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VARIAÇÃO DE COMPRIMENTO E DIÂMETRO DE TRAQUEÍDEOS DE Pinus sp JULIA NAVES TEIXEIRA LILIAN SCALCO ALENCAR DE CARVALHO TIAGO DE LIMA PEREIRA Trabalho da disciplina de Fibras Vegetais, do curso de Pós – graduação em Engenharia de Biomateriais da Universidade Federal de Lavras. Professor Dr. Fábio Akira Mori 1. INTRODUÇÃO Gênero Pinus Conipherophyta Subclasse Pinidae Ordem Pinales Família Pinaceae 1. INTRODUÇÃO Importância econômica produção de papel e celulose lâminas de madeira e painéis Industria moveleira Polpa e papel apresentam características próprias exigidas para essa finalidade. produção de laminados, aglomerados (PALERMO, 2013). Importante: conhecer as variações das propriedades no sentido medula-casca e base-topo, para poder destinar, de forma correta, uma madeira para determinado fim. Constituição da madeira: elementos xilemáticos e a agregação dos mesmos exibe extrema variabilidade . (Silva, 1992) Coníferas: de estrutura relativamente simples. traqueídeos axiais (90-95%) e células de raio (5-10%) 1. INTRODUÇÃO 5 Anatomia de coníferas A: Traqueóide longitudinal (lenho inicial) A B: Traqueóide longitudinal (lenho tardio) B C C: Parênquima radial D: Canal de resina D C 1. INTRODUÇÃO 5 1. INTRODUÇÃO Caracterização do Pinus em anos com verões secos e úmidos 1. INTRODUÇÃO Caracterização de cortes de Coníferas - Pinus Caule de Conífera (Gimnosperma) Fonte: Casa da Ciência, Traqueídes de Pinus sp - Corte longitudinal e detalhe das pontoações areoladas com toros. http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA6iUAF/sistemas-vasculares-xilema-floema 1. INTRODUÇÃO OBJETIVO Estudo da variação radial e características dos traqueídeos e suas correlações, na madeira de Pinus, para determinação de suas propriedades anatômicas e aplicabilidade. 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1.Estrutura da madeira de conífera (Pinus) Anatomia simples: células alongadas e pontiagudas (Traqueídeos). Traqueídeos: sustentação estrutural e condução de líquidos na árvore. Os longitudinais constituem 90-95% do volume das coníferas. 3 a 4 mm de comprimento e diâmetro de 45 µm, mas variam nas partes de uma árvore (SJÖSTRÖM, 1993). A porção mais externa do tronco = constituída pelo alburno que atua no transporte de água e nutrientes. 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.2.Estrutura da parede celular Processo de divisão celular: primeira membrana de separação é a lamela média. Sobre ela acumulam-se microfibrilas de celulose formando uma trama irregular, que constituí a parede primária, dotada de grande elasticidade (BALLONI, 2009). Detalhes estruturais: (BURGER; RITCHER, 1991). 2.3. Dimensões de traqueídeos em conífera(Pinus). Comprimento: influenciado por fatores como temperatura e luminosidade, taxa de crescimento da árvore (COWN, 1975; FUJIWARA, YANG, 2000). 2. REFERENCIAL TEÓRICO Redução do comprimento com a idade da árvore Sucessivamente o câmbio nas árvores muito velhas produz elementos mais curtos (PANSHIN, ZEEUW, 1980). Figura 2 – Distribuição do comprimento dos traqueóides (em μm) de Pinus taeda ao longo do fuste (fonte: MUÑIZ, 1993). 2. REFERENCIAL TEÓRICO Comprimento varia de 2,5 a 5,0 mm e é cerca de 100 vezes ou mais sua largura. Tabela 1: Variação do diâmetro e comprimento médio de traqueídeos em diferentes espécies. 2. REFERENCIAL TEÓRICO Palermo et al. (2013) Tabela 1: Variação radial do comprimento dos traqueídeos e densidade da madeira de Pinus elliottii para delimitação da zona juvenil, de transição e adulta. 2. REFERENCIAL TEÓRICO Comprimento dos traqueídeos axiais: celulose e papel traqueídeos longos > resistência mecânica (BROWN, PANSHIN, FORSAITH, 1949; LARSON et al., 2001; WHEELER, 2002). Pinus taeda e P. elliottii = comprimento dos traqueídeos em direção à casca até 9 a 13 anos, após a qual ocorre uma estabilização dimensional (TOMASELLI,1979) . zona juvenil incremento rápido Zona de transição incremento lento zona adulta estabilização (PALERMO ET AL.,2013). 2. REFERENCIAL TEÓRICO O diâmetro dos traqueídeos: variar - posição destes na árvore e tipo de lenho. Fibras de maior diâmetro: início do crescimento (primavera). As mais estreitas são produzidas na margem externa do anel, (após o fim da estação de crescimento) (BROWN, PANSHIN, FORSAITH, 1949; COWN, 1975; PANSHIN, ZEEUW, 1980). Diâmetro em geral varia de 20 a 60 μm. Para Pinus taeda entre 35 e 45 μm (BROWN, PANSHIN, FORSAITH, 1949; KOCH, 1972; FINDLAY, 1978; WHEELER, 2002). Equivale para espécies de Pinus como P. eliottii, P. ponderosa e P. palustris. 2. REFERENCIAL TEÓRICO Correlação positiva entre largura e comprimento dos traqueídeos. Espécies que possuem fibras mais largas apresentam também as mais longas (PANSHIN, ZEEUW, 1980). A espessura da parede < topo da árvore tende a aumentar afasta da medula. A massa específica e a porcentagem de lenho tardio diminuem da base para o topo da árvore aumentam na direção medula-casca, diretamente relacionadas com a espessura da parede dos traqueídeos (MUÑIZ, 1993). 2. REFERENCIAL TEÓRICO 3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1. Coleta do material 3.2. Confecção do material macerado (Franklin, 1945). Uso de estilete para retirada de fragmentos do lenho dos corpos de provas secos, ao ar livre. Plano longitudinal tangencial Recipiente de vidro fechado, 20ml 10 ml de uma solução de ácido acético e peróxido de hidrogênio na proporção de 1:1. Maceração: período mínimo de 24 horas em estufa à temperatura de 60oC. 3. MATERIAL E MÉTODOS Retirada da estufa desfibrilamento Lavagem Armazenado em água destilada remoção completa da substância macerante. Confecção das laminas e coloração Glicerina Safranina hidroalcoólica Descrição qualitativa e quantitativa Microscopia: IAWA COMMITTEE (1989) Mensurações dos traqueídeos: Microscópio ótico Ken-A Vision modelo TT-1010, aumento de 4 à 100x, associado a uma câmera digital e do software Wincel – PRO. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Comprimento médio: 3213,73 µm semelhante ao observado por Muñiz, (1993) Figura 3 – Relação de comprimento mínimo, médio e máximo de Pinus sp (µm). 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Largura total: 43,67µm; diâmetro do lúmen: 26,26 µm; espessura da parede: 8,71µm. Figura 4 – Relação máxima, média e mínima (µm) da largura, diâmetro e espessura de parede celular de Pinus sp BROWN, PANSHIN, FORSAITH, (1949); KOLLMANN, CÔTÉ, (1968); KOCH, (1972); FINDLAY, (1978); WHEELER, (2002) 5. CONSIDERAÇÕES Considerando a variabilidade nas dimensões de traqueídeos de Pinus em função da idade e condições e cultivo é possível concluir que no material analisado tanto o diâmetro quanto o comprimento situam-se dentro dos padrões inerentes e desejáveis para a espécie avaliada. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BROWN, H. P.; PANSHIN, A. J.; FORSAITH, C. C. Textbook of technology. New York: McGraw-Hill, 1949. v. 1. 652 p. BURGER, M. L.; RICHTER, H. G. 1991. Anatomia da madeira. São Paulo. Ed. Nobel, 151p. CARLQUIST, S. Comparative plant anatomy. New York: Holt, Rinehart & Winston. 1961. COWN, D. J. Variation in tracheid dimensions in the stem of a 26-year-old radiata pine tree. APPITA, Carlton, v. 28, n. 4, p. 237 – 245, jan. 1975. COWN, D. J.; KIBBLEWHITE, R. P. Effects of wood quality variation in New Zealand radiata pine on kraft paper properties. N. Z. J. For. Sci., v. 10, n. 3, p. 521 – 532, nov. 1980. FENGEL, D. & WEGENER, G. - Wood. Chemistry. Ultrastructure. Reactions. Walter de Gruyter. Berlin, 1989. FUJIWARA, S.; YANG, K. C. The relationship between cell length and ring width and circumferential growth rate in five Canadian species. IAWA Journal, Leiden, v. 21 (3), p. 335 – 345, 2000. Iawa Committee. IAWA list of microscopic featuresfor softwood identification. IAWA Bulletin 25(1):1-70. 2004. JANKOWSKY, I. P. Fundamentos de secagem de madeiras. Documentos Florestais. Piracicaba, 1990. KLOCK, U. et al. Química da madeira. 2° edição revisada, Curitiba: Universidade Federal do Paraná/Série didática, 1998. 91 p. KLOCK, U. Qualidade da madeira juvenil de Pinus maximinoi H. E. Moore. Curitiba, 2000. 347 f. Tese (Doutorado em Ciências Florestais) – Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná. MARCHESAN, R. ; DE MATTOS, P. P. ; SHIMIZU, J Y. Caracterização Física. MARANHO, L. T.; GALVÃO, F.; MUÑIZ, G. I. B.; KUNIYOSHI, Y. S.; PREUSSLER, K. H. Variação dimensional das traqueídes ao longo do caule de Podocarpus lambertii Klotzsch ex Endl., Podocarpaceae. MUÑIZ, G. I. B. de. Descrição da estrutura e ultraestrutura da madeira de cinco espécies de Prosopis da Argentina e análise da metodologia. Curitiba, 1986. 192 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) – Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná. Caracterização e desenvolvimento de modelos para estimar as propriedades e o comportamento na secagem de Pinus elliottii Engelm. e Pinus taeda L. Curitiba, 1993. 235 f. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal) – Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná. MUÑIZ, G. I. B. de; CORADIN, V. R. Gimnospermae. In: Norma de procedimentos em estudos de anatomia da madeira. Brasília: ABNT, 1991. p. 15 – 19.
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