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6 AUDIÇÃO

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AUDIÇÃO 
ESTÍMULO: som (onda sonora). Professora relembra que era para termos estudado biofísica do som no primeiro ano, porém tal fato no ocorreu.
Som possui suas propriedades: som não se propaga no vácuo, pois é uma onda mecânica. Este som será convertido em sinal (transduzido) em um sinal neural – tal conversão ocorre na cóclea, mas especificamente no órgão de Corti.
Cóclea (presente na orelha interna)possui mecanorreceptores, os quais fazem a conversão de uma força mecânica em potencias de ação. A presença de líquidos no interior da cóclea (fundamentais no processo de transdução) pode ser consequência da evolução das espécies, já que os primeiros seres vivos vieram de meios aquosos.
ORELHA EXTERNA: aurícula, canal auditivo.
ORELHA MÉDIA: membrana timpânica, cadeia dos ossículos da audição (martelo, bigorna e estribo).
ORELHA INTERNA: cóclea: onde ocorre a transdução do som.
Na cóclea há o órgão de Corti composto por: Células ciliadas, membrana tectorial; membrana basilar.
O som é apenas uma faixa de frequência das ondas mecânicas que são captadas e interpretadas pelo ser humano (20Hz a 20.000Hz), existem outras frequências no mundo real, porém essas não são interpretadas por nós, pois não conseguem gerar potencias de ação.
A onda sonora entra no canal auditivo por meio da orientação da aurícula. No final do canal auditivo há a membrana timpânica (fina e flexível), a qual vibra devido à perturbação mecânica que o som causa no ar. A movimentação da membrana timpânica (tímpano) é concentrada em um ponto específico desta estrutura, tal vibração transmitida para a cadeia de ossículos – sistema de alavancas – presentes na orelha média (martelo, bigorna e estribo). O estribo é o último ossículo e está em contato com a janela “oval / vestibular”, a vibração do estribo movimenta um liquido que está no interior da cóclea (perilinfa), tal liquido movimenta-se proporcionalmente aos ossículos, que é proporcional ao movimento do tímpano, que é proporcional a frequência do som.
Estrutura da cóclea “desenrolada”. (desenho da professora) 
Rampa vestibular = preenchida com perilinfa, liquido cujas caracteristicas são similares com o plasma (mesma concentração de ions)
Rampa média = preenchida com endolinfa, que possui alta concentração de ions potássio (K+), o que é anormal nos liquidos corpóreos.
 Nessa rampa também estão presentes as células ciliadas, as quais são células epiteliais modificadas, que não realizam potenciais de ação, porém realizam a transdução devido as alterações de voltagem, além disso, elas liberam neurotransmissores para os neurônios da audição (sinapse química - glutamato).
Essas células estão acentadas sobre a membrana basilar. Alem disso, existe divisão das celulas ciliadas em: células ciliadas internas e células ciliadas externas.
Acima das células ciliadas há a membrana tectorial, a qual tem papel importante na transdução do som.
Órgão de Corti composto por: Células ciliadas, membrana tectorial; membrana basilar.
Rampa timpânica = preenchida com perifinfa também.
A rampa vestibular se comunica com a rampa timpânica por meio de uma abertura presente no ápice da cóclea, chamada de elipotrema.
TRANSDUÇÃO DO SOM
A transdução do som ocorre no órgão de Corti. A célula ciliada (mecanorreceptor) está conectada a um neurônio que faz o potencial de ação. O neurotransmissor liberado na sinapse entre as células ciliadas e o neurônio provavelmente é o glutamato. 
Células ciliadas possuem tamanhos graduados de cílios do menor para o maior (estereocílios), conectando um cílio no outro há uma proteína elástica (uma “molinha”), tal proteína elástica, em uma de suas pontas, controla a abertura de um canal iônico de potássio (neste conjunto de estruturas que está o segredo da transdução do som), pois a proteína está conectada em um portão que regula mecanicamente abertura do canal (específico para o íon potássio).
Quando os cílios estão retos (como no esquema a seguir), a proteína elástica está frouxa, e com isso o canal de potássio está fechado (isso determina um estado de repouso) e a célula permanece polarizada, não há influxo de cálcio pelos canais de cálcio voltagem-dependentes (presentes na base da célula), não havendo liberação de neurotransmissor.
Quando há movimentação da perilinfa¹, a membrana basilar movimenta as células ciliadas, com isso os cílios delas friccionam (“raspam”) na membrana tectorial, desta forma, acontece um dobramento dos cílios que estiram/tracionam as proteínas elásticas. Esse estiramento das proteínas elásticas abrem os canais de potássio presentes nas extremidades da proteína elástica por mudança conformacional do canal. Já que a endolinfa possui alta concentração de potássio, acontece um influxo desse íon na célula ciliada, despolarizando-a. Tal alteração na voltagem (despolarização) estimula os canais de Ca++ V.D presentes na base da célula, passando do estado fechado para o estado aberto, ocasionando o influxo de Ca++, (o cálcio tem papel de estimular a fusão de membranas) com isso o neurotransmissor é liberado na fenda sináptica (exocitose de grânulos contendo neurotransmissor) para que a sinapse química ocorra, excitando assim o neurônio, causando o potencial de ação. (professora disse que esse processo irá cair na prova)
1 – o movimento da perilinfa é causado pela onda viajante, resultante da onda sonora que movimentou o tímpano, que movimentou os ossículos da audição, que transmitiram a energia mecânica para a endolinfa através da janela oval
 (janela do vestíbulo)MEMBRANA BASILAR
Essa membrana possui características que possibilitam os diferentes tipos de sons escutados. Ela varia na largura e na espessura ao longo de sua extensão, ela é estreita e grossa na base, já no ápice ela é larga e fina.
Essa membrana vibra proporcionalmente à onda, e cada tipo de som estimula determinadas células ciliadas. Tais estímulos formam códigos para que possamos interpretar diversos tipos de som.
As características variadas da membrana basilar permite que o som seja decomposto. Cada ponto específico da membrana basilar é estimulado ou por diferentes sons: altas ou baixas frequências. (mapa tonotópico)
Cada conjunto de células ciliadas (ao longo da membrana basilar) tem um momento para fazer o mecanismo de transdução e isso resulta em alternâncias de potencias de ação na via neural do som, isso é interpretado para que possamos diferenciar inúmeros tipos de som.
Nosso aparelho auditivo é mais sensível à voz humana devido a sua frequência característica.
há um sistema de proteção no aparelho auditivo para não ocasionar excesso de informações e também evitar lesões na membrana timpânica. Músculo estapédio e Músculo tensor do tímpano. 
Perda de audição pode ser causada por: exposição prolongada a sons muito intensos, podendo levar a morte de células ciliadas; também pode ser ocasionada por perfurações na membrana timpânica; a ainda, devido infecções na orelha média ou interna (causando a rigidez dos ossículos da audição).
AUDIÇÃO TEM UMA VIA NEURAL PRINCIPAL 
Córtex auditivos primários no córtex parietal
Informações passam pelo tálamo (embora ocorram vários cruzamentos ao longo do trajeto); Núcleo geniculado medial;
Algumas informações passam pelo mesencéfalo;
Fonte do som : determina orientação da cabeça (quando alguém te chama, você sabe para onde olhar)
Existem respostas reflexas em relação ao som (quando você escuta um tiro, tem uma reação involuntária);
Som é fundamental para que possamos desempenhar a fala adequadamente.
A partir do momento em que houve a transdução e a transmissão do potencial de ação nesses neurônios, ele será conduzido adiante, para interpretação, no córtex auditivo primário. Mas, assim como a visão, o córtex auditivo primário é o primeiro a receber, analisar, dando as características mais essenciais, mas existem outras áreas, que rodeiam esse córtex auditivo primário, e também fazem parte da interpretação auditiva. A informação que sai do n. auditivo vai ser conduzida para o tronco encefálico,
que é sede de uma série de referências oriundas desse sistema. Os primeiros núcleos que recebem essas informações que veem do n. auditivo são chamados de núcleos cocleares, que apresentam uma divisão: a) região dorsal, b) região anteroventral, c) região posteroventral. A ideia nos núcleos cocleares é a mesma, as informações vão convergir para um ponto em comum que são os colículos inferiores. “Tem coisa que vai ir direto ao colículo e tem coisa que vai ir indiretamente”. Normalmente as informações dentro dos núcleos cocleares que partem da região dorsal do núcleo, vão direto; as informações das regiões antero e póstero ventrais vão para o complexo olivar, que usa essas informações para ajudar a orientar os movimentos dos olhos e auxilia no posicionamento da cabeça de acordo com esse movimento. Dos colículos, há vias “primárias” da audição, encaminhadas para o núcleo geniculado medial (NGM), que faz parte do tálamo, e converge até o córtex auditivo (A1), no lobo temporal. As informações que não participam dessa via, saem dos colículos para outras regiões, ou dentro do próprio tronco encefálico ou dentro de regiões próximas do diencéfalo e que servirão para outras tarefas também, por exemplo, tarefas motoras, dessa forma, as informações auditivas não servem apenas para você perceber o som e entender que som, que nota, se é alto ou baixo, serve também para ajudar a orientar movimentação dos olhos e do corpo, sabendo a fonte sonora. Ou seja, núcleos cocleares, colículos, NGM do tálamo e córtex auditivo primário; as demais rotas não vão servir para percepção do som; usarão as informações para orientar outras ações.

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