nas suas respectivas unidades. No âmbito do Poder Executivo, o Serviço de Informações ao Cidadão ± SIC, funciona nas ouvidorias de cada órgão (art. 12, caput). Prevê ainda a LDAI que os recursos humanos, tecnológicos, logísticos e orçamentários para a implantação dos Serviços de Informações ao Cidadão são disponibilizados pelos respectivos órgãos e entidades (art. 12, § 1º). 7 Esses portais da transparência deverão atender, entre outros, aos seguintes requisitos (art. 9º, § 1º): (i) conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso à informação de forma objetiva, transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão; (ii) possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, de modo a facilitar a análise das informações; (iii) possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em formatos abertos, estruturados e legíveis por máquina; (iv) divulgar em detalhes os formatos utilizados para estruturação da informação; (v) garantir a autenticidade e a integridade das informações disponíveis para acesso; (vi) manter atualizadas as informações disponíveis para acesso; (vii) indicar local e instruções que permitam ao interessado comunicar-se, por via eletrônica ou telefônica, com o órgão ou a entidade detentora do sítio; (viii) adotar as medidas necessárias para garantir a acessibilidade de conteúdo para pessoas com deficiência, nos termos do art. 17 da Lei federal nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, e do art. 9º da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pelo Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008; (ix) conter os seguintes instrumentos de acesso às informações arquivísticas do órgão ou da entidade: - Código de Classificação de Documentos de Arquivo das atividades-meio e das atividades-fim; - Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos das atividades-meio e das atividades-fim; - Vocabulário Controlado de termos relativos aos documentos de arquivo das atividades-meio e das atividades- fim. 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 49 Por fim, fica a Ouvidoria-Geral do Distrito Federal, no Poder Executivo, responsável por orientar o funcionamento dos Serviços de Informações ao Cidadão, incluindo a elaboração de fluxo interno para recepção e tratamento dos pedidos, bem como o treinamento de servidores (art. 12, § 2º). 4. (Estatístico/TJ-SP/2015 ± adaptada) Nos termos do que dispõe a Lei Distrital nº 4.990/2012, promover a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas depende de requerimentos para ser implementada pelos órgãos públicos. Comentário: segundo a Lei Distrital nº 4.990/2012, é dever dos órgãos e entidades públicas, independentemente de requerimentos, promover a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas. Essa é a denominada transparência ativa. Gabarito: errado. 5. (Analista de Controle Externo/TCE-CE/2015 ± adaptada) A Lei Distrital de Acesso à informação, Lei Distrital nº 4.990/2012, regula como direito obter tanto informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, quanto informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos, entre outras. Comentário: o direito de obter informação, disciplinado na Lei 12.527/2011, compreende, entre outros, os direitos de obter (art. 7º): I ± orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem como sobre o local onde pode ser encontrada ou obtida a informação almejada; II ± informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos; III ± informação produzida ou custodiada por pessoa física ou jurídica em virtude de qualquer vínculo com órgãos ou entidades públicas, mesmo que esse vínculo já tenha cessado; IV ± informação primária, íntegra, autêntica e atualizada; V ± informação sobre atividades exercidas por órgãos ou entidades, inclusive as relativas à sua política, à sua organização e aos seus serviços; VI ± informação pertinente a administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitações, contratos administrativos, convênios e instrumentos congêneres; 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 49 VII ± informação relativa: a) à implementação, ao acompanhamento e aos resultados de programas, projetos e ações dos órgãos e das entidades públicas, bem como às metas e aos indicadores propostos; b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a exercícios anteriores. Gabarito: correto. 6. (AUFC/TCU/Auditoria Governamental/2015) Com base na Lei Distrital nº 4.990/2012 (Lei de Acesso à Informação), o fornecimento de informações públicas está condicionado à solicitação da pessoa interessada. Comentário: a transparência, com base na Lei de Acesso à Informação, poderá ser ativa (independe de requerimento) e passiva (depende de requerimento). Portanto, nem sempre o fornecimento de informações públicas dependerá de solicitação. Gabarito: errado. 5 Ȃ PROCEDIMENTO DE ACESSO À INFORMAÇÃO 5.1 Ȃ PEDIDO DE ACESSO Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos e entidades abrangidos pela Lei Distrital 4.990/2012, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter (a) a identificação do requerente e (b) a especificação da informação requerida (art. 14, caput). A Lei 12.527/2011 dispõe que a identificação do requerente não pode conter exigências que inviabilizem a solicitação (LAI, art. 10, § 1º). Com efeito, de acordo com a LDAI, são vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações de interesse público (art. 10, § 3º). A ideia, por conseguinte, é evitar que a administração atrapalhe o pedido de acesso. Assim, em que pese se exija a identificação, os elementos que serão cobrados não podem inviabilizar a solicitação; da mesma forma, não se pode cogitar a apresentação dos motivos determinantes, ou seja, o pedido simplesmente conterá a identificação e a informação solicitada, sem qualquer justificativa ou motivação do pedido. Imagine o seguinte: você comparece a um órgão do Distrito Federal e solicita que lhe seja entregue informações sobre o pagamento de verbas indenizatórias para autoridades que ocupam cargos políticos. O órgão, no entanto, devolve o seu requerimento dizendo que você deveria dizer o motivo de tal solicitação, de tal forma a justificar ou não a sua disponibilização. Essa é a conduta vedada! Você não precisar explicar o motivo, basta que se identifique e específico a informação requerida. 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 49 Na verdade, as regras da LDAI destinam-se a facilitar o acesso à informação,de tal forma que os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar alternativa de encaminhamento de pedidos de acesso por meio de seus sítios oficiais na internet (art. 14, § 3º). Ademais, a identificação do solicitante é feita com a indicação do nome completo, do número de qualquer documento oficial e da informação de contato, sendo facultada a inclusão de endereço eletrônico para o recebimento das informações solicitadas (art. 14, § 1º). Em se tratando de requerente menor de idade e não possuir documento oficial, deve ser informado o número do documento dos pais ou dos responsáveis (art. 14, § 2º). Em regra, o órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à informação disponível (art. 15, caput). Porém, caso não seja possível autorizar ou conceder o acesso de imediato, o órgão terá um prazo de até vinte dias, prorrogáveis de forma justificada e cientificando-se o requerente por mais dez dias, para (art. 15, §§ 1º e 2º): a) comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão; b) indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso pretendido ± é o caso aplicado quando a informação for negada, devendo o órgão apresentar as devidas justificativas; ou c) comunicar que não possui a informação e indicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da remessa de seu pedido de informação ± este dispositivo tem a finalidade de facilitar o acesso à informação, exigindo que o órgão tome outras medidas que possam auxiliar o cidadão a obter a informação. Sem prejuízo da segurança e da proteção das informações e do cumprimento da legislação aplicável, o órgão ou entidade poderá oferecer meios para que o próprio requerente possa pesquisar a informação de que WĞĚŝĚŽ� ĚĞ� ĂĐĞƐƐŽ �ŝƐƉŽŶŝďŝůŝnjĂĕĆŽ� ŝŵĞĚŝĂƚĂ KƵ YƵĂŶĚŽ�ŶĆŽ�ĨŽƌ� ƉŽƐƐşǀĞů�ĂĐĞƐƐŽ� ŝŵĞĚŝĂƚŽ ? ?�ĚŝĂƐ�Ɖ ? WƌŽƌƌŽŐĄǀĞŝƐ� ƉŽƌ�ŵĂŝƐ� ? ? �ŽŵƵŶŝĐĂƌ�ĐŽŵŽ� ŽďƚĞƌ�Ă� ŝŶĨŽƌŵĂĕĆŽ /ŶĚŝĐĂƌ�ĂƐ�ƌĂnjƁĞƐ� ĚĂ�ƌĞĐƵƐĂ �ŽŵƵŶŝĐĂƌ�ƋƵĞ� ŶĆŽ�ƉŽƐƐƵŝ�Ă� ŝŶĨŽƌŵĂĕĆŽ 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 49 necessitar (art. 15, § 3º). Por exemplo: o órgão pode disponibilizar um computador para a consulta no banco de dados, ou pode facultar o acesso ao arquivo do órgão, desde que tais medidas não causem prejuízo à segurança e à proteção das informações. Quando não for autorizado o acesso por se tratar de informação total ou parcialmente sigilosa, o requerente deverá ser informado sobre a possibilidade de recurso, prazos e condições para sua interposição, devendo, ainda, ser-lhe indicada a autoridade competente para sua apreciação (art. 15, § 4º). Com efeito, caso a informação solicitada esteja disponível ao público em formato impresso, eletrônico ou em qualquer outro meio de acesso universal, serão informados ao requerente, por escrito, o lugar e a forma pela qual se poderá consultar, obter ou reproduzir a referida informação, procedimento esse que desonerará o órgão ou entidade pública da obrigação de seu fornecimento direto, salvo se o requerente declarar não dispor de meios para realizar por si mesmo tais procedimentos (art. 15, § 6º). Além disso, se houver anuência do interessado, a informação armazenada em formato digital será fornecida nesse formato (art. 15, § 5º). Para evitar cobranças, a LDAI dispõe que o serviço de busca e fornecimento da informação é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução de documentos pelo órgão ou entidade pública consultada, situação em que poderá ser cobrado exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento do custo dos serviços e dos materiais utilizados (art. 16, caput). Ainda assim, a pessoa cuja situação econômica não lhe permita fazê-lo sem prejuízo do sustento próprio ou da família, estará isenta de ressarcir os custos mencionados (art. 16, parágrafo único). Exemplo: Paulo compareceu a um órgão e solicitou cópia da ata de uma sessão pública em que se realizou um processo licitatório; nesse caso, o órgão não pode cobrar uma taxa pela busca e fornecimento da informação, mas emitirá um boleto para que Paulo pague os custos da impressão ou xerox do documento; porém, se Paulo for uma pessoa bastante pobre, de tal forma que o pagamento desses custos cause prejuízo para o sustento de sua família, ele ficará isento da cobrança do ressarcimento dos cursos de reprodução gráfica. Prosseguindo, o artigo 17 da Lei Distrital de Acesso à Informação estabelece que, quando se tratar de acesso à informação contida em documento cuja manipulação possa prejudicar sua integridade, deverá ser oferecida a consulta de cópia, com certificação de que esta confere com o original. Na impossibilidade de obtenção de cópias, o interessado poderá solicitar que, às suas expensas e sob supervisão de servidor público, a reprodução seja feita por outro meio que não ponha em risco a conservação do documento original. 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 49 Por exemplo: a pessoa solicita a informação contida em um documento histórico, cujo estado de conservação seja crítico. Nesse caso, retirar o documento do local de conservação e colocá-lo em uma copiadora poderá danificar ainda mais o documento. Porém, existe uma técnica de fotocópia bastante avançada, que a Administração não dispõe, mas que permite que o documento seja copiado sem lhe causar qualquer dano. Em tal situação, o solicitante, se assim desejar, poderá fazer a cópia do documento, utilizando-se desse equipamento avançado, porém é o próprio solicitante que será encarregará do pagamento dos custos dessa reprodução com tecnologia avançada, devendo todo o procedimento ser supervisionado por um servidor público. Por fim, é direito do requerente obter o inteiro teor de decisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia (art. 18). 5.2 Ȃ RECURSOS No caso de indeferimento de acesso às informações ou às razões da negativa do acesso, pode o interessado interpor recurso contra a decisão no prazo de dez dias, a contar da sua ciência (art. 19). Nesse caso, o recurso deve ser dirigido à autoridade hierarquicamente superior à que exarou a decisão impugnada, que deve se manifestar no prazo de cinco dias. Porém, se o recurso for indeferido, mantendo a negativa de acesso à informação, o requerente pode recorrer à Secretaria de Estado de Transparência e Controle, que deve deliberar, no prazo de cinco dias, se (art. 20): a) o acesso à informação não classificada como sigilosa for negado; b) a decisão de negativa de acesso à informação total ou parcialmente classificada como sigilosa não indicar a autoridade classificadora ou a hierarquicamente superior a quem possa ser dirigido pedido de acesso ou desclassificação; c) os procedimentos de classificação de informação sigilosa estabelecidos na LDAI não tiverem sido observados; d) estiverem sendo descumpridos prazos ou outros procedimentos previstos na LDAI. Contudo, o somente pode ser dirigido à Secretaria de Estado de Transparência e Controle depois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão impugnada (art. 20, § 1º). Logo, não cabe recurso diretamente à Secretaria da Transparência, uma vez que, antes disso, o recurso deve ser direcionado para pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão recorrida. Ainda sobre os recursos, dispõe o art. 21 que, negado o pedido de desclassificaçãode informação protocolado em órgão ou entidade, pode o requerente recorrer ao Secretário de Estado da área. Para entender melhor o tema, veremos adiante que as informações podem ser 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 49 classificadas, quando ao grau de sigilo, em ultrassecreta, secreta e reservada. Porém, em determinadas situações, é possível solicitar que a informação seja desclassificada, ou seja, que o sigilo da informação seja retirado (veremos isso ainda nesta aula). Portanto, o que o dispositivo está informando é que cabe recurso contra o pedido de desclassificação. Contudo, esse recurso somente pode ser dirigido à autoridade mencionada depois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior à autoridade que exarou a decisão impugnada. É importante que você fique ligado na diferença entre os recursos constantes no art. 20 e no 21. Naquele, o recurso vai para a Secretaria de Estado de Transparência e Controle, aplicando-se em situações em que há desobediência da LDAI, como o indeferimento de acesso à informação não sigilosa, irregularidades na classificação da informação e inobservância de prazos. O segundo, por sua vez, vai para o Secretário de Estado da área correspondente (exemplo: se o ato impugnado ocorreu no âmbito da Secretaria de Saúde, esse recurso vai para o Secretário de Saúde), aplicando-se no caso de negativa do pedido de desclassificação de informação. Por fim, dispõe o art. 22 da LDAI que os procedimentos de revisão de decisões denegatórias proferidas nos recursos e de revisão de classificação de documentos sigilosos são objeto de regulamentação própria pela Câmara Legislativa do Distrito Federal e pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal, em seus respectivos âmbitos, assegurado ao solicitante, em qualquer caso, o direito de ser informado sobre o andamento de seu pedido. RECURSOS Quando: Indeferimento de acesso a: Informações Razões de negativa de acesso Prazo para interposição 10 dias Para quem Autoridade hierarquicamente superior à que exarou a decisão impugnada 5 dias para se manifestar Se indeferido o recurso acima, cabe recurso à Secretaria de Estado de Transparência e Controle Prazo para apreciar: 5 dias Objeto: indeferimento de acesso à informação não classificada; a decisão de negativa de acesso não indicar a autoridade classificadora ou a hierarquicamente superior a quem possa ser dirigido pedido de acesso ou desclassificação; os procedimentos de classificação não tiverem sido observados; 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE c LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 49 estiverem sendo descumpridos prazos. Recurso contra negativa de pedido de desclassificação de informação Autoridade: Secretário de Estado da área correspondente 6 Ȃ RESTRIÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO 6.1 Ȃ DISPOSIÇÕES GERAIS Apesar de a regra ser a disponibilização das informações, a Lei de Acesso à Informação estabelece algumas situações que as informações terão acesso restrito durante um período de tempo. Inicialmente, o art. 23 da LDAI estabelece que não poderá ser negado acesso à informação necessária à tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais. Além disso, também não poderão ser objeto de restrição de acesso as informações ou documentos que versem sobre condutas que impliquem violação dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de autoridades públicas (art. 23, parágrafo único). Com efeito, as disposições da LDAI não excluem as demais hipóteses legais de sigilo e de segredo de justiça, nem tampouco as hipóteses de segredo industrial decorrentes da exploração direta de atividade econômica pelo Distrito Federal ou por pessoa física ou jurídica que tenha qualquer vínculo com o poder público (art. 22). Por exemplo: o processo judicial é regulado por legislação própria. Dessa forma, se o juiz decretar o sigilo de um processo, as pessoas não poderão alegar violação à Lei de Acesso à Informação, uma vez que a legislação do processo judicial é específica, e permite a manutenção do sigilo em determinadas hipóteses. Agora, vamos tratar das duas exceções ao acesso à informação: (a) informações classificadas em grau de sigilo; (b) informações pessoais sobre intimidade, vida privada, honra e imagem. 6.2 Ȃ CLASSIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO QUANTO AO GRAU E PRAZO DE SIGILO Uma informação pública somente pode ser classificada como sigilosa quando considerada imprescindível à segurança da sociedade ou do Estado. Nessa linha, dispõe o art. 25 da LDAI que são consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação, as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam: a) pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território nacional; b) prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do País, ou as informações que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais; 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE e LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 49 c) pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população; d) oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do País; e) prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das Forças Armadas; f) prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e de desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional; g) pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades distritais, nacionais ou estrangeiras e de seus familiares; h) comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou fiscalização em andamento, relacionadas com a prevenção ou a repressão de infrações. Portanto, as informações enquadradas em alguma dessas hipóteses poderão ser classificadas em algum grau de sigilo. Por exemplo: se as Forças Armadas estiverem elaborando um plano de proteção à Amazônia, a divulgação desse plano certamente colocará em risco operações estratégicas das Forças Armadas. Logo, tal plano poderá ser classificado em algum grau de sigilo. Dessa forma, observado o seu teor e considerando a sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Distrito Federal, a informação poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada, cada uma com um prazo distinto de restrição. Nessa linha, os prazos máximos de restrição de acesso à informação vigoram a partir da data de sua produção e são os seguintes: a) ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos; b) secreta: 15 (quinze) anos; e c) reservada: 5 (cinco) anos. Quanto ao grau de sigilo, as informações podem ser ultrassecretas (até 25 anos), secretas (até 15 anos) e reservadas (até cinco anos). Alternativamente aos prazos previstos acima, poderá ser estabelecida como termo final de restrição de acesso a ocorrência de determinado evento, desde que este ocorra antes do transcurso do prazo máximo de classificação. Nessa hipótese, transcorrido o prazo de classificação ou consumado o evento que defina o seu termo final, a informação tornar-se- á, automaticamente, de acesso público (art. 26, §§ 4º e 5º). Por exemplo: imagine que esteja sendo realizada uma atividade de inteligência, buscando analisar causas de criminalidade no âmbito do Distrito Federal. Assim, a autoridade competente resolveu classificara informação como reservada, mas estabeleceu também que a informação poderá ser divulgada tão logo a atividade de inteligência seja concluída. 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE 4 LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 49 Nesse caso, a classificação tem um evento como termo final (conclusão da atividade de inteligência) e um prazo máximo de duração (prazo de cinco anos no caso de informação reservada). Assim, a informação será divulgada assim que ocorrer o evento ou o prazo de cinco anos, o que vier antes. As informações que possam colocar em risco a segurança do Presidente e do Vice-Presidente da República, do Governador e do Vice- Governador, dos respectivos cônjuges ou descendentes são classificadas como reservadas e ficam sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do último mandato, em caso de reeleição (art. 26, § 2º). Note, então, que a informação que coloque em risco alguma dessas autoridades (ou seus familiares próximos) ficará classificada durante o prazo de duração do mandato, não se aplicando o prazo geral de cinco anos para informações reservadas. Ademais, a classificação da informação em determinado grau de sigilo deverá observar o interesse público da informação e, além disso, deverá utilizar o critério menos restritivo possível, considerando: a) a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade, do Estado e do Distrito Federal; b) o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que defina seu termo final. CLASSIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO Grau de sigilo e prazo ultrassecreta: 25 anos; secreta: 15 anos reservada: 5 anos Alternativa Fixação de evento como termo final, situação em que a informação tornar-se-á de acesso público com a ocorrência do termo final ou ultrapassado o prazo da classificação, o que ocorrer antes. Caso especial Informação que colocar em risco: Presidente ou Vice-Presidente Governador ou Vice-Governador cônjuges ou descendentes o Informação reservada o Ficará em sigilo até o término dos mandatos Critério de classificação Menos restritivo possível, considerando: gravidade do risco ou dano à segurança o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que defina seu termo final. Agora, vamos ver como o tema pode aparecer em sua prova! 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE 2 LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 49 7. (Cespe ± AJ/CNJ/2013) Informações classificadas como sigilosas por serem imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado se subdividem, quanto ao grau de sigilo, em: ultrassecretas, secretas e confidenciais. Comentário: consoante o art. 24 da Lei 12.527/2011, a informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada, sendo que o prazo máximo de restrição, de acordo com a classificação, será o seguinte:  ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;  secreta: 15 (quinze) anos; e  reservada: 5 (cinco) anos. Assim, o item está errado, pois a Lei não existe grau de sigilo ³FRQILGHQFLDO´� Gabarito: errado. 6.3 Ȃ PROTEÇÃO E CONTROLE DE INFORMAÇÕES SIGILOSAS Uma informação não é classificada como sigilosa simplesmente porque uma autoridade não deseja divulgá-la, mas sim porque a sua divulgação poderá ser danosa para a sociedade ou para o Estado. Dessa forma, uma vez classificada como sigilosa, a informação deve ser protegida, evitando que pessoas não autorizadas tenham acesso ao seu conteúdo. Nessa linha, estabelece a LDAI que é dever do Distrito Federal controlar o acesso a informações sigilosas produzidas por seus órgãos e por suas entidades, assegurando a sua proteção (art. 27). Dessa forma, o acesso e o tratamento de informação classificada como sigilosa ficam restritos a pessoas que tenham necessidade de conhecê-la, seja porque são devidamente credenciadas na forma do regulamento8, sem prejuízo das atribuições dos agentes públicos autorizados por lei (art. 27, § 1º). Assim, a pessoa que tiver acesso ao conteúdo da informação classificada como sigilosa passa a ter a obrigação de resguardar o sigilo (art. 27, § 2º). Anota-se que o Estatuto dos Servidores do DF dispõe que é dever do 8 Art. 27. [...] § 3º Cabe ao regulamento dispor sobre procedimentos e medidas a serem adotados para o tratamento de informação sigilosa, de modo a protegê-la contra perda, alteração indevida, acesso, transmissão e divulgação não autorizados. 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE 0 LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 49 servidor guardar sigilo sobre assunto da repartição (LC 840/2011 art. 180), X), enquanto a própria LDAI dispõe que configura conduta ilícita do agente S~EOLFR� ³divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitir acesso indevido à informação sigilosa ou à informação pessoaO´��DUW������,9�� Segundo a LDAI, as autoridades públicas devem adotar as providências necessárias para que o pessoal a elas subordinado hierarquicamente conheça as normas e observe as medidas e os procedimentos de segurança para o tratamento de informações sigilosas (art. 28, caput). Esse dever de orientação e fiscalização não se aplica apenas à Administração Pública. Isso porque pode ocorrer que, em alguns casos, pessoas particulares tenham acesso ao conteúdo de informações classificadas como sigilosas. Dessa forma, a LDAI estabelece que a pessoa física ou jurídica que, em razão de qualquer vínculo com o Poder Público, executar atividades de tratamento de informações sigilosas deve adotar as providências necessárias para que seus empregados, prepostos ou representantes observem as medidas e os procedimentos de segurança das informações resultantes da aplicação da Lei de Acesso à Informação (art. 28, parágrafo único). É difícil de imaginar a ocorrência dessa situação que acabamos de mencionar, já que se imagina que os órgãos e entidades públicos devem adotar procedimentos para evitar que pessoas privadas tenham acesso ao conteúdo de informações sigilosas, em qualquer caso. Porém, imagine uma situação excepcional em que uma empresa seja contratada para realizar a PLJUDomR�GRV�SURFHVVRV�GH�XP�yUJmR�GR�ItVLFR��GR�³SDSHO´��SDUD�XP�VLVWHPD� informatizado. Nesse caso, é possível que, no carregamento do banco de dados, a empresa contratada acabe tenho contato, ainda que de forma bem restrita, ao conteúdo de informações sigilosas. Em tal situação, a empresa deverá adotar as medidas para que seus empregados adotem os procedimentos constantes da LDAI. 6.4 Ȃ PROCEDIMENTOS DE CLASSIFICAÇÃO, RECLASSIFICAÇÃO E DESCLASSIFICAÇÃO Um aspecto relevante trata da competência das autoridades para proceder a classificação do sigilo de informações. Quando maior o grau de sigilo, mais elevada deverá ser a autoridade competente na estrutura administrativa. No âmbito do Poder Executivo, a classificação do sigilo de informações é de competência: a) no grau ultrassecreto:  do Governador;  do Vice-Governador;  de secretário de Estado ou autoridade equivalente; b) no grau de secreto:  das autoridades referidas QD�OHWUD�³D´�DFLPD;  dos titulares de autarquia, fundação, empresa pública ou sociedade de economia mista; 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 49 c) no grau de reservado:  das autoridades referidas QDV�OHWUDV�³D´�H�³E´�DFLPD; das autoridades que exerçam funções de subsecretário ou de hierarquia equivalente. A competência para classificar as informações nos graus de ultrassecreto ou de secreto pode ser delegada pela autoridade responsável a agente público, vedada a subdelegação (art. 29, parágrafo único). Por exemplo: um secretário de Estado poderia delegar ao seu subsecretário a competência para classificar uma informação como ultrassecreta ou reservada, mas o subsecretário não poderia subdelegar essa atribuição para outro agente público. Observa-se que a LDAI não dispõe sobre a competência para a classificação de informações no âmbito do Poder Legislativo ou do Tribunal de Contas do Distrito Federal, nos quais as competências de classificação devem contar em atos próprios. A classificação de informação em qualquer grau de sigilo deve ser formalizada em decisão que contenha, no mínimo, os seguintes elementos (art. 30): a) assunto sobre o qual versa a informação; b) fundamento da classificação, observados os critérios constantes na LDAI9; c) indicação do prazo de sigilo, contado em anos, meses ou dias, ou do evento que defina o seu termo final, conforme limites previstos na LDAI; d) identificação da autoridade que a classificou. A decisão que classificar a informação deve conter, no mínimo, o assunto da informação, o fundamento da classificação, a indicação do prazo ou evento como termo final e a autoridade que a classificou. A decisão que fizer a classificação deverá ser mantida no mesmo grau de sigilo da informação classificada (art. 30, parágrafo único). Por exemplo: imagine que o Secretário de Segurança Pública e Paz Social faça a FODVVLILFDomR� GH� XPD� LQIRUPDomR� �TXH� FKDPDUHPRV� GH� ³;´�� QR� JUDX� GH� secreto. O ato de classificação (a decisão administrativa) será chamado de DWR�³<´��1HVVH�FDVR��WDQWR�D�LQIRUPDomR��;��TXDQWR�D�GHFLVmR�GH�FODVVLILFi- la (Y) serão mantidas no grau de secreto. Além disso, a LDAI exige que autoridade máxima de cada órgão ou entidade publique, anualmente, em seu sítio oficial na Rede Mundial de Computadores, os seguintes dados e informações administrativas, nos termos do regulamento (art. 32, caput): 9 Em especial o que consta no art. 25 da LDAI, que dispõe sobre as informações que se enquadram no conceito de imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado. 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 49 a) rol das informações que tenham sido desclassificadas nos últimos doze meses; b) rol de documentos classificados em cada grau de sigilo, com identificação para referência futura; c) relatório estatístico contendo a quantidade de pedidos de informação recebidos, atendidos e indeferidos, bem como informações genéricas sobre os solicitantes. Além de publicar essas informações na internet, os órgãos e as entidades devem manter exemplar da publicação para consulta pública em suas sedes (art. 32, § 1º). Por fim, os órgãos e as entidades devem manter extrato com a lista de informações classificadas, acompanhadas da data, do grau de sigilo e dos fundamentos da classificação (art. 32, § 2º). Agora, vamos ver uma questão. 8. (Cespe ± AJ/CNJ/2013 ± adaptada) No âmbito da administração pública distrital, a classificação de informações como ultrassecretas é de competência exclusiva e indelegável das seguintes autoridades: do Governador; do Vice-Governador; de secretário de Estado ou autoridade equivalente. Comentário: vejamos o que a LDAI estabelece sobre este assunto: Art. 29. A classificação do sigilo de informações, no Poder Executivo, é de competência: I ± no grau ultrassecreto: a) do Governador; b) do Vice-Governador; c) de Secretário de Estado ou autoridade equivalente; II ± no grau de secreto: a) das autoridades referidas no inciso I; b) dos titulares de autarquia, fundação, empresa pública ou sociedade de economia mista; III ± no grau de reservado: a) das autoridades referidas nos incisos I e II; b) das autoridades que exerçam funções de subsecretário ou de hierarquia equivalente. Parágrafo único. A competência prevista nos incisos I e II pode ser delegada pela autoridade responsável a agente público, vedada a subdelegação. A relação de autoridades competente para classificar a informação como ultrassecreta está correta. No entanto, o item está errado, pois a competência pode ser delegada. 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 49 Gabarito: errado. 6.5 Ȃ INFORMAÇÕES PESSOAIS O tratamento de informações pessoais deve ser feito de forma transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como às liberdades e às garantias individuais (art. 33). Porém, as informações pessoais relativas à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo de 100 anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que elas se referirem. Essas informações, entretanto, poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros diante de previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem. Nesse caso, todavia, a pessoa que obtiver acesso às informações responderá por seu uso indevido (art. 33, §§ 1º, II, e 2º). Além disso, será dispensado o consentimento da pessoa nos casos em que as informações forem necessárias (art. 33, § 3º): a) à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver física ou legalmente incapaz, e para utilização única e exclusivamente para o tratamento médico; b) à realização de estatísticas e pesquisas científicas de evidente interesse público ou geral, previstos em lei, sendo vedada a identificação da pessoa a que as informações se referirem; c) ao cumprimento de ordem judicial; d) à defesa de direitos humanos; ou e) à proteção do interesse público e geral preponderante. Além disso, a restrição de acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de pessoa não poderá ser invocada com o intuito de prejudicar processo de apuração de irregularidades em que o titular das informações estiver envolvido, bem como em ações voltadas para a recuperação de fatos históricos de maior relevância (art. 33, § 4º). Porém, é proibida a utilização de aparelhos que permitam realizar escutas telefônicas, salvo em casos autorizados pela justiça (art. 34). Por fim, estabelece a LDAI que cabe ao regulamento dispor sobre os procedimentos para o tratamento de informação pessoal (art. 33, § 5º). 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 49 7 Ȃ RESPONSABILIDADE DOS AGENTES PÚBLICOS A LAI apresenta dispositivos que implicam responsabilização dos agentes públicos ou militares que não cumpram atentamente às disposições da Lei de Acesso à Informação. Assim, constituem condutas ilícitas que ensejam responsabilidade do agente público ou militar: a) recusar-se a fornecer informação requerida nos termos da LDAI, retardar deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa; b) utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou parcialmente, informação que se encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou conhecimento em razão do exercício das atribuições de cargo, emprego ou função pública; c) agir com doloou má-fé na análise das solicitações de acesso à informação; d) divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitir acesso indevido à informação sigilosa ou à informação pessoal; e) impor sigilo à informação para obter proveito para si ou para terceiro, ou para fins de ocultação de ato ilegal cometido por si ou por outrem; f) ocultar da revisão de autoridade superior competente informação sigilosa para beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuízo de terceiros; g) destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos concernentes a possíveis violações de direitos humanos por parte de agentes do Estado. O problema é que a Lei Distrital 4.990/2012 não estipulou quais sanções serão aplicadas aos agentes públicos ou militares que cometerem alguma dessas condutas ilícitas. Na Lei 12.527/2011, consta que as condutas serão consideradas transgressões militares médias ou graves e, no caso dos servidores federais, serão infrações administrativas puníveis com, no mínimo, suspensão. Com base nisso, o Decreto Distrital 34.276/2013, que regulamenta a LDAI no âmbito do Poder Executivo do Distrito Federal, estabelece que as condutas ilícitas serão consideradas: a) para fins dos regulamentos disciplinares dos militares, transgressões militares médias ou graves, segundo os critérios neles estabelecidos, desde que não tipificadas em lei como crime ou contravenção penal; ou b) para fins do disposto na Lei Complementar 840/2011, infrações administrativas, que deverão ser apenadas, no mínimo, com suspensão, segundo os critérios estabelecidos na referida Lei. Além disso, sabe-se que pessoas físicas ou entidades privadas podem, eventualmente, tratar de informações públicos. Dessa forma, a pessoa física ou entidade privada que detiver informações em virtude de vínculo de qualquer natureza com o poder público e deixar de observar o disposto na LDAI estará sujeita às seguintes sanções (art. 36): 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 49 I. advertência; II. multa; III. rescisão do vínculo com o Poder Público; IV. suspensão temporária do direito de participar de licitação e impedimento de contratar com a administração pública por prazo não superior a dois anos; V. declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública, até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade. As sanções previstas nos incisos I, III e IV poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II (multa). Assim, a multa pode ser aplicada de forma cumulativa com as sanções de advertência, rescisão do vínculo e suspensão temporário. Vale dizer: pode ser aplica a multa somada a uma dessas sanções. Por exemplo: a empresa poderá ser suspensa temporariamente (inciso IV) e sofrer uma multa (inciso II). Porém, não é possível, por exemplo, que uma pessoa privada sofra a sanção de advertência e rescisão do vínculo com o Poder Público, pois esse caso não se enquadraria nas hipóteses de acumulação das sanções. Para aplicar qualquer sanção, deve ser assegurado o direito de defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo de 10 dias (art. 36, § 1º). Ademais, a reabilitação referida no inciso V será autorizada somente quando o interessado efetivar o ressarcimento ao órgão ou entidade dos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso IV (art. 36, § 2º). Isso significa que a reabilitação somente poderá ocorrer se houver o ressarcimento e tiver passado o prazo de no mínimo dois anos. A aplicação da sanção de declaração de inidoneidade é de competência exclusiva da autoridade máxima do órgão ou entidade pública, facultada a defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo de 10 dias da abertura de vista (art. 36, § 3º). 8 Ȃ FISCALIZAÇÃO LEGISLATIVA O Capítulo VI da Lei Distrital de Acesso à Informação trata da realização da fiscalização legislativa que a Câmara Legislativa realiza sobre as atividades do Poder Executivo. Nesse caso, não estamos falando especificamente da fiscalização da atividade de acesso à informação, mas sim da fiscalização das atividades em geral, realizadas pelo Executivo. Nessa linha, os requerimentos de informação aprovados pelo Poder Legislativo devem ser respondidos pelas autoridades distritais responsáveis, no prazo máximo de trinta dias, sob pena de crime de responsabilidade, da seguinte forma: (i) as páginas dos documentos encaminhados devem ser numeradas; (ii) os documentos encaminhados devem estar legíveis; (iii) as respostas devem conter informações precisas 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE ==ce420== LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 49 e, quando necessário, serem respaldadas com relatórios, tabelas, quadros informativos e demais documentos afetos aos questionamentos. Da mesma forma, as indicações10 aprovadas pelo Poder Legislativo devem ser respondidas pelas autoridades distritais responsáveis no prazo máximo de trinta dias (art. 39). Por fim, as auditorias instauradas pela Secretaria de Estado de Transparência e Controle do Distrito Federal devem ser encaminhadas à Câmara Legislativa do Distrito Federal, trimestralmente, contendo os seguintes dados: a) nome do servidor, da empresa ou do terceiro auditado; b) extrato do processo, contendo o objeto da auditoria; c) fase da tramitação. 9 Ȃ DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIOS Em geral, é incomum a cobrança de questões em relação ao capítulo sobre as disposições finais e transitórias de leis. Mesmo assim, sugerimos que seja feita a leitura dos artigos deste capítulo, em especial para eventuais questões literais. Por ora, destacamos apenas alguns dispositivos mais relevantes. Nessa linha, o art. 41 prescreve que o tratamento de informação sigilosa resultante de tratados, acordos ou atos internacionais deverá atender às normas e às recomendações constantes desses instrumentos. O art. 42 criou, na Casa Militar, o Núcleo de Segurança e Credenciamento ± NSC, que tem por objetivos: (i) promover e propor a regulamentação do credenciamento de segurança de pessoas físicas, empresas, órgãos e entidades para tratamento de informações sigilosas; (ii) garantir a segurança de informações sigilosas. Por sua vez, o art. 44 dispõe que órgãos e as entidades públicas devem proceder à reavaliação das informações classificadas como ultrassecretas e secretas no prazo máximo de dois anos, contado do termo inicial de vigência da LDAI. Nesse caso, as informações classificadas como secretas ou ultrassecretas não reavaliadas no prazo previsto serão consideradas de acesso público. Por fim, prevê que o art. 46 da LDAI que a Secretaria de Transparência e Controle do Distrito Federal fica responsável, no Poder Executivo: a) pela promoção de fomento à cultura da transparência na administração pública e à conscientização do direito fundamental de acesso à informação; b) pelo treinamento de agentes públicos no que se refere ao desenvolvimento de práticas relacionadas à transparência na administração pública; 10 De acoUGR�FRP�R�5HJLPHQWR�,QWHUQR�GD�&kPDUD�/HJLVODWLYD�GR�')��³indicação é a proposição por meio da qual a Câmara Legislativa sugere a outro Poder a execução de medidas que não se incluam na competência do Legislativo´��DUW������. 02510277081 - YASMIN LANGE SEOANE LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO P/ CLDF PROF. HERBERT ALMEIDA AULA 03 www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 49 c) pela padronização dos procedimentos necessários à aplicação da LDAI; d) pelo monitoramento da aplicação da LDAI no
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